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AS SETE CHAVES PARA LER O

APOCALIPSE – Pe. José Bortolini

Erros comuns na leitura de Ap:


= medo do fim do mundo
=condenação a pessoas e
religiões diferentes;
= desânimo: “só na outra vida
as coisas vão melhorar”;
Características:
 linguagem muito estranha para
nós, hoje;
 é como uma casa: só pode ser
aberta com as chaves certas.
1ª. Chave: Resistência
 estilo literário apocalíptico: presente
também em Dn e Ez;
 realidade: dominação de outros povos sobre
os judeus
 Ez = Exílio na Babilônia (597-538 a.C.);
 Dn = Dominação da Síria sobre a Judéia, na
época de Antíoco Epífanes (175-164 a.C.)
 uso de símbolos, figuras, números, etc –
códigos
 não se podia dizer as coisas às claras =
medo, terror
 linguagem de código: para comunicar a
perseverança e a resistência da fé diante dos
opressores.
2ª. Chave: Denúncia
 ferramenta importante dos
Profetas do AT;
 Movimento profético clássico do AT
desapareceu com o Exílio da
Babilônia;
 profecia = olhar crítico direto sobre
a sociedade;
 Ap = livro da Denúncia profética
para organizar e animar o povo,
criando resistência pela
experiência da fé;
 o autor de Ap se considera um
profeta dos novos tempos (10,11).
3ª. Chave: Celebração
 o Ap há um clima celebrativo =
mística do cristão em meio às
perseguições ferozes do Império
Romano (1,3);
 eixo da Mística celebrativa: a
vitória de Jesus sobre a morte
(o Cordeiro em pé, como que
imolado – 5, 6);
 projeto de um futuro inspirado na
vitória do Cordeiro sobre a morte:
“novo céu e nova terra” – 21,1;
 “Novo céu e nova terra” – base:
história humana (Is 65, 17 – 25);
 não há anúncio de fim de mundo, mas o
Ap anuncia como Deus quer que seja o
mundo e a sociedade de hoje;
 celebra-se Jesus vencedor e os que
estão unidos a Jesus já são vencedores;
 comunidade = ambiente para ler,
escutar, denunciar e praticar juntos
num clima celebrativo, à luz da vitória
do Ressuscitado;
 Hinos = inspiram a dinâmica rumo à
vitória definitiva, em comunhão com o
Cordeiro (4, 8b; 4, 11; 5, 9b – 10; 5, 12b;
5, 13b, etc);
 ambiente celebrativo: soa o forte apelo
de Deus para caminharmos rumo à
vitória definitiva.
4ª. Chave: Testemunho (1,2)

 testemunho = martírio – é o tronco


do qual nascem 3 ramos: denúncia,
resistência e celebração;
 Culto ao Imperador/ Kyrios/ Senhor/
deus (Domiciano, de 81 a 96 d.C.) –
todos os que não prestassem culto
ao Imperador deveriam morrer
(13,16 – 17);
 resistência no martírio: os
primeiros cristãos testemunhavam
com seu sangue sua fé em Jesus,
Deus e o único Senhor;
 ponto-chave: clamor dos mártires
(6, 10 -11) por justiça sem demora;
 testemunho, denúncia e resistência
contra a deturpação da fé, por causa
de outras religiões do Oriente Antigo,
que penetravam nas Comunidades
Cristãs (sincretismo), conf. 1, 4a. 11;
essas religiões serviam aos
interesses dos poderosos;
5ª. Chave: Felicidade

 jogo de números: o número 7 =


perfeição;
 há SETE bem-aventuranças ao
longo do livro: 1, 3; 14, 13; 16, 15;
19, 9; 20, 6; 22, 7; 22, 14) = falam de
uma felicidade possível e realizável,
prometida pelo próprio Deus!
 19, 9 = a mais importante:
participardas núpcias do Cordeiro.
6ª. Chave: Livro urgente

 referências a “um tempo que está


próximo” (1, 3), até o ponto em que
não haverá mais tempo (10, 6), pois
tudo já está realizado (16, 17);
 o Ap não está falando do fim do
mundo!
 o tempo de que se fala é o tempo da
resistência, da denúncia, da
celebração e da martiria que geram
felicidade, porque o Reino de Deus
está perto de nós;
 por isso, o Ap exige urgência nas
decisões, nas escolhas, nas
opções...
7ª. Chave: Esperança
 o Ap quer devolver a esperança às Comunidades
que lutam por um mundo novo, mais justo e
humano;
 fonte da esperança:
> cap. 4: o TRONO = Deus é o Senhor da História e
tudo governa;
> cap. 5: o Cordeiro (Jesus Resuscitado), que
venceu para sempre a morte;
> cap. 21- 22: a Nova Jerusalém, símbolo da
sociedade plenamente fraterna, que desce do
céu = é dom de Deus! = imagem do Reino
definitivo!
> Nova Jerusalém: o paraíso não é realidade às
nossas costas/passado (Gn 3), mas é realidade
futura, à nossa frente, horizonte de nossa
história.
 OBS.: o Apocalipse de São João
combina elementos do Antigo
Testamento, relacionando-os ao
momento presente vivido pelas
Comunidades perseguidas pelo
Império Romano no final do
século I d.C.
AUTOR:

 o autor se autodenomina João (1, 1;


1, 4; 1, 9; 22, 8);
 PSEUDONÍMIA: naquele tempo era
comum dedicar uma obra literária a
uma personagem importante do
passado;
 João: não é o Evangelista e nem o
Apóstolo, filho de Zebedeu;
 é um exilado político, na ilha de
Patmos, provavelmente um
presbítero de Éfeso, que sofreu com
sua comunidade;
 autor: desconhecido.
ESTRUTURA/PLANO DA OBRA:
1, 1 - 3 Prólogo

1, 4 – 3, 22 I PARTE
1, 4 – 8 = Saudação às
Comunidades em forma de
diálogo;
1, 9 – 20 = Experiência de
Jesus Ressuscitado;
2, 1 – 3, 22 = As SETE cartas às
SETE Comunidades;
4, 1 – 22, 5 II PARTE
4, 1 – 5, 14: 1ª. Seção/ Introdutória
pontos importantes: o trono, o Cordeiro e o
livro com 7 selos;
...........................................................................
6, 1 – 7, 17: 2ª. Seção: Os Selos
pontos importantes: abertura dos 4 selos,
clamor dos mártires (5.º Selo) e resposta de
Deus ao clamor (6.º Selo);
...........................................................................
8, 1 – 11, 14 : 3ª. Seção: As Trombetas
O toque das trombetas anuncia o julgamento
de Deus.
...........................................................................
11, 15 – 16, 16: 4ª. Seção: Seção dos TRÊS
sinais
pontos importantes: 1.º Sinal (A Mulher de
12, 1s), 2.º Sinal (Dragão de 12, 3), 3.º Sinal
(os 7 anjos com as 7 pragas, de 15, 1);
...........................................................................
CONTEXTOS: seqüência em que as
partes do texto foram escritas.
TEXTO ANO FATOS:
4, 1 – 11, 19 64 refere-se á Primeira grande
perseguição:
Nero = Primeira Besta
Martírio de S. Pedro e S. Paulo
12, 1 – 22, 5 95 refere-se à Segunda grande
perseguição:
Domiciano = Segunda Besta -
Morte do Apóstolo João
1-3 100 Introdução ao Livro - Exortação
à fé
22, 6 – 21 100 Conclusão do Livro = Epílogo
Exortação à Esperança
SÍMBOLOS:

 Simbolizar, em grego, significa


associar alguma coisa com algo
diferente dela, porém, que sirva
para lembrá-la
sin = unir;
bolos = estrutura; coisa; sinal
 Olhos= conhecimento
 Branco = alegria, pureza, vitória
 Vermelho= sangue, martírio, matança
 Escarlate= luxo, magnificência
 Preto= luto, morte
 n.º 4 = o mundo criado, toda a terra, os 4
pontos cardeais e tudo o que eles envolvem;
 n.º 7 = perfeição, plenitude
 n.º 12 = Israel, Igreja Apostólica (os Doze
Apóstolos)
 n.ºMIL = multidão, número incalculável
 Candeeiro/lâmpadas = as
igrejas/comunidades
 Asas = movimento, mobilidade
 Pernas = estabilidade, firmeza
 Mãos = poder de proteção/ação
 Chifres = poder de dominação
 Coroa = realeza; poder político
 Veste longa = sacerdócio
 Palma = triunfo, vitória do martírio
 Espada = guerra, destruição
 Estrela = anjo, mensageiro
 Cinto de ouro = realeza; rei
 Cabelos brancos = sabedoria divina;
 Olhos brilhantes de fogo = o poder de
Deus que tudo percebe
 Pés de bronze = firmeza, estabilidade
 Rosto brilhante = transfiguração
 Verde = morte
 n.º 666 = lembra o 6.º dia da Criação;
portanto, é número humano, de SER
HUMANO, é limitado, perecível,
imperfeito; também se refere à soma
total do título “Imperador Nero (em
hebraico: KAISAR NERON), pois cada
letra, em hebraico corresponde a um
número.
 ARMAGEDON= refere-se a um vale, na
Palestina, chamado Meguido, lugar
frequente de batalhas e guerras ao
longo da História do antigo povo da
bíblia; ali morreu o piedoso rei Josias
e acreditava-se que ali seria o
confronto final entre o Cordeiro e o
Dragão.
FIM

MARANATHÁ

AMÉM!VEM, SENHOR JESUS!

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