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O REI DA VELA

Oswald de Andrade

Trabalho:
A CRÍTICA OSWALDIANA DA FORMA EM O REI DA VELA

Orientador: Profº Dr. Alexandre Villibor Flory


Djeine Daniel
2016
Obras Teóricas Consultadas:

 Antropofagia Hoje? Oswald de Andrade em Cena: organizadores Jorge


Ruffinelli e João Cezar de Castro Rocha.

 Carlos Gardin: O teatro Antropofágico de Oswald de Andrade.

 Carlos Mateus da Costa Castello Branco: A dimensão Política do Teatro de


Oswald de Andrade. (dissertação)

 David George: Teatro e Antropofagia

 Maria Augusta Fonseca: Oswald de Andrade -Biografia

 Sábato Magaldi: Teatro da Ruptura: Oswald de Andrade

 Sérgio de Carvalho: O drama do Impossível (tese de Doutorado)

 Yan Michalski: O Teatro sob Pressão


CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

O Brasil do Rei da Vela

Peça é escrita em 1932


Publicada em 1937
Encenada em 1967

Plano Político:

Revolução de 1930(Estado Velho) e 1932(Rev. Constitucionalista)

Plano Econômico

Quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929.

Usinas de energia falidas


CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

O Brasil do Rei da Vela


Plano Social:

A aristocracia do café está em decadência e a burguesia tem seu


início.

Plano Ideológico

Insatisfação com a falta de um teatro nacional.


No palco nacional, pela descrição de Décio de Almeida Prado
(2009), temos um público conservador que busca no teatro a
diversão, a anestesia.
Panorama: No Rio de Janeiro, onde os espetáculos tinham seu
início, entre os anos de 1930 a 1932:
Apresentação: 174 peças
103 comédias, 69 revistas e 02 dramas
“O rei da vela representa a
análise furiosa feita por
Oswald de Andrade da
realidade brasileira e das
classes dominantes a que
pertencia por origem e cujos
reveses tornaram tão agudo o
seu conhecimento dos
problemas”

Sábato Magaldi, 2004, p. 66


PERSONAGENS DA OBRA O REI DA VELA
“As personagens, sobretudo Abelardo I, são retratadas em traços essenciais, que
as identificam com nitidez, sem prejudicar-lhes a riqueza” (Magaldi, 2004, p. 88)

 Abelardo I
 Abelardo II
 Heloísa de Lesbos
 Joana conhecida João dos Divãs
 Totó Fruta-do-Conde
 Coronel Belarmino
 Dona Cesarina
 Dona Poloquinha
 Perdigoto
 O Americano
 O Cliente
 O Intelectual Pinote
 A Secretária
 Devedores, Devedoras
 O Ponto
Elementos do Rei da Vela
Primeiro Ato:
a) Personagens:
Abelardo I: um agiota que enriqueceu vendendo velas e decide se casar com
Heloísa, representante de uma família da oligarquia nacional falida.

Abelardo II: vemos uma personagem que é:


1) Servo : pronto a obedecer,
2) Carrasco: ações contra os clientes
3) Ambicioso: quer ficar no lugar de Abelardo I

b) Crítica sobre a literatura e teatro em meio ao texto teatral

c) Há vários outros elementos simbólicos ( não apresentados neste espaço)

Segundo Ato:

b) Abelardo I contracena com várias personagens de forma bem debochada e


expõe as contradições da elite burguesa e aristocrática nos seus costumes morais.

Terceiro Ato:
A morte de Abelardo I e a tomada do seu lugar por Abelardo II.
Encenação pelo Teatro Oficina
José Celso Martinez Corrêa

O Rei da Vela , 1967


Acervo Idart/Centro Cultural
São Paulo
Registro fotográfico Fredi Kleemann
Montagem da Peça
A montagem de José Celso da peça foge da original, ela foi para
criar o grotesco que era a imagem real do país.

Primeiro Ato: O Circo

Segundo Ato: Teatro de Revista

Terceiro Ato: Ópera

Intenção é a mesma de Oswald:

 Uma nova forma de debate político nos palcos.

 Uma forma que leve a reflexão ideológica e não apenas uma


nova forma dramática.
ENCENAÇÃO DO REI DA VELA
 A Montagem do Rei da Vela pelo Teatro Oficina (contextos histórico, político e
econômico diferentes) – ano 1967

 A possibilidade de Montagem na realidade contemporânea ( Fringe 2016)

 Estruturas denunciadas:
Por Oswald de Andrade

1937

Pelo Teatro Oficina

1967

Pelo Teatro Oficina

Na Atualidade
Vídeo da Peça em Filme de 1990
José Celso Martinez Corrêa
Críticas da Peça
Décio de Almeida Prado, no jornal: Estado de S. Paulo em
20/10/1967.

“O rei da vela é cheia de altos e baixos: o público ora fica preso ao


espetáculo, ora parece perder por completo o contato com a cena.(...)
Nem tudo é bom em O rei da vela. Mas o que é bom, é muito bom).”

Em entrevista para Folha de São Paulo em 25/05/1991

“..ele(Oswald de Andrade) mandou uma pessoa perguntar se eu não


queria "O Rei da Vela". Primeiro, a censura não deixaria. Segundo, eu
não gostava da peça. Nós achávamos que aquele modernismo de 20
já era uma coisa ultrapassada. Parecia que aquelas peças tinham
correspondido ao primeiro momento de choque, de destruição. Nós
achávamos que "O Rei da vela" -não tanto no conteúdo, mas nos
seus métodos- era ultrapassada.”
Críticas da Peça Pelo Público
Após o espetáculo foi passado um questionário

Positivas

“ É uma peça onde se pensa durante o espetáculo e muito mais


depois.”

“Ótima crítica da atualidade”


Negativas
“Pode ser que o teatro esteja decadente, mas para se ouvir palavrões
é preferível ir a Boca do Lixo(local de produção de filmes eróticos nas
décadas de 60-80) ou ouvir Dercy Gonçalves.”

“Uma forma infeliz de apresentar a realidade brasileira”


Encenação Internacional
Em 1968

Em Florença, na Itália

Recebe críticas duras, porém Ruggero Jacobbi(crítico italiano)


escreve para uma revista internacional em cinco línguas(italiano,
francês, inglês, alemão e espanhol) sobre a apresentação dando
notas positivas:

“O rei da vela não nos pede as distinções sutis da hipercrítica; ele


invoca e provoca os tempo de ação. Por isso ele fica deslocado numa
Europa tão segura de si e do próprio tédio.”
Encenação Internacional
Em 1968

Em Nancy, na França

Crítica de Nicole Zand para o jornal Le Monde

“A partir de uma peça escrita há trinta e cinco anos... Correia como


Glauber Rocha em Terra em transe, busca uma linguagem de teatro
realmente nacional. Para exprimir o “trabalho, o amor e a morte” da
burguesia brasileira, ele utiliza o estilo da comédia popular unindo a
Ópera e o carnaval do Rio de Janeiro. Para denunciar a podridão de
um mundo, ele não teme dar os nomes, mostrar sua podridão e seu
atributos ...Em São Paulo, a capital econômica do Brasil, o espetáculo
chocou e quiseram interditá-lo....Ele traduz a realidade de uma
sociedade bem viva.(...).”
Por que a Obra é Atual

“Como poucos, eu conheci as lutas e as


tempestades.
Como poucos, eu amei a palavra liberdade e
por ela briguei”
MANIFESTO ANTROPÓFAGO

Só a ANTROPOFAGIA nos une.


Socialmente.
Economicamente.
Filosoficamente.
Única lei do mundo.
Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os
coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses.
E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu.
Lei do homem.
Lei do antropófago.
O que é ser brasileiro?

“Desenvolver uma estratégia


teórica, uma imaginação que
permita a apropriação criativa do
outro sem excluí-lo, e sem impor-se
ao outro.
Dialogando criativamente, isto é
antropogafia.
João Cezar de Castro Rocha – Antropofagia Hoje?”

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