abuso de poder que um adulto exerce sobre uma criança ou adolescente para conseguir satisfação sexual, através da indução ou imposição de práticas sexuais.
A violência sexual contra adultos, na maioria dos
casos, mulheres, também configura crime e também consiste em imposição de práticas sexuais. No caso de crianças e adolescentes, trata-se de uma violação dos direitos humanos universais e dos direitos específicos à pessoa em desenvolvimento, não permitindo a ela o direito ao desenvolvimento sadio de sua sexualidade.
A Constituição e o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), garantem esse e os demais direitos dos vulneráveis. A violência sexual é atribuída a uma série de fatores sociais, culturais e econômicos.
Existem algumas psicopatologias que podem
facilitar a emissão do comportamento da violência sexual, como a pedofilia. Pressupõe uma relação de Não envolve dinheiro ou mercantilização, na qual o gratificação. sexo é fruto de uma troca, Acontece quando uma seja ela financeira, de criança ou adolescente é favores ou presentes. usado para estimulação ou Crianças ou adolescentes satisfação sexual de um são tratados como objetos adulto. sexuais ou como É normalmente imposto mercadorias. pela força física, pela Pode estar relacionada a ameaça ou pela sedução. redes criminosas.
Pode acontecer dentro ou fora da família
Em crianças - maior vulnerabilidade a outros modos de violência, índices mais expressivos de distúrbios sexuais, depressão, suicídio ou uso de drogas.
Em adolescentes - depressão, auto-agressão,
atos ilegais, fugas, isolamento e comportamento sexual inadequado. Para Silva e Hutz (2002) o abuso sexual gera um alto grau de tensão na vida do indivíduo que, por sua vez, influencia nos padrões de respostas deste, implicando em uma grande probabilidade de desenvolvimento de algum tipo de desordem psiquiátrica. A TCC trabalha com foco no trauma decorrente da experiência de abuso, baseando-se em dois pressupostos básicos:
1) as experiências abusivas têm efeitos psicossociais
negativos específicos para o indivíduo
2) a eficácia do tratamento é aumentada quando os
resultados relacionados com o abuso são explicitamente relacionados a experiência de abuso durante o processo terapêutico (ALMEIDA, 2003). O tratamento baseia-se na ativação de lembranças do trauma, de memórias condicionadas, das visões negativas de si mesmo, do mundo e dos outros e das cognições distorcidas do evento traumático. Essas intervenções visam o desenvolvimento das capacidades de expressar emoções, realizar enfrentamentos, propiciar a monitoração e a modificação de pensamentos automáticos, bem como realizar o treinamento do indivíduo com a finalidade de aumentar sua capacidade de resolução de problemas e promover o desenvolvimento de habilidades sociais (MULLER; PADOIN e LAWAFORD, 2008). Estudos mostram que a intervenção psicológica na modalidade cognitiva comportamental gera uma redução significativa nos sintomas depressivos e ansiosos das vítimas de abuso por meio da reestruturação de crenças disfuncionais relacionadas com a culpa e a desestruturação familiar. As intervenções também diminuem o nível de estresse. Segundo a OMS Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação. A violência psicológica pode acontecer com pessoas de qualquer gênero e idade.
Porém, é mais comum que mulheres e
crianças sofram esse tipo de violência.
Uma das causas para que as mulheres sejam
as maiores vítimas de violência psicológica é cultural. O machismo prega a inferiorização da mulher, o que facilita a prática e aceitação da violência psicológica em nossa sociedade.
O “desamparo aprendido” é o fenômeno que
rege o silêncio das vítimas.
Muitas vezes a violência psicológica ocorre
concomitantemente com a violência sexual. O diagnóstico para uma mulher que é vítima de violência pode ser Depressão, transtorno de Estresse Pós Traumático, Transtorno de Ansiedade, Transtorno do sono-vigilia, Transtorno Relacionado a Traumas e Estressores. Lei número 11.340, de 7 de agosto de 2006. Esta lei foi criada para proteger a mulher da violência doméstica, tal como: 1. Agressão física e verbal 2. Diminuição da autoestima 3. Ameaça 4. Constrangimento 5. Perseguição 6. Chantagem 7. Exploração 8. Limitação do direito de ir e vir 9. Calúnia 10. Difamação 11. Injúria http://www.scielo.org/php/index.php http://pepsic.bvsalud.org/ https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/ 95552/lei-maria-da-penha-lei-11340-06 http://www.huffpostbrasil.com/2014/11/25/viole ncia-psicologica-e-a-forma-mais-subjetiva-de- agressao-contr_a_21676045/ http://www.psicologiasdobrasil.com.br/content/ uploads/2016/08/child-sexual-abuse.jpg http://www.unifra.br/eventos/sepe2010/2010/Tra balhos/humanas/Completo/5521.pdf