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Direitos Humanos e

Diversidade
“...temos o direito a ser iguais quando a
nossa diferença nos inferioriza; e temos
o direito a ser diferentes quando a nossa
igualdade nos descaracteriza. Daí a
necessidade de uma igualdade que
reconheça as diferenças e de uma
diferença que não produza, alimente ou
reproduza as desigualdades.”
(Boaventura Souza Santos)
Simone de Beauvoir:

“Ninguém nasce
mulher: torna-se
Mulher”
Gênero
O conceito de gênero se refere a padrões de
MASCULINIDADE e FEMINILIDADE
construídos social e culturalmente a partir das
diferenças biológicas entre homens e mulheres.
Essa construção é histórica, o que significa que
esta em constante processo de mudança.
Gênero não é um
problema do campo da
sexualidade.
O sexo era ainda tomado como natural no
sentido de ser um destino que acabaria por
fundar o gênero. O sexo era ainda tomado
como natural no sentido de ser um destino que
acabaria por fundar o gênero. O sexo era a
verdade da natureza, como muito ainda
pensam no âmbito do senso comum. A idea de
gênero veio dar conta do caráter produzido da
sexualidade.
A ideia de gênero veio dar conta do
caráter produzido da sexualidade.
Esse essencialismo com que se
costumava ver o sexo já havia posto
em questão por Beauvoir, Foucault
em a História da Sexualidade, a
sexualidade foi produzida por um
tipo de discurso.
Nem sexualidade, nem sexo seriam
verdades essenciais, mas apenas
construções históricas. Tratar o
discurso como natural sempre é
estratégia do poder.
Judith Butler:
• As palavras provocam ações e atuações.
Que as palavras agem. Que todas as teorias
existentes causam algo em sujeitos
concretos. E que a teoria da própria autora
faz o mesmo, não esconde o que faz. Nesse
sentido, ela sabe que está provocando. E
quem ela provoca?
O Poder. O poder, enquanto este
se confunde com a verdade com a
“verdade” sobre algo como
identidade sexual de gênero.
As pessoas nascem biologicamente dos sexos
masculino e feminino. Mas a sociedade utiliza-se da
cultura para criar concepções masculinas e
femininas e assim perpetuar estereótipos.

Feminilidade Masculinidade
Fragilidade Força
Medo Coragem
Sensibilidade Insensibilidade
Organização Desorganização
Delicadeza Rudeza
Intuição Racionalidade
Futilidade Seriedade
IDENTIDADE DE GÊNERO

“O conceito de identidade de gênero está ligado


profundamente a experiência interna e
individual do gênero de cada pessoa, que pode
ou não corresponder ao sexo atribuído no
nascimento. Incluem- se o senso pessoal do
corpo (que pode envolver, por livre escolha,
modificação da aparência ou função corporal
por meios médicos, cirúrgicos e outros) e
outras expressões de gênero (vestimenta, modo
de falar etc.)”

Fonte: Princípios de Yogyakarta


IDENTIDADE SEXUAL
Travestis
Lésbicas Transexuais

L G B T

Gays Bissexuais
CONCEITO
-Homossexualidade: raiz grega (homo =
semelhante) e de uma raiz latina (sexus)
“sexualidade semelhante” ou sexualidade
exercida com uma pessoa do mesmo sexo

-GAY: “alegre”, relativo à


homossexualidade, aquele que sente
atração sexual e/ou mantém relação
amorosa com indivíduo do mesmo sexo.
(Dicionário Houaiss);

-LÉSBICA: Mulher que tem preferência


sexual por ou mantém relação afetiva
e/ou sexual com pessoa do mesmo sexo;
lésbia, lesbiana, safista. (Dicionário Houaiss)
BISSEXUAL: relativo a, comparável com,
ou que abrange ou reúne os dois sexos;
ambisséxuo, aquele que sente atração
por, ou que mantém relações sexuais com
indivíduos tanto do sexo masculino
quanto do feminino. (Dicionário Houaiss)

É importante destacar que a bissexualidade NÃO


SIGNIFICA QUE a pessoa esteja indecisa quanto ao sexo
que prefere, que seja mais promíscua ou que procure a
bigamia em suas relações amorosas. O/a bissexual tem a
mesma capacidade de fidelidade e estabilidade que
pessoas de outras orientações sexuais.
TRANSEXUAL: aquele/a que tem a convicção de
pertencer ao sexo oposto, cujas características
fisiológicas aspira ter ou já adquiriu por meio de
cirurgia; relativo à mudança de sexo. (Dicionário
Houaiss)

TRAVESTI: É quem assume características físicas


e psicossociais atribuídas ao sexo oposto.
Identificar-se e agir com modos do sexo oposto
não significa a negação do sexo genital. Por isso,
a travesti não se interessa por uma
transformação cirúrgica, como as transexuais.
Mas modifica o corpo, principalmente nos seios,
nádegas, coxas através do uso de hormônios e
silicones. (Grupo Dignidade – RS)
PAPEIS SEXUAIS
-Como me comporto
-Comportamentos considerados
masculinos e femininos
-Variam de época e cultura
-São determinados pela sociedade e
estão em constante transformação
ORIENTAÇÃO DO
DESEJO SEXUAL

-Quem nos atrai eroticamente


(afetivo e sexualmente)

NÃO É OPÇÃO!
É uma expressão da sexualidade
espontânea.
HISTÓRIA DA
HOMOSSEXUALIDADE
-Fenômeno que existe desde as origens da
história humana e que sempre existiu em toda
parte
-É diversamente interpretada, diversamente
admitida, diversamente explicada, mas
nenhuma sociedade a ignorou
-Não pertence ao domínio da patologia nem ao
da delinqüência.
-É essencialmente um fato de Civilização, Fato
Social e um Fato Humano
A mais celebre é a Grécia.
O tipo de homossexualidade era a pederastia.
Adulto educava o efebo (jovem), amor à pátria,
respeito às leis e aos deuses, os deveres relativos à
sociedade. O adulto esforçava-se para ser ele mesmo
o modelo de virtude, honestidade e de retidão moral.
Este sistema era chamado de “eroto-Pedagogia”.

Romanos e Árabes

África e Oceânia

Índios da América do Norte e Sul


Nossos Dias
Sociedades religiosas e
tradicionalistas.

Seitas protestantes permanecem


violentamente opostas à
homossexualidade.
Homofobia
= igual = medo

É o termo usado para medo, aversão ou


ódio irracional a gays, lésbicas, travestis
e transexuais

É a causa primária da discriminação,


atitudes de repulsa e violências
contra homossexuais
Ainda nos dias de hoje...

Um homossexual é assassinado a cada 3


dias no Brasil, sendo 69% gays, 29%
travestis e 2% lésbicas

De 1988 a 2000 foram catalogados 1.851


assassinatos, dos quais só 5% foram
elucidados
Violência Homofóbica por Estado
Em 2012, em Pernambuco, foram registradas 115
denúncias referentes a 228 violações relacionadas à
população LGBT pelo poder público, sendo que em
maio houve o maior registro, de 13 denúncias. Houve
um aumento de 121% em relação a 2011, quando
foram notificadas 52 denúncias. O gráfico abaixo
apresenta o número de violações no estado por tipo
de violência.
Professores, pais e alunos não
querem homossexuais na sala
de aula
30,1% não gostariam de ter colega
homossexual (45%H 22%M)

46,4% dos pais não querem um colega na


sala de aula (60%H e 42,7%M)

4% dos corpo técnico não querem aluno


homossexual na sala (5,8%H e 3,1%M)
Maiores Violências
Entre as Meninas
1º – Atirar em alguém
2º - Estuprar
3º Bater em um homossexual
Entre os Meninos
3º – Usar droga
4º - Roubar
5º - Andar armado
6º - Bater em um homossexual
Direitos
1985: o Conselho Federal de Medicina do
Brasil passa a desconsiderar o artigo 302.0,
da classificação Internacional de Doenças
(CID), onde considerava-se a
homossexualidade como doença.
1998: nova lei alemã prevê a suspensão das
sentenças nazistas promulgadas contra
homossexuais em base ao parágrafo 175 da
legislação penal do ano de 1871.
2001: o INSS amplia a resolução que prevê o
pagamento de pensão a viúvos de casamentos
homossexuais.

2002: o Recife torna-se o primeiro município do Brasil a


incluir no benefício da concessão de pensão, em caso
de morte, os companheiros e filhos dos servidores
públicos homossexuais.

2002 - Lei 16.780 pune a discriminação por orientação


sexual no município do Recife;

2004: Lei 17.025 também de abrangência do município


de Recife pune “qualquer ato discriminatório ao
homossexual, bissexual ou transgênero”.
Em Pernambuco
Em abril de 2008 o Estado de Pernambuco realizou a I Conferência
Estadual LGBT com o título: “Direitos Humanos e Políticas Públicas para
garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e
Transexuais”.

Em outubro/2009 a FUNAPE (órgão que regulamenta as aposentadorias e


pensões) estende o benefício previdenciário para companheiros/as de
homossexuais em caso de morte;

Em novembro/2009 o Governador cria a Assessoria Especial para


Diversidade Sexual

Em dezembro/2009 o Estado firma parceria com a ONG Movimento Gay


Leões do Norte para continuidade das ações do Centro de Referência de
Combate a Homofobia.
“Ninguém vive bem sua sexualidade numa
sociedade tão restrita, hipócrita e falseadora de
valores; uma sociedade que viveu a experiência
trágica da interdição do corpo com repercussões
políticas e ideológicas indiscutíveis; uma sociedade
que nasceu negando o corpo.
Viver plenamente a sexualidade sem que esses
fantasmas, mesmo os mais leves, os mais meigos
interfiram na intimidade do casal que ama e que faz
amor é muito difícil.
É preciso viver relativamente bem a sexualidade.
Não podemos assumir com êxito pelo menos
relativo, a paternidade, a maternidade, o
professorado, a política, sem que estejamos mais
ou menos em paz com a sexualidade”.

PAULO FREIRE
CREAS REGIONAL SERTÃO DO PAJEÚ
e-mail creas.sertaodopajeu@sedsdh.pe.gov.br
Telefone: 87 38384245/ 87 99325106

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