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Zoltán Boldizsár Simon

HISTORY BEGINS IN THE FUTURE:


on historical sensibility in
the age of technology

Walderez Ramalho Doutorando em História – UFOP Fronteiras da Teoria


História e pós-guerra
Pós-guerra: o termo “história”
refere-se exclusivamente ao passado

Rompe com a noção iluminista de história, que


presumia a integração entre passado, presente e futuro

Zoltán: propor uma alternativa contra o


fechamento da história no passado

A história começa no futuro


“Não há história sem
visão de futuro”

INTERDEPENDÊNCIA : conceito
de história, percepção
da mudança, e visão de futuro

A visão de futuro e a percepção da


mudança foram deslocados, exigindo uma
reavaliação do conceito de história
Futuro, mudança e história

A orientação pelo futuro A mudança aberta pela


deslocou-se da política para a tecnologia é percebida
tecnologia (além da energia como “sem precedente”
nuclear e o Antropoceno)

É preciso considerar o
conceito de História à luz
desses deslocamentos
I
A história - a própria possibilidade da história - começa com a
formulação de uma visão sobre o futuro, isto é, com a
postulação de um futuro diferente do presente e do passado.

- A mudança é condição sine qua non para


qualquer forma de história (processo e
narrativa).

- A mudança pressupõe uma orientação pelo


futuro dada por uma visão que o difere do
presente e do passado.

- Portanto, não há história sem visão de futuro.

OBS: Contraposição às teses do presentismo e do “fim da


história” (pois ambas implicam um fechamento do futuro).
II
Conjugação da tríade história-mudança-futuro no Iluminismo

- O conceito de história tomou a forma de um desenvolvimento


evolutivo de um "sujeito ontológico" (ontological subject):
Humanidade, liberdade, razão...

- A percepção da mudança tomou a forma conceitual de estágios de


um desenvolvimento durante o qual o sujeito da mudança retém sua
auto-identidade como substância de um processo histórico

- E a visão de futuro toma a forma do cumprimento total desse


desenvolvimento

HISTÓRIA: desenvolvimento, progresso, teleologia,


narrativa, continuidade entre passado , presente e futuro
III

A mudança conceitual em um dos termos da


tríade implica a mudança nos outros dois

Se a visão de futuro e a percepção de


futuro se deslocaram, o mesmo deve
ocorrer com o conceito de História
IV
“Vir-à-existência de um sujeito
ontológico que não tem origem
“Mudança sem precedente” em um condição passada, da
qual ele poderia ter surgido”

A mudança sem precedente assinala um evento disruptivo,


que surge sem estar em nenhuma continuidade

A noção de história que


acompanha nossa visão de
f u t u ro d a m u d a n ç a s e m
precedente deve ser tal que História como
seja capaz de configurar o “singular disruptivo”
curso dos assuntos humanos
como uma série de mudanças
sem precedentes (disruptivos)
V
Por que é importante reconhecer
historicamente aquilo que é sem precedentes?

• Possibilita a “chamada para a ação”;

• Único meio de compreender o “sem precedente”, o “não familiar”.

Quando o futuro é sem precedente, o passado deve ser “sem


precedente” também. Isso leva à conclusão: não só a história começa
no futuro, mas também que não existe futuro que não seja histórico.
Intertexualidades
Dipesh Chakrabarty: The climate of history (2009)

Chakrabarty: a crise climática


A sensibilidade/compreensão precipitou “um senso do
histórica do século XIX não dá presente que separa o futuro
conta de eventos como a crise do passado ao colocar tal
climática e o avanço tecnológico futuro além do alcance da
sensibilidade histórica”

A sensibilidade/compreensão Zoltán: toda forma de


histórica do século XIX era baseada sensibilidade histórica é
na ideia de desenvolvimento que orientada por uma visão
pressupunha uma continuidade de futuro (que é a própria
entre passado e futuro condição da mudança)
Intertextualidades
Hannah Arendt – A condição humana (Prefácio)

O Sputnik e os impactos causados por este e outros


progressos da ciência e da técnica sobre a condição humana

Uma possibilidade é pensar esse texto como um reflexo de (e


reflexão sobre) eventos disruptivos, eles mesmos dispostos
no texto como elementos sobrepostos entre si

“Contudo, a era moderna não coincide com o


mundo moderno”. Cientificamente, a era
moderna começou no século XVII e terminou no
Essa possibilidade é levantada
limiar do século XX; politicamente, o mundo
no final do próprio texto: moderno em que vivemos surgiu com as
primeiras explosões atômicas. Não discuto este
mundo moderno que constitui o fundo sobre o
qual este livro foi escrito”
Intertextualidades
Hayden White – O evento modernista

Os eventos disruptivos desafiam a A caracterização que cada um faz


compreensão histórica ao romper da sensibilidade (imaginação)
com a noção tradicional de histórica do século XIX é bastante
acontecimento e mudança distinta

A lógica narrativa do começo,


Zoltán: White ainda está preso à
meio e fim não parece ser
ideia de história desenvolvimento
adequado para compreender
(passados práticos)
esses eventos

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