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Faculdade Vale do Ipojuca – FAVIP

Curso: Graduação em Engenharia Civil

1) Aula:
Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio &
A Cargas Aplicadas Externamente

Disciplina: Mecânica dos Solos II;


Professor: Saul Barbosa Guedes.

Caruaru/PE
14 de Agosto de 2013 1
a) – Ementa da Disciplina: Mecânica dos Solos II

1) Tensões no Solo Devidas a Cargas Aplicadas;

2) Compressibilidade e Adensamento dos Solos;

3) Aterros Sobre Solos Moles;

4) Solos Tropicais;

5) Noções de Mecânica das Rochas;

6) Resistências ao Cisalhamento dos Solos;

7) Estabilidade de Taludes e das Obras de Contenções;

8) Empuxos de Terra e Muros de Arrimo;

9) Experimentos de Laboratório: Ensaio de Cisalhamento Direto, Triaxial

e Edométricos. 2
b) – Referência Bibliográfica para a Disciplina: Mecânica dos Solos II

1) CARVALHO, J. B. Q. Fundamentos da Mecânica dos Solos. 2a ed.


Campina Grande. 2004. 310 p.

2) DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo:


Thomson Learning, 2007.

3) CRAG, R. F. Mecânica dos Solos. 7a ed. Rio de Janeiro. 2007. 365 p.

4) SOUSA PINTO, C de. Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3a ed.


São Paulo: Oficina de Texto, 2006.

5) FERNANDES, M. de M. Mecânica dos Solos: Conceitos e Princípios


Fundamentais – Vol. 1. 2a ed. Porto. 2011. 461 p.

6) CRUZ, P. T. da & SAES, J. L. Mecânica dos Solos – Problemas


Resolvidos. Grêmio Politécnico, 1980. 192 p.

3
b) – Referência Bibliográfica para a Disciplina: Mecânica dos Solos II

7) LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Mecânica dos Solos – Curso


de Especialização 110. 2° Edição,Lisboa.

8) FERNANDES, M. de M. Mecânica dos Solos: Introdução à Engenharia


Geotécnia – Vol. 2. 1a ed. Porto. 2011. 592 p.

9) BARATA, F. M. Propriedades Mecânicas dos Solos: Uma Introdução ao Projeto


de Fundaçoes. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A,
1984.

10) ALMEIDA, M. de S. S. & MARGUES, M. E. S. Aterros Sobre Solos Moles:


Projeto & Desempenho. São Paulo: Oficina de Texto, 2010. Coleção Huesker:
Engenharia com Geossintéticos.

11) VERTEMATTI, J. C. Manual Brasileiro de Geossintéticos. São Paulo: Editora


Edgard Blücher, 2004.

4
c) – Critério de Avaliação da Disciplina: Mecânica dos Solos II

O critério avaliativo de aprendizagem da respectiva disciplina


será por meio da realização de duas (02) provas: N-1 & N-2.

- Avaliação N-1: abordará os assuntos, Tensões no Solo Devidas a


Cargas Aplicadas até Noções de Mecânica das Rochas.

- Avaliação N-2: abordará os assuntos, Resistência ao Cisalhamento


dos Solos até Experimentos de Laboratório.

OBS-1: Após a aplicação de cada avaliação, na semana seguinte aplica-


se a reposição.
OBS-2: Cada aluno tem direito a uma (01) única reposição.
OBS-3: A nova média é quatro (4,0) e não mais Três (3,0). 5
1.0 – Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio

1.1 – Definição de Solo:


Para o engenheiro civil, solo é qualquer reunião de partículas
minerais soltas, ou fracamente unidas (cimentadas), formada pela
decomposição de rochas por ação do intemperismo, com o espaço vazio
entre as partículas ocupado por água e/ou ar (CRAIG, 2007).

Figura 1 – Estrutura Granular Simples de um Solo (Fonte: CRAIG, 2007) 6


1.0 – Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio
1.2 – Princípio da Tensão Efetiva:
De acordo com Carvalho (2004) a definição da tensão no interior
de um solo devida ao seu peso próprio, não é tão simples quanto se possa
imaginar. Todavia, algumas simplificações podem ser feitas.
Considere a Figura 2, onde as esferas de massa PS, representam a
estrutura granular (grãos) dos solos. Considere o nível de água na
superfície e que, no início de aplicação do carregamento (tensão), o
dispositivo de saída d’água está fechado.
N.A P
P
h = Profundidade

Saída
d'Água

a) b) c)
7
Figura 2 – Estrutura Granular Simples de um Solo (Fonte: CARVALHO, 2004)
1.0 – Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio
1.2 – Princípio da Tensão Efetiva:
Então, para uma altura h, a poro-pressão (μ) atua em todas as
direções perpendiculares aos grãos do solo: μ = γÁgua.h.
Aplicando-se uma sobrecarga (ΔP), Figura 2 b), haverá um
acréscimo de poro-pressão Δμ, porque, como não há saída d’água, a
sobrecarga é suportada pela água.
Sendo adicionada sobrecarga com a saída d’água aberta, situação
da Figura 2 c), resultará em um acréscimo de tensão efetiva (ΔσEfetiva).
N.A P
P
h = Profundidade

Saída
d'Água

a) b) c)
8
Figura 2 – Estrutura Granular Simples de um Solo (Fonte: CARVALHO, 2004)
1.0 – Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio
1.2 – Princípio da Tensão Efetiva:
Assim, o somatório das massas submersas de cada esfera (ƩPS)
dividido pela área em que atua, é a tensão efetiva ou tensão intergranular
(σEfetiva = σ’).
Neste situação, as primeiras esferas suportas as massas das
outras por contato “esfera-esfera” ou “grão-grão”.
Baseado no exposto, pode-se apresentar as seguintes definições:
a) Poro-pressão (μ): também chamada de pressão neutra, é a tensão que
que atua na água existente nos vazios da estrutura do solo;
b) Tensão efetiva (σEfetiva): é a tensão existente no contato da estrutura
sólida do solo. Esta tensão tem controle sobre a deformação e resistência
ao cisalhamento do solo.
c) Tensão Total (σTotal): É a soma da tensão efetiva mais a poro-pressão.
σTotal = σEfetiva + μ 9
1.0 – Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio
Na realidade, o plano ondulado Q não pode ser distinguido de um
plano verdadeiro em termos da massa de solo devido ao tamanho
relativamente pequeno das partículas de solo em si (ver Figura 3).
Uma força normal P aplicada em uma área A pode ser suportada
parcialmente pelas forças entre as partículas e parcialmente pela pressão
da água nos poros (CRAIG, 2007).

10
Figura 3 – Estrutura Granular Simples de um Solo (Fonte: SOUSA PINTO, 2006)
1.0 – Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio
As forças entre as partículas são muito aleatórias, tanto em
magnitude como em direção, ao longo de toda a massa de solo, mas em
todo ponto de contato do plano ondulado elas podem ser decompostas
em uma componente normal (N) e uma componente tangencial (T) à
direção do plano verdadeiro ao qual o plano Q se assemelha, as
componentes normal e tangencial (CRAIG, 2007).

Figura 3 – Estrutura Granular Simples de um Solo (Fonte: SOUSA PINTO, 2006) 11


1.0 – Tensões no Solo Devido ao Peso Próprio
A pressão da água nos poros que age igualmente em todas as
direções agirá em toda a superfície de qualquer partícula, mas admite-se
que o volume da partícula não se modifica; além disso, a pressão da água
nos poros não faz com que as partículas sejam pressionados umas contra
as outras (CRAIG, 2007).
De acordo com Craig (2007) o erro inserido ao admitir que o
contato entre as partículas ocorre pontualmente é insignificante em solos,
uma vez que a área de contato normalmente significa algo entre 1 e 3 % da
área da seção transversal A.
Deve-se entender que σEfetiva não representa a tensão verdadeira
de contato entre duas partículas, que seria uma tensão aleatória, porém
muito mais alta (CRAIG, 2007). De acordo com Sousa Pinto (2006) essas
tensões chegam a 700 MPa, enquanto que, nos problemas geotécnicos
raramente as tensões chegam a 1 MPa. 12
1.3 – Cálculo da Tensão Vertical Efetiva Devida ao Peso Próprio do Solo
Considere uma massa de solo que contenha superfície horizontal
e com o lençol freático ao nível da superfície. A tensão vertical total (isto é,
a tensão normal total no plano horizontal) a uma profundidade Z é igual ao
peso de todo material (sólido + água) por unidade de área acima daquela
profundidade, ou seja:
σTotal = γSaturado.Z
A pressão da água nos poros a qualquer profundidade será
hidrostática uma vez que o espaço vazio entre as partículas sólidas é
contínuo, portanto na profundidade Z temos:
μ = γÁgua.Z
Assim sendo, conforme a equação σTotal = σEfetiva + μ, a tensão
efetiva na profundidade Z será: σEfetiva = σTotal – μ = (γSaturado.Z) – (γÁgua.Z)
σEfetiva = (γSaturado - γÁgua). Z
σEfetiva = (γSubmerso).Z 13
1.4 – Efeito da Capilaridade

Capilaridade ou ação capilar é a propriedade física que os fluidos


têm de subirem ou descerem em tubos extremamente finos.
Essa ação pode fazer com que líquidos fluam mesmo contra a
força da gravidade ou à indução de um campo magnético. Se um tubo que
está em contato com esse líquido for fino o suficiente, a combinação de
tensão superficial (Tensão superficial é um efeito físico que ocorre na
camada superficial de um líquido que leva a sua superfície a se comportar
como uma membrana elástica), causada pela coesão entre as moléculas
do líquido, com a adesão do líquido à superfície desse material, pode fazê-
lo subir por ele (WIKIPÉDIA, 2013).
Se a força de adesão for superior à de coesão, o líquido vai
interagir favoravelmente com o sólido, molhando-o, e formando um
menisco. 14
1.4 – Efeito da Capilaridade
Os vazios do solos são muito pequenos, tão pequenos que podem
ser associados a tubos capilares, ainda que muito irregulares e
interconectados (SOUSA PINTO, 2006).
É importante saber definir a poro-pressão quando a mesma ocorre
juntamente com a capilaridade, conforme mostrado na Figura 4. A poro-
pressão a uma profundidade h, abaixo de h1 é igual a: μ = γÁgua.(h – h1).
Poro-Pressão Negativa
h1
hc

ZONA CAPILAR

h
N.A (Nível de Água)

Poro-Pressão Positiva
Figura 4 – Condição de Ascenção Capilar e a Consideração na Determinação da
15
Poro-Pressão (Fonte: CARVALHO, 2004)
Para a zona de ascensão capilar, a poro-pressão é definida por:
μ = - γÁgua.hCapilar.
Neste caso, esta poro-pressão negativa será somada à tensão
total, ou seja, a tensão total a uma profundidade h, é igual a:
σTotal = γ.(h1 - hCapilar) + γSaturado.hCapilar + γSaturado.(h – h1)
A poro-pressão é igual a: μ = γÁgua.(h – h1).
Portanto, a tensão efetiva (σEfetiva) é definida como sendo:
σEfetiva = γ.h1 + (γSaturado - γ).hCapilar + γSubmerso.(h – h1)
Poro-Pressão Negativa
h1
hc

ZONA CAPILAR

h
N.A (Nível de Água)

Poro-Pressão Positiva
Figura 4 – Condição de Ascenção Capilar e a Consideração na Determinação da
16
Poro-Pressão (Fonte: CARVALHO, 2004)
1.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões Devido ao Peso Próprio
Para o perfil ilustrado na Figura 5, calcule a Poro-Pressão (µ), a
Tensão Efetiva (σ’) e a Tensão Total (σTotal) para cada metro de
profundidade no Lago. Trace o diagrama dessas tensões em função da
profundidade. O peso especifico da água é ɣÁgua = 9,81 kN/m3.
Lago
1m 1m 1m 1m 1m 1m 1m 1m

Peso Específico da Água = 9,1 kN/m 3

17
Figura 5 – Tensões em Profundidade em Um Lago
2.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões Devido ao Peso Próprio
Para o perfil geotécnico ilustrado na Figura 6, calcule a Poro-
Pressão (µ), a Tensão Efetiva (σ’) e a Tensão Total (σTotal) para cada metro
de profundidade no depósito de areia. Trace o diagrama dessas tensões
em função da profundidade. Depósito de Areia Fofa

1m 1m 1m 1m 1m 1m 1m 1m

3
Peso Específico da Areia Fofa = 19,0 kN/m

18
Figura 6 – Depósito de Areia Fofa
3.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões Devido ao Peso Próprio
Para o perfil geotécnico ilustrado na Figura 7, calcule a Poro-
Pressão (µ), a Tensão Efetiva (σ’) e a Tensão Total (σTotal) para cada metro
de profundidade no depósito de areia. Trace o diagrama dessas tensões
em função da profundidade. Depósito de Areia Fofa

1m 1m 1m 1m 1m 1m 1m 1m
3
Peso Específico da Areia Fofa = 19,0 kN/m

N.A Nível de Água

19
Figura 7 – Depósito de Areia Fofa Parcialmente Saturado
4.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões Devido ao Peso Próprio

Para o perfil geotécnico ilustrado na Figura 8, calcule a Poro-


Pressão (µ), a Tensão Efetiva (σ’) e a Tensão Total (σTotal) na base de cada
camada de solo. Trace o diagrama dessas tensões em função da
3,0 m
profundidade. Camada - 1: Areia Média
3
Peso Específico Natural da Areia Média = 16,5 kN/m
5,0 m

Camada - 2: Argila Siltosa


3
Peso Específico Natural da Argila Siltosa = 17,5 kN/m
3,5 m 2,5 m

Camada - 3: Argila
3
Peso Específico Natural da Argila = 18,0 kN/m

Camada - 4: Areia com Pedregulhos


3
Peso Específico Natural da Areia com Pedregulho = 19,0 kN/m

20
Figura 8 – Perfil Geotécnico de um Terreno
5.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões Devido ao Peso Próprio

Para o perfil geotécnico ilustrado na Figura 9, calcule a Poro-


Pressão (µ), a Tensão Efetiva (σ’) e a Tensão Total (σTotal) na base de cada
camada de solo. Trace o diagrama dessas tensões em função da
profundidade.
3m
Camada - 1: Areia Média
3
Peso Específico Natural da Areia Média = 16,5 kN/m
N.A (Nível de Água)
5,0 m

Camada - 2: Argila Siltosa


3
Peso Específico Saturado da Argila Siltosa = 17,5 kN/m
3,5 m 2,5 m

Camada - 3: Argila
3
Peso Específico Saturado da Argila = 18,0 kN/m

Camada - 4: Areia com Pedregulhos


3
Peso Específico Saturado da Areia com Pedregulho = 19,0 kN/m

21
Figura 9 – Perfil Geotécnico de um Terreno
“Solução”

1) Um forma simples para calcular as tensões é organizar em forma de


tabela, conforme detalhado na Tabela 1.

Tabela 1 – Cálculo das Tensões


Profundidade (m):
Tensões (kPa):
h = 3,0 h = 8,0 h = 10,5 h = 14,0
1) Poro-Pressão (µ) 0 9,81 x 5,0 = 49,05 (49,05) + 9,81 x 2,5 = 73,57 (73,57) + 9,81 x 3,5 = 107,91

2) Tensão Total (σTotal) 16,5 x 3,0 = 49,5 (49,5) + 17,5 x 5 = 137,0 (137,0) + 18 x 2,5 = 182,0 (182,0) + 19 x 3,5 = 248,50

3) Tensão Efetiva (σ') 49,5 87,95 108,43 140,59

22
“Solução”
Como se sabe, ɣSubmerso = ɣSaturado – ɣÁgua. Portanto, abaixo do nível
d’água, as tensões efetivas poderiam ter sido calculadas utilizando-se os
valores dos pesos específicos aparentes submersos (ɣSubmerso), conforme
o exemplo apresentado a seguir:

- Para h = 3,0 m → σEfetiva = 16,5 (kN/m3) x 3,0 (m) = 49,5 kN/m2 = 49,5 kPa;

- Para h = 8,0 m → σEfetiva = (49,5 kN/m2) + [(17,5 – 9,81 kN/m3) x 5,0 (m)] =
49,5 kN/m2 + 38,45 kN/m2 = 87,95 kN/m2 = 87,95 kPa;

- Para h = 10,5 m → σEfetiva = (87,95 kN/m2) + [(18,0 – 9,81 kN/m3) x 2,5 (m)]
= 87,95 kN/m2 + 20,475 kN/m2 = 108,42 kN/m2 = 108,42 kPa;

- Para h = 14,0 m → σEfetiva = (108,42 kN/m2) + [(19,0 – 9,81 kN/m3) x 3,5 (m)]
= 108,42 kN/m2 + 32,17 kN/m2 = 140,59 kN/m2 = 140,59 kPa; 23
2.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões Devido ao Peso Próprio
No perfil da Figura 10 foram instalados piezômetros tipo
Casagrande, os quais indicaram que o nível d’água subia até a uma altura
de 1,50 m acima do nível do terreno. Calcule as tensões: Poro-Pressão (µ),
Efetiva (σ’) e Total (σTotal) na base de cada camada.
Piezometro de Casagrande
N.A (Nível de Água)

1,5 m
Nível do terreno
OBS:O peso especifico
3,6 m
Camada - 1: Areia Média
3
Peso Específico Saturado da Areia Média = 16,8 kN/m
da água é
ɣÁgua = 9,81 kN/m3.
4,2 m

Camada - 2: Argila Siltosa


3
Peso Específico Saturado da Argila Siltosa = 17,9 kN/m
2,8 m

Camada - 4: Areia com Pedregulhos


3
Peso Específico Saturado da Areia com Pedregulho = 19,4 kN/m

Camada de Rocha em Decomposição


24
Figura 10 – Perfil Geotécnico de um Terreno
“Solução”

Este é um caso em que ocorre o artesianismo no lençol freático


(Poço Artesiano). Devido a isto, a água sobe no piezômetro a uma altura
acima do nível do terreno.
Portanto, o cálculo das tensões µ, σ’ e σTotal na base de cada
camada de solo é dado por:

a) Para o nível do terreno (h = 1,5 m) temos:


- µ = 9,81 x 1,5 = 14,71 kN/m2;
- σTotal = 9,81 x 1,5 = 14,71 kN/m2;
- σ’ = σTotal - µ = 0 kN/m2 ;

25
“Solução”
b) Para a profundidade de 5,1 m, ou seja, h = 1,5 + 3,6 = 5,1 m temos:
- µ = 14,71 + 9,81 x 3,6 = 50,03 kN/m2;
- σTotal = 14,71 + 16,8 x 3,6 = 75,19 kN/m2;
- σ’ = σTotal - µ = 75,19 – 50,03 = 25,16 kN/m2 ;

c) Para a profundidade de 9,3 m, ou seja, h = 1,5 + 3,6 + 4,2 = 9,3 m temos:


- µ = 50,03 + 9,81 x 4,2 = 91,23 kN/m2;
- σTotal = 75,19 + 17,9 x 4,2 = 150,37 kN/m2;
- σ’ = σTotal - µ = 150,37 – 91,23 = 59,14 kN/m2 ;

d) Para a profundidade de 12,1 m, ou seja, h = 1,5 + 3,6 + 4,2 + 2,8 = 5,1 m


temos:
- µ = 91,23 + 9,81 x 2,8 = 118,70 kN/m2;
- σTotal = 150,37 + 19,4 x 2,8 = 204,65 kN/m2;
- σ’ = σTotal - µ = 204,65 – 118,70 = 85,99 kN/m2 ; 26
2.0 - Tensões Devidas a Carregamentos Externos

2.1 – Teoria:
Em 1885, Joseph Valentim Boussinesq, um matemático francês,
formulou as equações teóricas para determinar as tensões em um ponto
no interior de uma massa de solo devidas a uma carga concentrada
aplicada na superfície do terreno (CARVALHO, 2004).
A partir de solução de Boussinesq, vários outras equações fora
propostas, inclusive considerando as mais diversas formas de
carregamento (CARVALHO, 2004).

27
2.2 - Métodos de Cálculo de Tensões no Solo Devido a Carregamentos
Externo:

1) Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a Cargas Concentradas:


Equações de Boussinesq (1885);
2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935);
3) Tensão Vertical sob o centro de Uma área Circular Uniformemente
Carregada;
4) Tensões verticais em Qualquer Ponto do Solo sob Uma Área Circular
Uniformemente Carregada;
5) Cálculo da Tensão no Solo: Solução de Westergaard;
6) Tensão Vertical Devida a Um Carregamento Tipo Aterro;
7) Cálculo da Tensão Vertical no Solo: Solução Aproximada.
28
1) Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a Cargas Concentradas:
Equações de Boussinesq (1885).

Para cálculo de tensões no solo devido a cargas concentradas, o


matemático francês Boussinesq (1885) adota as seguintes condições:

1) O sistema carga + solo, encontra-se em equilíbrio estático;

2) O solo é contínuo, semi-infinito, elástico-linear, isotrópico e


homogêneo, isto é, possui as mesmas propriedades em todas as direções;

3) As cargas são aplicadas gradualmente, não havendo o aparecimento de


energia cinética.

29
1) Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a Cargas Concentradas:
Equações de Boussinesq (1885).

Para cálculo do acréscimo de tensões no solo devido a cargas


concentradas, Boussinesq (1885) desenvolveu as seguintes equações
para as Tensões Normais:
3.Q . Z 3 Q ( 3 / 2).
Z   .
 
2. . R 5 Z 2 r / Z 2  1 5 2

3.Q  X 2 . Z 1  2.  1 ( 2. R  Z ). X 2 Z  
X  . 5  .  3  3 
2.  R 3  R.( R  Z ) R .( R  Z )
2
R 

3.Q  Y 2 . Z 1  2.  1 ( 2. R  Y ).Y 2 Y  


Y  . 5  .  3  3 
2.  R 3  R.( R  Y ) R .( R  Y )
2
R 

Onde: Q = Carga Concentrada Aplicada ao Terreno / µ = Coeficiente de


Poisson / r = (X2 + Y2)1/2 / R = (X2 + Y2 + Z2)1/2 30
1) Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a Cargas Concentradas:
Equações de Boussinesq (1885).

Para cálculo do acréscimo de tensões no solo devido a cargas


concentradas, Boussinesq (1885) desenvolveu as seguintes equações
para as Tensões Cisalhantes:
3.Q XZ 2
 ZX  . 5
2. R
3.Q XZ 2
 YZ  . 5
2. R
3.Q  X .Y . Z 1  2. ( 2. R  Z ). X .Y 
 ZX  . 
R 3 ( R  Z ) 2 
.
2.  R 5
3
Onde: Q = Carga Concentrada Aplicada ao Terreno / µ = Coeficiente de
Poisson / r = (X2 + Y2)1/2 / R = (X2 + Y2 + Z2)1/2

31
1) Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a Cargas Concentradas:
Equações de Boussinesq (1885).
Q

onde:
Y
Y
- r = √(X2 + Y2);

X
r
3.Q . Z 3 Q ( 3 / 2).
Z   .
- R = √(X2 + Y2 + Z2);  
2. . R 5 Z 2 r / Z 2  1 5 2

Z
R Oz

- µ = Coef. de Poisson.
zy
X zx yx
xz Oy
2
3.Q XZ xy yz
 ZX  . 5
2. R
Ox
3.Q  X 2 . Z 1  2.  1 ( 2. R  Z ). X 2 Z  
X  .  .  3  3 
Z 2.  R 5 3  R.( R  Z ) R .( R  Z )
2
R 
Figura 11 – Tensões no Solo Devidas a Uma Carga Concentrada (Q) Notação
32
em Coordenadas Cartesianas
1) Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a Cargas Concentradas:
Equações de Boussinesq (1885).

De acordo com Carvalho (2004) as tensões ou acréscimos de


tensões independem dos parâmetros elásticos dos solos, embora as
equações contenham o coeficiente de Poisson (µ). Todavia, µ varia muito
pouco (normalmente para o solos homogêneos µ varia de 0,25 a 0,45).
Quando µ = 0,5, os termos correspondentes das equações σx, σy e
ƬXY são nulos.

Do ponto de vista rigoroso, os solos não obedecem às


considerações de Boussinesq, mas aproxima-se a ponto de atenderem as
aplicações práticas (CARVALHO, 2004).

33
1) Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a Cargas Concentradas:
Equações de Boussinesq (1885).

Segundo Carvalho (2004) as aplicações das equações de


Boussinesq são feitas em função de um fator (FB). A equação usada no
cálculo da capacidade de carga dos solos e dos recalques tem a forma:
 Q  FB 
3 /( 2. )
 Z   2 .FB
(r / Z ) 
com 5/ 2
Z 
2
1
Onde:

Q = carga concentrada aplicada na superfície do terreno;

Z = profundidade onde se deseja obter o acréscimo de tensão;

r = distancia horizontal do ponto de aplicação da carga concentrada ao


local onde se deseja obter o acréscimo de tensão

34
1.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a
Cargas Concentradas: Equações de Boussinesq (1885).
Para uma carga concentrada de valor igual Q = 500 kN, e uma
distância horizontal entre a linha de aplicação da carga Q e a distância
onde se desejam os acréscimos de tensão igual a r = 3,0 m, calcule os
acréscimos de tensão (ΔσZ) e as tensões finais até uma profundidade (Z)
de 8,0 m. Considere o solo com µ = 0,5 e um peso específico ɣ = 20 kN/m3.
Trace o gráfico com profundidade (x) versus distribuição de tensão (ΔσZ).
Q = 500 kN

 Q 
 Z   2 .FB
Z 
3 /( 2. )
Z = 8,0 m

Tipo de Solo: Areia Siltosa


FB 
(r / Z ) 
3
Peso Específico = 20,0 kN/m
5/ 2
2
1
r = 3,0 m

35
Figura 12 – Desenho Esquemático do Problema
“Solução”

1) As equações detalhadas de Boussinesq foram apresentadas em três


(03) dimensões. Nos Problemas geotécnicos, normalmente utiliza-se o
estado plano de tensões.
2) Vamos considerar uma variação de 1,0 em 1,0 m. Sendo assim, para 1,0
m de profundidade temos:
- Z = 1,0 m de profundidade → FB = {[(3/(2.π)]} / [(r/Z)2 + 1]5/2
→ FB = {[3/(2.π)]} / [(3,0/1,0)2 + 1]5/2
→ FB = 0,477 / 316,22
→ FB = 0,00151 (adimensional)
- Portanto, o acréscimo de tensão devido a carga concentrada na
localidade especificada é:→ ΔσZ = (Q/Z2).FB
→ ΔσZ = [500 kN/(1,0 m)2].(0,00151) = 0,755 kN/m2
36
2.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões e Acréscimos de Tensões Devidas a
Cargas Concentradas: Equações de Boussinesq (1885).
Com os dados do problema anterior, calcule as tensões σx e ƬZX
para uma profundidade de Z = 8,0 m. Considere o Coeficiente de Poisson
do solo igual a µ = 0,5.
“Solução”
1) Para calcular as respectivas tensões faz-se necessário o uso das
seguintes equações:

3.Q  X 2 . Z 1  2.  1 ( 2. R  Z ). X 2 Z  
X  . 5  .  3  3 
2.  R 3  R.( R  Z ) R .( R  Z )
2
R 

3.Q XZ 2
 ZX  . 5
2. R

37
“Solução”

2) Para x = r = 3,0 m, temos: R2 = x2 + z2 = (3)2 + (8)2 → R = 8,544 m.

3.Q X 2 . Z 3.(500kN ).( 3,0m )2 .(8,0m )


X  .   0, 38kN / m 2

2. R5 2.(3,14).(8,544)5

3.Q XZ 2 3.(500kN ).( 3,0m ).(8,0m )2


 ZX  . 5   1,0kN / m 2

2. R 2.( 3,14).( 8,544)5


Q

Y
Y
X

r
Z

R Oz

zy
X zx yx
xz Oy
xy yz

Ox

Z 38
2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935).

Para determinar o valor da tensão em um ponto D a uma


profundidade z, situado na vertical passando pelo vértice de uma área
retangular uniformemente carregada, Newmark (1935) desenvolveu uma
equação, originada do processo de integração da fórmula de Boussinesq.
 Z  q.I 0 B = Comprimento

ra
gu
ar
=L
onde:

L
Z = Prof.
- q = tensão atuante na área; X
- σZ = tensão no vértice da área retangular carregada; Z

- I0 = Coeficiente obtido pela seguinte expressão matemática: 39


2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935).
 2
1
1 2.m .n.( m  n  1) m  n  2
2 2 2 2
2.m .n.( m  n  1) 2 
2 2
1

I  . 2 . 2  arctg 
4  m  n  m .n  1 m  n  1
2 2 2 2
m  n  m .n  1 
2 2 2 2
 
Onde:
- m = L/Z = Largura da área carregada / profundidade;
-N = B/Z = Comprimento da área carregada / profundidade.
B = Comprimento

ra
gu
ar
=L
L
Z = Prof.

Z
Figura 13 – Ilustração de Uma Área Retangular Uniformemente Carregada 40
2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935).

Tabela 5 – valores de Iσ: Área Retangular Uniformemente Carregada


1) Largura da Área Carregada - (L) 4,5 m
1  2.m .n.( m 2  n 2  1) 2 m 2  n 2  2 2.m .n.( m 2  n 2  1) 2 
1 1

2) B Comprimento da Área Carregada - (B) 0,8 m I  . 2 . 2  arctg 2  Iσ


4  m  n  m .n  1 m  n  1
2 2 2 2
m  n  m .n  1 
2 2 2

3) Profundidades (Z) - (m) 4) Parêmetro: m = L/Z 5) Parêmetro: n = B/Z  


1,0 4,500 0,800 0,080 33,686 34,850 1,046 3,772 1,312 0,18481
1,5 3,000 0,533 0,080 10,262 12,844 1,097 1,329 0,926 0,14342
2,0 2,250 0,400 0,080 4,490 7,033 1,161 0,830 0,693 0,11408
2,5 1,800 0,320 0,080 2,401 4,674 1,230 0,599 0,539 0,09320
3,0 1,500 0,267 0,080 1,458 3,481 1,301 0,461 0,432 0,07775
3,5 1,286 0,229 0,080 0,967 2,792 1,370 0,369 0,354 0,06588
4,5 1,000 0,178 0,080 0,507 2,063 1,492 0,253 0,248 0,04892
5,0 0,900 0,160 0,080 0,390 1,856 1,545 0,215 0,212 0,04269
5,5 0,818 0,145 0,080 0,309 1,705 1,592 0,185 0,183 0,03752
6,0 0,750 0,133 0,080 0,251 1,590 1,633 0,160 0,159 0,03318
6,5 0,692 0,123 0,080 0,208 1,502 1,669 0,140 0,139 0,02950
7,0 0,643 0,114 0,080 0,175 1,432 1,701 0,124 0,123 0,02637
7,5 0,600 0,107 0,080 0,150 1,375 1,729 0,110 0,109 0,02369
8,0 0,563 0,100 0,080 0,130 1,330 1,754 0,098 0,098 0,02137
8,5 0,529 0,094 0,080 0,113 1,292 1,776 0,088 0,088 0,01936
9,0 0,500 0,089 0,080 0,100 1,260 1,795 0,079 0,079 0,01761
9,5 0,474 0,084 0,080 0,089 1,233 1,812 0,072 0,072 0,01607
10,0 0,450 0,080 0,080 0,079 1,210 1,827 0,066 0,065 0,01472
10,5 0,429 0,076 0,080 0,071 1,191 1,841 0,060 0,060 0,01353
11,0 0,409 0,073 0,080 0,064 1,174 1,853 0,055 0,055 0,01247
11,5 0,391 0,070 0,080 0,059 1,159 1,864 0,051 0,051 0,01152
12,0 0,375 0,067 0,080 0,054 1,146 1,873 0,047 0,047 0,01068
12,5 0,360 0,064 0,080 0,049 1,134 1,882 0,043 0,043 0,00992
13,0 0,346 0,062 0,080 0,045 1,124 1,890 0,040 0,040 0,00924
13,5 0,333 0,059 0,080 0,042 1,115 1,897 0,037 0,037 0,00862
14,0 0,321 0,057 0,080 0,039 1,107 1,904 0,035 0,035 0,00807
14,5 0,310 0,055 0,080 0,036 1,100 1,910 0,033 0,033 0,00756
15,0 0,300 0,053 0,080 0,033 1,093 1,915 0,031 0,031 0,00710

41
2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935).

Quando a carga não estiver no vértice da área carregada, faz-se o


necessário ajuste de forma que o ponto especificado fique no vértice de
uma área.
- Se forem adicionadas áreas, as mesmas serão “subtraídas”;
- Caso não seja adicionadas áreas, as mesmas serão somadas
a b c
a b a b i Retângulo
abhg
Retângulo c Retângulo h g h i
abcD aige D
c D e f g f e D
a) b) c)
Figura 14 – Exemplo de Área Carregada para o Cálculo da Tensão em um Ponto : a)
42
no Vértice da Área; b) Internamente á Área e c) Externamente a Área
2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935).
a b c
a b a b i Retângulo
abhg
Retângulo c Retângulo h g h i
abcD aige D
c D e f g f e D
a) b) c)
Na Figura 14 a), a área carregada é A(cabD) e o ponto (D) já está
no vértice da área. Sendo assim calcula-se automaticamente á tensão no
ponto específico.

Para a Figura 14 b), tem-se que á área de influência é dada pelo


somatório das áreas internas, ou seja, o cálculo da área de influência
resultante é feita da seguinte maneira:
Área de Influencia Resultante = A(cabD) + A(bihD) + A(hgfD) + A(fecD) 43
2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935).
a b c
a b a b i Retângulo
abhg
Retângulo c Retângulo h g h i
abcD aige D
c D e f g f e D
a) b) c)
Para a Figura 14 c), o ponto D está fora da área carregada A(abhg).
O ajuste é feito “adicionando” áreas de forma que o ponto D fique em um
vértice. Criaram-se as áreas: A(facD), A(ebcD), A(ehiD) e A(fgiD).
Sendo assim, o cálculo da área de influência resultante é
calculado da seguinte maneira:
Área de Influência Resultante é
A(abhg) = A(facD) – A(ebcD) – A(fgiD) + A(hieD)
44
2) Tensão Vertical sob o Vértice de uma Área Retangular Uniformemente
Carregada: Solução de Newmark (1935).

Uma sapata retangular de dimensões iguais a 1,2 m x 2,1 m,


suporta uma carga uniformemente distribuída de Q = 38,4 kN. Calcule a
tensão vertical (q = ?) no ponto D a uma profundidade igual a z = 3,0 m,
para as seguintes condições:

a) O ponto D encontra-se localizado no vértice da área carregada (ver


Figura ;
b) O ponto D encontra-se localizado internamente a área carregada
conforme detalhes de posicionamento ilustrado na Figura 15 b);
c) O ponto D encontra-se localizado externamente a área carregada
conforme detalhes de posicionamento ilustrado na Figura 15 c);
45
a b
a b a b i

c h 2,4 m
D
c d

2,0 m
c D e f g
a) b) c) D
Figura 15 – Modelos de Área Carregada para o Cálculo da Tensão em um Ponto: a) no
Vértice da Área; b) Internamente á Área e c) Externamente a Área

46
Tensões sob Uma Área Circular Uniformemente Carregada.

As equações de Boussinesq podem ser usadas para a


determinação das tensões verticais sob uma área circular uniformemente
carregada (CARVALHO, 2004). Duas Situações são analisadas:

3) Tensão vertical no solo sob o centro da área uniformemente carregada;

4) Tensão vertical em qualquer ponto do solo, inclusive o ponto sob o


centro da área uniformemente carregada.

47
3)Tensão Vertical no Solo sob o Centro de Uma Área Circular
Uniformemente Carregada;
A fórmula de Love (1929) obtida a partir da integração da equação
de Boussinesq permite o cálculo do acréscimo de tensão vertical ao longo
da vertical que passa pelo centro de uma área circular uniformemente
carregada (BASTOS, 2013).
 3

   
2
A respectiva equação é dada por:
  1  
 Z  q.1     q.W0
Onde:
 1  R
  Z
 
2 
 

 
- R = raio do círculo;
- Z = profundidade escolhida para cálculo do acréscimo de tensão;
- q = valor da carga distribuída sobre a placa circular;
- σZ = tensão vertical no solo sob o centro da área circular carregada
uniformemente
48
4) Tensão vertical em qualquer ponto do solo, inclusive o ponto sob o
centro da área uniformemente carregada.
Na determinação da tensão vertical em qualquer ponto do solo,
devido a uma área circular uniformemente carregada, a equação σz = q.W0
é apresentada na forma:
σz = q.NZ(m, n)
Onde:
- m = Z / R = profundidade escolhida para determinação do acréscimo de
tensão / raio da área circular;
- n = a / R = distância do centro da área circular ao ponto de aplicação da
a
r
carga / raio da área circular;

Z
Figura 16 – Tensão Vertical em um Ponto Qualquer Devida a Uma Área Circular
49
Uniformemente Carregada
6.0 – Exemplo de Aplicação: Tensões sob Uma Área Circular
Uniformemente Carregada.

Um reservatório para armazenar água de base circular com, um


diâmetro de Φ = 6,0 m, assente sobre a superfície do terreno, está com
uma quantidade de água que transmite uma tensão uniforme na sua base
de q = 50 kN/m2.

a) Calcule o acréscimo de tensão vertical (σz) a uma profundidade z = 5,0


m, no centro do reservatório;

b) Calcule o acréscimo de tensão vertical (σz) a uma profundidade z = 5,0


m, e a uma distância do centro do reservatório de a = 6,0 m.

50
“Solução”

a) Considerando o primeiro caso, ou seja, acréscimo de tensão no centro


da área circular uniformemente carregada, temos que:

1) Para resolver este modelo de problema faremos uso da seguinte


equação:  

 1 

 Z  q.1    q.W0
   
 1  R
3
2
Z  
  
2) Φ = 6,0 m → R = 3,0 m;
3) Para R = 3,0 m e z = 5,0 m → W0 = 0,36949
4) Sendo assim, temos que o acréscimo de tensão para as condições
estabelecidas no projeto é de: σz = q.W0 = (50 kN/m2).(0,36949) = 18,47
kN/m2.
51
“Solução”
a) Para o caso em que o ponto de aplicação localiza-se a uma distância do
centro do reservatório de a = 6,0 m, temos que:
1) Para resolver este modelo de projeto faremos uso da seguinte tabela:

Tabela 6 – Valores de Nz para o Cálculo das Tensões Verticais em um Ponto


Qualquer no Interior de um Solo, com Uma Área Circular Uniformemente Carregada
(Fonte: CARVALHO, 2004)
a/r
Z/R
0,0 0,3 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
0,25 0,986 0,983 0,964 0,460 0,015 0,002 0,000 0,000
0,50 0,911 0,895 0,840 0,418 0,060 0,010 0,000 0,000
0,75 0,784 0,762 0,691 0,374 0,105 0,025 0,010 0,002
1,00 0,646 0,625 0,560 0,335 0,125 0,043 0,016 0,007
1,25 0,524 0,508 0,455 0,295 0,193 0,057 0,023 0,010
1,50 0,424 0,413 0,374 0,256 0,137 0,064 0,029 0,013
1,75 0,346 0,336 0,309 0,223 0,135 0,071 0,037 0,018
2,00 0,284 0,277 0,258 0,194 0,127 0,073 0,041 0,022
3,00 0,146 0,143 0,137 0,117 0,091 0,066 0,045 0,031
4,00 0,087 0,086 0,083 0,076 0,061 0,052 0,041 0,031
5,00 0,057 0,057 0,056 0,052 0,045 0,039 0,033 0,027
7,00 0,030 0,030 0,029 0,028 0,026 0,024 0,021 0,019
10,00 0,015 0,015 0,014 0,014 0,013 0,013 0,013 0,012 52
“Solução”

2) Para uma distância de a = 6,0 m da linha do centro da área carregada a


uma profundidade Z = 5,0 m com o raio da base do reservatório igual à R =
3,0 m, tem-se: a
r
- Z / R = 5,0 m / 3,0 m = 1,67;
- a / R = 6,0 m / 3,0 m = 2,0.

Z
3) Da Tabela 6, obtém-se:
- a / R = 2,0 e z / R = 1,50 → Nz = 0,064;
- a / R = 2,0 e z / R = 1,75 → Nz = 0,071;
- Interpolando para Z / R = 1,67 encontramos Nz = 0,06876.

1,67  1,50 N Z  0,064


  N Z  0,06876
1,75  1,50 0,071  0,064
53
“Solução”

4) Sendo assim, temos que o acréscimo de tensão para as condições


estabelecidas no projeto é de: σz = σz = q.NZ = (50 kN/m2).(0,06876) = 3,44
kN/m2.

54
5) Cálculo da Tensão no Solo: Solução de WESTERGAARD (1938).

As soluções apresentadas nos itens anteriores foram


basicamente a integração da equação de Boussinesq para uma carga
vertical considerando o solo homogêneo, isotrópico, elástico linear e para
um semi-espaço infinito (CARVALHO, 2004).
Para o cálculo da tensão no interior destes solos, é recomendada
a solução do engenheiro civil dinamarquês Harald Malcolm Westergaard
(1938) que vale para um semi-espaço anisotrópico que não permite o
deslocamento lateral (CARVALHO, 2004).
De acordo com Carvalho (2004) para solos sedimentares, a
solução de Westergaard (1938) é recomendada, todavia muito depende do
bom senso e interpretação dos resultados, embora a solução do
engenheiro dinamarquês esteja mais próxima da realidade dos solos.
55
4) Cálculo da Tensão no Solo: Solução de WESTERGAARD (1938).

Sendo assim, utilizando a solução de Westergaard (1938)


podemos calcular a tensão no interior de uma maciço terroso do tipo
sedimentar para as seguintes condições:

a) Tensão Vertical (σz) Devida a Uma Carga Concentrada:


Q 1
Z  .
Z 2 
 
3

1  2. R
2
 2

 Z 
Onde:
- Q = carga concentrada;
- Z = profundidade escolhida para análise da tensão;
- R = distância horizontal entre o ponto de aplicação da carga e o local de
análise da tensão 56
b) Tensão Vertical (σz) para Uma Carga Concentrada no Vértice de Uma
Área Retangular: Westergaard (1938)
σz = q.NW
Onde:
- q = valor da carga concentrada no vértice;
- NW = coeficiente de influência de Westergaard (1938), ver Tabela 7.
Tabela 6 – Coeficiente de Influência de Westergaard, para o Cálculo da Tensão
Vertical, Devida a Uma Carga Concentrada no Vértice de Uma Área Retangular
Uniformemente Carregada (Fonte: CARVALHO, 2004)
L/Z
B/Z
0,1 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 2,0 ∞
0,10 0,003 0,006 0,011 0,014 0,017 0,018 0,021 0,011
0,20 0,006 0,012 0,021 0,028 0,033 0,036 0,041 0,044
0,40 0,011 0,021 0,039 0,052 0,060 0,066 0,077 0,082
0,60 0,014 0,028 0,052 0,069 0,081 0,089 0,104 0,112
0,80 0,017 0,033 0,060 0,081 0,095 0,105 0,125 0,135
1,00 0,018 0,036 0,066 0,089 0,105 0,116 0,140 0,152
2,00 0,021 0,041 0,077 0,104 0,125 0,140 0,174 0,196
∞ 0,022 0,044 0,082 0,112 0,135 0,153 0,196 0,250 57
Onde:
- B = Largura da Área Carregada;
- L = Comprimento da Área Carregada;
- Z = Profundidade escolhida para análise da tensão.

58
6) Tensão Vertical Devida a Um Carregamento Tipo Aterro.

De acordo com Carvalho (2004) a construção de um aterro ou de


uma barragem de terra, por exemplo, exige na grande maioria das vezes, a
determinação do acréscimo de tensão vertical no interior do solo.
Para esta condição de carregamento bidimensional, o acréscimo
de tensão vertical em uma determinada localidade sob o maciço do aterro,
pode ser determinado fazendo-se uso da seguinte equação:
q0  B1  B2  B1 
q Z  . .(1   2 )  .( 2 )
  B2  B2 
onde:
- q0 = γ.H;
 B1  B2  1  B 
- γ = peso específico do solo do aterro; 1  tg 1
   tg  1 (radianos )
 Z  Z
- H = altura do aterro no ponto especificado; 2  tg 1  B1 (radianos )
Z
59
2.2.5 – Tensão Vertical Devida a Um Carregamento Tipo Aterro.
B2 B1
Onde:

Aterro H

a-1
Z

Alf
a-2
Alf

P
Figura 17 – Ilustração das variáveis existentes no carregamento do aterro

q0  B1  B2  B1 
q Z  . .(1   2 )  .( 2 )
  B2  B2 
60
7.0 – Exemplo de Aplicação: Tensão Vertical Devida ao Carregamento de
um Aterro.
Um aterro é mostrado na Figura 18. Determine o aumento da
tensão sob o aterro nos Pontos A-1 e A-2.

14,0 m 5,0 m 14,0 m

H:V = 2:1 H:V = 2:1


H = 7,0 m
3
Peso Específico do Aterro = 17,5 kN/m

Z = 5,0 m Z = 5,0 m

5,0 m 11,5 m 16,5 m


A-2 A-1
Figura 18 – Desenho esquemático do aterro

61
“Solução”
Um aterro é mostrado na Figura 18. Determine o aumento da
tensão sob.
a) Calculando o acréscimo de tensão para o ponto A-1, temos:
14,0 m 2,5 m 2,5 m 14,0 m

H:V = 2:1 H:V = 2:1


H = 7,0 m H = 7,0 m

Z = 5,0 m Z = 5,0 m

A-1 A-1
Figura 19 – Desenho esquemático do aterro
no Ponto:A-1 (Simétrico)

62
“Solução”
Um aterro é mostrado na Figura 18. Determine o aumento da
tensão sob.
a) Calculando o acréscimo de tensão para o ponto A-1, temos:
1) A tensão desenvolvido pelo peso do aterro no ponto A-1, é dado por:
q0 = γ.H = q0 = (17,5 kN/m3).(7,0 m) = 122,5 kN/m2;
2) B1 = 2,5 m e B2 = 14,0 m. 14,0 m 2,5 m
3) Z = 5,0 m.
4) α2 = tg-1(B1/Z)
H:V = 2:1
= tg-1(2,5 / 5,0) H = 7,0 m
= tg-1(0,5) = 0,4636 (rad).
5) α1 = tg-1[(B1 +B2)/Z] - tg-1(B1/Z)
= tg-1[(2,5 + 14,0)/(5,0)] - tg-1(2,5/5,0) Z = 5,0 m
= tg-1(3,3) - tg-1(0,5)
A-1
= 1,2766 – 0,4636 = 0,81296 63
“Solução”
6) Colocando os dados na equação temos:
q0  B1  B2  B 
q Z  . .(1   2 )  1 .( 2 )
  B2  B2 
(122,5)  (2,5  14,0  2,5 
q Z  . .(0,81296  0,4636)  .(0,4636)
(3,14)  14,0  14,0 
q Z  55,41kN / m2

7) Devido ao fato do ponto A-1, localizar-se no centro do aterro, o


acréscimo de tensão será simétrico, portanto, temos:
q(A-1)  2.q Z  2.(55,41kN / m2 )  110,81kN / m2
14,0 m 2,5 m 2,5 m 14,0 m

H:V = 2:1 H:V = 2:1


H = 7,0 m H = 7,0 m

Z = 5,0 m Z = 5,0 m

64
A-1 A-1
“Solução”
b) Calculando o acréscimo de tensão para o ponto A-2, temos:
14,0 m 5,0 m 14,0 m

H:V = 2:1 H:V = 2:1


H = 7,0 m
3
Peso Específico do Aterro = 17,5 kN/m

Z = 5,0 m Z = 5,0 m

5,0 m 11,5 m 16,5 m


A-2 A-1
Figura 18 – Desenho esquemático do aterro

65
“Solução”
b) Calculando o acréscimo de tensão para o ponto A-2, temos:
14,0 m 14,0 m
9,00 m

4,50 m H:V = 2:1


H = 7,0 m
H:V = 2:1
3
Peso Específico do Aterro = 17,5 kN/m
2,5 m
4,50 m

Z = 5,0 m Z = 5,0 m
9,00 m
5,0 m
A-2 A-2
Figura 19 – Desenho esquemático do aterro no Ponto:A-2 (Não Possui Simetria)

OBS: Aplicar o Princípio da Superposição.


1) O acréscimo de tensão desenvolvido pelo peso do aterro no ponto A-2,
é dado por:
q0 (A-2) = q0 (Triângulo-1) + q0 (Trapézio) - q0 (Triângulo-2) 66
“Solução”

2) O acréscimo de tensão desenvolvido pelo peso do aterro no ponto A-2,


proporcionado pelo Triangulo-1, é dado por:
q0 = γ.HTriângulo = (17,5 kN/m3).(2,5 m) = 43,75 kN/m2;
2.1) B1 = 0,0 m e B2 = 5,0 m. 4

2.2) Z = 5,0 m. H:V = 2:1


2.3) α2 = tg-1(B1/Z)
= tg-1(0,0 / 5,0) 2,5 m
= tg-1(0,0) = 0,0 (rad).
2.4) α1 = tg-1[(B1 +B2)/Z] - tg-1(B1/Z)
Z = 5,0 m
= tg-1[(0,0 + 5,0)/(5,0)] - tg-1(0,0/5,0)
= tg-1(1,0) - tg-1(0,0) 5,0 m
= 0,7854 – 0,0 = 0,7854 A-2
Figura 19 – Triangulo-1
67
“Solução”
2.5) Colocando os dados na equação temos:
q0  B1  B2  B 
q Z  . .(1   2 )  1 .( 2 )
  B2  B2 
(43,75)  (0,0  5,0  0,0 
q Z  . .(0,7854  0,0)  .(0,0)
(3,14)  5,0  5,0 
q Z(Triângulo1)  10,94kN / m2

68
“Solução”

3) O acréscimo de tensão desenvolvido pelo peso do aterro no ponto A-2,


proporcionado pelo Trapézio, é dado por:
q0 = γ.HTrapézio = (17,5 kN/m3).(7,0 m) = 122,5 kN/m2;
14,0 m 14,0 m
3.1) B1 = 14,0 m e B2 = 14,0 m. 9,00 m
3.2) Z = 5,0 m.
3.3) α2 = tg-1(B1/Z) 4,50 m H:V = 2:1
H = 7,0 m
H:V = 2:1
= tg-1(14,0 / 5,0) 3
Peso Específico do Aterro = 17,5 kN/m
2,5 m
= tg-1(2,8) = 1,2278 (rad).
3.4) α1 = tg-1[(B1 +B2)/Z] - tg-1(BZ1=/Z)
5,0 m Z = 5,0 m

5,0 m Figura 20 – Trapézio


= tg-1[(14,0 + 14,0)/(5,0)] - tgA-2
-1(14,0/5,0)
A-2

= tg-1(5,6) - tg-1(2,8)
= 1,3941 – 1,2278 = 0,1663
69
“Solução”
3.5) Colocando os dados na equação temos:
q0  B1  B2  B 
q Z  . .(1   2 )  1 .( 2 )
  B2  B2 
(122,5)  (14,0  14,0  14,0 
q Z  . .(0,1663  1,2278)  .(1,2278)
(3,14)  14,0  14,0 
q Z(Trapézio)  60,84kN / m2

70
“Solução”
m 14,0 m
4) A redução de tensão desenvolvido pelo peso do aterro no ponto A-2,
proporcionado pelo Triangulo-2, é dado por:
q0 = γ.HTriângulo = (17,5 kN/m3).(4,5 m) = 78,75 kN/m2;
4.1) B1 = 0,0 m e B2 =H:V
9,0 m.
= 2:1
H =4.2)
7,0Zm= 5,0 m.
4.3) α2 = tg-1(B1/Z) 3
co do Aterro = 17,5 kN/m
= tg-1(0,0 / 5,0) 4,50 m
= tg-1(0,0) = 0,0 (rad).
4.4) α1 = tg-1[(B1 +B2)/Z] - tg-1(B1/Z)
= tg-1[(0,0 + 9,0)/(5,0)] - tg-1(0,0/5,0) 9,00 m
= tg-1(1,8) - tg-1(0,0) Figura 21 – Triangulo-2
= 1,0637 – 0,0 = 1,0637
71
“Solução”
4.5) Colocando os dados na equação temos:
q0  B1  B2  B 
q Z  . .(1   2 )  1 .( 2 )
  B2  B2 
(78,75)  (0,0  9,0  0,0 
q Z  . .(1,0637  0,0)  .(0,0)
(3,14)  9,0  9,0 
q Z(Triângulo2)  26,6637kN / m2

5.0) Sendo assim, o acréscimo de tensão no ponto A-2, devido ao peso do


aterro é dado por:
q0 (A-2) = q0 (Triângulo-1) + q0 (Trapézio) - q0 (Triângulo-2)
q0 (A-2) = 10,94 + 60,84 – 26,66
q0 (A-2) = 45,12 kN/m2

72
7) Método do Espraiamento das Tensões.

Uma prática corrente para se estimar o valor das tensões em certa


profundidade consiste em considerar que as tensões se espraiam
segundo áreas crescentes, mas sempre se mantendo uniformemente
distribuídas. O respectivo método considera as tensões verticais
uniformemente distribuídas com a profundidade, com um ângulo de
espraiamento (θ).

Figura 21 – – Exemplo de distribuição de tensões ao longo da profundidade


73
(FONTE: AOKI et al. 2003)
7) Método do Espraiamento das Tensões.

Os valores dos ângulos de espraiamento (θ) segundo Cavalcanti


(2006) pedem ser:

a) Solos muito moles: θ < 40º;


b) Areias puras: θ ≅ 40º a 45º;
C) Argilas rijas e duras: θ ≅ 70º;
D) Rochas: θ > 70º.

74
7) Método do Espraiamento das Tensões

a) Para cargas aplicadas em Placas Circulares de raio (R), o estado de


tensão a uma profundidade Z, é calculado por:
 R2 

σ Z  σ Topo . 
2 
 (R  Z.tg  ) 
Onde:
- σZ = tensão atuante numa determinada profundidade escolhida;
- σTopo = tensão atuante no topo da camada (superfície do terreno)
-R = raio da placa circular;
- Z = profundidade escolhida para cálculo da tensão;
- θ = Ângulo de espraiamento do solo.

75
7) Método do Espraiamento das Tensões

b) Para cargas aplicadas em áreas Retangulares de largura L e


comprimento C, o estado de tensão a uma profundidade Z, é calculado
por:
A Topo (L x C)
σ Z  σ Topo . 
AZ [(L  2.Z.tg(  )) x (C  2.Z.tg(  ))]

Onde:
- σZ = tensão atuante numa determinada profundidade escolhida;
- σTopo = tensão atuante no topo da camada (superfície do terreno)
- L = Largura do retângulo;
- C = Comprimento do retângulo;
- Z = profundidade escolhida para cálculo da tensão;
- θ = Ângulo de espraiamento do solo.
76

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