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ACT

• CONTEXTUALISMO FUNCIONAL
• FUSÃO COGNITIVA OU LITERALIDADE
• EVITAR
• DAR RAZÃO
• AVALIAR
• INTERVENÇÃO
• DESESPERANÇA CRIATIVA
• O CONTROLE É O PROBLEMA, NÃO A SOLUÇÃO
• ACEITAÇÃO
• DESFUSÃO
• AÇÕES COM COMPROMISSO
• CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRATICA DA ACT
As artimanhas que usamos para escapar da
aflição nos desviam de nossos objetivos de vida.
E é por eles que vale a pena viver.
Steven C. Hayes (2006)
Introdução
• A Terapia de Aceitação e Compromisso (Acceptance
and Commitment Therapy - ACT) foi desenvolvida por
Steven C. Hayes, no final dos anos de 1980, em meio às
suas investigações sobre comportamento governado
por regras e equivalência de estímulos.
• destaque tanto pela grande quantidade de estudos e
pesquisas como por tratar de sentimentos, sensações e
pensamentos com uma nova proposta.
CONTEXTUALISMO FUNCIONAL
• [...] é a visão de mundo que considera os fenômenos
como um todo e pertencentes a um contexto. Tudo
aquilo que acontece não pode ser visto isoladamente,
o fenômeno está intimamente relacionado e coexiste
com seu contexto (Pepper, 1942).
Assim, para entendermos o comportamento humano,
temos que olhar para a situação em que ele ocorre.
• P.179

CONTEXTUALISMO FUNCIONAL
• A metáfora que exemplifica essa visão de
mundo é o evento histórico. O contexto é
sempre atual e histórico, isto é, o arranjo
ambiental presente no momento em que o
fenômeno acontece e a história que esse
fenômeno traz constituída nas experiências
anteriores
CONTEXTUALISMO FUNCIONAL
• Na piada “Por que a galinha atravessou a
rua?”, um contextualista funcional
responderia: “porque a galinha
estava lá, porque a rua estava lá e por todas as
vezes que ela já atravessou”.
CONTEXTUALISMO FUNCIONAL
• Baseia-se no PRAGMATISMO
• Considera-se verdade aquilo que funciona e que atende a um
objetivo. O objetivo é prever e influenciar os fenômenos, logo,
os conceitos que atendem a esse objetivo são considerados
verdadeiros
• conceitos explanatórios da ACT são os da Análise do
Comportamento, incluindo a Teoria das Molduras Relacionais
(cap.6)
• “Quando algo acontece, acontece em uma determinada
situação dentro de uma história.” (p. 180)
MODELO DE PSICOPATOLOGIA
• Para a ACT, a psicopatologia ou o sofrimento é
inflexibilidade psicológica (Hayes, Strosahl, &
Wilson, 1999/2012). Significa restrição de
repertório, o indivíduo com uma gama
reduzida de possibilidades de ações
MODELO DE PSICOPATOLOGIA
• Para a ACT, a psicopatologia ou o sofrimento é
inflexibilidade psicológica (Hayes, Strosahl, &
Wilson, 1999/2012). Significa restrição de
repertório, o indivíduo com uma gama
reduzida de possibilidades de ações
MODELO DE PSICOPATOLOGIA
MODELO DE PSICOPATOLOGIA
• O PUDIM e a origem do sofrimento.
• Conceitualmente, temos duas problemáticas enquanto
seres humanos: precisão e tempo.
– o pudim estragado era só o pudim número
um. Como saber se iremos nos frustrar de novo? Como saber
quando devemos nos aventurar ou quando estamos insistindo
no erro? Eis a
questão da precisão, ou controle de estímulo.
– A outra questão fundamental é o tempo. Nossas ações são
afetadas por aquilo que acontece logo em seguida. Quanto mais
rápida for a consequência de uma ação, mais ela controlará a
ação
MODELO DE PSICOPATOLOGIA
• A experiência dolorosa, ou sofrimento limpo, é algo inerente à
vida.
• O “se fechar”, a restrição no repertório, a inflexibilidade
psicológica, a diminuição das possibilidades de ação, isso é o
sofrimento, ou sofrimento sujo (de segunda ordem) na ACT.
Este gera os problemas psicológicos, as restrições às
fontes de reforçamento positivo e, em maior grau, as
psicopatologias
• Sofrimento é a restrição das ações geradas por:
• Eventos fisicamente semelhantes com a situação aversiva
original (generalização).
• Eventos equivalentes à situação aversiva original.
• Eventos relacionados à situação aversiva original
MODELO DE PSICOPATOLOGIA
• alguns contextos propiciam essa restrição no
repertório:
– fusão cognitiva ou literalidade,
– evitar,
– avaliar
– e dar razão.
FUSÃO COGNITIVA OU LITERALIDADE
• Refere-se à nossa habilidade verbal, considerar uma
palavra como o objeto a que se refere. Isso é
extremamente útil evolucionariamente.
• “[...] Porém, quando temos um treino excessivo de
considerar as palavras como realidade, principalmente
quando elas se referem a nós e aos nossos
comportamentos de dentro da pele
(sentimentos, pensamentos, sensações corpóreas e
memórias), isso implica outras consequências.
Podemos nos sentir mal só de ouvir falar
nos nossos “pudins”.”
FUSÃO COGNITIVA OU LITERALIDADE
• Podemos, por meio das palavras, lembrar-nos de
acontecimentos de anos passados e sofrer. Podemos
ouvir falar de situações e nos angustiar.
• Em todos esses casos, o que está presente são apenas
palavras, e não as situações aversivas, mas nós temos
reações emocionais da mesma qualidade como se o
acontecimento doloroso estivesse ocorrendo naquele
momento.
FUSÃO COGNITIVA
• Quando brigamos com alguém, podemos ter pensamentos e
sentimentos negativos em relação à pessoa. Quando o treino de
literalidade é forte, podemos considerar que a pessoa é realmente
uma pessoa odiosa, e não que esses sentimentos e pensamentos
ocorrem em virtude de alguma ação específica em uma situação
específica.
• Semelhantemente, podemos ter sensações em situações difíceis de
que nada vai dar certo, de que a vida é ruim e cinza. Quando o
treino de literalidade é forte, nessas circunstâncias, o indivíduo
altera todo o seu repertório, como se esses pensamentos e
sentimentos fossem um fato, e não produtos de uma situação
específica que, eventualmente, passa
FUSÃO COGNITIVA
• Esse é um dos motivos pelos quais a ACT
propõe tantos treinos
de observação de eventos encobertos.
• O objetivo é identificar esses comportamentos
(sentir e pensar) e observar sua transitividade.
EVITAR
• Evitar é a restrição no repertório, a limitação de ações,
o que empobrece a vida. Ocorre quando nos
deparamos com um estímulo aversivo. Novamente, é
extremamente útil e fundamental que façamos algo
para nos livrar do que nos é ruim. Porém, quando há
um evento aversivo, há na verdade uma classe de
eventos que se transformam em aversivos - os que se
parecem fisicamente com ele (generalização), os que
pertencem a relações de igualdade (estímulos verbais e
outros equivalentes) e outros estímulos relacionados.”
EVITAR
• Na história do pudim, o mal-estar surge na presença de
doces parecidos com pudins, ou que dizem ter gosto
parecido, na palavra pudim, além de outros pudins. As
próprias sensações e sentimentos passam a ser
sentidos como ruins e aversivos por aparecerem
sempre acompanhados desses estímulos
(pareamento). Assim, evitamos não só os estímulos,
mas também sensações e sentimentos. Isso é
particularmente danoso. Evitar sensações, sentimentos
e pensamentos, isto é, eventos que ocorrem dentro de
nossa pele, é o que a ACT chama de esquiva
experiencial e é a causa dos problemas psicológicos.
EVITAR
• Há diversas formas de evitar eventos encobertos (nos
esquivarmos de nossas experiências íntimas):
– distração, negação, alienação, medicação, drogas,
alimentos ou consumo em geral, e virtualmente qualquer
ação pode ser feita para desviar do sentimento, da
sensação ou do pensamento doloroso.
– Todos esses comportamentos, em outras circunstâncias,
podem ser ações prazerosas que não estejam a serviço de
eliminar uma sensação ou sentimento, mas são, em geral,
bem comuns como esquiva experiencial. Para identificar as
suas próprias esquivas experienciais, basta observar o que
você faz no momento em que tem uma sensação, um
sentimento ou um pensamento desagradável.
EVITAR
• A esquiva experiencial é a fonte dos problemas psicológicos,
• pois quando nos esquivamos do que sentimos ou pensamos não
estamos evitando a situação aversiva original, mas apenas o efeito
dela.
• O efeito de uma situação aversiva é de extrema importância para
solucionarmos essa condição.
• Por exemplo, quando nossa mão está no
fogo, sentimos a sensação de queimadura, de calor. [...] A sensação
de queimadura é extremamente importante para tirar a mão do fogo.
Se o psicólogo tivesse esse poder — de sumir com sentimentos e
sensações —, estaríamos impossibilitando que a pessoa perceba as
situações prejudiciais de sua vida. Em outras palavras, sem a
sensação de queimadura, a mão do cliente iria tostar.
• O que acontece é que, quando evitamos os eventos encobertos,
as sensações de mal-estar passam temporariamente e isso é sentido
como um alívio. O reforço negativo que ocorre faz com que evitemos
esse sentimento ou sensação, porém a situação original problemática
continua presente, e eventualmente condições semelhantes produzirão
novamente o mal-estar. E irônico, pois temos uma situação-problema
que produz uma sensação desagradável (que tem a função de nos lembrar
de que algo necessita ser feito), e fugimos da sensação e não do
problema. Isso ocorre porque a consequência imediata de alívio, muitas
vezes, nos controla mais do que outras ações que terão boas
consequências em médio e longo prazo. Eis a questão do tempo.
DAR RAZÃO
• Em virtude de sermos afetados mais pelas consequências imediatas e
menos pelas de longo prazo, a cultura foi desenvolvendo práticas
de esquiva das situações aversivas imediatas.
• Como geralmente os estímulos aversivos imediatos são os sentimentos, as
sensações e os pensamentos, evitá-los passou a ser uma prática,
justificamos dessa forma:
“não saí, pois estava triste/não estava me sentindo bem”, “briguei
porque estava com raiva”, “deixei de fazer isso porque estava cansado”,
etc.
• Observe que a tristeza, a raiva ou o cansaço não surgiram apenas,
eles são produtos de outras situações que os geraram. Essa atribuição de
causa para os sentimentos é a prática cultural denominada “dar razão”,
que propicia a esquiva experiencial
AVALIAR
• Avaliar é uma ação de observar dois estímulos,
abstrair alguma característica deles e relacioná-las.
Esse comportamento complexo é fruto de um vasto
treino que ocorre no decorrer da vida, de ficar sob
controle de determinada característica dos eventos e
atribuir um valor por isto. Em outras palavras, é
julgar.
AVALIAR
• Muitas sensações são fisiologicamente semelhantes, e até sensações análogas,
quando avaliadas, podem gerar restrições no repertório.
Um caso clássico é a síndrome do pânico. Uma vez tido o ataque do pânico,
composto por um conjunto de sensações de medo e desespero, o indivíduo pode
desenvolver a síndrome, que é o medo de ter medo.
Geralmente, a pessoa passa a evitar lugares e situações semelhantes àquela em
que teve o ataque,
• Nesse exemplo de síndrome, o sentimento e a sensação são fortemente avaliados
como negativos e indicadores de perigo. As ações do
indivíduo são limitadas para fugir, evitar e “tratar” essas sensações. O
que acontece é que a batida no coração ou qualquer outra sensação é
sentida, observada, e as ações da pessoa ficam sob controle de uma característica
específica (batida ou aperto), que foi pareada com o evento aversivo
do ataque.
AVALIAR
• Outro exemplo é quando uma criança está na
escola e faz um desenho. Naquele momento,
suas reações emocionais frente ao desenho
são positivas. Caso essa criança tenha um treino
em sua família de avaliar como melhor ou pior,
ela pode olhar para o desenho do lado, comparar
e ficar triste com o seu desenho, que é
considerado pior do que o do seu amigo. Esse
treino de avaliar é feito pela própria família ou
pelo ambiente ao qual a criança tem acesso.
INTERVENÇÃO
• de um evento aversivo, o que chamamos de
sofrimento limpo, ou de primeira ordem ou direto,
surge uma série de outros estímulos e respostas que
viram aversivos - o sofrimento sujo (ou de segunda
ordem, indireto).
• O sofrimento limpo, da contingência direta, fatalmente
irá ocorrer na vida. Doença, morte, perdas, decepções.
Basta estar vivo para morrer.
• Porém com o sofrimento sujo, indireto, pode-se fazer
algo a respeito.
INTERVENÇÃO
• 1. Treinar ficar no momento presente, sob controle das
funções diretas dos estímulos e não das adquiridas em
contingências passadas.
• A segunda estratégia será aceitar essas reações emocionais
(sensações, sentimentos, pensamentos e memórias) frente
ao doce, para
que não precisemos fugir e possamos fazer outra coisa que
não limitar nossa experiência com o mundo.
• definir o que é importante para nós e
ir atrás, mesmo que as consequências demorem.
O eixo do meio diz
respeito à primeira
estratégia de treinar
ficar
sob controle do
momento presente e
como se perceber
nesse momento
(self com o contexto).
O lado esquerdo é a
segunda estratégia,
que implica
aceitação do que
acontece dentro da
nossa pele (Aceitação)
e como percebemos
esses eventos como
comportamentos, e
não literalmente
(Desfusão).
O lado direito
contempla a
terceira estratégia
de clarificar o que
nos é importante (
Valores) e como ir
atrás disso (Ações
com
Compromisso).
• a terapia começa com duas etapas iniciais
introdutórias que não constam no hexágono:
• a Desesperança Criativa
• e O Controle é o Problema e não a Solução.
DESESPERANÇA CRIATIVA
• O objetivo da Desesperança Criativa é a observação das
esquivas experienciais. Em outras palavras, é a observação do
repertório de esquiva dos eventos de dentro da pele
(pensamentos, sentimentos, sensações e memórias) que
surgem frente à enorme gama de estímulos transformados
em aversivos por nossas experiências anteriores, na frente de
todos os pudins, manjares e doces a fins.
• Essa observação não é um relato, mas uma observação das
contingências com as respostas de esquiva,
sua consequência imediata de alívio, a posterior ressurgência
de estímulos aversivos e a necessidade de esquivar
novamente.
DESESPERANÇA CRIATIVA
• É desesperança, pois constitui um círculo vicioso
em que fugimos do que pensamos e sentimos na
hora, mas não resolvemos o problema original
causador de
sofrimento que envolve enfrentar tais
pensamentos, sentimentos e sensações.
• Essa possibilidade de ação, que é a aceitação,
necessita dessa motivação gerada pelo desespero
nas antigas formas de agir se esquivando, porque
significa enfrentar as sensações, os sentimentos e
os pensamentos que usualmente se quer evitar
DESESPERANÇA CRIATIVA
• O cliente chega à terapia querendo não mais se
sentir ansioso, depressivo, angustiado, triste, raivoso,
irritado ou cansado.
• Para que ele entenda que ironicamente sua vida
melhorará quando ele topar sentir-se assim, terá que
perceber que fugir dos sentimentos e pensamentos
não funciona em médio e longo prazo, apenas
momentaneamente.
DESESPERANÇA CRIATIVA
• E aversiva porque a vida da pessoa está aversiva e
não pelo procedimento em si.
• Por isso é necessário que o terapeuta dê espaço para
que a pessoa se veja e se sinta mal com suas
esquivas experienciais.
• Isso é importante também porque valida o que o
indivíduo vem sentindo e passando em sua vida. Ele
está sendo visto ao mesmo tempo em que está
observando sua vida.

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