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Tratamento de águas e

efluentes industriais
Baseado em
Trovati, J.; Tratamento de água para geração de vapor:
caldeiras (ano não disponível).

Trovati, J.; Tratamento de água de resfriamento (ano não


disponível).

Shreve, R.N; Brink, J.A. Indústrias de processos químicos,


4ª. Edição, 1997

Química Industrial –
Profa. Míriam M. Pinto
Águas industriais
 Recebem a denominação de águas
industriais aquelas utilizadas em
plantas industriais para:
– Geração de vapor/energia
– Refrigeração/resfriamento
– Lavagens e outros usos diversos
Sistema de águas na CST
Captação no Rio Santa Maria Estação reuso

ETE lodo espessador


ETA floculação decantação ativado

Geração
Clora- Declo
de vapor
ção ração
Água industrial ETE
Uso de compacta
Tanque Tanque
de AP Estação vapor
de AI desmi
condensação

Usos diversos como Tanque de


Consumo na usina condensado
umidificação de estoques
Impurezas encontradas na água
Geralmente, nas águas superficiais e subterrâneas que são
usadas nos processos industriais, encontramos as seguintes
substâncias dissolvidas:

 Dureza, representada basicamente pelos íons cálcio e


magnésio (Ca2+ e Mg2+), principalmente os sulfatos (SO42-),
carbonatos (CO32-) e bicarbonatos (HCO3-).
 Sílica solúvel (SiO2) e silicatos (SiO32-) associados a vários
cátions.
 Óxidos metálicos (principalmente de ferro), originados de
processos corrosivos.
 Diversas outras substâncias inorgânicas dissolvidas.
 Material orgânico, óleos, graxas, açúcares, material de
processo, contaminantes de condensados, etc.
 Gases, como oxigênio, gás carbônico, amônia, óxidos de
nitrogênio e enxofre.
 Materiais em suspensão, como areia, argila, lodo, etc.
Tratamentos para geração de
vapor
 Remoção de contaminantes de
origem orgânica
 Remoção de contaminantes de
origem inorgânica (sais de Ca2+,
Mg2+, sílica e silicatos
 Remoção de oxigênio
Tratamentos preliminares da água
São procedimentos visando retirar
impurezas e evitar as conseqüências
de sua presença. O tratamento
preliminar atua primeiramente sobre
as impurezas mais grosseiras, tais
como turbidez, sólidos em suspensão
e material orgânico. Posteriormente,
são feitos tratamentos mais
sofisticados para eliminação do
material dissolvido.
Clarificação/filtração
Operação realizada em uma estação de tratamento
de água (ETA), responsável pela eliminação de
material suspenso na água.
– processo de coagulação / floculação das impurezas com
a adição de um ou mais produtos tais como sulfato de
alumínio, cloreto férrico, polímeros de acrilamida e
policloretos de alumínio - PACs (também chamados de
polieletrólitos) e taninos modificados.
– O produto aglutina as impurezas da água por interações
eletrostáticas e adsorção física e promove a formação de
flocos que se sedimentam e são eliminados.
– A água clarificada é então submetida a filtração,
normalmente em leito de areia, por meio dos filtros que
operam por gravidade ou pressão.
Ao término deste processo a água pode ser
submetida a tratamentos complementares como
a desinfecção por cloração.
Clarificação/filtração
 Estemétodo é bastante utilizado
para combater incrustações de
origem orgânica, tais como
contaminações da água por materiais
de processo (óleos, hidrocarbonetos,
etc.), microrganismos e produtos
originados de seu metabolismo
(proteínas, lipídeos, polissacarídeos),
lodos de maneira geral, material
particulado etc.
Etapas de clarificação da água

Figura 1: Representação das etapas de clarificação


da água
Processos de troca iônica
Tratamento complementar que visa a remoção dos
íons dissolvidos na água (cálcio, magnésio, sílica,
etc). Faz uso das resinas de troca iônica que são
pequenas esferas porosas de material plástico em
cuja superfície estão ligados os íons que serão
usados na troca. Existem dois tipos básicos de
resina: as catiônicas, que trocam íons positivos
(tais como Ca2+, Mg2+, Na2+, H+, Ba2+) e as
aniônicas, que trocam íons negativos (Cl-, OH-,
SiO32-).
O processo consiste em fazer a água a ser tratada
passar por um ou mais leitos dessas resinas, as
quais retém os íons de interesse. Chegará um
momento em que o leito estará saturado e
deverá ser regenerado adequadamente.
Abrandamento e desmineralização
Abrandamento
 Consiste na remoção de Ca2+ e Mg2+ da água. Faz uso de
resinas que trocam íons sódio (Na+) ou hidrogênio (H+). Após
saturação do leito, a regeneração é feita com NaCl ou HCl (as
vezes H2SO4).

Desmineralização
 Processo completo, removendo íons positivos e negativos da
água deixando-a praticamente isenta de materiais dissolvidos.
Consiste em fazer a água passar por um abrandador operando
com resina de ciclo H+ e, após, passar por um leito de resina
aniônica, que troca íons OH-. Este procedimento remove sílica e
silicatos solúveis, além de carbonatos, sulfatos e cloretos. Após
saturação do leito, normalmente é feita regeneração com soda
cáustica (NaOH).
Processo de abrandamento
•Remoção de cálcio e magnésio da água
•Uso de resinas de ciclo sódio ou hidrogênio
•Regeneração com cloreto de sódio ou ácido clorídrico

FIGURA 2: ilustração de um processo de


abrandamento por troca iônica (ciclo hidrogênio).
Desmineralização
Trata-se de um processo completo, removendo os
íons positivos e negativos da água e deixando-a
praticamente isenta de materiais dissolvidos.
Consiste em fazer a água passar por um
abrandador operando com resina de ciclo
hidrogênio e, após, passar por um leito de resina
aniônica, que troca íons hidroxila (OH-).
Este procedimento é capaz de remover a sílica e
silicatos solúveis, além de carbonatos, sulfatos e
até cloretos. Após saturação do leito,
normalmente é feita regeneração com soda
cáustica (NaOH).
Desmineralização

FIGURA 3: Princípio de funcionamento de uma resina


aniônica.
Osmose reversa
Consiste em fazer a água previamente filtrada
passar por dispositivo normalmente cilíndrico
denominado “permeador”, onde os sais presentes
na água são retidos por membranas seletivas
especialmente fabricadas. A água pura é
eliminada radialmente pelo permeador, enquanto
que a parcela de água não permeada é
descartada a uma concentração mais elevada de
sais. Este fato constitui uma das desvantagens do
sistema, além do alto custo e da necessidade de
se operar com vários permeadores em paralelo
para obtenção de uma vazão razoável.

Esquema de osmose reversa
• Emprego de membranas desenvolvidas para esse fim
•Usadas em processos de dessalinização

FIGURA 4: Esquema de funcionamento de um sistema de


tratamento de água por osmose reversa.
Outros processos de
abrandamento
A água também pode ser abrandada,
embora não totalmente, por processos
químicos como tratamento com cal
Ca(OH)2 e barrilha (Na2CO3) (também
chamado “cal sodada”) ou fosfatos.
Estes processos são usados quando a
dureza da água é excessivamente elevada
e não se encontra nenhuma outra fonte de
água de melhor qualidade.
DESTILAÇÃO
Consiste em vaporizar a água e
condensá-la em seguida para
produção de água pura. Devido ao
alto custo operacional, este processo
somente é empregado em locais com
elevada disponibilidade de energia
(combustível barato ou abundante) e
em instalações marítimas, para
utilização da água do mar.
Desaeração
Um tratamento complementar que
também deve ser executado é a
remoção de oxigênio e outros gases
dissolvidos na água,por meio de uma
desaeração para evitar a corrosão da
tubulação metálica dos
equipamentos por onde a água
circular.
Corrosão
Corrosão pode ser definida como a
destruição da estrutura de um metal
devido a reações químicas e/ ou
eletroquímicas com o ambiente em que o
mesmo se encontra. A corrosão é uma
forma natural dos metais voltarem ao
estado original em que eram encontrados
na natureza, tais como nos minérios
(óxidos); isto ocorre porque, nesta forma,
os metais apresentam-se da maneira mais
estável possível do ponto de vista
energético.
Corrosão
A corrosão envolve reações de óxido-
redução. É um processo
eletroquímico no qual o ânodo (onde
ocorre oxidação – perda de elétrons),
que é consumido, está separado por
uma certa distância do cátodo, onde
ocorre redução (ganho de elétrons).
Corrosão
O mecanismo básico para o processo de corrosão é:
1. Na região anódica, átomos de ferro (Fe0) passam para o
estado de oxidação II, formando Fe 2+.
2. Devido a formação do Fe2+ , dois elétrons migram pelo
metal para a área catódica.
3. Se houver oxigênio presente na água, o mesmo move-se
para a área catódica e ingressa no circuito, usando os
elétrons que migraram para o cátodo e formando íons
(OH-) na superfície do metal.
4. Os íons OH- deslocam-se para a região anódica, onde
reagem com os íons Fe2+ formando hidróxido ferroso,
Fe(OH)2, que se deposita ao redor da área anódica. Esta
etapa completa o ciclo básico do processo.
5. O Fe(OH)2 formado é instável e, na presença de oxigênio e/
ou íons OH-, forma-se hidróxido férrico Fe(OH)3.
6. O Fe(OH)3 tende a se decompor em Fe2O3, que é o óxido
férrico, conhecido como ferrugem.
Corrosão
Quimicamente, as reações envolvidas
são:
Fe0  Fe 2+ + 2e- (ânodo)
½O2 + H2O + 2e-  2(OH)- (cátodo)
Fe2+ + 2(OH)-  Fe(OH)2
2Fe(OH)2 + ½O2 + H2O 2Fe(OH)3
2Fe(OH)3  Fe2O3 . 3H2O
Corrosão

 FIGURA 5: Representação de uma célula de corrosão clássica.


Remoção do oxigênio da água
Um dos meios mais simples e eficientes de
se combater a corrosão elementar nas
tubulações metálicas é pela remoção do
oxigênio dissolvido na água. Não havendo
oxigênio, não há receptor para os elétrons
provenientes do ferro e, assim, o ciclo não
se completa. A remoção do oxigênio é
feita de dois modos: mecanicamente e
quimicamente.
Desaeração mecânica

Consiste em fazer a água passar por um


equipamento chamado “desaerador” o
qual, trabalhando em temperatura elevada
promove uma grande área de contato
para expulsão do ar dissolvido. Existem
dois tipos básicos desse equipamento: o
tipo spray e o tipo que contém bandejas.
Alguns desaeradores, principalmente para
caldeiras de alta pressão, podem trabalhar
a vácuo, o que ajuda na remoção do
oxigênio.
Desaeração química:
sequestrantes de oxigênio
Na maioria das vezes o desaerador não consegue eliminar
totalmente o oxigênio dissolvido na água. Após o elemento
desaerador, deve-se fazer a adição de um composto
químico capaz de remover o oxigênio ainda presente na
água. Utilizam-se normalmente as seguintes substâncias:
 Sulfito de Sódio
 Hidrazina
 (Dietilhidroxilamina), amina com características redutoras
 Ácido Iso-ascórbico
 Alguns sacarídeos (tais como glicose): usados em
aplicações específicas
 Hidroquinona
 Taninos
 Aminoguanidinas
 Hidrazidas e polímeros contendo este grupo funcional
 (-CONHNH2)
Tratamentos para água de
refrigeração
 Fundamentalmente, os objetivos do
tratamento da água de resfriamento
são:
– Evitar a formação de incrustações
– Minimizar os processos corrosivos
– Controlar o desenvolvimento
microbiológico
Tratamentos para água de
refrigeração
 Remoção de contaminantes de
origem orgânica: floculação
 Remoção de contaminantes de
origem inorgânica: dispersão
 Inibição à corrosão

 Controle de desenvolvimento
microbiológico
Dispersão
Este é o mecanismo mais utilizado
para prevenção de incrustações de
origem inorgânica, apresentando
uma série de qualidades que o
tornam eficaz mesmo para sistemas
que trabalham com elevadas
concentrações de sais.
Dispersão
Os princípios de ação utilizados por
este tipo de tratamento são:
1. Efeito Limiar (“Threshold”) também
chamado de “seqüestração”
2. Ação dispersiva
3. Efeito Surfactante
4. Modificação de Cristais
Seqüestração
Caracterizado pela redução na tendência de
precipitação de compostos de cálcio,
magnésio, ferro, manganês, etc.
As principais classes de produtos que
exibem estas propriedades são os
polifosfatos, fosfonatos (compostos
organofosfóricos) e polímeros/
copolímeros (acrílicos, maleicos, estireno-
sulfonados, carboxílicos etc.).
Ação dispersiva
Apresentada comumente por compostos
organofosfóricos e polieletrólitos que, por
sua vez, tendem a se adsorver sobre a
superfície de partículas em suspensão, tais
como núcleos de precipitação de sais. O
produto adsorvido sobre a partícula
confere-lhe cargas elétricas, fazendo com
que as mesmas exerçam forças de
repulsão entre elas e, assim, permaneçam
dispersas. Em outras palavras, a ação
dispersiva atua de modo oposto à
coagulação.
Efeito surfactante
Empregado para agir contra material orgânico,
principalmente quando originado do
desenvolvimento microbiológico.
Normalmente são compostos que aumentam a
hidratação das partículas, solubilizando-as e
mantendo-as dispersas, sem tendência a se
depositarem.
O princípio de ação dos surfactantes é semelhante
ao de um detergente ou sabão: um dos extremos
da molécula interage com o material orgânico, e
o outro extremo é solúvel em água.
Normalmente, utilizam-se produtos a base de
compostos etoxilados ou copolímeros de óxidos
de etileno-propileno combinados (EO-PO).
Modificação de cristais
Sem tratamento, as incrustações inorgânicas são formadas
por retículos cristalinos que de desenvolvem de maneira
bem regular, o que favorece seu crescimento após a
formação e aderência sobre as superfícies metálicas.
A modificação de cristais age pela distorção dos mesmos,
impedindo seu crescimento ordenado e alterando sua
forma. Com isso, os cristais tendem a não se aderir sobre
as superfícies e permanecem dispersos no líquido,
favorecendo sua eliminação pelas descargas.
Alguns produtos orgânicos naturais, tais como ligninas e
taninos, foram e ainda são usados com esta finalidade.
Ultimamente, o uso de polímeros e copolímeros sintéticos
específicos (poliacrilatos, maleicos, fosfino-carboxílicos,
entre outros) tem se mostrado mais vantajoso.
Métodos alternativos de prevenção
de incrustações
 Pré-Tratamento: Consiste em remover,
antecipadamente, o material dissolvido e em
suspensão na água de alimentação do sistema.
Normalmente empregam-se aparelhos de troca
iônica (abrandadores e/ou desmineralizadores)
para remoção dos sais dissolvidos. Para eliminar
o material suspenso, utiliza-se uma clarificação
da água seguida por filtração, podendo inclusive
ser feita uma cloração para ajudar no controle de
desenvolvimento microbiológico.

 Reaproveitamento de Águas Condensadas


Inibição à corrosão
Para controle da corrosão em sistemas
de resfriamento, os métodos
usualmente empregados são:
– Tratamentos de Superfície
– Inibidores de Corrosão
Tratamentos de superfície
Os metais utilizados nos sistemas de resfriamento
(principalmente aço carbono, ferro e ferro
fundido) podem receber tratamentos
anticorrosivos em sua superfície, que impedem
que o metal entre em contato direto com o
ambiente. Estes tratamentos podem ser feitos
com base em processos de galvanoplastia (tais
como cromação, galvanização, niquelação, etc.)
ou por meio de pinturas específicas (zarção,
primers, fosfatizantes, tintas epóxi, recobrimento
com PVC).
Ao ser aplicado este tipo de tratamento, deve-se
assegurar a integridade do filme de proteção
formado, uma vez que qualquer descontinuidade
ou falha no mesmo pode ocasionar pontos de
corrosão localizada.
Inibidores de corrosão
 São os métodos de controle de corrosão mais
empregados em sistemas de resfriamento. Seus
princípios de funcionamento baseiam-se no
impedimento ou diminuição nas reações de
óxido-redução que caracterizam os processos
corrosivos. Assim, podemos classificar os
inibidores de corrosão em duas classes:
inibidores anódicos e inibidores catódicos, ou
ainda aqueles que apresentam ambas as
propriedades.
 Normalmente são empregadas combinações de
inibidores, visando controlar a corrosão em todas
as frentes.
Inibidores anódicos
Atuam nas áreas anódicas do metal, onde há fuga
de elétrons e formação de átomos com estados
de oxidação superiores (tais como o Fe2+).
Os inibidores anódicos funcionam basicamente de
duas formas:
A) reagem com os íons metálicos produzidos no ânodo e
formam um filme de óxidos combinados, isolando o
metal base e impedindo o prosseguimento das reações
anódicas.
B) formam um filme adsorvido sobre a superfície anódica,
impedindo o fluxo de íons e elétrons nessa região, além
de isolá-la do contato direto com o ambiente.
Inibidores anódicos
Os principais inibidores de corrosão
anódicos são:
 Cromatos: O melhor e um dos mais eficientes inibidores de
corrosão anódicos. Atualmente não são mais empregados,
devido à sua elevada toxidez e agressividade à flora e
fauna aquáticas.
 Ortofosfatos: Atuam através da formação de um filme
cristalizado de ortofosfato de ferro (Fe3(PO4)2). Porém, este
filme é mais espesso, poroso e menos resistente que o
formado pelo cromato.
 Molibdatos, Tungstatos: Agem de modo semelhante ao
cromato. Seu uso em sistemas semi-abertos de
resfriamento não é muito difundido devido ao elevado
custo. No entanto, é empregado com sucesso em sistemas
fechados.
Inibidores anódicos
 Nitritos: Apresentam excelente efeito de inibição de
corrosão em aço carbono, porém não são utilizados em
sistemas abertos devido à toxidez e por ser facilmente
decomposto em nitrato, por ação de nitrobactérias.
 Lignosulfonados e Taninos: Tendem a formar um filme
orgânico adsorvido sobre a superfície do metal,
protegendo-o da corrosão. Por serem de origem orgânica e
biodegradáveis, não são tóxicos ao ambiente.
 Polímeros: Certos polímeros de baixo peso molecular, tais
como poliacrilatos e polimaleatos, exibem propriedades de
inibição de corrosão quando usados em águas com
concentrações razoáveis de carbonato de cálcio.
 Silicatos: Formam um filme adsorvido sobre a superfície do
metal. Sua performance é muito afetada pelas condições
operacionais (pH, temperatura, qualidade da água) e, por
isso, também são pouco utilizados em sistemas abertos.
Inibidores catódicos
Estes inibidores agem preferencialmente,
porém não obrigatoriamente, nas zonas
catódicas dos processos corrosivos. O
mecanismo de ação também se baseia na
formação de barreiras e filmes protetivos,
que restringem o fluxo de íons hidrogênio,
hidroxilas e oxigênio para as superfícies
catódicas que completam as reações de
corrosão.
Inibidores catódicos
Os principais inibidores catódicos usados em sistemas de
resfriamento são:
Polifosfatos: Apresentam boa inibição de corrosão quando íons
de metais bivalentes estiverem presentes na água, tais
como cálcio. Além da inibição da corrosão, os polifosfatos
também atuam como inibidores de incrustação.
Zinco: São usualmente empregados em combinações com
outros inibidores de corrosão (polifosfatos, fosfonatos,
etc.), pois seu uso isolado tem se mostrado pouco eficiente.
Carbonato de Cálcio: Quando devidamente controlado, um
fino depósito de carbonato de cálcio pode agir como inibidor
de corrosão, principalmente em águas contendo quantidade
razoável de dureza cálcio. No entanto, deve-se atentar para
o não desenvolvimento de incrustações que podem causar
maiores problemas, sendo de fundamental importância o
uso de dispersantes eficientes.
Controle de desenvolvimento
microbiológico
Preventivamente, é desejável a utilização de
água com boa qualidade para alimentação
do sistema de resfriamento,
preferencialmente clarificada, filtrada e
clorada/ esterilizada, o que minimiza a
entrada de microrganismos no sistema.
No entanto, uma vez instalados, o meio
usualmente empregado para combatê-los
é através do extermínio direto desses
seres, o que normalmente é feito usando
de produtos químicos denominados
biocidas.
Controle de desenvolvimento
microbiológico
Por se tratarem de agentes potencialmente
poluidores, deve haver rigoroso critério na
escolha do biocida e sua dosagem, de
modo a evitar o descarte de água que
poderá contaminar ou prejudicar o meio
ambiente.
Os biocidas para águas de resfriamento
podem ser classificados em dois grupos:
oxidantes e não-oxidantes.
Biocidas oxidantes
Têm seu princípio de ação
fundamentado na oxidação da
matéria orgânica presente nos seres
vivos, destruindo suas estruturas
vitais e assim causando a morte dos
mesmos.
Biocidas oxidantes:
Cloro e compostos
O gás cloro (Cl2), hipoclorito de sódio ou cálcio (NaClO e
Ca(ClO)2), o dióxido de cloro (ClO2) e vários outros
compostos derivados são empregados no tratamento de
águas de resfriamento.
Seus princípios de ação fundamentam-se na formação do
ácido hipocloroso (HClO), que é o principal responsável pela
ação oxidante do composto. As reações envolvidas neste
processo estão relacionadas abaixo (tomamos como
exemplo de partida o gás cloro):

Cl2 + H2O  H+ + Cl- + HClO; HClO  H+ + ClO-

A dissociação dos compostos clorados para formação do ácido


hipocloroso é bastante dependente do pH, o que restringe
os processos de cloração em águas a valores de pH abaixo
de 8,5.
Biocidas oxidantes:
Peróxidos
Devido ao seu poder oxidante, alguns peróxidos,
principalmente o peróxido de hidrogênio (H2O2)
podem ser usados para controle do
desenvolvimento microbiológico em sistemas de
resfriamento.
Normalmente, estes compostos são dosados
diretamente no equipamento que está
apresentando problemas (tais como biofilmes em
trocadores de calor). Tem a desvantagem de ser
bastante volátil, o que diminui sua eficiência,
além de poder aumentar os processos corrosivos.
Biocidas oxidantes:
ozônio
O ozônio (um alótropo do oxigênio de
fórmula O3) também pode ser usado como
sanitizante em águas de resfriamento. No
entanto, devido ao alto custo dos
equipamentos destinados à geração desse
gás e à sua volatilidade extremamente
alta, é usado somente em alguns casos
particulares. Por outro lado, o ozônio é
empregado com certa freqüência no
tratamento de água potável e também em
alguns efluentes.
Biocidas não-oxidantes
Esta classe de biocidas, representada por
inúmeros compostos químicos distintos,
apresentam mecanismos de ação
peculiares e específicos para o controle
dos microrganismos. A tendência atual é
utilizar produtos de ação relativamente
rápida, eficientes na eliminação dos
microrganismos de interesse, de baixa
toxidez ao ser humano e demais animais e
plantas superiores, que apresente elevada
degradabilidade e, finalmente, de baixo
impacto ambiental.
Tratamento de águas servidas -
ETE
Esgoto afluente Tanque
reuso de AI
Peneira

Espessador

Leito de lodo aerador


ativado
Tratamento de águas servidas
A extensão do tratamento necessário
é medida em duas bases:
– Teor de sólidos suspensos
– Demanda bioquímica de oxigênio – DBO
que mede o teor de impurezas pela
necessidade de oxigênio necessária para
oxidá-la.
Tratamento de águas servidas
 Osmétodos de tratamento de
esgotos são geralmente divididos
em:
– Primários ou tratamento físico;
– Secundários ou tratamento bioquímico e
– Terciário
Tratamento primário
 Reduz de 30 a 60% dos sólidos
suspensos e da DBO
 Consiste de peneiramento,
clarificação, filtração e cloração
Tratamento secundário
A matéria orgânica dissolvida é
oxidada de forma a reduzir de 85 a
90% a DBO.
 Utiliza lodo ativado e sistema de
aeração
 O lodo ativado contém
microorganismos aeróbicos que
digerem o material do esgoto.
Tratamento terciário
 A águra ainda contém P, N e C que
podem servir de nutrientes para o
crescimento de algas e outras
plantas aquáticas.
 Retirada do P como fosfatos é feita
pela precipitação com cal ou
hidróxido de alumínio.
Águas servidas industriais
 Problema mais complexo e mais difícil que
o tratamento de esgotos devido a grande
diversidade de contaminantes químicos de
cada tipo de instalação industrial.
 Rejeitos ácidos ou básicos são
neutralizados
 Rejeitos com matéria orgânica são
tratados como os esgotos
 Resta o problema dos rejeitos dos
tratamentos feitos para tratar a água
servida.

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