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Teoria Macroeconômica

Prof. Alex Gama

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Teoria e Política Macroeconômica: Introdução

Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando


a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os
principais agregados são:
• Renda • Poupança
• Emprego • Taxa de Juros
• Produto Nacional • Consumo
• Desemprego • Balanço de Pagamentos
• Investimento • Nível Geral de Preços
• Estoque de Moeda • Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite
estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre
2
estes.
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução

Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por


exemplo:
• Desemprego e estabilização do nível geral de preços

Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo


prazo, como:
• Progresso tecnológico e política industrial

3
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica

1. Crescimento econômico sustentável (PIB)


- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade
de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico  Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza,
desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
4
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica

2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)


- inflação controlada não significa inflação zero;
- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as
classes baixas e sobre as expectativas.

Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial

Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços.


5
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica

3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode
levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).

4. Distribuição Eqüitativa de Renda


- política de longo prazo;
- aumento do poder de compra das classes mais baixas;
- desenvolvimento econômico.

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Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise
Macroeconômica

Mercados Var. Determinadas


Produto Nacional
Parte Real Mercado de Bens e Serviços Nível Geral de Preços
da Economia
Mercado de Trabalho Nível de Emprego
Salários Nominais
Parte Monetária Mercado Financeiro Taxa de Juros
da economia (monetário e títulos) Estoque de Moeda

Mercado de Divisas Taxa de Câmbio

O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção


Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à
economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa
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de renda.
O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real

Contabilidade Nacional: medição do produto


efetivamente realizado (ex-post).

Teoria Macroeconômica: refere-se ao produto


potencial, desejado, planejado. Análise dos agregados
ex-ante. Estuda as alternativas para levá-lo ao pleno
emprego.

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O Mercado de Bens e Serviços: O Lado Real
(Modelo Keynesiano Básico)

Curva de Demanda Agregada de Bens e Serviços (DA): composta


pela demanda de quatro agentes macroeconômicos:
DA = C + I + G + (X – M)
onde:
C = consumo (famílias e empresas)
Nível Geral Curva de Demanda
I = investimento (bens de capital) de Preços Agregada (DA)
G = gastos do governo (saúde, investimento, etc)
X = exportações (bens e serviços)
M = importações (bens e serviços)

Renda Nominal Y  Y
Renda Real = 
Nível de Preços  P  P Q = PNREAL= y = Y/P

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O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)
Função investimento (I): bens e serviços que visam a
aumentar a produção futura. É também conhecido como
Formação Bruta de Capital Fixo. O investimento pode ser dividido
em:

1. Investimento visto como elemento da demanda


agregada: é a fase que gasta apenas com instalações,
equipamentos, etc, antes do investimento maturar e
resultar em acréscimos de produção;

2. Investimento visto como elemento da oferta


agregada: ocorre quando aumenta a capacidade
produtiva, após a maturação do investimento.
Hipóteses:
I. A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda
agregada;
II. O investimento é autônomo ou independente da renda
nacional. 10
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Função gastos do governo (G): os gastos do governo são autônomos


em relação à renda nacional:
G = constante ou G  f(y)

Função impostos ou tributação (T): no modelo simplificado a


tributação é autônoma, ou seja, não é induzida pela renda nacional:
T = constante ou T  f(y)

Neste caso a nova função consumo será:


C = a + b (y – T) = a – byd
onde yd = renda disponível

Função exportação (X) e importação (M): são variáveis autônomas


em relação a renda nacional (modelo simplificado):

X = constante ou X  f(y*)
M = constante ou M  f(y) 11
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Determinação do equilíbrio: o equilíbrio é determinado pela DA


(curto prazo).
Onde: DA
DA  OA
y* = renda de equilíbrio (DA=OA)
y* = renda de pleno emprego
DA  C  I  G  X  M

y   OA
y* y pe 12
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com


injeções:

1. Vazamentos: todo recurso que é retirado do fluxo básico, ou seja,


toda renda recebida pelas famílias, que não é dirigida às empresas
nacionais na compra de bens de consumo: poupança, impostos e
importações;

Vaz = S + T + M

2. Injeções: todo recurso que é injetado no fluxo básico e que não é


originado da venda de bens de consumo às famílias: novos
investimentos, gastos públicos e exportações.

Inj = I + G + X 13
O Mercado de Bens e Serviços: Hipóteses do Modelo
Keynesiano Básico (Comportamento das Variáveis Macro)

Determinação do equilíbrio, igualando vazamentos com injeções:

 Vaz < Inj  crescimento da renda nacional


 Vaz > Inj  queda da renda nacional
 Vaz = Inj  equilíbrio estacionário

Vaz
Inj
S T  M

I G X

y   OA
14
y* y pe
Cálculo do PIB pelas três óticas

15
PIB alto, o que significa?

16
O que prejudica o crescimento?

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Teoria e Política Macroeconômica
Introdução
- Questão do desemprego
Teoria macroeconômica
Questões de curto prazo - Estabilização do nível
geral de preços

Teoria do desenvolvimento econômico


Questões de longo prazo - Progresso tecnológico

- Política Industrial
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Teoria e Política Macroeconômica

Instrumentos de Política Macroeconômica

• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do


governo;

• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na


economia, a taxa de juros e o crédito;

• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio


externo, saldo do BP equilibrado;

• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e


Salários, desenvolvimento econômico.
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Teoria e Política Macroeconômica
Metas de Política Macroeconômica

- Alto nível de emprego


- Estabilidade de preços (combate a inflação)
- Distribuição de renda socialmente justa
- Crescimento econômico
Política de estabilização

- Balanço de pagamentos

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Teoria e Política Macroeconômica
Instrumentos de Política Macroeconômica
Política Monetária
Quantidade de moeda, de crédito e das tx. de juros.

Os instrumentos:
- Emissões
- Reservas compulsórias (% sobre depósitos dos B.C. Bacen)
- Openmarket (compra/venda de títulos públicos)
- Redescontos (empréstimo do Bacen aos B. Comerciais)
- Regulamentação sobre crédito e tx. de juros.
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Política Monetária
 Política Monetária Expansiva: aumenta-se
a quantidade de moeda em circulação na
economia, reduzindo as taxas de juros. Bacen
compra títulos públicos, reduz a taxa dos
depósitos compulsórios e aumenta os
empréstimos aos bancos.

 Política Monetária Restritiva: há a redução


da quantidade de moeda na economia,
elevando-se as taxas de juros. Bacen vende
títulos públicos, aumenta a taxa dos depósitos
compulsórios e reduz os empréstimos aos
bancos.
Política Fiscal
Refere-se a todos os instrumentos de que o governo
dispõe para arrecadação de tributos (política
tributária) e controle de suas despesas (política de
gastos)

 Se o objetivo da política for redução da inflação, as


medidas fiscais normalmente utilizadas são a
redução dos gastos públicos e aumento da carga
tributária. (Política Fiscal Restritiva)

 Se o objetivo for maior crescimento e emprego, as


mediadas fiscais seriam no sentido inverso, para
elevar a demanda agregada. (Politica Fiscal
Expansionista)
Política Fiscal e Déficit Público
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica

Impostos Diretos – Incidem diretamente sobre a renda das pessoas


Indiretos – Incidem sobre o preços das mercadorias

Específicos – Valor fixo, independente do valor do bem.


Ad Valorem – Alíquota fixa sobre o valor do bem.
Estrutura Tributária:
Progressiva – Alíquota aumenta com o aumento da renda
(I. Renda -> Progressivo, logo, mais justo do ponto de vista fiscal)
Regressiva – Quanto maior a renda, menor a tributação, em
proporção à renda (Ex.: Impostos indiretos (vendas))
Proporcional (Neutra) – Todos pagam a mesma alíquota.
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Política Fiscal e Déficit Público
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
Déficit Primário = G – T

Gastos Públicos Correntes = G Receita Fiscal Corrente = T

Déficit Operacional = (G – T) + juros reais da dívida

Déficit Nominal = (G – T) + juros reais + correção monetária e cambial


da dívida
Déficit Nominal = (G – T) + juros nominais da dívida pública

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Política Fiscal e Déficit Público
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
Curva de Lafer - Relação entre o total de arrecadação tributária e a
taxa (alíquota) de impostos.
Alíquota de
Impostos Relação Inversa
Ex. Sonegação
Relação
Direta
Almax

Arrecadação
Valor 26
Política Fiscal e Déficit Público
Financiamento do Déficit
Medidas de Política Fiscal (tradicional) = Impostos ou gastos
Ou,
Emissão de moeda = o Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao
BC. Forma Inflacionária (Imposto Inflacionário), mas não aumenta o
endividamento público no setor privado. Também chamado de Mone-
tização da dívida, ou seja, o BC cria moeda (base monetária) para
financiar o Tesouro.
Venda de Títulos da dívida pública ao setor privado (interno e externo).
O gov. troca títulos (ativo financeiro não monetário) por moeda, o que
não gera inflação. No entanto, provoca elevação da dívida pública. E
ainda, sim, precisa oferecer juros mais atraentes, elevando ainda mais o
endividamento 27
Política Fiscal e Déficit Público
Déficit Público e Inflação
Por que países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais
elevado que o Brasil, como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Co-
réia, têm taxas de inflação quase nulas ?
A resposta não está no montante ou valor do déficit, mas em seu
horizonte de financiamento (prazo de vencimento da dívida).
Países de moeda forte, as dívidas são distribuídas de forma uniforme
ao longo de 20 ou 30 anos (investidores internacionais compram tí-
tulos de longo prazo, o que não ocorre no Brasil), pois, preferem
investir em países que ofereçam menores riscos para suas aplicações.
Assim, para os países em desenvolvimento, além de prazos relativa-
mente curtos, são obrigados a oferecer as maiores taxas de juros do
mundo, para atrair capitais externos.
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Política Cambial

Está baseada na administração das taxas de


câmbio, promovendo alterações das cotações
cambiais e, de forma mais abrangente, no
controle das transações internacionais de um
país.

Tipos de taxa de câmbio:

 Câmbio fixo

 Câmbio flutuante (situações que podem


acontecer: bandas cambiais e câmbio sujo)
Taxas de Câmbio
Regimes Cambiais

Taxa Fixa de Câmbio Taxa de Câmbio Flutuante

BC fixa a taxa de câmbio Taxa determinada pelo mercado de divisas

- Maior Previsibilidade aos Dirty Floating – (Mais adotado) Regime


agentes do mercado. de Câmbio Flutuante, mas com intensa
- Evita aumentos de preços atuação do Banco Central, na venda e na
de produtos importados, compra, que procura mantê-la em níveis
sendo, portanto, útil para relativamente estáveis.
controle da inflação.
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Política de Rendas
Visa o controle de preços e salários.

 o Governo exerce, estabelecendo o controle


direto sobre a remuneração dos fatores
diretos de produção na economia, como
salários, depreciações, lucros, dividendos e
preços dos produtos intermediários e finais.

 São decorrentes a programas sociais do


governo para uma melhor distribuição de
renda.
Reflexão

1º) Dos objetivos explicados, qual você considera


que o atual governo brasileiro vem atingindo? E
qual não vem atingindo?

2º) Elabore um conjunto de instrumentos de


política macroeconômica utilizado para combater
uma inflação típica de demanda

3º) Elabore um conjunto de instrumentos de


política macroeconômica utilizado para promover
crescimento do PIB.
Inflação

Aumento contínuo e generalizado no nível de preços.

Distorções

a Distribuição de Renda
o Balanço de Pagamentos
Efeito sobre
as Expectativas
o Mercado de Capitais

33
Inflação
Distorções
Distribuição de Renda
Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda
(Não mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham,
gastam na subsistência).

Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de


custos provocados pela inflação, garantem os lucros.

O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.

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Inflação Desvalorização
Distorções Cambial
Balanço de Pagamentos
Inflação > Nível de Preço Internacional Aumenta a Exp.

Importações neces-
Encarecem o produto nacional
sárias (Petróleo,etc.)
tornam-se mais caras
Estimula a Importação (desestímulo a Exp.)
Aumentam-se os
Diminui o Saldo da Balança Comercial custos de produção

Se o país estiver com Déficit Cambial Elevação de preços


35
Inflação
Distorções
Expectativas

Expectativas sobre o futuro em ambiente inflacionário

Produção Futura e
Setor Sensível a
Nível de emprego
Empresarial Investimentos
comprometidos

36
Inflação
Distorções
Mercado de Capitais

Processo Inflacionário Valor da moeda deteriora-se

Estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis)


E desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros
(No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo
pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser
reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação).

37
Inflação
No Longo Prazo
Alguns setores ganham no Curto Prazo.

No Longo Prazo, é discutível esse ganho


pois, desarticula o sistema econômico.

Onera-se os trabalhadores, ao corroer seus salários. Assim, as


empresas irão vender menos e o governo arrecadará menos.

38
Inflação
Causas

Inflação de DEMANDA

Inflação de CUSTOS

Inflação de INÉRCIA / EXPECTATIVAS

39
Inflação
Causas
Inflação de DEMANDA
“Dinheiro demais a procura de poucos bens”.
Excesso de demanda agregada em relação à produção disponível
.
Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego.

Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e


serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados,
não, necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.

40
Inflação
Causas
Inflação de DEMANDA
Nível Geral A curto prazo, a demanda
de Preços agregada é mais sensível à
OA
DA1 alterações de política eco-
DA0 nômica que a oferta agregada
P1
(longo prazo). Assim, a polí-
P0
tica preconizada para comba-
tê-la seria a que provocasse
Y redução desta procura por
Y0 Y1
bens e serviços. 41
Inflação
Causas
Inflação de CUSTOS
Nível Geral Inflação de OFERTA. O nível de
OA1
de Preços demanda permanece o mesmo,
OA0
DA mas os custos de certos insumos
P1 aumentam e são repassados aos
preços dos produtos.
P0
Está associada, também, ao mono-
pólio e oligopólio (de certas empre-
sas) que conseguem elevar seus lu-
Y cros acima da elevação dos custos
Y 1 Y0 de produção.
42
Inflação
Causas
Inflação de CUSTOS
Nível Geral Também pode se causada por au-
OA1 mentos autônomos nos preços de
de Preços
OA0 matérias-primas básicas, os chama-
DA
P1
dos choques de matérias-primas
(crise do petróleo, choques agríco-
P0 las).
Política adotada: Controle direto de
preços (via política salarial rígida,
fiscalização sobre os lucros dos oli-
Y gopólios, controle de preços dos
Y 1 Y0
Produtos). 43
Inflação
Causas
Outras Causas
Inércia Inflacionária – Provoca a perpetuação das taxas de
inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços
correntes.

Inflação de Expectativas – Estaria associada aos aumentos


de preços provocados pelas expectativas dos agentes de que
a inflação futura tende acrescer, e eles procuram resguardar
suas margens de lucro.
44
Inflação
A Curva de Philips
Explicação: Curva de Philips – Relação Inversa (trade off)
entre inflação e
Taxadesemprego.
de Atualmente:
Inflação
 = e - .(U – Un ) + E

 = Taxa de Inflação
e e = Inflação Esperada (expectativa
de inflação / Inflação Inercial).
.(U – Un ) = Desemprego (Inflação
Taxa de
de Demanda)
U Desemp.
E = Choques de Oferta 45
O Setor Externo
• Fundamentos do Comércio Internacional

• A Taxa de Câmbio

• Variáveis que afetam as Exportações


e as Importações Agregadas

• Políticas Externas

• O Balanço de Pagamentos

• A Internacionalização da Economia
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O Setor Externo
Fundamentos do Comércio Internacional
O que leva os países a comercializarem entre si ?
Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo)
Sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela
mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha
um custo relativamente menor. Essa será a mercadoria a ser ex-
portada. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aqueles
cuja produção implicar um custo relativamente maior.

Assim explica-se a especialização dos países na produção de bens


diferentes e portanto a troca entre eles.
47
O Setor Externo
Taxa de Câmbio
É o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da
moeda nacional ou vice-versa.
Ex.: 1,00 U$ = R$ 3,20 ou R$ 1,00 = U$ 0,32

Cotação do Certo
Convenção do Incerto = Consiste em cotar o preço da moeda
estrangeira na moeda nacional (Adotado no Brasil).
Obs.: Um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização
e uma redução implica em valorização..
Ex.: 1,00 U$ = R$ 3,20 p/ 1,00 U$ = R$ 3,50 Desvalorização
48
O Setor Externo
Taxa de Câmbio
Como todo preço, a taxa de câmbio, é determinada pela oferta
e pela demanda, no caso, de divisas (associaremos divisas ao dólar).

OFERTA DE DIVISAS = Depende do volume de exportações e da


entrada de capitais externos (agentes que precisam trocar dólares
por reais).

DEMANDA DE DIVISAS = (Agentes que precisam trocar reais


por dólares) Depende do volume das importações e da saída de
capitais externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros,
pagamentos de juros, etc.)
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O Setor Externo
Taxa de Câmbio
OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS

Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira


(valorização cambial)

OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS

Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira


(Desvalorização cambial)

50
O Setor Externo
Taxa de Câmbio

Observa-se que a variação do dólar no paralelo representa


um termômetro das incertezas e expectativas que o país
atravessa, mas não depende nem influencia diretamente a
taxa oficial de câmbio.

51
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
Exportações e Importações
Desvalorização cambial A Taxa de câmbio sobe

Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares,


compram mais produtos brasileiros

Exportadores tendem a exportar mais.

Importadores pagarão mais reais por dólar e tendem a importar


menos. 52
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
Exportações e Importações
Valorização cambial A Taxa de câmbio cai

Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares,


compram menos produtos brasileiros

Exportadores têm desestímulo para a venda (exportam menos).


Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar
mais.
53
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
a Taxa de Inflação
A Taxa de câmbio cai
Valorização cambial
(moeda nacional mais forte)

Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar


mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial).

Pressão pela queda dos preços internos +Política de Abertura Comercial


(liberação de Importação)

54
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
a Taxa de Inflação
A Taxa de câmbio cai
Valorização cambial
(moeda nacional mais forte)

Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais,


aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial).

Pressão pela queda dos preços internos +Política de Abertura Comercial


(liberação de Importação)

Instrumento para Controlar a INFLAÇÃO


55
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
a Taxa de Inflação
Valorização cambial

Instrumento para Controlar a INFLAÇÃO


Aumenta a eficiência produtiva (pelo aumento da competição)

CUSTOS:
P/ Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu
produto).
P/ Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência.
56
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
a Taxa de Inflação
Desvalorização cambial

Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das


Importações. (leva um certo tempo p/ essa resposta)

Efeito mais imediato: Aumento no custo das Importações,


incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo.

Pressão sobre os custos de produção Aumento da Inflação


57
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
a Taxa de Inflação
Conclusão:

O Nível da Taxa de Câmbio é determinado pelos objetivos da


política econômica do país.

A taxa de câmbio deve ser relativamente alta para esti-


mular as exportações e relativamente baixa para não enca-
recer demasiado as importações, e pressionar a inflação.

58
O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
a Dívida Externa do País
Desvalorização cambial

Aumenta o estoque da Dívida em reais (não alterando-a em dólares)

Médio Prazo: Estimula Exportações > Importações

Pode Aumentar a Oferta de Dólares => Queda do preço do Dólar


(Valorização Cambial)

Levando a uma Queda na dívida externa em dólares 59


O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre
a Dívida Externa do País
Valorização cambial

Diminui o estoque da Dívida em reais (não alterando-a em dólares)

Médio Prazo: Estimula Importações > Exportações

Pode Aumentar a Demanda por Dólares => Aumento do preço do Dólar


(Desvalorização Cambial)

Levando a um Aumento na dívida externa em dólares


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O Setor Externo
Efeito das Variações na Taxa de Juros sobre
a Taxa de Câmbio
Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa

Tendência de aumento do fluxo de capitais Paralelamente, os na-


financeiros internacionais para o país cionais ficam atraídos
a investir no mercado
Aumentando a oferta de divisas (dólar) interno de capitais,
diminuindo a saída de
divisas do país e, assim,
Promovendo uma queda na taxa de
a demanda de divisas.
Câmbio (valorização da moeda nacional)
61
O Setor Externo
Variáveis que afetam as Exportações e
as Importações Agregadas
Exportações
Preços externos (de nossos produtos) em dólares ( Pext US$ )
Preços internos (domésticos) em reais ( Pdom US$ )
Taxa de câmbio (reais por dólar) ( tc )
Renda Mundial ( Yw )
Subsídios e incentivos às exportações ( Sub )
X = f ( Pext US$ , Pdom US$ , tc , Yw , Sub )
(+) (-) (+) (+) (+) 62
O Setor Externo
Variáveis que afetam as Exportações e
as Importações Agregadas
Importações
Preços externos (dos importados) em dólares ( Pext US$ )
Preços internos (domésticos) em reais ( Pdom US$ )
Taxa de câmbio (reais por dólar) ( tc )
Renda e produto nacional ( y )
Tarifas e barreiras às importações ( Tm )
M = f ( Pext US$ , Pdom US$ , tc , y , Tm )
(-) (+) (-) (+) (-) 63
O Setor Externo
Variáveis que afetam as Exportações e
as Importações Agregadas

Calculando (econometricamente) as equações anteriores,


permite-se estimar a importância relativa de cada uma
das variáveis sobre a Balança Comercial e orientar a
política econômica.

64
Balanço de Pagamentos
Registro contábil de todas as transações de um país como
resto do mundo. Envolve tanto transações com bens e
serviços como transações com capitais físicos e
financeiros.
Registra:
- o comércio de mercadorias (exportações, importações);
- os serviços (pagamentos de juros, royalties, remessa de
lucros, turismo, pagamentos de fretes etc.);
- o movimento de capitais (investimentos diretos estran-
eiros, empréstimos e financiamentos, capitais
especulativos). 65
Balanço de Pagamentos
• A. Balança Comercial
– Exportações
– Importações
• B. Balança de Serviços
– Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros
e dividendos, serviços governamentais e diversos
• C. Transferencias Unilaterais
• D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C)
• E. Movimento de Capitais
– Investimentos, re-investimentos, empréstimos,
financiamentos, amortizações, outros
• F. Erros e Omissões
• G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F)
66
67
A Internacionalização da Economia
Globalização Produtiva e Financeira
Fluxos Comerciais e Financeiros internacionais crescem
a taxas maiores que o próprio crescimento da economia
mundial. O Grau de Abertura aumenta que quase todos
os países.

Grau de Abertura = Exportações + Importações Brasil = 0,2


PIB Cingapura = 5,0

68
A Internacionalização da Economia
Globalização Produtiva e Financeira
Globalização Produtiva – Produção e distribuição de valores dentro
de redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre
grandes grupos multinacionais.
Contribui para a melhoria do padrão de vida em escala mundial
Consequências Perversas:
Aumento do desemprego estrutural em muitos países
A tendência de desnacionalização do setor produtivo
Concentração da produção e comércio em grandes empresas.

Houve necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação)


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A Internacionalização da Economia
Globalização Produtiva e Financeira
Globalização Financeira – Crescimento do fluxo financeiro interna-
cional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de crédito.

São afetados por expectativas e políticas cambiais e monetárias.


Quando as taxas de juros de um país forem superiores às taxas de
juros de outro país, pode-se esperar um fluxo positivo de recursos.

70
A Internacionalização da Economia
Globalização Produtiva e Financeira
Globalização Financeira (cont.)

A extrema volatilidade desses capitais (capitais de curto prazo


aplicados em Bolsas de Valores e no mercado financeiro local)
pode originar crises cambiais como as em países como México,
Rússia e Brasil.

Apesar de ser um recurso para complementar a poupança interna


e promover o crescimento, os países se tornam extremamente
dependentes dos países desenvolvidos, e das oscilações das taxas
de juros no mercado internacional.
71
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

 O desenvolvimento deve ser visto como um


processo de transformação de uma
determinada sociedade que tem como
“subprodutos” o crescimento econômico e a
melhora do bem estar para determinada
população de um determinado território.

 Schumpeter (1982) associa o desenvolvimento


econômico a capacidade de inovação
tecnológica de uma economia.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

 Crescimento econômico significa maior


produção de bens e serviços e mais
emprego (quantitativo).

 Desenvolvimento econômico implica em


aprimoramento das técnicas de produção
decorrente ao desenvolvimento de
tecnologias, maior eficiência produtiva.
(qualitativo).
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

 O desenvolvimento é usualmente definido


como o aumento significativo na renda
per capita de uma nação. Seu propósito
fundamental é a obtenção de melhor
alimentação, melhor saúde , melhor
educação, melhores condições de vida,
oportunidades de trabalho e lazer para as
pessoas. (melhor bem estar e qualidade
de vida).
IDH

 Expectativa de vida ao nascer

 Educação (anos médios de estudo)

 Renda (PIB per capita)


ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO

 Industrialização e crescimento econômico


são condições necessárias, embora não
sejam suficientes para o desenvolvimento.

 Acumulo de capital, melhor educação e


saúde da população, desenvolver
inovações e tecnologias na produção.
Medida de Desenvolvimento

 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma


medida comparativa usada para classificar os países pelo seu
grau de "desenvolvimento humano" e para classificar os países
em 2016:

 Países desenvolvidos (muito alto desenvolvimento humano).


0,949 Noruega------------- 0,800 Kuwait (51 países)

 Países em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e


alto)
0,796 Bielorrússia ----------- 0,550 Paquistão (96 países)

 Países subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo)


0,541 Suazilândia ------------- 0,352 República Centro
Africana(42 países)
IDH Brasil

 Brasil 79º (em desenvolvimento) IDH 0,754

 Estados Brasil: melhor IDH( Brasília, São


Paulo e Santa Catarina) – Pior IDH (Paraíba,
Piauí, Pará, Maranhão e Alagoas).

 IDH Bahia (0,66) 22º posição entre os 27


estados.

 Pior município da Bahia: Itapicuru IDH


(0,528)
PIB
O produto interno bruto (PIB) representa
a soma (em valores monetários) de todos os
bens e serviços finais produzidos numa
determinada região (quer sejam países,
estados ou cidades), durante um período
determinado (mês, trimestre, ano, etc). O
PIB é um dos indicadores mais utilizados na
macroeconomia com o objetivo de mensurar
a atividade econômica de uma região
PIB Países US$ milhões em 2015

1º Estados Unidos 17.947.000


2º China 10.982.829
3º Japão 4.123.258
4º Alemanha 3.357.614
5º Reino Unido 2.849.345
6º França 2.421.560
7º Índia 2.090.706
8º Itália 1.815.757
9º Brasil 1.772.589
10º Canadá 1.552.386
PIB e PNB
 PNB = PIB +RLE
 RLE = RRE –REE

 Os Estados Unidos como recebe mais


renda do que envia ao exterior o PNB é
maior que o PIB.

 O Brasil envia mais renda que recebe do


exterior, logo a renda líquida é negativa,
sendo o PIB maior que o PNB.
Sugestão de leitura
Instituições extrativistas : criam
ambientes que direcionam a
produção para uma elite
parasitária, desestimulando o
investimento e a inovação.

Instituição inclusivas: protegem


os direitos individuais e incentivam
os investimentos , a educação,
gerando riqueza e distribuição de
renda.

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