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O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO

DO ESPAÇO GEOGRAFICO
O CAPITALISMO E A CONSTRUÇÃO
DO ESPAÇO GEOGRAFICO

O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos


XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do
mundo ( Ásia, África, Oceania), que estava sendo
incorporada na economia mundial. Seus principais
mecanismos foram sendo alterados para se adaptar às
novas formas de relações políticas e econômicas
estabelecidas entre as nações ao longo do tempo.
Origens do Capitalismo
• O capitalismo é um sistema econômico que se
desenvolveu na Europa.
• Surgiu com a ascensão da burguesia entre os
séculos XV e XVI no final do período conhecido
como Feudalismo.
• Devido ao seu dinamismo passou por várias
transformações ao longo dos séculos, é
dividido em 4 fases e chamado também de
economia de mercado.
DO CAPITALISMO COMERCIAL À
REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

Para entender melhor a evolução do capitalismo, vamos


considerar três fases principais nesse processo:
1ª fase: Capitalismo comercial ou pré-capitalismo
2ª fase: Capitalismo industrial
3ª fase: Capitalismo financeiro ou monopolista
4ª fase: capitalismo informacional
As duas primeiras fases são caracterizadas pelas relações entre
as colônias e metrópoles, que praticamente estabeleceram as
relações econômicas do capitalismo monopolista.
Capitalismo Capitalismo
Comercial Industrial

Fases do
Capitalismo

Capitalismo Capitalismo
Financeiro Informacional
DO CAPITALISMO COMERCIAL À
REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

COMO FUNCIONA O CAPITALISMO


- Tem como principal objetivo o lucro.
- Baseia-se na propriedade privada dos meios de produção.
- Tem no dinheiro ou seus similares(cartões de crédito, cheques) o
seu principal meio de troca.
- Funciona conforme a lei da oferta e da procura – economia de
mercado
- Nas relações de trabalho predomina o trabalho assalariado. O
trabalhador “vende”seu trabalho para os donos dos meios de
produção.
- No sistema capitalista, a sociedade é baseada na divisão de classes.
DO CAPITALISMO COMERCIAL À
REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

• Capitalismo comercial
É o período das grandes navegações ou
descobrimentos, quando novas terras –
principalmente do continente do continente
americano Novo Mundo – passaram a fazer
parte do mundo até então conhecido: o
Velho Mundo. Nessa época países da Europa
ocidental (Portugal, Espanha, França e
Inglaterra) obtiveram grandes conquistas
territoriais no Novo Mundo e fizeram dos
territórios recém-conquistados suas colônias.
As grandes navegações do séc. XV
e XVI
ASIA
OCEANO ATLÂNTIC O

lNDJA
ARÁBIA

Cslicute
AFRICA

OCEANO ÍNDICO
BRASIIL

Porto
Seguro

Viagerns
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Comparação • Capitalismo
Feudalismo
• Grande produção de
A produção tende a ser de • excedentes, voltada para o
subsistência; mercado;
Terra como capital – • Propriedade privada;
senhores feudais; •
• O trabalhador é livre. Vende
• sua força de trabalho em troca
Produção destinada aos
senhores feudais; de salário;
Senhores feudais x servos •• Produção com o objetivo de
ampliar os lucros;
•• Burguesia X trabalhadores
assalariados.
DO CAPITALISMO COMERCIAL À
REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

• Capitalismo comercial
As regras das relações entre as metrópoles e colônias
foram estabelecidas pelo Pacto Colonial, segundo o qual a
colônia só podia manter relações comerciais com a
metrópole. Surgiu , assim, a primeira divisão internacional
do trabalho (DIT).
Metais preciosos, especiarias
COLÔNIA METRÓPOLE
Produtos manufaturados
DO CAPITALISMO COMERCIAL À
REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

• Capitalismo comercial
Inspirados na teoria mercantilista, os países colonizadores, através
do comércio com suas colônias, geraram acúmulo de capital, que
permitiu o desenvolvimento do que muitos consideram o início
do verdadeiro capitalismo, isto é, a sua fase industrial.
DO CAPITALISMO COMERCIAL À
REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

• PontosFundamentaisdaPolíticaMercantilista
1. Balança comercial favorável. Todo país deveria
exportar mais do que importar.
2. Protecionismo. Conjunto de medidas que visavam
proteger a produção nacional da produção de outros
países.
3. Metalismo. A riqueza e a importância de um país eram
avaliadas pela quantidade de metais(moedas) que
conseguisse acumular.
4. Monopólio. A metrópole tinha exclusividade com o
comercio com a colônia.
M EIOS
DO CAPITALISMO COMERCIAL À
REVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

• Capitalismo industrial
Essa fase se estendeu do século XVIII ao XX, foi
marcada pela Primeira e pela Segunda Revolução
Industrial e pela partilha da África e da Ásia entre as
potências colonialistas européias – o imperialismo.
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• Capitalismo industrial
A produção industrial tornou-se a maior fonte de
lucro, e o trabalho assalariado passou a ser a relação
típica do capitalismo: quem recebia salário acabava
consumindo os produtos que ajudava a fabricar.
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• Capitalismo industrial
O trabalho tornou–se mercadoria. Aquele que não
possuía meios de produção, nem capital, vendia a sua
mercadoria, ou seja, a sua força de trabalho.
Capitalismo Industrial
• Teve início com a Revolução Industrial na Inglaterra
no início do século XVIII.
• Com as indústrias, houve um aumento na circulação
de pessoas e mercadorias, devido à expansão da
rede de transportes.
• Nesta fase do capitalismo a economia funciona
segundo a lógica de mercado, com a intervenção do
Estado cada vez menor na produção e comércio.
Imagem, de 1889, ironiza a história , afirmando que ela se repete : os ladrões do povo da Idade
Média deram lugar aos donos das fábricas do mundo industrial . Repare na diferença de tipo
físico dos proprietários e trabalhadore s: gordos- fartu ra ; magros - miséria .
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• Capitalismo industrial
A DIT da fase do capitalismo industrial, na realidade mudou
muito pouco em relação à do capitalismo comercial. A diferença
principal é que as metrópoles passaram a ser industrializadas.
Matérias-primas
COLÔNIAS METRÓPOLES
Produtos industrializados
Segundo Karl Marx (1818-1883), um dos maiores críticos do
capitalismo, o lucro dos proprietários dos meios de produção
advinha da prática da mais-valia. Na sociedade capitalista, o
empregado produz mais lucro para o patrão do que o salário que
lhe é pago.

Por exemplo: o trabalhador tem uma jornada de seis horas diárias;


entretanto, em cinco horas, ele produz um valor equivalente ao
salário de seis horas, sendo o valor da outra hora apropriado pelo
capitalista. Em resumo, o que é produzido nessa sexta hora é a
mais--valia: o trabalho não pago ao operário e que é transformado
em lucro pelo proprietário dos meios de produção ou capitalista.
Doutrina: Liberalismo
• Defendida pelo economista inglês Adam
Smith, o liberalismo pregava a não
intervenção do Estado na economia e a “mão
invisível” do mercado.
• Novas tecnologias: derivados de
petróleo/eletricidade .
• Fragmentação do processo produtivo.
Segundo os princípios liberais, o capitalismo é um sistema de
livre iniciativa, cujo objetivo é o maior lucro possível. Trata-se de
uma economia de mercado regulada pela lei da oferta e procura,
em que a concorrência estimula os empresários a reduzir custos
e a investir em constantes inovações técnicas e tecnológicas.
No fim do século XIX, uma Segunda Revolução Industrial
transformou outra vez a economia e a sociedade das potências
europeias. A utilização de importantes descobertas científicas
(automóvel, telefone) e de novas fontes de energia (petróleo e
eletricidade), além do surgimento de uma nova organização de
trabalho (especialização do trabalhador em uma etapa de
produção), permitiram um grande desenvolvimento à produção
industrial, ao comércio e aos transportes. Como consequência, as
trocas comerciais se intensificaram, e alguns países fora da
Europa se industrializaram: Estados Unidos, Canadá, Japão.

Ao mesmo tempo, as empresas experimentavam novas fórmulas


financeiras e empresariais. O capitalismo industrial tornava-se
também financeiro e mais tarde, monopolista, quando bancos,
corretoras de valores e grandes empresas iniciaram o processo de
concentração de capital.
A imagem retrata mulheres
trabalhando em linha de trabalhando em linha de
produção em série numa fábrica de Birmingham,
Inglaterra, no século XIX.
Ilustração de 1851.
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


Desenvolveu-se após a Primeira Guerra Mundial (1914-
1918).
O capital acumulado nas etapas anteriores precisava de
outras atividades, além da atividade industrial, para ser
multiplicado. Foi quando se desenvolveu os bancos, as
corretoras de valores e grandes grupos empresariais e se
iniciou o processo de concentração de capital.
A união do capital industrial com o capital de
financiamento (bancário) deu origem ao capital financeiro,
que é a própria essência do capitalismo.
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


A concentração de capital nas mãos de poucas
pessoas ou empresas trouxe, como conseqüências, a
monopolização e, depois, a oligopolização de vários
setores da economia, que passaram a ser dominados
por grandes grupos econômicos.
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


O monopólio ocorre quando uma empresa domina a
oferta ,de determinado produto ou serviço. Uma
forma mais aprimorada de monopólio é o oligopólio,
quando um grupo de empresa domina o mercado de
determinado produto ou serviço.
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


- Estado-empresário e planejador
Nesta terceira fase do capitalismo, o liberalismo
econômico foi perdendo terreno, até ser provisoriamente
esquecido, após a crise de 1929, decorrente da queda da
Bolsa de Valores da Nova York.
A partir de então, o Estado assumiu duplo papel como
agente econômico: o de empresário, como proprietário de
empresas (estatais), e o planejador. Assim, passou na
intervir diretamente na economia.
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


• O principal teórico e defensor da intervenção estatal
na economia oligopolizada foi o inglês John Maynard
Keynes (1883-1946). Sua teoria, que ficou conhecida
como keynesianismo, propunha a intervenções do
Estado na vida econômica com o objetivo de garantir
o pleno emprego.
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


Na década de 1980, as idéias do liberalismo clássico foram
retomadas. Mas, depois da lição crise de 1929, foram vistas
com um pouco mais de cautela.
O neoliberalismo prega a não intervenção do Estado na
economia, a não ser para controlar as crises. A política
neoliberal cresceu e praticamente dominou a economia na
década de 1990.
O
é a u n i ã oc asrte c r e t a
d e e m el p r e s a s d o
m e s m o r a m o d e
n e g ó c io s , q u e
e s t a b e l e c e m e n t r e
s i a c o r d o s par a
f ix a r u m m e s m o
pr e ç o p a r a s e u s
p r o d u t o s . Co m a
t a b e l a ç ã o d o m e s m o
pr e ç o e n t r e o s
p r o d u t o s d e
d if e r e n t e s
e m p r e s a s , e l a s
a c a b a m c o m a
c o n c o r r ê n c ia e n t r e
s i, o u s e j a , q u e m s a i
p r e j u d ic a d o é o
c o n s u m id o r , q u e
Trustes
s ã o a s s o c ia ç õ e s d e
e m p r e s a s q u e s u r g ir a m a
p a r t ir d a f u s ã o d e
v á r ia s e m p r e s a s q u e j á
c o n t r o l a v a m a m a io r
p a r t e d o m e r c a d o .
Po r t a n t o , t r u s t e s s ã o
f o r m a d o s q u a n d o
p r o p r ie t á r io s d e
em p r e s a s c o n c o r r e n t e s
s e t o r n a m s ó c io s d e u m a
ú n ic a g r a n d e e m p r e s a .
A s s im , p a s s a m a
A p a r t ir d o m o m e n t o q u e
g r a n d e s e m p r e s á r io s , n o
l u g a r d e m o n t a r s u a s
p r ó p r ia s in d ú s t r ia s ,
p a s s a m a c o m p r a r a ç õ e s
d e e m p r e s a s d e u m m e s m o
r a m o d e n e g ó c io , s u r g e m
a s D e s s a m a n e ir a ,
o s e m h polding
r e s á r io s c o m e ç a m a
c s.o n t r o l a r a ç õ e s d e d u a s
o u t r ê s e m p r e s a s
co n c o r r e n t e s , q u e
pr o d u z e m u m m e s m o
p r o d u t o . Po r t a n t o , s e u m
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At u a l m e n t e , n o Br a s i l , a
f o r m a ç ã o d e c a r t é is e
t r u s t e s f o i p r o ib id a p o r l e i,
m a s a l g u n s s e t o r e s a in d a
c o n t in u a m f o r m a n d o o s
c a r t é is p a r a p a d r o n iz a r o
p r e ç o d o s m e s m o s p r o d u t o s ,
e v it a n d o a c o n c o r r ê n c ia . O
g o v e r n o b r a s il e ir o c r io u u m
ó r g ã o d o M in i s t é r i o d a J u s t iç a ,
o C o n s e l h o A d m in i s t r a t iv o d e
D e f e s a E c o n ô m ic a , p a r a e v i t a r
a f o r m a ç ã o d o s t r u s t e s . J á
a s holdings c o n t i n u a m c o m o
p r á t ic a e f e t iv a n a s b o l s a s d e
v a l o r e s , q u e c o n t r o l a m o s
m e r c a d o s d a s a ç õ e s d a s
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


Durante o capitalismo financeiro surgiu três DITs
bem diferentes.
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• Capitalismo financeiro ou monopolista
- DIT do imperialismo. Entre período que vai do final da
Primeira Guerra Mundial (1918) até o final da Segunda (1945),
algumas potências ocidentais (Inglaterra, França e Holanda) ainda
mantinham suas colônias na Ásia e na África. Portanto, a divisão
internacional do trabalho permanece a mesma da fase do
imperialismo ou capitalismo industrial.
Matérias-primas
COLÔNIAS METRÓPOLES
Produtos industrializados
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• Capitalismo financeiro ou monopolista


- DIT clássica. Com a descolonização da Ásia e da África
(1947-1975), os novos países surgidos nesses continentes
passaram a fazer parte, ao lado das antigas colônias da América,
do conjunto dos países subdesenvolvidos. Estabeleceu-se,
então, o que dominamos de DIT clássica, que caracteriza as
relações entre os países desenvolvidos e os países
subdesenvolvidos não industrializados.
Matérias-primas
PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS PAÍSES
NÃO INDUSTRIALIZADOS DESENVOLVIDOS
Produto industrializados,
investimentos e concessão
de empréstimos
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- DIT da nova ordem Mundial. Nesse mesmo período, com a
industrialização de alguns países subdesenvolvidos, uma outra DIT passou
a conviver com a DIT clássica. É a que expressa o relacionamento entre os
países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos industrializados.
Produtos industrializados, tecnologia e
capital – empréstimos e investimentos
(produtivos e especulativos)
PAÍSES PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS
DESENVOLVIDOS INDUSTRIALIZADOS
Matéria-prima, produtos industrializados e
capital – lucros das transnacionais e do capital
especulativo, pagamento de juros e da dívida externa,
royalties pela propriedade intelectual

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