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Estatuto da

Criança e do
Adolescente
(Lei nº 8.069/1990)
Lei nº 8.069/1990 landeirapeixoto@hotmail.com
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

CONCEITO DE CRIANÇA E DE ADOLESCENTE

O conceito está no art. 2º caput, da lei.

Art. 2º. Considera-se criança, para os


efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos
de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de
idade.
O ECA aplica-se tanto a crianças quanto a
adolescentes, pois ambos efetivamente ambos
praticam atos infracionais.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ATO INFRACIONAL PRATICADO POR CRIANÇA

Criança comete ato infracional, mas não responde


processo pela prática de ato infracional. A criança
que praticar ato infracional está sujeita a medidas
de proteção do art. 101, I a VIII.

Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses


previstas no art. 98, a autoridade competente
poderá determinar, dentre outras, as seguintes
medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável,
mediante termo de responsabilidade;
Continua...
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Art. 101. [...]


....................................
II - orientação, apoio e acompanhamento
temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em
estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais
ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do
adolescente;

Continua...
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Art. 101. [...]


....................................
V - requisição de tratamento médico, psicológico
ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou
ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário
de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
toxicômanos;
VII – acolhimento institucional;
VIII - inclusão em programa de acolhimento
familiar;
IX − colocação em família substituta.

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Essas medidas de proteção podem ser aplicadas


isolada ou cumulativamente, bem como
substituídas a qualquer tempo.
É o que dispõe o art. 99 da Lei nº 8.069/1990:

Art. 99. As medidas previstas neste


Capítulo poderão ser aplicadas isolada
ou cumulativamente, bem como
substituídas a qualquer tempo.

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CRITÉRIOS PARA A APLICAÇÃO DAS MEDIDAS

Quais são os critérios que o juiz deve utilizar para


determinar qual medida de proteção é mais
apropriada. Esses critérios estão no art. 100:

Art. 100. Na aplicação das medidas levar-


se-ão em conta as necessidades
pedagógicas, preferindo-se aquelas que
visem ao fortalecimento dos vínculos
familiares e comunitários.

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ATO INFRACIONAL PRATICADO POR ADOLESCENTE

O adolescente que comete ato infracional está


sujeito a responder processo por ato
infracional e pode sofrer medidas sócio-
educativas previstas no art. 112, da qual
podemos citar como exemplo a internação
em instituição própria.
Além disso, o adolescente que comete ato
infracional está sujeito também às medidas
de proteção do art. 101, conforme expresso no
art. 112, VII.
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Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a


autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I
a VI. Medidas de proteção
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APLICAÇÃO DO ECA AOS MAIORES DE 18 ANOS

É possível aplicar essas medidas sócio-educativas ao


maior de 18 anos? Olha o que diz o art. 2º,
parágrafo único do ECA:

Art. 2º. [...].


....................................
Parágrafo único. Nos casos expressos em
lei, aplica-se excepcionalmente este
Estatuto às pessoas entre dezoito e
vinte e um anos de idade.
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Em que hipótese as medidas sócio-


educativas do ECA podem ser aplicadas às
pessoas entre 18 e 21 anos?

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Em que hipótese as medidas sócio-


educativas do ECA podem ser aplicadas às
pessoas entre 18 e 21 anos?

As medidas podem ser aplicadas às pessoas


entre 18 e 21 anos que tenham cometido ato
infracional na adolescência.
O art. 2º, parágrafo único evita a impunidade de
um adolescente que porventura pratique um ato
infracional quando inimputável e só venha a ser
responsabilizado quando maior de 18 anos.

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Considera-se a idade do menor na data da conduta


criminosa (art. 4º, CP – Teoria da Atividade). Isso
é o que diz o art. 104, parágrafo único.

Art. 104. São penalmente inimputáveis os


menores de dezoito anos, sujeitos às
medidas previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei,
deve ser considerada a idade do
adolescente à data do fato.

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Questionamento: De todas as medidas sócio-


educativas do art. 112, qual delas é que
pode ser aplicada ao maior de 18 anos que
cometeu ato infracional na adolescência?
Tem autor que diz que a única medida que
pode ser aplicada ao maior de 18 anos é a
internação. O STJ já firmou jurisprudência
no seguinte sentido: qualquer medida
sócio-educativa pode ser aplicada ao maior
de 18 anos que tenha cometido ato
infracional na adolescência.
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Questionamento:
De todas as medidas sócio-educativas do art.
112, qual delas é que pode ser aplicada ao
maior de 18 anos que cometeu ato
infracional na adolescência?

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Questionamento:
De todas as medidas sócio-educativas do art.
112, qual delas é que pode ser aplicada ao
maior de 18 anos que cometeu ato
infracional na adolescência?
O STJ já firmou jurisprudência no seguinte
sentido: qualquer medida sócio-educativa
pode ser aplicada ao maior de 18 anos que
tenha cometido ato infracional na
adolescência.

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CONCEITO DE ATO INFRACIONAL

Ato infracional é o ato que corresponde a um crime


ou a uma contravenção penal.

Art. 103. Considera-se ato infracional a


conduta descrita como crime ou
contravenção penal.

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Primeiro questionamento relevante:

Em sendo um crime de ação penal privada


ou de ação penal pública condicionada,
será necessária a queixa ou a representação
da vítima contra o menor?

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Primeiro questionamento relevante:

Em sendo um crime de ação penal privada


ou de ação penal pública condicionada,
será necessária a queixa ou a representação
da vítima contra o menor?

Não!!!!!!!!!!!
O MP pode e deve sempre agir de ofício,
pois todos os atos infracionais praticados
pelos adolescentes são de ação penal
pública incondicionada.
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Segundo questionamento relevante:


É possível aplicar o princípio da
insignificância em ato infracional?

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Segundo questionamento relevante:


É possível aplicar o princípio da
insignificância em ato infracional?

SIM!!!!!!
STJ e STF: é perfeitamente possível aplicar o
princípio da insignificância em ato
infracional. O STF, no HC 96.520/RS de
24/03/09, aplicou de ofício o princípio da
insignificância a um ato infracional.
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APURAÇÃO DO ATO INFRACIONAL

São duas as fases que envolvem a apuração


de um ato infracional:
fase policial (investigativa);
fase da ação penal (ação sócio-educativa).

FASE POLICIAL

Nenhum adolescente pode ser apreendido se não


estiver em flagrante de ato infracional ou se não
houver ordem judicial de apreensão (art. 106, c/c
art. 171, do ECA):
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APREENSÃO DE ADOLESCENTE

Nenhum adolescente pode ser apreendido se não


estiver em flagrante de ato infracional ou se não
houver ordem judicial de apreensão (art. 106, c/c
art. 171, do ECA):

Art. 106. Nenhum adolescente será privado


de sua liberdade senão em flagrante de
ato infracional ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária
competente.

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Art. 171. O adolescente apreendido por


força de ordem judicial será, desde logo,
encaminhado à autoridade judiciária.

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APREENSÃO SEM SITUAÇÃO FLAGRANCIAL E SEM ORDEM


JUDICIAL

Constitui crime!!! Não será abuso de autoridade


(Lei n.º 4.898/1965), e sim o crime do art. 230, do
ECA:
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente
de sua liberdade, procedendo à sua
apreensão sem estar em flagrante de ato
infracional ou inexistindo ordem escrita
da autoridade judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.

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APREENSÃO EM SITUAÇÃO FLAGRANCIAL

Se o adolescente for apreendido em flagrante


de ato infracional, qual é a providência
policial a ser tomada? Depende. São duas
as hipóteses previstas em lei:
Se for ato infracional cometido COM
violência ou grave ameaça à pessoa;
Se for ato infracional cometido SEM
violência ou grave ameaça à pessoa.

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ATO INFRACIONAL COM VIOLÊNCIA OU GRAVE


AMEAÇA À PESSOA

Nessa hipótese (crime com violência ou


grave ameaça à pessoa), o delegado,
necessariamente, terá que lavrar um auto
de apreensão de adolescente, dentre outras
medidas, de caráter processual, previstas
no art. 173, caput, do ECA.

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Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional


cometido mediante violência ou grave ameaça
a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do
disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107,
deverá:
I – lavrar auto de apreensão, ouvidos as
testemunhas e o adolescente;
II – apreender o produto e os instrumentos da
infração;
III – requisitar os exames ou perícias necessários
à comprovação da materialidade e autoria da
infração.
.............................
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ATO INFRACIONAL SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE


AMEAÇA À PESSOA

Se o crime for sem violência ou grave


ameaça à pessoa, o delegado tem duas
opções:
substitui o ato de apreensão por boletim
de ocorrência circunstanciada (art. 173,
parágrafo único c/c art. 164, 1ª parte).
OU
 lavra auto de apreensão de adolescente
(art. 174, segunda parte);
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Art. 173. [...]


.......................................
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de
flagrante, a lavratura do auto poderá ser
substituída por boletim de ocorrência
circunstanciada.

c/c

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A opção de liberar o adolescente está no art. 174, 1ª


parte, do ECA:
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou
responsável, o adolescente será prontamente
liberado pela autoridade policial, sob termo de
compromisso e responsabilidade de sua
apresentação ao representante do Ministério
Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no
primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela
gravidade do ato infracional e sua repercussão
social, deva o adolescente permanecer sob
internação para garantia de sua segurança
pessoal ou manutenção da ordem pública.
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Se o delegado decidir não liberar, tem duas opções:


1ª Opção – Apresentar imediatamente o adolescente
ao MP com cópia do auto de apreensão ou do
BOC (art. 175, caput).

Art. 175. Em caso de não liberação, a


autoridade policial encaminhará, desde
logo, o adolescente ao representante do
Ministério Público, juntamente com
cópia do auto de apreensão ou boletim de
ocorrência.

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2ª Opção – Encaminha o adolescente à


entidade de atendimento (Conselho
Tutelar) que ficará encarregado de
apresentar o adolescente ao MP em 24
horas (art. 175, § 1º).
Não havendo também entidade de
atendimento, deve a própria autoridade
policial apresentar o adolescente ao MP em
24 horas, devendo, durante essas 24 horas,
manter o adolescente em dependência
separada dos maiores (art. 175, § 2º).
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Art. 175. [...]


.............................
§ 1º Sendo impossível a apresentação
imediata, a autoridade policial
encaminhará o adolescente à entidade
de atendimento, que fará a
apresentação ao representante do
Ministério Público no prazo de vinte e
quatro horas.

Continua...
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Art. 175. [...]


.............................
§ 2º Nas localidades onde não houver
entidade de atendimento, a apresentação
far-se-á pela autoridade policial. À falta
de repartição policial especializada, o
adolescente aguardará a apresentação em
dependência separada da destinada a
maiores, não podendo, em qualquer
hipótese, exceder o prazo referido no
parágrafo anterior.
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INVESTIGAÇÃO DO ATO INFRACIONAL

Quando se apura a autoria de um ato


infracional, afastada a hipótese de flagrante
delito, não é necessária a instauração de
inquérito policial para apurar o fato.
Ao término da investigação do ato
infracional, a autoridade policial
encaminhará um relatório ao promotor
junto com as peças referentes aos atos
investigatórios (art. 177, do ECA).
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Art. 177. Se, afastada a hipótese de


flagrante, houver indícios de
participação de adolescente na prática
de ato infracional, a autoridade policial
encaminhará ao representante do
Ministério Público relatório das
investigações e demais documen-
tos.

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PRAZO PARA O TÉRMINO DAS INVESTIGAÇÕES

Prazo para terminar essas investigações?


O ECA não fala. A doutrina diz que se aplica
subsidiariamente o prazo do Código de Processo
Penal para o indiciado solto: 30 dias. E por que a
doutrina diz isso? Por conta do que dispõe o art.
152, do ECA:

Art. 152. Aos procedimentos regulados


nesta Lei aplicam-se subsidiariamente
as normas gerais previstas na
legislação processual pertinente.
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FASE PRÉ-PROCESSUAL

O adolescente, bem como as peças de apuração do


ato infracional são sempre encaminhados ao MP.
Chegando às mãos do MP, ou o adolescente ou o
relatório de investigação, o Ministério Público
realiza uma fase pré-processual, ou seja, ele faz
uma oitiva informal. Quem ele ouve
informalmente? O adolescente e, se possível, seus
pais ou responsáveis, vítima e testemunhas. Tudo
informalmente. É um bate-papo no gabinete do
promotor, sem que seja necessário formalizar
nada (art. 179 do ECA).

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Art. 179. Apresentado o adolescente, o


representante do Ministério Público, no mesmo dia
e à vista do auto de apreensão, boletim de
ocorrência ou relatório policial, devidamente
autuados pelo cartório judicial e com informação
sobre os antecedentes do adolescente, procederá
imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo
possível, de seus pais ou responsável, vítima e
testemunhas.
Parágrafo único. Em caso de não-apresentação, o
representante do Ministério Público notificará os
pais ou responsável para apresentação do
adolescente, podendo requisitar o concurso das
polícias civil e militar.
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Cumprida essa fase pré-processual (recebimento do


auto de apreensão, do BOC, do relatório de
investigações e oitiva informal dos envolvidos), o
promotor terá três opções (art. 180):

Art. 180. Adotadas as providências a que alude o


artigo anterior, o representante do Ministério
Público poderá:
I – promover o arquivamento dos autos;
II – conceder a remissão;
III – representar à autoridade judiciária para
aplicação de medida sócio-educativa.

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ARQUIVAMENTO

No processo penal, o promotor pede o


arquivamento quando não há elementos
para oferecer denúncia. No ECA é a
mesma coisa.
No processo penal, o promotor pede o
arquivamento de forma fundamentada,
mas o arquivamento depende de
homologação do juiz. No ECA é também
como no processo penal.

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No processo penal, se o juiz discorda do


pedido de arquivamento, ele remete os
autos ao PGJ ou à Câmara de Revisão, se
for no MPF, segundo o disposto no art.
28, do CPP.
No ECA ocorre a mesma coisa: remete os
autos ao PGJ (art. 181, § 2º, do ECA):

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Art. 181. Promovido o arquivamento dos


autos ou concedida a remissão pelo
representante do Ministério Público,
mediante termo fundamentado, que
conterá o resumo dos fatos, os autos serão
conclusos à autoridade judiciária
para homologação.
§ 1° Homologado o arquivamento ou a
remissão, a autoridade judiciária
determinará, conforme o caso, o
cumprimento da medida.
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Art. 181. [...]


..................................
§ 2° Discordando, a autoridade judiciária
fará remessa dos autos ao Procurador-
Geral de Justiça, mediante despacho
funda-mentado, e este oferecerá
representação, designará outro membro do
Ministério Público para apresentá-la, ou
ratificará o arquivamento ou a remissão,
que só então estará a autoridade judiciária
obrigada a homologar.
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REMISSÃO
A segunda opção do promotor é conceder remissão.
A remissão é uma forma de exclusão do processo. A
finalidade é para que não haja o processo contra o
adolescente.
Essa remissão é concedida pelo MP antes da
representação (art. 188, do ECA):

Art. 188. A remissão, como forma de


extinção ou suspensão do processo,
poderá ser aplicada em qualquer fase do
procedimento, antes da sentença.
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Existem dois tipos de remissão:


a) remissão-perdão: é desacompanhada de
qualquer medida sócio-educativa (art. 126);
b) remissão-transação: é acompanhada da
proposta de aplicação de uma medida
sócio-educativa não restritiva de liberdade
(art. 127).

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REMISSÃO-PERDÃO

Art. 126. Antes de iniciado o procedimento


judicial para apuração de ato infracional
(antes da representação), o representante
do Ministério Público poderá conceder a
remissão, como forma de exclusão do
processo, atendendo às circunstâncias e
consequências do fato, ao contexto social,
bem como à personalidade do
adolescente e sua maior ou menor
participação no ato infracional.

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REMISSÃO-TRANSAÇÃO

Art. 127. A remissão não implica


necessariamente o reconhecimento ou
comprovação da responsabilidade, nem
prevalece para efeito de antecedentes,
podendo incluir eventualmente a
aplicação de qualquer das medidas
previstas em lei (qualquer das medidas
sócio-educativas), exceto a colocação
em regime de semiliberdade e a
internação.
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REPRESENTAÇÃO

Se não for caso de arquivamento, nem de


remissão, o MP oferece representação em
face do adolescente. Se fosse no processo
penal, ele ofereceria denúncia.
FASE PROCESSUAL

Oferecida e recebida a representação, inicia-


se a ação sócio-educativa em face do
adolescente para aplicação de medida
sócio-educativa e/ou medida de proteção.
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MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS (ARTS. 112 A 123)

As medidas sócio-educativas podem ser


aplicadas cumulativamente no caso de
vários atos infracionais (concurso de ato
infracional). Isso foi decidido pelo STJ HC
99565/RJ de 2009.
As medidas sócio-educativas estão elencadas
nos arts. 112 a 123 do ECA.
O art. 112 traz o rol e os demais artigos
tratam de cada uma das medidas
separadamente.
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Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a


autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:
I – advertência;
II – obrigação de reparar o dano;
III – prestação de serviços à comunidade;
IV – liberdade assistida;
V – inserção em regime de semiliberdade;
VI – internação em estabelecimento educacional;
VII – qualquer uma das previstas no Art. 101, I a
VI (medidas de proteção).
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ADVERTÊNCIA (ART. 112, I, C/C ART. 115)

A advertência significa uma admoestação verbal


reduzida a termo e assinada. Para aplicação dessa
medida basta:
Prova da materialidade e;
Meros indícios de autoria e participação.

Art. 114. [...].


...................................
Parágrafo único. A advertência poderá ser
aplicada sempre que houver prova da
materialidade e indícios suficientes da autoria.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Para aplicação de qualquer outra medida sócio-


educativa é necessária a prova da autoria e a
prova da materialidade (art. 114, caput).

Art. 114. A imposição das medidas


previstas nos incisos II a VI do art. 112
pressupõe a existência de provas
suficientes da autoria e da
materialidade da infração, ressalvada a
hipótese de remissão, nos termos do art.
127.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO (ART. 112, II, C/C ART. 116)

A obrigação de reparar o dano pode ser


aplicada nos atos infracionais com reflexos
patrimoniais, podendo ser citado como
exemplo um ato infracional de análogo ao
crime de furto.
Reparar o dano significa restituição da coisa.
Também será considerado ressarcimento do
dano, se a coisa não puder ser restituída
mas ocorrer outra forma de compensação.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE (ART. 112, III, C/C


ART. 117)

Prazo máximo dessa medida: 6 meses.


Significa: tarefas gratuitas em escolas,
hospitais, entidades assistenciais, etc.
Jornada semanal máxima de 8 horas. Tem
que ser em sábado, domingo ou feriado e,
em dia útil no horário que não prejudique a
frequência ao trabalho ou à escola.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

LIBERDADE ASSISTIDA (ART. 112, IV C/C ARTS. 118 E 119)

É decretada pelo prazo mínimo de 6 meses.


A prestação de serviços é pelo prazo máximo de
6 meses. Aqui, é pelo prazo mínimo de 6
meses.
O juiz aplica essa medida nos casos em que o
adolescente necessitar de acompanhamento,
auxílio ou orientação.
O juiz vai nomear um orientador para
acompanhar um adolescente e adotar as
medidas do art. 119.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 119. Incumbe ao orientador, com o


apoio e a supervisão da autoridade
competente, a realização dos seguintes
encargos, entre outros:
I – promover socialmente o adolescente e
sua família, fornecendo-lhes orientação e
inserindo-os, se necessário, em programa
oficial ou comunitário de auxílio e
assistência social;

Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 119. [...].


......................................................
II – supervisionar a frequência e o
aproveitamento escolar do adolescente,
promovendo, inclusive, sua matrícula;
III – diligenciar no sentido da
profissionalização do adolescente e de
sua inserção no mercado de trabalho;
IV – apresentar relatório do caso.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

REGIME DE SEMILIBERDADE (ART. 112, V, C/C ART. 120)

Semiliberdade é internação em
estabelecimento adequado com atividades
externas e frequência obrigatória à escola.
A semiliberdade pode ser aplicada como
medida sócio-educativa inicial ou como
progressão da internação para liberdade.
A medida de semiliberdade não tem prazo
determinado. Ela é decretada por prazo
indeterminado.
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INTERNAÇÃO EM ESTABELECIMENTO EDUCACIONAL (ART. 112,


VI, C/C ARTS. 121 A 123)

A internação só pode ser aplicadas nas hipóteses


taxativamente previstas no art. 122, I a III.
São só três hipóteses passíveis de medida de internação:
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada
quando:
I – tratar-se de ato infracional cometido mediante
grave ameaça ou violência a pessoa;
II – por reiteração no cometimento de outras
infrações graves;
III – por descumprimento reiterado e injustificável da
medida anteriormente imposta.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Inciso I (Violência ou grave ameaça)


Exemplo: Estupro, roubo, extorsão.
Inciso II (Reiteração criminosa)
O que é reiteração? O STJ tem jurisprudência firmada
de que reiteração não é reincidência. Portanto,
reiteração exige, no mínimo, a prática de 3 atos
infracionais graves.
Inciso III (Descumprimento)
Exemplo: descumprindo a semiliberdade.
É medida breve e excepcional que não deve ser
aplicada se houver outra medida mais adequada.
Isso está no art. 121, caput e no art. 122, § 2º.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 121. A internação constitui medida privativa


de liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à
condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
........................................

Art. 122. [...]


........................................
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a
internação, havendo outra medida
adequada.
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PRAZO DE INTERNAÇÃO

 Nas hipóteses do art. 122, I e II (violência ou grave


ameaça e reiteração):
Prazo indeterminado, não podendo ultrapassar 3 anos, e
tem de ser revista a cada 6 meses, pelo menos.

Art. 121. [...]


................................

§ 2º. A medida não comporta prazo determinado,


devendo sua manutenção ser reavaliada,
mediante decisão fundamentada, no máximo a
cada seis meses.
§ 3º. Em nenhuma hipótese o período máximo de
internação excederá a três anos.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRAZO DA INTERNAÇÃO

 Nas hipóteses do art. 122, III (Descumprimento


reiterado):
Não poderá ser superior a 3 meses (art. 122, § 1º).

Art. 122. [...]


................................
§ 1º O prazo de internação na hipótese do
inciso III deste artigo não poderá ser
superior a três meses.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

IMPORTANTE:
Caso um adolescente pratique vários atos infracionais, pode
sofrer várias medidas. O prazo máximo de internação de
3 anos é contado isoladamente para cada ato infracional
(STJ, HC 99565/RJ de 2009).
Exemplo: o menor de 15 anos está respondendo por dois
atos infracionais de roubo. O juiz aplica medida de
internação para os dois atos infracionais de roubo. Ele
pode ficar internado até 21 anos. Máximo de 3 anos pelo
primeiro roubo e mais 3 anos pelo segundo roubo. O
prazo máximo de internação é para cada crime. E se forem
3 roubos? Pode ficar internado até os 21 anos. Aos 21 anos
ocorre a chamada liberação compulsória, segundo o
parágrafo 5º do art. 121).

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 121. [...]


................................
§ 5º A liberação será compulsória aos
vinte e um anos de idade.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O ADOLESCENTE PODE CUMPRIR MEDIDA DE


INTERNAÇÃO EM CADEIRA PÚBLICA?

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O ADOLESCENTE PODE CUMPRIR MEDIDA DE


INTERNAÇÃO EM CADEIRA PÚBLICA?

NÃO!!!!!
O STJ já decidiu que em nenhuma hipótese a
internação pode ser cumprida em cadeia pública
ou estabelecimento prisional para maiores,
mesmo que em dependência separada (art.123, do
ECA):
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 123. A internação deverá ser


cumprida em entidade exclusiva
para adolescentes, em local distinto
daquele destinado ao abrigo, obedecida
rigorosa separação por critérios de
idade, compleição física e
gravidade da infração.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

MEDIDA CAUTELAR DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIA

A internação pode ser aplicada como:


medida sócio-educativa;
medida cautelar (é o equivalente à prisão
preventiva).
A única medida cautelar que existe no ECA, no
procedimento de apuração de ato infracional, é a
medida de internação provisória (art. 108, do
ECA).

Terá o prazo máximo de 45 dias.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Prazo máximo da internação provisória: 45 dias


(art. 108):

Art. 108. A internação, antes da sentença,


pode ser determinada pelo prazo máximo
de quarenta e cinco dias.
Parágrafo único. A decisão deverá ser
fundamentada e basear-se em indícios
suficientes de autoria e materialidade,
demonstrada a necessidade imperiosa da
medida.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Importante: a medida cautelar não pode ser


cumprida em estabelecimentos prisionais, mas em
estabelecimentos adequados para menores.
Questionamento: e se na cidade não tiver
estabelecimento adequado?
O adolescente deve ser transferido para o
estabelecimento de menores da cidade mais
próxima onde haja, podendo permanecer em
delegacia (repartição policial) aguardando a
transferência por até 5 dias, sob pena de
responsabilidade. É o disposto no art. 185, do
ECA:
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela


autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em
estabelecimento prisional.
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as
características definidas no Art. 123, o adolescente
deverá ser imediatamente transferido para a
localidade mais próxima.
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o
adolescente aguardará sua remoção em repartição
policial, desde que em seção isolada dos adultos e com
instalações apropriadas, não podendo ultrapassar
o prazo máximo de cinco dias, sob pena de
responsabilidade.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRESCRIÇÃO DE ATO INFRACIONAL

Apesar de o ECA não ter nenhuma regra sobre


prescrição de ato infracional, é entendimento
amplamente dominante na doutrina, que existe
prescrição de ato infracional.

Esse é o entendimento do STJ – Súmula 338:

STJ Súmula nº 338 - DJ 16.05.2007 - A


prescrição penal é aplicável nas medidas
sócio-educativas.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO

A prescrição, por seguir a regra prevista no CP,


deve ser calculada com base na pena máxima
cominada para o crime ou contravenção que
corresponde ao ato infracional (pretensão
punitiva) ou calculada com base no prazo da
medida sócio-educativa aplicada na sentença
(pretensão executória).
Se a medida sócio-educativa for aplicada sem prazo
na sentença, sua prescrição dar-se-á com base no
prazo de 3 anos, que é o prazo máximo de
internação.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Em ambos os casos, os prazos são reduzidos pela


metade, segundo o disposto no art. 115, do CP.

Art. 115. São reduzidos de metade os


prazos de prescrição quando o criminoso
era, ao tempo do crime, menor de 21
(vinte e um) anos, ou, na data da
sentença, maior de 70 (setenta) anos.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

CRIMES CONTRA CRIANÇAS OU ADOLESCENTES

Todos os crimes contra criança e adolescente são de


ação penal pública incondicionada (art. 227, do
ECA):

Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são


de ação pública incondicionada.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 228, DO ECA

Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o


dirigente de estabelecimento de atenção à saúde
de gestante de manter registro das atividades
desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10
desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a
seu responsável, por ocasião da alta médica,
declaração de nascimento, onde constem as
intercorrências do parto e do desenvolvimento do
neonato:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 229, DO ECA

Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou


dirigente de estabelecimento de atenção à
saúde de gestante de identificar corretamente
o neonato e a parturiente, por ocasião do parto,
bem como deixar de proceder aos exames
referidos no art. 10 desta Lei:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O referido art. 10 do ECA, citado nos dois crimes


mencionados, determina:
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de
atenção à saúde de gestantes, públicos e
particulares, são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas,
através de prontuários individuais, pelo prazo de
dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de
sua impressão plantar e digital e da impressão
digital da mãe, sem prejuízo de outras formas
normatizadas pela autoridade administrativa
competente;
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 10. [...].


..................................
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e
terapêutica de anormalidades no metabolismo
do recém-nascido, bem como prestar orientação
aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento onde
constem necessariamente as intercorrências do
parto e do desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao
neonato a permanência junto à mãe.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 230, DO ECA

Art. 230. Privar a criança ou o adolescente


de sua liberdade, procedendo à sua
apreensão sem estar em flagrante de ato
infracional ou inexistindo ordem escrita
da autoridade judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena
aquele que procede à apreensão sem
observância das formalidades legais.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A conduta é privar criança ou adolescente da


liberdade por meio de apreensão ilegal ou
sem as formalidades legais.

APREENSÃO ILEGAL:
a) não houver flagrante de ato infracional;
b) não houver ordem judicial de apreensão.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

APREENSÃO SEM AS FORMALIDADES LEGAIS:

Significa que a apreensão é legal, mas não são


observadas as formalidades legais na sua
formalização.
a) apreensão de adolescente em flagrante, mas
sem a lavratura do auto de apreensão ou do
BO circunstanciada;
b) colocar a vítima em cela separada, mas sem
lavrar o auto de apreensão e nem o BOC.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 231, DO ECA

Art. 231. Deixar a autoridade policial


responsável pela apreensão de criança ou
adolescente de fazer imediata
comunicação à autoridade judiciária
competente e à família do apreendido
ou à pessoa por ele indicada:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A Constituição Federal (art. 5º, inciso LXII)


determina que a prisão de qualquer pessoa
deve ser comunicada:
 o juiz;
 à família ou pessoa indicada.

No caso do ECA, faltando qualquer uma


dessas comunicações em relação à
apreensão, haverá o crime do art. 231.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 232, DO ECA

Art. 232. Submeter criança ou


adolescente sob sua autoridade, guarda
ou vigilância a vexame ou a
constrangimento:
Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos.
Em se tratando de criança ou adolescente, não
haverá o crime de é este o crime de Abuso de
Autoridade (Lei n.º 4.898/1965 - art. 4º, “b”).
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ART. 233, DO ECA

Art. 233. Submeter criança ou adolescente


sob sua autoridade, guarda ou vigilância
a tortura:
• (Revogado pela Lei nº 9.455/1997)

O art. 233, do ECA previa o crime de tortura contra


criança ou adolescente, mas esse artigo foi
expressamente revogado pela Lei de Tortura (Lei
n.º 9.455/1997). O fato de o torturado ser criança
ou adolescente é causa de aumento de pena de
1/6 a 1/3.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 234, DO ECA

Art. 234. Deixar a autoridade competente,


sem justa causa, de ordenar a imediata
liberação de criança ou adolescente, tão
logo tenha conhecimento da ilegalidade
da apreensão:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Na Lei de Abuso de Autoridade (Lei n.º 4.898/1965), é
crime para o juiz deixar de ordenar o relaxamento de
prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada
(art. 4º, “c”), mas em se tratando de criança ou
adolescente é este o crime.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 235, DO ECA

Art. 235. Descumprir, injustificadamente,


prazo fixado nesta Lei em benefício de
adolescente privado de liberdade:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Tem-se, dentre outros, como exemplo: o que dispõe o art.


183 do ECA: “O prazo máximo e improrrogável para a
conclusão do procedimento, estando o adolescente internado
provisoriamente, será de 45 dias”. Ou o que dispõe o art.
108, segundo a qual: “A internação, antes da sentença, pode
ser determinada pelo prazo máximo de 45 dias”.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 236, DO ECA

Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação


de autoridade judiciária, membro do
Conselho Tutelar ou representante do
Ministério Público no exercício de
função prevista nesta Lei:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 237, DO ECA

Art. 237. Subtrair criança ou


adolescente ao poder de quem o tem sob
sua guarda em virtude de lei ou ordem
judicial, com o fim de colocação em
lar substituto:
Pena - reclusão de dois a seis anos, e
multa.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Esse crime só se configura se a subtração for


acompanhada de uma finalidade específica, qual
seja, colocar a vítima em lar substituto.
E se a subtração não tiver essa finalidade específica, de
colocar a vítima em lar substituto, haverá o crime de
subtração de incapazes do art. 249, do Código Penal:
Subtração de Incapazes

Art. 249. Subtrair menor de 18 (dezoito) anos ou


interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda
em virtude de lei ou de ordem judicial:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos, se
o fato não constitui elemento de outro crime.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Exemplos de subtração de incapazes:


a) o pai que subtrai a criança da companhia da mãe,
levando-a para passar com ele o final de semana;
b) o genitor que estende injustificadamente a companhia
do filho durante o horário de visita, devolvendo-o
dias após.
Não é crime de subtração de incapazes:
a) o genitor que estende injustificadamente a companhia
do filho durante o horário de visita, devolvendo-o
dias após (art. 359 do CP – desobediência a decisão
judicial sobre perda ou suspensão de direito;
b) mãe que impede o filho de ficar na companhia do pai
durante o horário de visitas judicialmente estipulado
(art. 330 do CP – desobediência).
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Elemento normativo – só haverá o crime se a vítima for


subtraída de quem lhe tenha a guarda em virtude de
lei ou de ordem judicial.
Conclusão: se a vítima tem apenas a guarda de fato da
criança (a tia que cria a criança), não há este crime.
Questionamento: cabe perdão judicial nesse crime,
vez que no crime de subtração de incapaz (art.
249, § 2º) é cabível?

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Elemento normativo – só haverá o crime se a vítima for


subtraída de quem lhe tenha a guarda em virtude de
lei ou de ordem judicial.
Conclusão: se a vítima tem apenas a guarda de fato da
criança (a tia que cria a criança), não há este crime.
Questionamento: cabe perdão judicial nesse crime,
vez que no crime de subtração de incapaz (art.
249, § 2º) é cabível?

NÃO!!!!
No CP existe previsão legal e no ECA não.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 238, DO ECA

Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega


de filho ou pupilo a terceiro, mediante
paga ou recompensa:
Pena - reclusão de um a quatro anos, e
multa.
Parágrafo único. Incide nas mesmas
penas quem oferece ou efetiva a paga
ou recompensa.

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ART. 239, DO ECA

Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de


ato destinado ao envio de criança ou
adolescente para o exterior com
inobservância das formalidades legais ou com o
fito de obter lucro:
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
Parágrafo único. Se há emprego de violência,
grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além
da pena correspondente à violência.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Esse crime é chamado pela doutrina de


tráfico internacional de criança e de
adolescente.
As condutas são duas: promover ou auxiliar
na efetivação de ato destinado ao envio da
vítima para o exterior:
a) sem as formalidades legais, ou;
b) com o fito de lucro.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Exemplos:
sem as formalidades legais: encaminhar a
vítima ao exterior para adoção ilegal por
estrangeiros;
para obter vantagem econômica: vender a
vítima para um estrangeiro.

Importante: na primeira hipótese (sem as


formalidades legais) não há necessidade de
intenção de lucro (o envio gratuito
configura crime).
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Forma qualificada (parágrafo único): essa


qualificadora foi acrescentada em 2003.
O crime será qualificado se o ato destinado ao
envio for praticado com violência (física)
exercida contra a própria criança ou contra
terceiros (contra o pai, por exemplo).
Também se o ato foi cometido com grave ameaça
ou com fraude. Fraude: “diz para o pai que está
mandando a criança para ela fazer um curso de
férias e, na verdade, está vendendo a criança.”

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Exemplos de ato destinado ao envio de


criança ao exterior:

 Obtenção de passaporte para enviá-la ao


estrangeiro.
 O estrangeiro paga pela criança e deposita
na conta do traficante. A venda da criança
já consuma o crime porque é um ato
destinado a enviá-la ao estrangeiro.

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ART. 240, DO ECA

O art. 240, foi todo alterado pela da Lei da Pedofilia:

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir,


fotografar, filmar ou registrar, por
qualquer meio, cena de sexo explícito
ou pornográfica, envolvendo criança
ou adolescente:
• Alterado pela Lei nº 11.829/2008

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)


anos, e multa.
• Alterado pela Lei nº 11.829/2008
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Art. 240. [..].


...........................
§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem
agencia, facilita, recruta, coage, ou de
qualquer modo intermedeia a
participação de criança ou adolescente
nas cenas referidas no caput deste artigo,
ou ainda quem com esses contracena.
• Alterado pela Lei nº 11.829/2008

Continua...
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Art. 240. [...].


.......................................
§ 2º. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o
agente comete o crime:
• Redação dada pela Lei nº 11.829/2008

I – no exercício de cargo ou função pública ou


a pretexto de exercê-la;
• Redação dada pela Lei nº 11.829/2008

II – prevalecendo-se de relações domésticas,


de coabitação ou de hospitalidade; ou
• Redação dada pela Lei nº 11.829/2008
Continua...
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Art. 240. [...].


..............................................
III – prevalecendo-se de relações de
parentesco consanguíneo ou afim até o
terceiro grau, ou por adoção, de tutor,
curador, preceptor, empregador da
vítima ou de quem, a qualquer outro
título, tenha autoridade sobre ela, ou
com seu consentimento.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

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ART. 241, DO ECA

Art. 241. Vender ou expor à venda


fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:
• Redação dada pela Lei nº 11.829/2008

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)


anos, e multa.
• Redação dada pela Lei nº 11.829/2008

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ART. 241-A, DO ECA

Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar,


transmitir, distribuir, publicar ou divulgar
por qualquer meio, inclusive por meio de
sistema de informática ou telemático,
fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e


multa.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 241-A, DO ECA

Art. 241-A. [...].


...............................

§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem:


• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

I – assegura os meios ou serviços para o


armazenamento das fotografias, cenas ou
imagens de que trata o caput deste
artigo;
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 241-A. [...].


...............................
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por
rede de computadores às fotografias, cenas ou
imagens de que trata o caput deste artigo.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008
§ 2º. As condutas tipificadas nos incisos I e II do
§ 1º deste artigo são puníveis quando o
responsável legal pela prestação do serviço,
oficialmente notificado, deixa de desabilitar o
acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput
deste artigo.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 241-B, DO ECA

Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por


qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma
de registro que contenha cena de sexo explícito
ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e


multa.
§ 1º. A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
terços) se de pequena quantidade o material a que
se refere o caput deste artigo.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 241-B. [...].


.................................

§ 2º. Não há crime se a posse ou o


armazenamento tem a finalidade de
comunicar às autoridades competentes a
ocorrência das condutas descritas nos arts.
240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando
a comunicação for feita por:
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

I – agente público no exercício de suas


funções;
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 241-B. [...].


........................................

II – membro de entidade, legalmente constituída,


que inclua, entre suas finalidades institucionais, o
recebimento, o processamento e o encaminhamento
de notícia dos crimes referidos neste parágrafo;
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008
III – representante legal e funcionários
responsáveis de provedor de acesso ou serviço
prestado por meio de rede de computadores, até o
recebimento do material relativo à notícia feita à
autoridade policial, ao Ministério Público ou ao
Poder Judiciário.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008 Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 241-B. [...].


........................................

§ 3º. As pessoas referidas no § 2º deste


artigo deverão manter sob sigilo o
material ilícito referido.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 241-C, DO ECA

Art. 241-C. Simular a participação de


criança ou adolescente em cena de sexo
explícito ou pornográfica por meio de
adulteração, montagem ou modificação de
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de
representação visual:
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e


multa.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008
Continua...

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 241-C. [...].


..............................................

Parágrafo único. Incorre nas mesmas


penas quem vende, expõe à venda,
disponibiliza, distribui, publica ou
divulga por qualquer meio, adquire,
possui ou armazena o material
produzido na forma do caput deste artigo.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 241-D, DO ECA

Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar


ou constranger, por qualquer meio de
comunicação, criança, com o fim de
com ela praticar ato libidinoso:
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos,


e multa.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 241-D. [...].


...................................................
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
quem:
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008
I – facilita ou induz o acesso à criança de
material contendo cena de sexo explícito ou
pornográfica com o fim de com ela praticar
ato libidinoso;
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 241-D. [...].


...................................................
II – pratica as condutas descritas no
caput deste artigo com o fim de induzir
criança a se exibir de forma
pornográfica ou sexualmente explícita.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ATENÇÃO!!!
ALTERAÇÃO LEGISLATIVA RECENTÍSSIMA

A Lei nº 13.441, de 8 de maio de 2017, inseriu


uma nova Seção (Seção V-A) no Capítulo III
(Dos Procedimentos) do ECA.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ALTERAÇÃO LEGISLATIVA NO PROCEDIMENTO

A Lei nº 13.441, passou a prever a infiltração


de agentes de Polícia na internet com o fim
de investigar os crimes de pedofilia (arts.
240 a 241-D) contra criança ou adolescente,
bem como para a apuração de alguns
crimes do Código Penal.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia


na internet com o fim de investigar os crimes
previstos nos arts. 240, 241, 241-A, 241-B,
241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A,
217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), obedecerá às seguintes regras:
I – será precedida de autorização judicial
devidamente circunstanciada e fundamenta-
da, que estabelecerá os limites da infiltração
para obtenção de prova, ouvido o Ministério
Público;
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-A. [...].


....................................
II – dar-se-á mediante requerimento do
Ministério Público ou representação de
delegado de polícia e conterá a
demonstração de sua necessidade, o
alcance das tarefas dos policiais, os nomes
ou apelidos das pessoas investigadas e,
quando possível, os dados de conexão ou
cadastrais que permitam a identificação
dessas pessoas;
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-A. [...].


....................................

III – não poderá exceder o prazo de 90


(noventa) dias, sem prejuízo de
eventuais renovações, desde que o total
não exceda a 720 (setecentos e vinte)
dias e seja demonstrada sua efetiva
necessidade, a critério da autoridade
judicial.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-A. [...].


....................................
§ 1º A autoridade judicial e o Ministério Público
poderão requisitar relatórios parciais da operação
de infiltração antes do término do prazo de que
trata o inciso II do § 1º deste artigo.
§ 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1º deste
artigo, consideram-se:
I – dados de conexão: informações referentes a
hora, data, início, término, duração, endereço
de Protocolo de Internet (IP) utilizado e
terminal de origem da conexão;
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-A. [...].


....................................
II – dados cadastrais: informações referentes a
nome e endereço de assinante ou de usuário
registrado ou autenticado para a conexão a
quem endereço de IP, identificação de usuário
ou código de acesso tenha sido atribuído no
momento da conexão.
§ 3º A infiltração de agentes de polícia na
internet não será admitida se a prova puder
ser obtida por outros meios.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-B. As informações da operação de


infiltração serão encaminhadas
diretamente ao juiz responsável pela
autorização da medida, que zelará por seu
sigilo.
Parágrafo único. Antes da conclusão da
operação, o acesso aos autos será
reservado ao juiz, ao Ministério Público
e ao delegado de polícia responsável pela
operação, com o objetivo de garantir o
sigilo das investigações.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-C. Não comete crime o policial que


oculta a sua identidade para, por meio da
internet, colher indícios de autoria e
materialidade dos crimes previstos nos nos
arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D
desta Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-
A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal).
Parágrafo único. O agente policial infiltrado
que deixar de observar a estrita finalidade
da investigação responderá pelos excessos
praticados.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-D. Os órgãos de registro e


cadastro público poderão incluir nos
bancos de dados próprios, mediante
procedimento sigiloso e requisição da
autoridade judicial, as informações
necessárias à efetividade da identidade
fictícia criada.
Parágrafo único. O procedimento
sigiloso de que trata esta Seção será
numerado e tombado em livro
específico.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os


atos eletrônicos praticados durante a operação
deverão ser registrados, gravados,
armazenados e encaminhados ao juiz e ao
Ministério Público, juntamente com relatório
circunstanciado.
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados
citados no ’caput’ deste artigo serão reunidos em
autos apartados e apensados ao processo
criminal juntamente com o inquérito policial,
assegurando-se a preservação da identidade do
agente policial infiltrado e a intimidade das
crianças e dos adolescentes envolvidos.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 241-E, DO ECA

Art. 241-E. Para efeito dos crimes


previstos nesta Lei, a expressão “cena de
sexo explícito ou pornográfica”
compreende qualquer situação que
envolva criança ou adolescente em
atividades sexuais explícitas, reais ou
simuladas, ou exibição dos órgãos
genitais de uma criança ou adolescente
para fins primordialmente sexuais.
• Incluído pela Lei nº 11.829/2008

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Distinção:
Cena de sexo explícito: há contato físico.
Cena pornográfica: não há contato físico.

Diferença entre “utilizando-se de criança ou


adolescente” e “envolvendo criança ou
adolescente”:
Na lei nova, a criança não precisa participar
da cena de sexo explícito ou pornográfica.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Questionamento: aquele que contracena


com criança responde por estupro de
vulnerável?

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Questionamento: aquele que contracena


com criança responde por estupro de
vulnerável?

Sim!!!!
Haverá concurso material de crimes.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 242, DO ECA

Art. 242. Vender, fornecer ainda que


gratuitamente ou entregar, de qualquer forma,
a criança ou adolescente arma, munição ou
explosivo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.

Esse crime foi tacitamente revogado pelo art. 16,


parágrafo único, V, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto
do Desarmamento). Essa conduta não constitui
mais crime do ECA, e sim crime do Estatuto do
Desarmamento.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 243, DO ECA

Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou


entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer
forma, a criança ou a adolescente, bebida
alcoólica ou, sem justa causa, outros
produtos cujos componentes possam causar
dependência física ou psíquica:
Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015.
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa, se o fato não constitui crime mais
grave.
Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Esse artigo é um crime subsidiário. Só é


aplicável se o fato não constitui crime mais
grave.

Se essa substância que causa dependência for


droga, da Portaria 344/98, haverá crime de
tráfico de drogas.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 244, DO ECA

Art. 244. Vender, fornecer ainda que


gratuitamente ou entregar, de qualquer
forma, a criança ou adolescente fogos
de estampido ou de artifício, exceto
aqueles que, pelo seu reduzido potencial,
sejam incapazes de provocar qualquer
dano físico em caso de utilização
indevida:
Pena - detenção de seis meses a dois anos,
e multa.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 244-A, DO ECA

Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente,


como tais definidos no caput do art. 2º desta
Lei, à prostituição ou à exploração sexual:
Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa,
além da perda de bens e valores utilizados na
prática criminosa em favor do Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente da
unidade da Federação (Estado ou Distrito
Federal) em que foi cometido o crime,
ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.
• Pena alterada pela Lei nº 13.440, de 8 de maio de 2017
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 244-A. [...].


....................................
§ 1º Incorrem nas mesmas penas o
proprietário, o gerente ou o responsável pelo
local em que se verifique a submissão de criança
ou adolescente às práticas referidas no caput
deste artigo.
§ 2º Constitui efeito obrigatório da
condenação a cassação da licença de
localização e de funcionamento do
estabelecimento.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A conduta é submeter (impor coativamente


ou moralmente) a vítima à prostituição ou à
exploração sexual. Qual é a diferença?
A diferença quem faz é Nucci:
Prostituição: são atos sexuais habituais
com finalidade de lucro.
Exploração sexual: são atos sexuais
isolados com finalidade de lucro.
Conclusão: na prostituição, o crime é
habitual, na exploração sexual, não.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ART. 244-B, DO ECA

Art. 244-B. Corromper ou facilitar a


corrupção de menor de 18 (dezoito) anos,
com ele praticando infração penal ou
induzindo-o a praticá-la:
• Incluído pela Lei nº 12.015/2009
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1º. Incorre nas penas previstas no caput deste
artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
utilizando-se de quaisquer meios
eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
internet.
• Incluído pela Lei nº 12.015/2009 Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 244-B. [...].


.....................................

§ 2º As penas previstas no caput deste


artigo são aumentadas de um terço no
caso de a infração cometida ou induzida
estar incluída no rol do art. 1º. da Lei n.º
8.072, de 25 de julho de 1990.
• Incluído pela Lei nº 12.015/2009

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O crime de corrupção de menores da Lei n.º


2.252/1954, que foi revogado, foi incluído no ECA!
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: menor de 18 anos
Observação: tem doutrinador que entende que só
ocorrerá o crime se o menor de 18 anos ainda não
foi corrompido. Entendem que se o menor já
estiver corrompido, haverá crime impossível, uma
vez que não é possível corromper alguém que já
está corrompido (absoluta impropriedade do
objeto).
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Esse crime é MATERIAL ou FORMAL?

FORMAL: o crime se consuma quando o infrator


pratica a infração com o menor ou o induz a
praticá-lo, mesmo que ele não fique efetivamente
corrompido.
MATERIAL: o crime só se consuma se houver a
efetiva corrupção do menor. Não basta a prática
da infração penal.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Não é esse o entendimento dos nossos tribunais


superiores, tendo inclusive o STF já decidido que
o “crime de corrupção de menores é formal, não
havendo necessidade de prova efetiva da corrupção ou
da idoneidade moral anterior da vítima, bastando
indicativos do envolvimento de menor na companhia
do agente imputável” (RHC 111434/DF, Relatora
Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, julgado em
3/4/2012).
E é também a posição do STJ (Súmula 500): “a
configuração do crime do art. 244-B do ECA independe
da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de
delito formal”.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

As condutas são:
corromper, que é perverter a vítima;
facilitar a corrupção (facilitar a perversão)
da vítima.

O tipo penal fala: “com ele praticando infração


penal”. Essa expressão compreende:
 crime;
 contravenção.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS

Três agentes de polícia federal verificaram que dois rapazes estavam


disparando o conteúdo de um extintor de incêndio em um índio idoso e
gritando “saia da nossa cidade, seu índio bêbado... aqui não é lugar de
vagabundo”. Imediatamente, os agentes intervieram, fazendo cessar a
agressão e pretendendo efetuar a prisão em flagrante dos agressores.
Assustados, os dois rapazes tentaram evadir-se, mas a fuga foi impedida
pelos agentes, que usaram de força física para segurá-los. Nesse
momento, os rapazes se identificaram como primos e apresentaram
carteiras de identidade que indicavam que ambos tinham apenas 17
anos de idade. Os policiais, então, apreenderam em flagrante os dois
rapazes, que após serem informados de seus direitos, solicitaram que a
apreensão fosse imediatamente comunicada ao comerciante Júlio, tio
dos dois.
Considerando a situação hipotética apresentada acima, julgue os
itens que se seguem:
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

1) A apreensão dos referidos adolescentes foi ilegal porque


não se tratava de crime hediondo. (Agente de Polícia
Federal em 2004).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

2) Após a referida apreensão, era dever dos policiais


informar os rapazes sobre seus direitos, bem como
imediatamente comunicar a realização da apreensão
tanto a Júlio quanto à autoridade judiciária competente
(Agente de Polícia Federal em 2004).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

3) Um adolescente de 16 anos de idade que


esteja cumprindo medida sócio-educativa
de semiliberdade e que pratique novo ato
infracional de natureza grave poderá ser
punido com medida de internação, devido
à reiteração no cometimento de infrações
graves. (Agente de Polícia Civil/TO em
2008).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

4) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA,


assinale a alternativa incorreta: (OAB/PR em 2005).
a) o ECA aplica medida sócio-educativa, ante a prática de
ato infracional, tanto para crianças quanto para
adolescentes;
b) o ECA distingue a criança do adolescente para a
avaliação das consequências pela prática de ato
infracional;
c) considera-se a idade do adolescente à época do fato, para
os fins do ECA;
d) o novo Código Civil que alterou a maioridade civil não
afetou a menoridade penal, para os fins de aplicação das
medidas do ECA aos menores de 18 (dezoito) anos de
idade.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

5) Assinale a opção correta. (OAB/ES em 2006).


a) a aplicação de medida sócio-educativa cumulada com remissão
enseja necessariamente o reconhecimento da autoria e da
materialidade do ato infracional;
b) o prazo da internação, por descumprimento reiterado e
injustificado de medida sócio-educativa anteriormente imposta,
pode exceder a três meses;
c) o ECA permite a aplicação da medida sócio-educativa da
internação por prazo determinado quando se tratar de ato
infracional praticado com grave ameaça ou violência contra
pessoa, contudo também ressalva que, em nenhuma hipótese,
será ela aplicada se houver outra medida adequada;
d) a aplicação de medida sócio-educativa de prestação de serviços à
comunidade sem a devida instrução probatória, apenas com base
na confissão do adolescente, não viola os princípios
constitucionais relativos ao devido processo legal e à ampla
defesa.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

6) Julgue os itens seguintes: (OAB/ES em 2006).

I - A finalidade precípua da Lei nº 8.069/1990 é conferir proteção


integral à criança e ao adolescente, mesmo que autor de ato
infracional, buscando, no tempo fixado pela própria norma
especial, reeducar e corrigir rumos de comportamento, no
interesse maior do adolescente, que, indiscutivelmente, é
também o interesse da sociedade como um todo.
II - O ECA prevê que as medidas de proteção impostas podem
ser substituídas a qualquer tempo, desde que assim seja
necessário.
III - O delito de auxiliar na prática de ato ilícito com o escopo de
enviar criança ou adolescente ao exterior sem a observância
das formalidades legais (adoção) ou com o fito de obter lucro
é crime material;
Continua...

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

IV - A medida sócio-educativa de internação deve


ser aplicada quando presente uma das
circunstâncias do rol taxativo previsto no ECA;
A quantidade de itens certos é igual a:
a) 1;
b) 2;
c) 3;
d) 4.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

7) Compete exclusivamente à autoridade judiciária e


ao membro do MP a aplicação de medidas sócio-
educativas ao adolescente pela prática de ato
infracional. (Escrivão de Polícia/RN em 2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

8) Compete exclusivamente à autoridade judiciária


conceder remissão ao adolescente pela prática de ato
infracional equivalente aos crimes de furto e
estelionato. (Escrivão de Polícia/RN em 2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

9) Não constitui crime, mas mera infração


administrativa, divulgar pela televisão,
sem autorização devida, o nome de
criança envolvida em procedimento
policial pela suposta prática de ato
infracional. (Escrivão de Polícia/RN em
2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

10) Assinale a opção correta. (Delegado de Polícia/RN em 2009).


a) o instituto da prescrição não é compatível com a natureza não-
penal das medidas sócio-educativas;
b) considere que um indivíduo tenha divulgado e publicado,
pela internet, fotografias pornográficas envolvendo crianças e
que essa ação tenha ocorrido em cidade brasileira, mas o
acesso ao material tenha-se dado além das fronteiras
nacionais. Nesse caso, a justiça competente para o processo e
o julgamento do feito será a estadual, pois o delito não se
consumou no exterior;
c) em se tratando de menor inimputável, inexiste pretensão
punitiva estatal, mas apenas pretensão educativa, que é dever
não só do Estado, mas da família, da comunidade e da
sociedade em geral, conforme disposto expressamente na
legislação de regência e na CF;
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

d) a internação provisória do menor não pode


extrapolar o prazo de 60 dias estabelecidos pelo
ECA;
e) o magistrado, no momento da reavaliação da
medida sócio-educativa imposta, está vinculado
a pareceres e relatórios técnicos, e não pode, com
base na livre apreciação de outros elementos da
convicção, diminuir a controvérsia.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

11) Um adolescente foi apreendido no dia 5/8/2008 e tem


contra si representação por ato infracional equiparado
aos delitos de roubo e extorsão. Desde aquela data,
aguarda sentença na unidade de internação. Acerca
dessa situação hipotética, assinale a opção correta,
segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente. (Agente
e Escrivão de Polícia/PB em 2009).
a) o prazo para internação provisória de adolescente é de
sessenta dias;
b) são princípios fundamentais do referido diploma legal a
excepcionalidade, a brevidade e a observância da
condição peculiar do menor, que é pessoa em
desenvolvimento;

Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

c) segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de


Justiça (STJ), ao se encerrar a instrução criminal,
supera-se a alegação de constrangimento ilegal;
d) segundo a jurisprudência do STJ, a peculiaridade
abstrata do agente assim como a probabilidade de
prática de novos crimes, sem fundamento concreto,
servem como embasamento para manutenção da
internação provisória do menor por tempo
indeterminado;
e) nos atos infracionais cometidos sem violência ou
grave ameaça, também é possível a segregação
provisória.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

12) Assinale a opção correta com referência ao Estatuto da


Criança e do Adolescente. (Delegado de Polícia/PB em
2009).
a) em caso de flagrante da prática de ato infracional, o
adolescente não é prontamente liberado pela autoridade
policial, apesar do comparecimento dos pais, quando,
pela gravidade do ato infracional e por sua repercussão
social, o adolescente deve permanecer sob internação
para manutenção da ordem pública;
b) a internação pode ser cumprida em estabelecimento
prisional comum, desde que o adolescente permaneça
separado dos demais presos, se não existir na comarca
entidade com as características definidas em lei para tal
finalidade;
Continua...
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

c) se o adolescente, devidamente notificado, não


comparecer, justificadamente, à audiência de
apresentação, a autoridade judiciária deve decretar
sua revelia e encaminhar os autos à defensoria
pública para apresentação de resposta escrita;
d) o regime de semiliberdade possibilita ao
adolescente a realização de atividades externas,
mediante expressa autorização judicial;
e) durante o período de internação, é vedado à
autoridade judiciária ou policial suspender
temporariamente a visita dos pais do adolescente.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

13) Quem contrata, eventualmente, os serviços


sexuais de adolescentes não pratica o crime,
previsto no ECA, de submeter a criança ou o
adolescente à prostituição ou à exploração
sexual, pois tal tipo penal não abrange a figura
do cliente ocasional diante da ausência de
exploração sexual nos termos da definição legal,
segundo o STJ. (Defensoria/ES em 2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

14) A obrigação de reparar o dano causado com o


ato infracional não é considerada uma medida
sócio-educativa, tendo em vista que o
adolescente não responde civilmente por seus
atos, sendo obrigação dos pais ressarcir a vítima
de eventual prejuízo. (Defensoria/ES em 2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

15) A prestação de serviços comunitários é uma


medida sócio-educativa prevista no ECA que
consiste na realização de tarefas gratuitas de
interesse geral, por período não excedente a seis
meses, independentemente da pena
abstratamente cominada ao crime referente ao
ato infracional. (Defensoria/ES em 2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

16) Todos os crimes praticados contra a criança e o


adolescente previstos no ECA submetem-se à
ação penal pública incondicionada.
(Defensoria/ES em 2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

17) Antes da sentença, a internação do adolescente


infrator poderá ser determinada pelo juiz por
prazo indeterminado. (Agente e Escrivão da PF
em 2009).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

18) Considerando o ECA, assinale a opção correta. (OAB 2009/2).


a) na interpretação do ECA, devem ser considerados os fins sociais
a que o estatuto se dirige, as exigências do bem comum, os
direitos e deveres individuais e coletivos, bem como a condição
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.
b) o adolescente civilmente identificado não pode ser submetido à
identificação compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e
judiciais, nem mesmo para efeito de confrontação, havendo
dúvida fundada;
c) entre as medidas sócio-educativas que podem ser aplicadas ao
adolescente, estão a prestação de serviços à comunidade e a
substituição de internação em estabelecimento educacional por
multa;
d) a medida aplicada por força de remissão não pode ser revista
judicialmente, sob pena de ofensa à coisa julgada.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

19) Assinale a opção correta acerca do Estatuto da Criança e


do Adolescente. (OAB/SP/137 em 2009).
a) caso não haja sentença condenatória, a internação pode
ser determinada pelo prazo máximo de sessenta dias;
b) considera-se ato infracional a conduta descrita como
crime, não sendo consideradas atos infracionais as
contravenções penais;
c) para os efeitos dessa lei, deve ser considerada a idade do
adolescente à data do resultado da conduta delitiva,
ainda que outra seja a data da ação ou omissão;
d) o adolescente somente será privado de sua liberdade em
caso de flagrante de ato infracional ou por ordem escrita
e fundamentada da autoridade judiciária competente.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

20) Segundo previsão expressa do ECA, constitui


crime prometer ou efetivar a entrega de filho ou
pupilo a terceiro, mediante recompensa. No
entanto, o agente que oferece ou efetiva a
recompensa não sofre sanção penal, fato que tem
gerado severas críticas por parte da doutrina.
(MP/ES em 2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

21) O art. 231 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei


nº 8.069/1990) dispõe que "deixar a autoridade policial
responsável pela apreensão de criança e adolescente de
fazer imediata comunicação a autoridade judiciária
competente e a família do apreendido ou a pessoa por
ele indicada" é crime sujeito a pena de detenção de seis
meses a dois anos. É correto afirmar que se trata de
crime: (Agente Penitenciário/DF em 2004).
a) omissivo próprio;
b) omissivo impróprio;
c) comissivo;
d) comissivo por omissão;
e) material.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

22) Considere que Ana, professora do ensino


fundamental, permita que um de seus alunos,
Tauã, de origem indígena, utilize as lendas de
sua tribo como tema para as suas lições de casa.
Nessa situação, a atitude de Ana deve ser
condenada pela diretora da escola visto que, ao
contrário do que dispõe o ECA, representa
tratamento desigual aos estudantes no processo
educacional. (Técnico Especializado do MPU em
2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

23) Considere que Pedro, de cinco anos de idade,


necessite de prótese coclear para correção de
deficiência auditiva e que, no hospital público em
que foi atendido, seus pais recebam a informação de
que deveriam arcar com as despesas relativas à
compra do referido dispositivo. Nessa situação
hipotética, os pais da criança podem recorrer ao
Ministério Público para assegurar o direito ao
fornecimento gratuito, pelo poder público, da
prótese coclear ao filho. (Técnico Especializado do
MPU em 2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

24) Suponha que um médico pediatra, ao atender um bebê


em seu consultório, tenha verificado a presença de
hematomas e equimoses característicos de maus-tratos e
comunicado o fato imediatamente ao conselho tutelar da
respectiva localidade. Nessa situação, o médico agiu de
forma equivocada, visto que não cabe ao conselho tutelar
receber esse tipo de comunicado, devendo o fato ter sido
informado obrigatoriamente à autoridade policial, a
quem cabe a comunicação formal do fato ao conselho
tutelar. (Técnico Especializado do MPU em 2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

25) Valter, ocupante de cargo cujas atribuições incluem


fornecer declaração de nascimento, não forneceu esse
documento a Gabriela, quando ela recebeu alta médica,
após dar à luz seu filho. Nessa situação hipotética, a
conduta de Valter: (Promotor de Justiça/SE em 2010).
a) é atípica;
b) constitui crime preceituado no ECA, que pode ser
punido a título de dolo ou culpa;
c) constitui crime preceituado no ECA, punido apenas na
modalidade dolosa;
d) constituirá crime se ele puder ser considerado
funcionário público, para fins penais;
e) constitui crime de prevaricação, previsto no CP.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

26) m relação às medidas sócio-educativas previstas no


ECA, assinale a opção correta. (OAB/ES em 2009).
a) a advertência somente pode ser aplicada se houver
provas suficientes da autoria e da materialidade da
infração;
b) as medidas sócio-educativas de semiliberdade e de
internação por prazo indeterminado não podem ser
incluídas na remissão, sendo admissível sua aplicação
somente após a instrução processual em sede de
sentença de mérito;
c) a obrigação de reparar o dano à vítima não constitui
medida sócio-educativa;
d) a medida sócio-educativa de prestação de serviços à
comunidade pode ser aplicada pelo prazo de até um
ano.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

27) Assinale a opção correta conforme as disposições do


ECA. (OAB/ES em 2009).
a) inclui-se, entre as medidas aplicáveis aos pais ou
responsável do menor, o encaminhamento a tratamento
psicológico ou psiquiátrico;
b) o prazo máximo previsto para a medida de internação é
de três anos, devendo ser prefixado pelo magistrado na
sentença;
c) não havendo arquivamento dos autos ou concessão de
remissão, o membro do MP procederá à apresentação de
denúncia contra o adolescente;
d) as eleições para o conselho tutelar, órgão com poderes
jurisdicionais, são organizadas em âmbito municipal.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

28) Dentre os direitos de toda criança ou todo adolescente, o


ECA assegura o de ser criado e educado no seio de sua
família e, excepcionalmente, a colocação em família
substituta, assegurando-lhe a convivência famíliar e
comunitária. Fundando-se em tal preceito, acerca da
colocação em família substituta, é correto afirmar que:
(OAB/ES em 2010).
a) a colocação em família substituta far-se-á, exclusivamente,
por meio da tutela ou da adoção;
b) a guarda somente obriga seu detentor à assistência material
a criança ou adolescente;
c) o adotando não deve ter mais que 18 anos à data do pedido,
salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes;
d) desde que comprovem seu estado civil de casados, somente
os maiores de 21 anos podem adotar.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

29) As medidas sócio-educativas aplicadas aos


adolescentes em razão da prática de fatos
análogos às infrações penais não se submetem
aos prazos prescricionais estabelecidos no
Código Penal, visto que possuem finalidades
distintas da sanção penal. (Defensoria/BA em
2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

30) As medidas de proteção mencionadas no ECA


serão aplicadas quando os direitos previstos na
lei sejam ameaçados ou efetivamente violados,
por ação da sociedade, por abuso dos
responsáveis, ou em razão de conduta própria.
(Defensoria/BA em 2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

31) Para a colocação de criança ou adolescente em família


substitua, não há necessidade de eles serem ouvidos,
bem como e desnecessário o seu consentimento ao fato.
(Defensoria/BA em 2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

32) Em se tratando de autorização para viagem ao exterior,


não pode a vara da infância suprir o consentimento do
genitor, visto que tal situação não está expressamente
prevista no dispositivo legal que trata da matéria.
(Defensoria/BA em 2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.
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33) A permanência da criança e do adolescente em


programa de acolhimento institucional não deve
prolongar-se por mais de dois anos, exceto
quando verificada a sua necessidade, que poderá
ser atestada mediante decisão judicial sem
fundamentação. (Defensoria/BA em 2010).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Determinado cidadão, penalmente responsável, valendo-se de um


adolescente de treze anos de idade, sexualmente corrompido,
produziu imagens eróticas em cenário previamente montado,
divulgando-as por meio de sistema de informática em sítio da
Internet. O mantenedor do sítio, tão logo divulgadas as imagens, foi
notificado pelo juiz da infância e da juventude do conteúdo ilícito do
material e, de imediato, desabilitou o acesso às imagens. Com
referência à situação hipotética acima, julgue os itens a seguir à luz
do Estatuto da Criança e do Adolescente.
34) Na situação considerada, é viável a prisão em flagrante do
mantenedor do sítio, porquanto a sua conduta é classificada
como crime permanente, uma vez ultrapassada a fase de
notificação e não desativado o acesso. (Delegado de Polícia do
ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

35) Para a configuração da conduta do criador das


imagens em relação ao tipo penal descrito como
produzir imagem pornográfica envolvendo
adolescente, exige-se a prática de relação sexual
entre o agente e o menor, não se demandando
qualquer correção moral do adolescente.
(Delegado de Polícia do ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

36) À conduta do produtor das imagens não


caberão, de regra, os benefícios penais da
transação penal, da suspensão condicional do
processo e da suspensão condicional da pena,
em face de a pena cominada à conduta ser
superior a quatro anos. (Delegado de Polícia do
ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

37) A natureza jurídica da notificação do


mantenedor do sítio constitui condição de
procedibilidade e a ação penal somente poderá
ser intentada quando a notificação tiver sido
efetivamente realizada e o serviço de acesso não
tiver sido desabilitado. (Delegado de Polícia do
ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

38) O comerciante Ronaldo mantém em estoque e


frequentemente vende para menores em situação de
risco (meninos de rua) produto industrial conhecido
como cola de sapateiro. Flagrado pela polícia ao
vender uma lata do produto para um adolescente, o
comerciante foi apresentado à autoridade policial
competente. Nessa situação hipotética, caberá ao
delegado de polícia a autuação em flagrante de
Ronaldo, por conduta definida como tráfico de
substância entorpecente. (Delegado de Polícia do ES
em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

39) De acordo com o entendimento firmado no


âmbito do STJ, havendo termo, a duração da
medida sócio-educativa estabelecida pela
sentença deve ser adotada como parâmetro no
cálculo do prazo prescricional. (Escrivão de
Polícia/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

40) O regime de semiliberdade imposto a


adolescente infrator, a ser cumprido no prazo
determinado pelo juízo, pode ser estabelecido
desde o início, ou como forma de transição para
o meio aberto, e possibilita a realização de
atividades externas mediante autorização
judicial. (Escrivão de Polícia/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

41) A regra prevista no Código de Processo Civil


(CPC), que confere prazo em dobro para o
Ministério Público e a Fazenda Pública recorrerem, é
aplicável aos procedimentos do Estatuto da Criança
e do Adolescente. (Escrivão de Polícia/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

42) Aplica-se a prescrição penal às medidas sócio-


educativas. (Escrivão de Polícia/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

43) Considerando a prática de ato infracional por criança


ou adolescente, é correto afirmar que: (OAB 2010.3).
a) a prestação de serviços comunitários consiste na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
período não excedente a 1 (um) ano, em entidades
assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos
congêneres, bem como em programas comunitários ou
governamentais;
b) em se tratando de ato infracional com reflexos
patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o
caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o
ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o
prejuízo da vitima;
Continua...

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

c) a internação, por constituir medida privativa de


liberdade do menor, não poderá exceder o período
de 5 (cinco) anos;
d) entre as garantias processuais garantidas ao
adolescente encontra-se o direito de solicitar a
presença de seus pais ou responsável em qualquer
fase do procedimento. Contudo, não poderá o
menor ser ouvido pessoalmente pela autoridade
competente, devendo em todo o caso ser assistido
pelos genitores.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

44) Com relação aos procedimentos para a perda e a


suspensão do poder familiar regulados pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto
afirmar que: (OAB 2010.3).
a) a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Publico,
poderá decretar liminar ou incidentalmente a
suspensão do poder familiar, independentemente da
gravidade do motivo;
b) o procedimento para perda ou suspensão do poder
familiar dispensa que os pais sejam ouvidos, mesmo
se estes forem identificados e estiverem em local
conhecido;
Continua...

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

c) o procedimento para perda ou suspensão do


poder familiar terá início por provocação do
Ministério Público ou de quem tenha legítimo
interesse;
d) em conformidade com a nova redação dada pela
Lei n.º 12.010, de 3 de agosto de 2009, o prazo
máximo para a conclusão do procedimento de
perda ou suspensão do poder familiar será de
180 (cento e oitenta) dias.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

45) É assegurada ao adolescente a garantia de pleno e


formal conhecimento da atribuição de ato infracional,
mediante citação ou meio equivalente, sob pena de
nulidade absoluta. (TJ/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

46) As entidades que mantenham programa de


acolhimento institucional deverão acolher crianças e
adolescentes sem prévia determinação da autoridade
competente, devendo comunicar o fato em até 24 horas
ao juiz da infância e da juventude, sob pena de
responsabilidade. (TJ/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.
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47) Em caso de infração, comparecendo um dos pais


ou responsável, o adolescente deverá ser, em
qualquer caso, prontamente liberado pela
autoridade policial, sob termo de compromisso e
responsabilidade de sua apresentação ao
representante do Ministério Público, no mesmo dia
ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato,
devendo a autoridade policial fundamentar sua
decisão para não incidir nas penas elencadas no
estatuto. (TJ/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

48) Ao parquet compete, de forma exclusiva, promover


e acompanhar os procedimentos relativos às
infrações atribuídas a adolescentes. (TJ/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

49) A prestação de serviços comunitários como medida


sócio-educativa consiste na realização de tarefas
gratuitas de interesse geral, não podendo exceder,
em nenhuma hipótese, a seis meses. (TJ/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

50) A remissão concedida pelo representante do


Ministério Público como forma de exclusão do
processo poderá ser determinada em qualquer fase
do procedimento judicial, atendendo às
circunstâncias e consequências do fato, ao contexto
social, bem como à personalidade do adolescente e à
sua maior ou menor participação no ato infracional.
(TJ/ES em 2011).
a) a assertiva está correta;
b) a assertiva está incorreta.

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