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Filosofia da Religião

Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
O Círculo de Viena
• “O círculo de Viena foi uma importante fase
histórica do positivismo em geral. Foi uma
espécie de movimento reformador da filosofia,
que teve lugar na Universidade de Viena, durante
duas décadas, de 1920 a 1940. Sua inspiração foi
o desenvolvimento de uma filosofia cientifica que
evita as armadilhas da metafísica e outras
considerações, que, na verdade, estão fora do
terreno apropriado da investigação por parte da
mente humana.”
Russel Norman Champlin Enciclopledia de Teologia e Filosofia. Vol 6. p. 657.
O Círculo de Viena
• “Na universidade em pauta(Viena), foi
estabelecida uma cadeira chamada filosofia
das Ciências Indutivas, no ano de 1895; e isso
favoreceu, tempos depois, o desenvolvimento
do Círculo de Viena. Houve vários filósofos
antiespeculadores naquele lugar, e que foram
os primeiros inspiradores daquilo que veio a
ser o positivismo.”
Russel Norman Champlin Enciclopledia de Teologia e Filosofia. Vol 6. p. 657.
O Círculo de Viena
• “Mas, finalmente, o grupo dispersou-se. Um
de seus membros foi assassinado; o nazismo
chegou ao poder na Alemanha; Veio a
Segunda Guerra Mundial. Vários membros do
grupo mudaram-se para os Estados Unidos da
América, e começaram a ensinar em várias
universidades norte-americanas.”

Russel Norman Champlin Enciclopledia de Teologia e Filosofia. Vol 6. p. 657.


Ludwing Wittgenstein
• Suas datas são 1889-1951. Foi um dos grandes
filósofos do método científico e da linguagem.
Ele era austríaco, nascido em Viena. Estudou
engenharia em Berlim, na Alemanha, e em
Manchester, na Inglaterra. Seus interesses
pela matemática levaram-no a estudar as
obras de frege e de Russell. De fato, durante
algum tempo, trabalhou em Cambridge na
companhia deste último.
Russel Norman Champlin Enciclopledia de Teologia e Filosofia. Vol 6. p. 697.
Ludwing Wittgenstein
• Serviu no exército austríaco durante a
Primeira Guerra. No decorrer de uma batalha,
passou por profunda experiência mística que
lhe revolucionou a vida. Mas acabou
prisioneiro de guerra na Itália. Um dos
resultados disso foi que uma polpuda herança
que havia recebido foi distribuída entre os
necessitados, enquanto ele mesmo precisou
ensinar alunos do nível elementar na Áustria.
Russel Norman Champlin. Enciclopedia de Teologia e Filosofia. Vol. 6. p.697
Ludwing Wittgenstein
• As vicissitudes (situação ou circunstâncias
consideradas contrárias e desfavoráveis) de sua
vida levaram-no a manter valiosas amizades e
associações com vultos (homem importante;
individuo notável) como Russel, Schlick e
Waisman (do Círculo de Viena), pelo que ele teve
fortes contatos com o positivismo. Finalmente,
Wittgenstein foi ensinar na Universidade de
Cambridge, onde permaneceu até 1947. Em seus
últimos anos de vida teve graves problemas de
saúde e, finalmente, morreu de câncer.
Russel Norman Champlin. Enciclopedia de Teologia e Filosofia. Vol. 6. p.697
Ludwing Wittgenstein
• Durante toda a sua carreira, teve uma
permanente preocupação com a filosofia da
linguagem. De fato, foi nessa esfera do
conhecimento filosófico que deixou sua marca
permanente. Seu livro, Tractatus Logico
Philosophicus foi a sua obra-prima nesse
terreno, embora posteriormente tivesse
contribuído com algumas adições substanciais
e algumas modificações de ideias.
Russel Norman Champlin. Enciclopedia de Teologia e Filosofia. Vol. 6. p.697
Burguesia
Burguesia é um
termo com vários
significados
históricos, sociais e
culturais. A palavra
se origina do latim
burgus,
significando
Um típico burgo formado ao pé de um castelo.
“cidade”, adaptada
para várias línguas
europeias.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia
Burguesia
• Burgueses, por extensão, eram os habitantes dos
burgos, em oposição aos habitantes do campo.
Na idade Média o conceito se limitou a uma
específica classe social formada nos burgos,
conhecida como a burguesia propriamente dita,
que detinha o direito de cidadania, o qual
acarretava vários privilégios sociais, políticos e
econômicos. Com o passar do tempo esta classe
tomou o poder nas cidades e excluiu a nobreza
feudal de todas as funções públicas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia
Burguesia
• A partir de fins do século XVIII o conceito de
burguesia foi redefinido por sociólogos,
economistas e historiadores, referindo-se a
uma classe detentora de uma cultura
particular, meios econômicos baseados em
capitais e uma visão materialista do mundo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia
Iluminismo: Razão, liberalismo e
progresso
• Para clarear os caminhos que lhe garantiam mais poder
econômico e político, a burguesia europeia do século
XVIII apresentou ao Ocidente uma nova maneira de
pensar.
• O iluminismo foi a corrente de pensamento dominante
na Europa do século XVIII. Defendeu o predomínio da
razão sobre a fé e estabeleceu o progresso como
destino da humanidade, representando a visão de
mundo da burguesia. Seus pensadores negavam as
doutrinas absolutistas e mercantilistas e, em seu lugar,
apoiavam valores liberais, tanto na política como na
economia.
Guia do Estudante História Vestibular 2008, p.53
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “Nos tempos modernos, a luta entre a fé e a
razão deu ganho de causa à razão. Deus e religião
sempre mais foram silenciados. Até se chegou a
proclamar a morte de Deus.” (Zilles, 1991, p.83).
• “Em nosso século reina a tendência forte, na
filosofia, que se orienta nas ciências empíricas. A
própria filosofia torna-se teoria (conhecimento
não pratico) da ciência.”(Zilles, 1991, p.83).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “O processo do iluminismo conduziu o homem ao
uso de sua própria razão.” (Zilles, 1991, p.93).
• “Mas vive ele (o homem) só da razão? Não se
torna irracional a absolutização da razão e do
conhecimento científico?” (Zilles, 1991, p.93).
• “Vontade e sentimento, fantasia e emoção (Pois,
estão além da razão científica) não podem ser
reduzidos à pura razão científica.” (Zilles, 1991,
p.93).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “O ideal da ciência moderna é: Método adequado,
clareza e exatidão.” (Zilles, 1991, p.83).
• “Isso, para muitos, significa simplesmente
matematização dos problemas.” (Zilles, 1991, p.83).
• “No campo do quantitativo (que diz respeito a
quantidade) e mensurável (cuja medida pode ser
determinada) deve imperar (prevalecer) o espírito
geométrico, a objetividade (não tomar partido) e a
neutralidade (opinião isenta de preferências
pessoais).” (Zilles, 1991, p.83).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “Com isso todavia não está dito que se possa ou
deva estender o método matemático-científico,
com reivindicação exclusiva, a todos os campos
do espírito humano.” (Zilles, 1991, p.83).
• “A matematização, a quantificação (efeito de
determinar a quantidade) e a formalização
(operação obrigatória) são insuficientes para
abranger fenômenos (manifestação) qualitativos
(que se refere a qualidade) específicos da
existência humana como a arte, a música, a
religião, o amor, a fé, etc.” (Zilles, 1991, p.83).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “É justo indagar por uma lógica (modo de
raciocinar coerente que expressa uma relação de
causa e consequência) puramente formal, por
uma análise da linguagem ou construir uma
teoria da ciência segundo o método da
verificação ou falsificação de proposições
(sugestão ou proposta) empíricas.” (Zilles, 1991,
p.83).
• “Também os filósofos devem servir-se da lógica,
da análise linguística e da teoria da ciência.”
(Zilles, 1991, p.83).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “O problema começa quando se pretende
absolutizar tais ciências e quando a filosofia se
reduz à lógica formal ou a simples questão de
método.” (Zilles, 1991, p.83).
• “A filosofia também não pode reduzir-se à
mera destruição crítica.” (Zilles, 1991. p.83).
• “Os métodos estão em função do conteúdo
ou do objeto (o que é pensado e se opõe ao
ser pensante, sujeito).” (Zilles, 1991, p.83).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “Neste horizonte, a ciência moderna teve que
silenciar a questão de Deus, pois ele não ocorre
na experiência como objeto.” (Zilles, 1991, p.84).
• “Mas pode a ciência ter pretensões absolutas
sem deixar de ser ciência? Se a ciência for fiel a
seu ideal metódico, abster-se-á de pronunciar
juízos sobre o que extrapola o horizonte de sua
experiência.” (Zilles, 1991, p.84).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “Com isso reconhecerá seus próprios limites, pois
não tem respostas a todos os problemas
existenciais do homem.” (Zilles, 1991, p. 84).
• “Certamente a razão científica não substitui a fé
em Deus, nem a religião.” (Zilles, 1991, p.84).
• “A filosofia se faz com uma racionalidade crítica
(Descartes e Kant), mas deve combater o
racionalismo ideológico caracterizado por
dogmatismo racionalista. (Zilles, 1991, p.84).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “Tal tendência (dogmatismo racionalista)
parece manifestar-se sempre mais em nosso
século, na filosofia da ciência, como
exemplificam as filosofias de Ludwing
Wittgenstein, Karl Popper e outros.” (Zilles,
1991, p.84).
• “Nessas filosofias Deus e religião não ocorrem
porque são objeto que não interessa.” (Zilles,
1991, p.84).
Wittgenstein e Popper:
A racionalidade científica e a fé
• “Desconfia-se de que o discurso sobre Deus e
religião não tenha sentido ou seja absurdo, ao
menos do ponto de vista lógico.” (Zilles, 1991,
p.84).
Para Wittgenstein, o que é a
linguagem?
• “Para Wittgenstein existe uma conexão
enorme entre pensamento, proposição e
linguagem. Segundo o pensamento de
Wittgenstein no Tractatus, tem-se que uma
proposição é:
(4.01) (é o) modelo da realidade tal como nós o
pensamos.”

www.revistaclareira.com.br O místico no Tractatus de Wittgenstein.


Para Wittgenstein, o que é a
linguagem?
• “De acordo com essa interpretação, o
pensamento vem a ser:
(3) A imagem lógica dos factos é o pensamento
(4) A proposição com sentido”
• A linguagem é assim, grosso modo, a totalidades
das proposições. É o porque o homem fala
através de proposições, quer dizer, expõe o seu
pensamento através de proposições com sentido.
O homem fala das coisas do mundo, daquilo que
se entende como a realidade.
www.revistaclareira.com.br O místico no Tractatus de Wittgenstein.
Para Wittgenstein, o que é a
linguagem?

Realidade como Proposição


pensamos

A proposição com Pensamento


sentido

Expor a proposição Linguagem


Com sentido
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “Ludwing Wittgenstein [...] Parte da idéia de
que a linguagem tem limites impostos por sua
estrutura interna, limites que manifestam os
limites do próprio pensamento.” (Zilles, 1991,
p.84).
• “Através de seu Tractatus Logico-philosophicus
(1921), Wittgenstein representa a formulação
clássica do problema da teoria da ciência.”
(Zilles, 1991, p.84).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “Nela (no Tractatus logico-philosophicus) unem-
se o racionalismo cartesiano e o empirismo
inglês. Proposições da matemática e da lógica e
da ciência empírica podem ser proposições com
sentido.” (Zilles, 1991, p.84).
• “No Tractatus busca uma linguagem que
responde ao seguinte postulado: “O que se pode
dizer, em geral se pode dizer claramente; e o que
não se pode falar, se deve calar” (Wittgenstein
Apud Zilles, 1991, p.84).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “Tal linguagem pode reduzir-se a algumas
frases elementares (cujo o entendimento é
fácil)” (Zilles, 1991, p.85).
• “formadas pela conexão de alguns nomes
(4.22).” (Zilles, 1991, p.85).
• “Na frase os nomes representam os objetos
(3.22)” (Zilles, 1991, p.95).
• e sua conexão proporciona o conteúdo.”
(Zilles, 1991, p.95).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “A existência de um conteúdo, Wittgenstein
chama de fato (2) e ao conjunto de fatos chama
mundo (1.1).” (Zilles, 1991, p.85).
• “A frase reflete a realidade do fato, tendo com ela
em comum a forma lógica (modo de raciocinar
coerente). Em outras palavras, a estrutura da
frase e da realidade se correspondem. A forma
lógica não se diz, mas se mostra (4.12). Por isso
as proposições da lógica nada dizem (6.11).”
(Zilles, 1991, p.85).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “Uma frase, que diz algo, apresenta um fato.
Por isso o conjunto de proposições
verdadeiras descreve o mundo como a
totalidade dos fatos e representa toda a
ciência natural (4.11).” (Zilles, 1991, p.85).
• “As proposições sobre o inefável carecem de
sentido. Através dessa filosofia do Tractatus
influenciou o Círculo de Viena e todo o
neopositivismo.” (Zilles, 1991, p.85).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “A tarefa da filosofia, segundo o Tractatus, é o
esclarecimento lógico das proposições
científicas.” (Zilles, 1991, p.85).
• “A filosofia não representa uma doutrina ao
lado das ciências. Antes consiste numa
terapia, ou seja, não resolve problemas
filosóficos, mas apenas cura enquanto os faz
desaparecer, reduzindo-os à mera análise de
linguagem.” (Zilles, 1991, p. 85).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “No Tractatus diz que a “finalidade da filosofia
é o esclarecimento lógico dos pensamentos. A
filosofia não é teoria, mas atividade. Uma
obra filosófica consiste essencialmente em
comentários. A filosofia não redunda em
proposições filosóficas, mas em tornar claras
as proposições” (4.112).” (Wittegenstein Apud
Zilles, 1991, p.85).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “Neste ponto pouco altera sua posição nas
Investigações filosóficas (1951). Diz: “Não queremos
refinar ou completar de modo inaudito (que nunca se
ouviu falar antes) os sistemas de regras para o
emprego de nossas palavras. Pois a clareza, à qual
aspiramos, é na verdade uma clareza completa. Mas
isto significa apenas que os problemas filosóficos
devem desaparecer completamente (...) Resolvem-se
problemas, não um problema. Não há um método da
filosofia, mas sim métodos, como que diferentes
terapias” (n. 133).” (Wittgenstein Apud Zilles, 1991,
p.85,86).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “A partir da posição do Tractatus é
consequente não dizer nada de Deus e da
religião, pois os fatos são o único objeto da
ciência e, pela mediação da ciência, também o
único objeto da filosofia. Os fatos são
mensuráveis, determináveis. Claro,
determinações são limites. O infinito não é
mensuráveis, determináveis. Portanto, a
ciência, consequentemente a filosofia, trata
do finito, dos fatos.” (Zilles, 1991, p.86).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “Wittgenstein, no caminho da racionalidade
científica, radicaliza Descartes, pois este ainda
reconhecera à fé e à teologia ideias, embora
não claras e distintas. Wittgenstein, que unira
o logicismo matemático de B. Russel com o
empirismo inglês, afirma que todas as
proposições que ultrapassam a ciência
carecem de sentido:” (Zilles, 1991, p.86).
4.1. Ludwing Wittgenstein: o empírico
e o místico
• “A maioria das proposições e questões escritas
sobre temas filosóficos não são falsas, mas
absurdas. Por isso não podemos em geral
responder a questões dessa espécie, apenas
estabelecer seu caráter absurdo. A maioria
das questões e das proposições dos filósofos
se apoiam, pois, no nosso desentendimento
da lógica da linguagem” (4.003).” (Zilles, 1991,
p.86).

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