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Conteúdo programático,

tributos e espécies
tributárias
Profª. Dra. Marcela Cunha Guimarães
Mestre e Doutora em Direito Tributário pela PUC/SP
Professora da Universidade Federal de Uberlândia
Professora do IBET (Instituto Brasileiro de Estudos Tributários)
Advogada Sócia da Banca Marcela Guimarães Sociedade de Advogados
DIREITO TRIBUTÁRIO
X
DIREITO FINANCEIRO

PONTOS COMUNS E DIFERENÇAS


ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

A atividade financeira do Estado


desenvolve-se, basicamente em três
áreas:
• RECEITA: Obtenção de recursos
• ORÇAMENTO (GESTÃO): Administração
dos recursos
• DESPESA: Aplicação dos recursos no
pagamento das verbas autorizadas no
orçamento anual.
LRF (LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL)

A atividade financeira é atualmente regida pela


Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000), LRF a
tão falada lei de responsabilidade fiscal. (Esta lei
estabelece normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal.
OBJETO DA LEI DE RESPONSABILIDADE
FISCAL
As normas da LRF dispõe basicamente sobre:
• Orçamento público - rigoroso equilíbrio
entre receita e despesa;
• Receita pública - previsão e arrecadação;
• Despesa pública - definições e limites;
• Gestão patrimonial;
• Transparência na gestão fiscal - escrituração,
consolidação de contas, relatórios, prestação
de contas e fiscalização.
DIREITO TRIBUTÁRIO

• O nome direito tributário está consagrado para


designar a disciplina jurídica que trata dos
tributos.

LOGO PRECISAMOS SABER:

O QUE É TRIBUTO ?
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO

Art. 3º, do Código Tributário Nacional: Tributo é


toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
TRIBUTO COMO PRESTAÇÃO COMPULSÓRIA

Pretendeu dizer o legislador que tal obrigação


independe da vontade do sujeito passivo
(contribuinte), ainda que contra seu interesse.
Dessa forma, concretizado o fato previsto na
norma jurídica, nasce o elo jurídico mediante
alguém ficará adstrito ao comportamento
obrigatório de uma prestação pecuniária.
COMPULSORIEDADE

Obrigações Ex Voluntate

Exemplo: uma doação, um contrato de compra e


venda.

Ao contrário, quando se trata de obrigação


tributária, não é o elemento vontade que
caracterizará esta obrigação, ou seja a vontade
de querer ou não recolher determinado tributo,
é irrelevante.
COMPULSORIEDADE

Obrigação tributária Ex Lege

É aquela que decorre de expressa disposição


legal. Vale dizer, desde que se tenha praticado o
fato que a lei designou como hábil a gerar o
pagamento de determinado tributo, tem o
sujeito passivo o dever de pagá-lo.
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA (Em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir)
Deve ter tal prestação conteúdo econômico.

O direito tributário desconhece tributos in


natura e in labore.

Tributo in natura seria aquele estabelecido sem


qualquer referência a moeda. Por exemplo: um
imposto sobre a venda de soja cuja a lei
instituidora determinasse que por cada saco de
soja vendido o vendedor entregaria, a título de
tributo, meio saco de soja ao Estado.
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA (Em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir)

 Tributo in labore seria aquele instituído


também sem qualquer referência a moeda.
Por exemplo: um imposto sobre a atividade
profissional cuja lei instituidora determinasse
que todo profissional liberal seria obrigado a
dar um dia de serviço por mês à entidade
tributante.
QUE NÃO CONSTITUA SANÇÃO DE ATO
ILÍCITO
O fato escolhido pelo legislador como hábil a gerar
a obrigação tributária deve ser considerado pelo
ordenamento jurídico como lícito.

FATOS LÍCITOS – PRESCRIÇÕES JURÍDICAS


FATOS ILÍCITOS – SANÇÃO

Exemplo: não poderia instituir o imposto "PTF",


imposto sobre o tráfico de drogas, pois tal
atividade é considerada ilícita.
INSTITUÍDO EM LEI

"Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de


fazer alguma coisa, senão em virtude de lei” é o
cânone da legalidade, inscrito no art.5º, da
Constituição Federal.

E reforçando o mandamento repetiu o legislador


especificamente para o Direito Tributário, no
artigo 150, I:
INSTITUÍDO EM LEI

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o


estabeleça;
O QUE É LEI EM SENTIDO ESTRITO ?
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
DEMARCA COMPETÊNCIA

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (CTN) (ART.146,


III da CF):
ESTABELECE NORMAS GERAIS DE DIREITO
TRIBUTÁRIO

LEIS ORDINÁRIAS – ENTES POLÍTICOS:


CRIAM TRIBUTOS
TRIBUTO: PODER LEGISLATIVO

TRIBUTOS MUNICIPAIS
CÂMARA DOS VERADORES

TRIBUTOS ESTADUAIS
ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS

TRIBUTOS FEDERAIS
CONGRESSO NACIONAL
COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE
ADMINISTRATIVA VINCULADA

O agente administrativo ao cobrar o


tributo deve agir em consonância com o
disposto na lei. Dessa forma, ele não pode agir
como bem entender segundo elementos
subjetivos.
ATIVIDADE VINCULADA

Atividade vinculada é aquela em cujo


desempenho a autoridade administrativa não goza
de liberdade para apreciar a conveniência nem a
oportunidade de agir.
Assim, a lei não estabelece apenas um fim a
ser alcançado, a forma a ser observada e a
competência da autoridade para agir. Para além
disso, estabelece o momento, vale dizer, o quando
agir e o conteúdo da atividade.
Portanto, não deixa margem à apreciação da
autoridade, que fica inteiramente vinculada ao
comando legal.
ATIVIDADE DISCRICIONÁRIA

Atividade discricionária é aquela em cujo


desempenho a autoridade administrativa dispõe
de liberdade para decidir sobre a conveniência e
a oportunidade de agir e sobre como agir.
ATIVIDADE ARBITRÁRIA

Atividade arbitrária é aquela em que a


autoridade age sem observar qualquer limite, ou
seja, sua liberdade é absoluta.

A ARBITRARIEDADE IMPLICA EM INFRAÇÃO DA


LEI.

GERA DIREITO A IMPETRAR MANDADO DE


SEGURANÇA.
RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
FATOS ECONÔMICOS LÍCITOS PREVISTOS NA
CONSTITUIÇÃO SOBRE OS QUAIS OS ENTES
POLÍTICOS PODEM INSTITUIR TRIBUTO.

EXEMPLOS:
EXERCER O PODER DE POLÍCIA (TAXA)
AUFERIR RENDA/ PROVENTOS QUALQUER NAT.
(IR)
AUFERIR RECEITA/FATURAMENTO (PIS/COFINS)
RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA

 O direito positivo (objeto de estudo da Ciência


Jurídica) visa regular condutas.

Norma jurídica: mínimo irredutível do deôntico.

RMIT: norma jurídica de incidência tributária em


sentido estrito
RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA

H C
Hipótese Consequência

Fato em abstrato;
Descrição de um
fato;
Comportamento.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS À LUZ DO CTN
(1966)

Art. 4º, do Código Tributário Nacional:


A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais
adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS À LUZ DO CTN
(1966)

1) Impostos
2) Taxas
3) Contribuição de Melhoria
4) Empréstimo Compulsório
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO À LUZ DA
CF/88
VINCULAÇÃO: HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA (FATO
GERADOR)
Vinculados X Não-vinculados

DESTINAÇÃO
Com Destinação x Sem-destinação

DEVOLUÇÃO
Sujeito a devolução x não-sujeito a devolução
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS – CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988

1) IMPOSTOS
2) TAXAS
3) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
4) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
5) CONTRIBUIÇÕES
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES -
VINCULAÇÃO – HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

VINCULADO: QUANDO O TRIBUTO É COBRADO EM RAZÃO DE


UMA PRESTAÇÃO ESTATAL.
Exemplo: Taxa – Tributo é cobrado porque o Ente Político presta
ao contribuinte um serviço público específico e divisível

POR ESTA RAZÃO, DIZ-SE TRIBUTO VINCULADO A UMA


CONTRA-PRESTAÇÃO ESTATAL.

TRIBUTOS DIRETAMENTE VINCULADOS

TRIBUTOS INDIRETAMENTE VINCULADOS


DESTINAÇÃO

QUANDO A LEI DETERMINA


EXPRESSAMENTE O DESTINO DO
TRIBUTO ARRECADADO
Exemplo: Extinta CPMF

Atributo típico das Contribuições


DEVOLUÇÃO

QUANDO O TRIBUTO, MESMO TENDO SIDO


PAGO DEVIDAMENTE, DEVE SER RESTITUÍDO.

Exemplo: Empréstimo Compulsório.


IMPOSTOS DA UNIÃO
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros – II;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais
ou nacionalizados – IE;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados – IR;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas
a títulos ou valores mobiliários – IOF;
VI - propriedade territorial rural – ITR;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei
complementar – IG.
IMPOSTOS DA UNIÃO
Art. 154. A União poderá instituir:
IMPOSTO RESIDUAL
I - mediante lei complementar, impostos não previstos
no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos
e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos discriminados nesta Constituição;
IMPOSTO DE GUERRA
• II - na iminência ou no caso de guerra externa,
impostos extraordinários, compreendidos ou não em
sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de
sua criação.
IMPOSTO RESIDUAL
HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA AINDA NÃO PREVISTAS
NA CF/88
Ex.: Cessão de uso

LEI COMPLEMENTAR
Congresso Nacional maioria absoluta

NÃO-CUMULATIVO
O contribuinte deve compensar o tributo pago na
entrada da mercadoria com o valor devido por
ocasião da saída, incidindo a tributação somente
sobre valor adicional ao preço.
IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO OU DE
GUERRA

LEI ORDINÁRIA;
CONDIÇÃO DA INSTITUIÇÃO: GUERRA
EXTERNA OU SUA IMINÊNCIA;
FATOS LÍCITOS;
DA COMPETÊNCIA OU NÃO DA UNIÃO;
DEVE SER RETIRADO DO SISTEMA QUANDO
CESSADO A CAUSA DA SUA INSTITUIÇÃO.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO X IMPOSTO
EXTRAORDINÁRIO
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO
LEI COMPLEMENTAR LEI ORDINÁRIA
DEVOLUÇÃO NÃO HÁ DEVOLUÇÃO
1) despesas extraordinárias Guerra externa ou sua
decorrentes de calamidade iminência.
pública, de guerra externa ou
sua iminência;
2) no caso de investimento
público de caráter urgente e
de relevante interesse
nacional, observado o
disposto no artigo 150, III, b.
CARACTERÍSTICAS DOS IMPOSTOS

Hipótese de Incidência: prevê determinada


obrigação que não está ligada a nenhuma
contraprestação estatal, referida ao contribuinte.

Art. 16, CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação


tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

Base De Cálculo: qualquer fato lícito, que se


possibilite a observância da capacidade contributiva.
IMPOSTOS: PROIBIÇÃO DE DESTINAÇÃO
DESTINAÇÃO: vedação de destinação legal específica,
artigo 167, IV, a não ser nos casos expressos previstos na
CF.

Art. 167, Constituição Federal. São vedados:


IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e
159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a
prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem
como o disposto no § 4º deste artigo; (NR) (Redação dada
ao inciso pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003, DOU 31.12.2003, com efeitos a partir de 45
dias da publicação)
IMPOSTOS: NÃO HÁ DEVOLUÇÃO

Restituição: não há prévia previsão legal


de devolução do produto arrecadado.
TAXA – COMPETÊNCIA ART. 145, II, CF/88

QUEM COMPETE INSTITUIR :


União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios

ATRAVÉS DE QUAL LEI ?


ORDINÁRIA
SERVIÇO ESPECÍFICO E DIVISÍVEL – ART.
79, II E III DO CTN

ESPECÍFICO: SERVIÇOS que possam ser destacado


em unidades autônomas de intervenção, de
utilidade ou de necessidade públicas.

DIVISÍVEL: Quando o serviço seja suscetível de


utilização, separadamente, por parte de cada um
dos seus USUÁRIOS.
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DA TAXA (FATO
LÍCITO)
PRESTAÇÃO PELO ENTE TRIBUTANTE:
EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA: TAXA DE
POLÍCIA

1) PRESTAÇÃO EFETIVA DE SERVIÇO ESPECÍFICO E


DIVISÍVEL , OU
2) COLOCAÇÃO A DISPOSIÇÃO (PRESTAÇÃO
POTENCIAL) DE SERVIÇO ESPECÍFICO E
DIVISÍVEL : TAXA DE SERVIÇO
UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO – ART. 79, I, “a”
e “b” do CTN

a) EFETIVA: quando pelo contribuinte usufruído


a qualquer título;

b) POTENCIAL: potencialmente, quando, sendo


de utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa
em efetivo funcionamento.
CASO PRÁTICO

TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

TAXA DE LIXO
TAXA/PREÇO PÚBLICO OU TARIFA –
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
TAXA PREÇO/ TARIFA

REG.JUR.TRIBUTÁRIO REG.JUR.CONTRATUAL (DIR. PRIVADO)


(DIR.PÚBLICO) - SUJEI
COBRANÇA COMPULSÓRIA DECORRE AUTONOMIA VONTADE
SURGE DA LEI
NÃO ADMITE RESCISÃO ADMITE RESCISÃO

PODE SER COBRADA PELA UTILIZAÇÃO SOMENTE A EFETIVA UTILIZAÇÃO ENSEJA A


POTENCIAL COBRANÇA

COBRANÇA PODE/NÃO SER COBRANÇA DEVE SER PROPORCIONAL A


PROPORCIONAL UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
SUJEITA AOS PRINCÍPIOS JURÍDICOS SUJEITA AO REGIME JURÍDICO CONTRATUAL
TRIBUTÁRIO – ANTERIORIDADE, -
LEGALIDADE
PEDÁGIO – TAXA?

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou
bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio
pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público;

FATO LÍCITO – COBRA-SE PELA UTILIZAÇÃO DE VIAS


CONSERVADAS PELO PODER PÚBLICO
CARACTERÍSTICAS DAS TAXAS

DESTINAÇÃO – DOUTRINARIAMENTE
ENTENDEDE-SE QUE SIM (CUSTEAR TAIS
PRESTAÇÕES)

DEVOLUÇÃO – NÃO (DEDUÇÃO POR EXCLUSÃO)


BASE DE CÁLCULO – VALOR DO SERVIÇO

(ART.145, § 2º CF : As taxas não poderão ter base


de cálculo própria de impostos).
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA –
COMPETÊNCIA – ART. 145, III, DA CF/88

QUEM COMPETE INSTITUIR :


União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios

ATRAVÉS DE QUAL LEI ?


ORDINÁRIA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA –
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA (FATO LÍCITO)

REALIZAÇÃO PELO ENTE TRIBUTANTE :

OBRA PÚBLICA, QUE RESULTE EM VALORIZAÇÃO


IMOBILIÁRIA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA –
REQUISITOS
ART.82, DO CTN: A lei relativa à contribuição de
melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
a)memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser
financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da
valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas
diferenciadas, nela contidas;
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA –
REQUISITOS
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta dias), para impugnação,
pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso
anterior;

III - regulamentação do processo administrativo de instrução e


julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem
prejuízo da sua apreciação judicial.

§ 1º - A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo


rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c do
inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos
respectivos fatores individuais de valorização.

§ 2º - Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte


deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos
prazos de seu pagamento e dos elementos que integraram o
respectivo cálculo.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – VALOR A
SER COBRADO

LIMITE TOTAL: CUSTO TOTAL DA OBRA

LIMITE INDIVIDUAL: O ACRÉSCIMO DO VALOR


QUE DA OBRA RESULTAR PARA CADA IMÓVEL
BENEFICIADO
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA –
CARACTERÍSTICAS
• Hipótese de Incidência: INDIRETAMENTE
VINCULADA. Sendo assim, constitui determinada
obrigação que está vinculada a uma
contraprestação estatal indiretamente ligada ao
sujeito passivo; (NÃO BASTA A OBRA, FAZ-SE
NECESSÁRIA A VALORIZAÇÃO)
• Base De Cálculo: Deve corresponder a valorização
imobiliária, em razão da obra;
• Destinação Legal: CUSTEAR A OBRA
• Restituição: Não há prévia previsão legal de
restituição.
CONTRIBUIÇÕES NA CF/88
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos artigos
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no
artigo 195, § 6º, relativamente às contribuições a que
alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não
será inferior à da contribuição dos servidores titulares
de cargos efetivos da União.
CONTRIBUIÇÕES NA CF/88

Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal


poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art.
150, I e III.
CONTRIBUIÇÕES NA CF/88

SOCIAIS
ECONÔNICAS/ PROFISSIONAIS
INTERVENTIVAS
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
CONTRIBUIÇÕES
SOCIAIS/PREVIDENCIÁRIAS
FINALIDADE INVESTIR NO SOCIAL/SEGURIDADE
SOCIAL
Ex:. CSSL, COFINS, PIS e CPMF
REGRA : COMPETÊNCIA DA UNIÃO
Exceção das Contribuições Previdenciárias – Custeio da
Previdência dos Servidores podem ser instituídas por
Estados, DF e Municípios
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não
será inferior à da contribuição dos servidores titulares
de cargos efetivos da União.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL RESIDUAL
ART.195, § 4º DA CF/88

NÃO-CUMULATIVA
NÃO- PODE TER HIPÓTESE DE
INCIDÊNCIA DE OUTRA CONTRIBUIÇÃO
LEI COMPLEMENTAR – UNIÃO
PRODUTO DEVE SER DESTINADO A
SEGURIDADE SOCIAL
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO
DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)

Objetivo Intervenção no
Domínio Econômico
Ex.: CIDE combustível
(Art.177, §4º da CF/88)
Competência - União
EXEMPLO INSTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO DE
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)
CIDE COMBUSTÍVEL (LEI 10.336/2001)

HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA (FATO LÍCITO):


Art. 1º Fica instituída a Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico incidente sobre a
importação e a comercialização de petróleo e seus
derivados, gás natural e seus derivados, e álcool
etílico combustível (Cide), a que se refere os arts.
149 e 177 da Constituição Federal, com a redação
dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 11 de
dezembro de 2001.
DESTINAÇÃO CIDE-COMBUSTÍVEL

ART. 1,§ 1º :
O produto da arrecadação da Cide será destinada, na
forma da lei orçamentária, ao:
I - pagamento de subsídios a preços ou transporte de
álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de
derivados de petróleo;
II - financiamento de projetos ambientais relacionados
com a indústria do petróleo e do gás; e
III - financiamento de programas de infra-estrutura de
transportes.
§ 2º Durante o ano de 2002, será avaliada a efetiva
utilização dos recursos obtidos da Cide, e, a partir de
2003, os critérios e diretrizes serão previstos em lei
específica.
CONTRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS/ ECONÔMICAS

Contribuições profissionais ou de categorias


econômicas - que são instituídas em favor de
categorias profissionais ou econômicas.

Ex.: Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAI),


Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio
(SENAC); Serviço Social Do Comércio (SESC),
FUNRURAL, Serviço de Aprendizagem Rural
(SENAR), Contribuições pagas pelos estagiários e
advogados pagam à OAB e as contribuições que
os médicos pagam ao Conselho Regional de
Medicina (CRM).
CONTRIBUIÇÃO ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Para custear o Serviço de


iluminação Pública.

Competência : Municípios e
Distrito Federal
CARACTERÍSTICAS DA CONTRIBUIÇÃO

• REGRA NÃO- VINCULADA


(EXCEÇÃO: CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO
PÚBLICA)

• HÁ PREVISÃO DE DESTINAÇÃO LEGAL DO


PRODUTO ARRECADO
Principal diferença entre contribuição e imposto

• NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL DE DEVOLUÇÃO


EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – ART. 148, CF/88

 ENTE COMPETENTE : UNIÃO

 VEÍCULO INTRODUTOR: LEI COMPLEMENTAR

 CAUSAS DA INSTITUIÇÃO:
1) Guerra Externa ou sua iminência
2) Calamidade Pública
3) Investimento Público de caráter urgente e
relevante interesse nacional
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – HIPÓTESE DE
INCIDÊNCIA

• NÃO FOI PREVISTA NA CF/88 – DEVERÁ ESTAR


PREVISTO NA LEI COMPLEMENTAR
• APENAS SÃO CITADAS AS CAUSAS DA
INSTITUIÇÃO
• GERALMENTE NÃO-VINCULADO ( ARRECADA-SE
MAIS RECURSO)
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – EXEMPLO
COMBUSTÍVEL (DECRETO-LEI Nº 2.288, DE 23 DE JULHO DE 1986)
FATO LÍCITO:
Art 10. É instituído, como medida complementar ao Programa de
Estabilização Econômica, estabelecido pelo Decreto-lei nº 2.284, de
10 de março de 1986, empréstimo compulsório para absorção
temporária do excesso de poder aquisitivo. (Vide Lei nº 7.862, de
30.10.1995)
Parágrafo único. O empréstimo compulsório será exigido dos
consumidores de gasolina ou álcool para veículos automotores,
bem como dos adquirentes de automóveis de passeio e utilitários.
(Expressão supensa execução pela RSF nº 50, de 9.10.1995)
Art 11. O valor do empréstimo é equivalente a: (Supensa execução
pela RSF nº 50, de 9.10.1995)
I - 28% do valor do consumo de gasolina e álcool carburante;
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – ENERGIA
ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA (Lei nº 4.156, de 28 de
novembro de 1962)
FATO LÍCITO:
Art 1º O imposto sobre energia elétrica devido por
KW h (quilowatt, hora) terá importância
equivalente às seguintes percentagens da tarifa
fiscal definida na lei:
I - paxa o exercício de 1963:
a) 10 % para atividade rural;
b) 20 % para os consumidores residenciais e
industriais;
c) 30 % para os demais consumidores.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO X IMPOSTO DE
GUERRA (EXTRAORDINÁRIO)
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO OU DE GUERRA

LEI COMPLEMENTAR DA UNIÃO LEI ORDINÁRIA DA UNIÃO

CAUSAS DE INSTITUIÇÃO (ALÉM DA GUERRA, APENAS GUERRA EXTERNA OU SUA IMINÊNCIA


INVESTIMENTO PÚBLICO E CALAMIDADE)

RESPEITA PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NO CASO


DE INVESTIMENTO PÚBLICO DE CARÁTER URGENTE E NÃO RESPEITA O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
RELEVANTE INTERESSE)
NO CASO DE GUERRA E CALAMIDADE PÚBLICA NÃO
RESPEITA ANTERIORIDADE

PREVISÃO DE DEVOLUÇÃO NÃO TEM QUE SER DEVOLVIDO ( APENAS DESAPARECER


DO SISTEMA UMA VEZ ENCERRADO A CAUSA DE SUA
INSTITUIÇÃO)
Não foi mencionado o fato sobre o qual pode incidir Qualquer fato, compreendido ou não em sua
o tributo competência tributária
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO –
CARACTERÍSTICAS

VINCULAÇÃO (DEPENDERÁ DA LEI COMPLEMENTAR)


DESTINAÇÃO: CUSTEAR A DESPESA QUE O
FUNDAMENTOU – ART.148, par. único: “ A aplicação
dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição”.
DEVOLUÇÃO : SIM – ART.15, par. único CTN:
“Parágrafo único - A lei fixará obrigatoriamente o
prazo do empréstimo e as condições de seu resgate,
observando, no que for aplicável, o disposto nesta
Lei.
CLASSIFICAÇÃO TRIBUTOS EM ESPÉCIES –
CORRENTE TRIPARTITE

TRIBUTO VINCULAÇÃO
IMPOSTO
TAXA X (DIRETAMENTE)
CONTRIBUIÇÃO DE X (INDIRETAMENTE)
MELHORIA

CONTRIBUIÇÕES

EMPRÉSTIMO
COMPULSÓRIO
CLASSIFICAÇÃO TRIBUTOS EM ESPÉCIES –
CORRENTE QUINPARTITE

TRIBUTOS VINCULAÇÃO DESTINAÇÃO DEVOLUÇÃO

IMPOSTO

TAXA DIRETAMENTE X
VINCULADA

CONTRIBUIÇÃO DE INDIRETAMENTE X
MELHORIA VINCULADA

CONTRIBUIÇÕES X

EMPRÉSTIMO X X
COMPULSÓRIO
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE TRIBUTOS

QUANTO A COMPETÊNCIA :
FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL

QUANTO A VINCULAÇÃO: Vinculados/ Não vinculados

QUANTO A FUNÇÃO:
A) FISCAL: R$
B) EXTRAFISCAL: INTERVIR MERCADO DE CONSUMO E/OU
ECONÔMICO
C) PARAFISCAL: ENTE DESTINA O PRODUTO DA
ARRECADAÇÃO PARA UM TERCEIRO DESENVOLVER
ATIVIDADES ESPECÍFICAS
COMPETÊNCIA X CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA

• APENAS ENTE POLÍTICO PODE INSTITUIR


TRIBUTO
• MAS ELE PODE, ATRAVÉS DE LEI, DELEGAR
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, A QUAL
ENGLOBA AS FUNÇÕES DE:
A) ARRECADAÇÃO;
B) FISCALIZAÇÃO; E
C) ADMINISTRAÇÃO
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 258, DE 21 DE JULHO DE 2005
SUPER-RECEITA : UNIÃO RETOMA SUA CAPACIDADE
TRIBUTÁRIA ATIVA ( SAI DO INSS PASSA PARA UNIÃO)

Art. 1º A Secretaria da Receita Federal passa a


denominar-se Receita Federal do Brasil, órgão
da administração direta subordinado ao
Ministro de Estado da Fazenda, mantidas as
competências previstas na legislação em vigor
na data de publicação desta Medida Provisória.
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA
Art. 3º Compete à União, por meio da Receita Federal do Brasil,
arrecadar, fiscalizar, administrar, lançar e normatizar o
recolhimento das contribuições sociais previstas nas alíneas "a",
"b" e "c" do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de
julho de 1991, e das contribuições instituídas a título de
substituição, bem como as demais competências correlatas e
decorrentes, inclusive as relativas ao contencioso administrativo-
fiscal, observado o disposto no art. 4º desta Medida Provisória.
§ 1º As competências previstas no caput estendem-se às
contribuições devidas, por lei, a terceiros, na forma dos §§ 3º a 6º,
aplicando-se em relação a essas contribuições, no que couber, as
disposições desta Medida Provisória.

§ 2º O produto da arrecadação das contribuições sociais de que


trata o caput, mantido em contabilidade e controle próprios e
segregados dos demais tributos e contribuições sociais, será
destinado exclusivamente ao pagamento de benefícios do Regime
Geral de Previdência Social.
CLASSIFICAÇÃO ESPECÍFICA ATRIBUÍDA AOS
IMPOSTOS

• FATO ECONÔMICO
a) Sobre o comércio exterior; II E IE
b) Sobre o patrimônio e renda; IPTU, IPVA, ITR E
IR
c) Sobre a produção e circulação;
ICMS, ISS, IPI
d) Impostos especiais (residuais).
ÔNUS DA TRIBUTAÇÃO

CRÍTICA CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA:

• DIRETOS
CONTRIBUINTE DE FATO E DE DIREITO MESMA
PESSOA
IR, IPTU, IPVA
• INDIRETOS :
CONSEGUE SEPARAR O CONTRIBUINTE DE FATO E DE
DIREITO
INDIRETOS IPI E ICMS

DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA: IPI E ICMS


RELEVÂNCIA JURÍDICA : ARTIGO 166 DO CTN: A
restituição de tributos que comportem, por sua
natureza, transferência do respectivo encargo
financeiro somente será feita a quem prove haver
assumido referido encargo, ou, no caso de tê-lo
transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la.
JURISPRUDÊNCIA: TRIBUTARIO SÚMULA 546 STF:
Cabe a restituição do tributo pago indevidamente,
quanto reconhecido por decisão, que o contribuinte
de jure não recuperou do contribuinte de facto o
quantum respectivo. (D. Civ.; D. Trib.) (Alterou a
Súmula nº 71.)
FORMA DE RECOLHIMENTO DO TRIBUTO

A) PROPORCIONAL: MESMA ALÍQUOTA DIFERENTE


BASE DE CÁLCULO – REGRA GERAL
B) PROGRESSIVA: MAIOR ALÍQUOTA MAIOR BASE DE
CÁLCULO
• B.1) IR - (Art. 153, §2, I CF/88) - Progressividade visando atender capacidade
Contributiva.
• B.2) ITR - (Art.153, §4, I CF/88) - Progressividade objetivando atender função
social da propriedade, desestimular a manutenção de propriedades
improdutivas.
• B.3) IPTU - ( Art.156, §1, I CF/88) - Progressividade prevista para atender: a)
Função social; como também, estipulada : b) Em razão do valor venal do
imóvel( EMENDA 29 DE 13 DE SETEMBRO DE 2000).
C) FIXA: VALOR PREVIAMENTE ESTABELECIDO
EM RELAÇÃO AO FATO TRIBUTADO

 REAIS: São aqueles tributos que levam em


conta a situação dos bens considerados em sua
objetivade e não a condição pessoal do sujeito
passivo (contribuinte). Exemplo:. IPTU, ITR E
IPVA
PESSOAIS: São aqueles que ao serem exigidos
levam em conta condições pessoais do
contribuinte. Exemplo:. IRPF E IRPJ.

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