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3267 – SAÚDE MENTAL

INFANTIL
ANA PATRÍCIA MARTINS

(11-04-2018)

1
DEFINIÇÃO
A Organização Mundial de Saúde entende a
saúde como "um estado de bem-estar físico,
mental e social, e não apenas a ausência de
doença ou dor". Nesta definição, a "saúde mental"
é entendida como um aspecto vinculado ao bem-
estar, à qualidade de vida, à capacidade de amar,
trabalhar e de se relacionar com os outros.
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Como é entendida a definição
Baseada em:

bem-estar
trabalhar

qualidade de vida

e de se relacionar com os outros


capacidade de amar
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Medicamente, a Doença Mental pode ser entendida
como uma variação do normal, variação esta, capaz de
produzir prejuízo na pessoa e/ou das pessoas com
quem convive.

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PREJUÍZOS A NÍVEL:

Social
Ocupacional
Familiar
Pessoal

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Problemas de saúde mental mais frequentes:

• Ansiedade
• Mal-estar psicológico ou stress continuado
• Depressão
• Dependência de álcool e outras drogas
• Perturbações psicóticas, como a esquizofrenia
• Atraso mental
• Demências

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OS MITOS E PRECONCEITOS…

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CONSEQUÊNCIAS:

são muitas vezes incompreendidas, estigmatizadas,


excluídas ou marginalizadas, devido a falsos conceitos,
que importa esclarecer e desmistificar, tais como:

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• As doenças mentais são fruto da imaginação;
• As doenças mentais não têm cura;
• As pessoas com problemas mentais são pouco
inteligentes, preguiçosas, imprevisíveis ou perigosas.

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CONSEQUÊNCIAS:

Estes mitos, a par do estigma e da discriminação


associados à doença mental, fazem com que muitas
pessoas tenham vergonha e medo de procurar apoio ou
tratamento, ou não queiram reconhecer os primeiros
sinais ou sintomas de doença.

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Ao longo da vida, todos nós podemos ser afetados por
problemas de saúde mental, de maior ou menor gravidade.

A entrada na
A adolescência A menopausa O envelhecimento
escola

Divórcio Desemprego Maternidade

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A escola deverá promover a integração das
crianças com este tipo de perturbações no ensino
regular.

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CONCEITOS BÁSICOS DE SAÚDE MENTAL

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Do ponto de vista da saúde mental infantil, a
compreensão das etapas de desenvolvimento do ciclo
vital é fundamental, é nela que se estrutura o psiquismo e
se constituem os recursos essenciais numa perspetiva de
evolução.

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Uma intervenção inicial na promoção de competências
que visem aumentar o bem-estar pode ter efeitos
preventivos importantes, como é o caso do aumento da
auto-estima e da diminuição do comportamento anti-
social.

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Doente Mental

Fraca relação com o Fatores de risco


grupo ou a pouca familiar: filhos de pais
auto-estima com doença física ou
mental

Origina:
depressões e
comportamento
anti-social
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A maior possibilidade para que, crianças com
problemas de conduta e perturbações emocionais
mudem o seu comportamento, reside principalmente na
melhoria dos fatores circunstânciais familiares, nas
relações positivas de grupos de pares e nas boas
experiências escolares.

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As crianças agressivas provocam, muitas vezes,
retaliações e provocações nos outros, o que
incrementa e amplia o desenvolvimento dos seus
problemas anti-sociais, tendo igualmente a
probabilidade de serem rejeitadas pelos pares que são
menos agressivos.
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VÍDEO
https://www.youtube.com/watch?v=2R9JZy-w-44

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Actividade 1

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O CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL APROVA, AINDA, NOS TERMOS DO
ARTIGO 3° N° 1 DO DECRETO-LEI N° 35/99, DE 5 DE FEVEREIRO, AS
SEGUINTES RECOMENDAÇÕES:

• Seja reconhecida a necessidade de disponibilizar


cuidados de saúde mental às crianças e jovens;

• Seja garantida ás crianças e jovens em situação de


maior vulnerabilidade psicossocial a prioridade no acesso
aos cuidados de saúde mental;

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• Seja assegurada que a vertente da saúde mental
integre o projeto de vida destas crianças e jovens;

• Seja assegurada uma intervenção integrada através da


criação de uma plataforma transitória que abranja as
áreas da Saúde, Segurança Social e Justiça;

• Seja promovido um plano de formação de saúde


mental, dirigido a todos os agentes educativos e sociais
que atuam junto das crianças e jovens alvo de medidas
de proteção e medidas tutelares educativas;

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• Seja criada uma rede de serviços de saúde mental e
psiquiatria infantil, e da adolescência, devidamente
apetrechados, em ordem a facilitar o acesso aos cuidados
de saúde e garantir o apoio às famílias e estruturas de
intervenção;

• Seja criada uma unidade residencial de acolhimento


para crianças e jovens que necessitem de
acompanhamento de saúde mental;

• Seja designada a entidade responsável pela criação de


condições jurídicas, técnicas, orgânicas e funcionais que
possibilitem a implementação das presentes
recomendações.
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• Seja constituída uma comissão permanente de
acompanhamento, composta por representantes dos
ministérios envolvidos, destinada a monitorizar e avaliar
o cumprimento das recomendações propostas.

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PERSPECTIVAS PREVENTIVAS EM SAÚDE MENTAL

Normal Patológico

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A avaliação de normalidade ou patologia tem pois de ter
em conta três aspetos fundamentais:

• Fase de desenvolvimento em que se encontra a


pessoa

• O local e a cultura

• A época e a circunstância histórica em que ela se


situa

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Em saúde mental da infância e da adolescência é por
vezes difícil traçar uma fronteira entre o normal e o
patológico. Por si só um sintoma não implica
necessariamente a existência de psicopatologia.

diversos sintomas podem aparecer


ao longo do desenvolvimento
normal de uma criança, sendo
geralmente transitórios e sem
evolução patológica.
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Por outro lado, o mesmo sintoma pode estar presente nos
mais variados quadros psicopatológicos. Os sintomas
adquirem significado no contexto sócio-familiar e no
momento evolutivo da criança.

Família intolerante, agressivo ou


Família tolerante e
angustiante: síntomas perduram e
tranquilizadora: síntomas tendem
afetam o desenvolvimento da
a diminuir ou desaparecerem.
criança.

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•Em saúde mental da infância e da adolescência é por vezes, difícil
traçar uma fronteira entre o normal e o patológico.
- Um sintoma não é sinónimo de existência de patologia
- O mesmo sintoma aparece em diferentes quadros;
- O ambiente familiar é determinante para a evolução destes sintomas
(desaparecimento ou agravamento).
-É muitas vezes a causa do seu surgimento.

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SINTOMAS NORMAIS (INERENTES AO
DESENVOLVIMENTO)

• Surgem no decurso de conflitos inevitáveis e


necessários ao desenvolvimento psicológico da criança.
• Características:

- Transitórios;
- Pouco intensos;
-Restritos a uma área da vida da criança;
- Sem repercussão sobre o desenvolvimento;
- A criança fala neles com facilidade;
-Sem disfunção familiar evidente;
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Sintomas Patológicos
Características:

- Intensos e frequentes;
-Persistam ao longo do desenvolvimento;
-Causam grave restrição em diferentes áreas da vida da criança;
-Repercussão no desenvolvimento psicológico normal;
-Meio envolvente patológico;
-Desadequados em relação à idade;
-Associação de múltiplos sintomas;

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SINAIS DE ALERTA PARA

REFERENCIAÇÃO
Na primeira infância

-Dificuldade na relação mãe/bebé;


-Dificuldade do bebé em se autorregular e mostrar interesse
pelo mundo;
-Dificuldade do bebé em envolver-se na relação com o outro
e em estabelecer relações diferenciadas;
-Ausência de reciprocidade interativa e da capacidade de
iniciar interação;
-Perturbações alimentares graves com cruzamento de
percentis e sem causa orgânica aparente;
-Insónia grave;
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• Na idade escolar

-Dificuldade de aprendizagem sem défice cognitivo e na


ausência de fatores pedagógicos adversos
-Recusa escolar
-Hiperatividade/agitação (excessiva ou para além da idade
normal e com práticas educativas parentais adequadas);
-Ansiedade, preocupações ou medos excessivos
-Dificuldade em adormecer, pesadelos muito frequentes;
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- Agressividade, violência, oposição persistente, birras
inexplicáveis e desadequadas para a idade;
-Dificuldades na socialização, com isolamento ou
relacionamento desadequado com pares ou adultos;
-Somatizações múltiplas ou persistentes;

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MODELO PREVENTIVO- FATORES DE RISCO

• O risco é deste modo, o resultado da interação dos vários


fatores vivenciados pela criança.

• Fala-se em fatores de risco quando o desenvolvimento da


criança pode ser afetado por um conjunto de causas de
carácter limitativo que originam situações desfavoráveis ao
mesmo.

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Existem duas categorias principais de “risco”:

- No risco biológico incluem-se crianças com antecedentes


pessoais e familiares preocupantes e que podem sugerir
futuros défices.

A 2º categoria de risco, denominada de risco ambiental, é


aquela em que se incluem as crianças cuja história pessoal e
familiar inclui ambientes familiares alterados ou problemas
sociais graves, que podem estruturar défices, sobretudo de
natureza psicológica.
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• Centrados na criança (prematuridade, sofrimento
neonatal, défice cognitivo, separação materna precoce.

• Fatores socio-ambientais (pobreza, fragilidade


socioeconómica, desemprego, habitação sobrelotada,
isolamento relacional, internamento da criança numa
instituição…)

• Configuração familiar (separação dos pais, violência,


alcoolismo, desentendimento crónico, doença crónica de um
dos pais…)

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CRIANÇA E FAMÍLIA
A família representa um grupo social primário que
influencia e é influenciado por outras pessoas e
instituições.

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https://www.youtube.com/watch?v=WBSIROrlPwA
Comentário sobre a família “Não seja refém dos seus filhos”
https://www.youtube.com/watch?v=4zjj1U0B4QA
“Conselhos do que nunca se deve dizer a um filho”
•https://www.youtube.com/watch?v=7w8O9plKWjI
“O que fazer com filhos rebeldes, agressivos”

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FUNÇÕES FAMILIARES
• Promover o afeto entre os membros da família;

• Proporcionar segurança e aceitação pessoal promovendo


o desenvolvimento pessoal;

• Proporcionar satisfação e sentimentos de utilidade através


das atividades que satisfazem os membros da família;

• Assegurar a continuidade das relações proporcionando


relações duradouras entre os familiares;

• Proporcionar estabilidade e socialização assegurando a


continuidade da cultura da sociedade correspondente;
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• Geradora de autoridade e do sentimento do que é correto
relacionado com a aprendizagem das regras, normas, direitos
e obrigações caraterísticas das sociedades humanas;

• Uma das suas principais responsabilidades é a educação e


a formação das pessoas. Na família dão-se múltiplas e
exclusivas aprendizagens estruturantes da personalidade, as
quais são fundamentais para a aquisição de outros saberes
mais formais.

• A par disto tudo, está o desenvolvimento da segurança


porque na rede de laços e de relações temos as experiencias
de reencontro, aprendemos a responsabilidade e a
interdependência.
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• O processo educativo familiar é um composto por mitos e
realidades, ideias, sentimentos e comportamentos, onde os
pais tratam de facilitar o desenvolvimento pessoal e social de
seus filhos, numa missão 24h/dia, sem noites de descanso,
sem férias e com uma duração legal de (pelo menos) 18 anos.

• Entende-se por modelo educativo familiar o conjunto de


crenças, valores, mitos e metas que fundamentam a educação
dos filhos e que se manifestam em normas, estilos de
comunicação, estratégias e regras de comportamento que
regulam a interação dos pais com os seus filhos;

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IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM FAMILIAR

• A influência da família e o desenvolvimento das suas


crianças, dá-se, primordialmente, através das relações
estabelecidas por meio de uma via fundamental: a
comunicação, tanto verbal como não-verbal;

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• O envolvimento da família é crucial durante o tratamento;

-Verificou-se que a implementação de


programas de intervenção familiar ajuda a reduzir o número
de recaídas, melhorando ainda a adesão à terapêutica;

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ALGUMAS SITUAÇÕES DE RISCO

CARÊNCIA AFECTIVA MATERNA

A teoria do vínculo afetivo foi desenvolvida pelo psicólogo


John Bowlby, e encara o crescimento de uma criança como
resultado do seu relacionamento com os pais.

Na ausência de uma relação próxima com uma figura adulta,


as crianças desenvolvem um fenómeno designado por
hospitalismo.

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HOSPITALISMO?

O hospitalismo é um conjunto de perturbações


vividas por crianças institucionalizadas e privadas de
cuidados maternos e caracteriza-se por: atraso no
desenvolvimento corporal, dificuldades na habilidade
manual e na adaptação ao meio ambiente, atraso na
linguagem, menor resistência a doenças e apatia.

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Contudo, o fenómeno de hospitalismo não acontece
a todas as crianças porque há crianças que, apesar
das circunstâncias negativas, conseguem
desenvolver-se equilibradamente.

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FATORES DE PROTEÇÃO

Passamos agora a sintetizar os principais aspetos que


favorecem a proteção, os quais podem ser:
• Individuais
• Familiares
• Extra-familiares

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Os fatores de proteção contribuem assim para a
diminuição do risco e resultam sobretudo da
conjugação eficaz dos suportes familiar e social.

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Crises de desenvolvimento e crises acidentais

A origem etimológica da palavra crise, vem do grego e


significa decidir e ocorre quando os indivíduos enfrentam
obstáculos aos objetivos considerados relevantes,
obstáculos esses que parecem ser intransponíveis pela
utilização dos métodos comuns de resolução de problemas.

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CRIANÇA PREMATURA

No contexto de desenvolvimento normativo da


criança, o nascimento prematuro tem sido
destacado como um fator de elevado risco
biológico, que pode comprometer o
desenvolvimento da criança.

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A maioria dos problemas apresentados nas idades pré-
escolar e escolar consiste em dificuldades de
aprendizagem, perturbação de hiperatividade com
défice de atenção, dificuldades na linguagem,
comprometimento neurológico e problemas escolares
gerais.

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CRIANÇA HOSPITALIZADA
A experiência de hospitalização é fonte de stress e
ansiedade para a maioria das crianças, podendo mesmo
contribuir para um risco acrescido de perturbações de
comportamento e de psicopatologia a médio e longo
prazo.

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a hospitalização é uma experiência mais perturbadora durante a primeira
infância e período pré-escolar, nomeadamente entre os 6 meses e os 4 anos. Estes
estudos tendem a considerar este período como o mais problemático, e apontam
como causas para este facto o tratar-se de um período em que a separação dos
pais, e a própria descontinuidade dos cuidados educativos, é mais perturbadora.

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A APROXIMAÇÃO ATUAL A ESTA PROBLEMÁTICA ORIENTA-SE PARA UMA
POLÍTICA QUE PRECONIZA:

Evitar o internamento hospital sempre que possível


• Reduzir o período de internamento ao mínimo
necessário

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Organizar o espaço e serviço de pediatria em função
das necessidades globais da criança e da família
• Integrar os pais como participantes informados e
ativos da equipa de saúde

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• Preparar pais e criança para a hospitalização
• Incentivar a presença de um familiar e a sua
participação ativa nos cuidados à criança
• Acompanhar psicologicamente e educacionalmente
a criança e a família, sempre que possível antes, durante e
após o período de internamento.

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CRIANÇA DE FAMÍLIA DESMEMBRADA

O divórcio determina sempre mudanças importantes no


dia-a-dia da criança, gerando insegurança e fragilidades.
O efeito do divórcio sobre os filhos depende de vários
fatores como por exemplo:

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O modo como decorre a separação e o divórcio. Quantos
mais conflitos e pressões envolverem a criança (antes e
durante o processo de separação e divórcio), mais
negativo será o impacto e mais graves as consequências.

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Também um estado de indefinição prolongada (por
exemplo pais separados mas a viver na mesma casa) é
fonte de potenciais conflitos e de angústia para a criança.

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• A IDADE DA CRIANÇA:
* A criança pequena tem mais dificuldade em
perceber o que se passa mas sente intensamente a tensão
e os conflitos vividos pelos pais.

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com comportamentos de oposição e agressividade, com atitudes
regressivas (aumentando a dependência em relação aos pais,
voltando a fazer chichi na cama) ou com medos, pesadelos, etc.

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* A criança de idade escolar é capaz de
compreender melhor a situação, tendendo a
reagir com tristeza, sentimentos de perda ou
diminuição do rendimento escolar.

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O adolescente sente-se muitas vezes dividido na
sua lealdade face a cada um dos pais; por vezes
revolta-se, isola-se ou, por outro lado tenta assumir a
responsabilidade e proteger o pai / mãe que sente
estar mais fragilizado.

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GLOBALMENTE OS SENTIMENTOS MAIS FREQUENTES NA CRIANÇA
SÃO:

Sentimento de perda (de um dos pais, da casa, do seu


modo de vida).

• Insegurança, medo de ficar só e de ser rejeitado ou


abandonado.

• Revolta ou agressividade contra um ou até contra ambos


os pais.
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Sentimentos de culpa, sentindo-se responsável pela separação.

•Sentimento de estar “dividido por dentro”, tendo de tomar o


partido de um dos pais contra o outro.
* Desejo de juntar novamente os pais e recuperar a segurança
perdida.

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SÍNDROME DA CRIANÇA NEGLIGENCIADA E BATIDA

Todos os pais necessitam de impor regras e podem desta


forma intimidar por vezes a criança. Lidar com birras e
comportamentos difíceis, dizer “não” e impor limites, são
tarefas essenciais dos pais para a educação da criança.

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Se os pais estão cansados, tensos ou irritados, podem por
vezes perder o controle, fazer ou dizer coisas de que se
arrependem mais tarde ou até magoar a criança. Se isto
acontece repetidamente, prejudica seriamente a criança e
o seu desenvolvimento.

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Maus Tratos

Definem-se como prejuízos


graves à criança tanto físicos
como mentais

Podem ser:

* Bater-lhe, “abaná-la” ou magoá-la (maus-tratos


físicos).
• Castigar a criança com demasiada frequência ou
intensidade, ameaçá-la, rejeitá-la ou criticá-la
constantemente (maus-tratos psicológicos).
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* Interferir de modo intrusivo, seduzir, abusar ou atacar
sexualmente a criança (abusos sexuais).

• Não tratar adequadamente da criança, quer a nível dos


cuidados básicos (alimentação, higiene, repouso, proteção,
educação, saúde), quer nos aspetos afetivos e emocionais (ignorá-
la, não a estimular, conversar ou brincar com ela), (negligência).

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O autor (ou autores) dos maus-tratos é quase sempre alguém próximo e
conhecido da criança, geralmente alguém da família: pai/mãe,
padrasto/madrasta, avós, tios, irmãos, amas ou respetivos familiares,
educadores, professores. É muito raro o mau trato ser causado por
estranhos.

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UMA CRIANÇA MALTRATADA FISICAMENTE PODE:

Mostrar-se atenta, constantemente alerta, cautelosa e


desconfiada em relação aos adultos.
Ter dificuldade em confiar nos outros e fazer amigos.
Ser inibida, incapaz de brincar ou expressar-se
espontaneamente, colocar-se em posição de ser
ameaçada ou agredida.

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Fazer birras, ser agressiva, violenta e ameaçar ou maltratar
outros.
Mentir, roubar, faltar às aulas e até envolver-se em problemas
com a polícia.
Ter mau rendimento escolar, falta de concentração e evitar as
atividades em que tem de tirar a roupa (por exemplo ginástica).

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QUANDO ABUSADA SEXUALMENTE, A
CRIANÇA PODE:

Mudar subitamente o seu modo de agir (quando o abuso


começa).
Mostrar-se receosa ou assustada perante os contactos físicos.

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Usar uma linguagem ou ideias sexualizadas nos jogos e
brincadeiras.
Recomeçar a urinar ou defecar nas calças ou na cama.
Ter dificuldade em dormir ou pesadelos frequentes.
Desenvolver uma doença do comportamento alimentar como uma
anorexia ou bulimia nervosa.

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Deixar de cuidar de si, ter uma má imagem de si própria,
deprimir-se ou auto-agredir- se (ou tentar suicidar-se).

Ter comportamentos de risco, tais como: fugir de casa, ter


comportamentos promíscuos, prostituir-se, consumir álcool ou
drogas.

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A CRIANÇA NEGLIGENCIADA OU VÍTIMA DE MAUS-
TRATOS PSICOLÓGICOS, TENDE A:

* Ter um atraso no seu desenvolvimento (andar, falar e controlar


a urina e fezes tardiamente e ter dificuldade em aprender).
• Ter problemas alimentares e um atraso de crescimento.
• Ser passiva, apática e pouco espontânea; o seu jogo é
pobre e pouco imaginativo.

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* Ter carência de afeto
• Ser agressiva e conflituosa nas brincadeiras com outras
crianças da sua idade.

•Ter dificuldade de concentração e aprendizagem na escola.

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EFEITOS NEGATIVOS FUTUROS
* Muitas das crianças abusadas e maltratadas podem tornar-
se mais tarde pais maltratantes para os próprios filhos.

• Quando chegam a adultos, têm grandes dificuldades no


relacionamento com outros, em particular nas relações mais
próximas, íntimas e de confiança.

* Existe um risco elevado de perturbações tardias:


ansiedade, depressão, abuso de substâncias, doenças
médicas e problemas no meio escolar ou laboral.
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COMO PODEM SER PREVENIDAS OU DIMINUÍDAS ESTAS SITUAÇÕES E
OS SEUS EFEITOS NEGATIVOS PARA A CRIANÇA?

Perante uma situação de suspeita de


maus-tratos à criança, a prioridade
será protegê-la de mais abusos e
esclarecer a situação:

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O que aconteceu?
• Poderá acontecer de novo?
• O que tem de ser feito para proteger a criança?

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A QUEM RECORRER?

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens


em Risco (CPCJ) ou os serviços sociais da
área, para que estudem e se ocupem da
situação.

As linhas telefónicas de apoio à criança (SOS


Criança, Criança Maltratada).

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Santiago do Cacém
CPCJ - Telefone: 269826205
Fax: 269826206
Email: cpcj.santiago.do.cacem@gmail.com

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Sines
CPCJ - TM 918 946 492
Tel. / Fax 269 636 123
Email: cpcjs@mun-sines.pt

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Se os maus tratos forem no ceio familiar, o familiar em questão é
abordado para realizar um tratamento, uma análise psicológica.
Se a criança continuar em risco, será retirada à família. Seguindo
para casa de um familiar ou instituição.

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CRIANÇA PSICOSSOMÁTICA
são muito frequentes na criança que assim
expressa o seu mal-estar psicológico. Os sintomas
mais frequentes são as dores de barriga, dores
de cabeça, enjoos e vómitos, dores musculares
(nos membros ou nas costas) e cansaço.

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Estes sintomas são muitas vezes determinados por
situações de stress ou tensão emocional que afetam tanto
o corpo como a mente e contribuem para a origem e
evolução de algumas doenças e sintomas.

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Estas queixas são mais frequentes em crianças e adolescentes que:
 Estão nervosos e angustiados, por qualquer motivo.
São muito sensíveis e preocupam-se com os sintomas físicos e a dor.
 São hipersensíveis, ansiosos, preocupados e perfeccionistas.
Ansiosos e Depressivos.

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No entanto, nalguns casos, os sintomas podem causar:
Faltas frequentes à escola, levando a situações de insucesso escolar.
Diminuição da participação em atividades de lazer e no convívio
com amigos.
Manutenção de situações de dependência em relação à família e
atrasos na aquisição da autonomia e maturidade.

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TANTO OS PAIS COMO OS PROFESSORES/EDUCADORES TÊM MUITAS VEZES
DIFICULDADE EM LIDAR COM ESTAS SITUAÇÕES.

Em certos momentos é provavelmente difícil para os pais


saberem qual a atitude mais correta e sensata:

• Quando encorajar ou quando confortar.


• Quando insistir ou quando aliviar a pressão.
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https://www.youtube.com/watch?v=NY8S1HrqjEo

Mary e Max – Uma Amizade Diferente


Doenças: Asperger, Ansiedade e Depressão

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. MODELO PREVENTIVO - FATORES DE
EQUILÍBRIO E DE RISCO

Os avanços nos domínios da genética e da fisiopatologia, da


clínica e do tratamento das doenças mentais trouxeram
alterações e começaram a focar-se na prevenção dessas
mesmas doenças.

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As diretrizes da OMS apontam para uma abordagem dos
problemas de saúde mental na infância a partir da perspetiva
da compreensão, da intervenção e da elaboração de políticas
públicas para enfrentar a questão.

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planear intervenções visando incrementando e
a saúde mental da criança e potencializando serviços de
do adolescente atendimento nesta área

identificando o seu reflexo nas


analisar a complexidade das trajectórias de desenvolvimento
situações adversas e de risco (individual, familiar, escolar,
social e comunitária)

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São estratégias fundamentais tanto no
âmbito de prevenção dos problemas como
de intervenção.

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IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM FAMILIAR

A criança

As crianças interagem a maior parte do tempo com os pais,


porém, existem outras pessoas que desempenham um
importante papel no desenvolvimento global da mesma,
como: os professores, a família, os irmãos, os colegas, entre
outros.

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Para além disto, há que ter em conta as mudanças que
ocorrem no contexto da vida da criança e que podem
produzir fortes influências no seu desenvolvimento.

Por exemplo:

as mudanças temporárias (como a visita de familiares, de


amigos ou vizinhos a casa; a ida dos pais para o trabalho) as
mudanças mais duradouras (como o nascimento de um bebé,
a separação dos pais).

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A FAMÍLIA

A família desempenha um papel de extrema importância no


desenvolvimento da criança, uma vez que é através desta
que se constroem pessoas adultas com uma determinada
auto-estima e onde estas aprendem a enfrentar desafios e
a assumir responsabilidades.

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Esta deve assegurar a sobrevivência dos filhos, o seu
crescimento saudável e a sua socialização dentro dos
comportamentos básicos de comunicação.

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À escola, cabe o papel de desenvolver nas
crianças as suas capacidades físicas, mentais e
afetivas, ajudando-as na formação do seu caráter,
para que se tornem seres éticos, autónomos e
atuantes na sociedade. É nessa etapa que a
criança começa a ter uma aprendizagem mais
relevante no seu desenvolvimento cognitivo.

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Portanto, tanto as famílias como a escola exercem
papéis importantes e complementares no processo
ensino-aprendizagem da criança.

Torna-se relevante que haja parceria entre ambas,


para que as crianças se desenvolvam e alcancem
uma aprendizagem significativa, estando aptas para
atuarem em sociedade.

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Vale lembrar que a família é essencial na
formação do sujeito, pois é nela que acontece o
desenvolvimento das primeiras habilidades e
ensinamentos, considerando que é por meio da
educação familiar que este, desde bem pequeno,
aprende a respeitar os outros e a conviver com
regras.

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Filme
https://www.youtube.com/watch?v=oibfpeRYApU
Em Busca de um Lar

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OBRIGADA PELA VOSSA PRESENÇA E, PELO
VOSSO EMPENHO!
Vamos continuar a nossa caminhada juntas, na próxima UFCD!!!

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