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Movimento missionário de saída

no pontificado de Francisco
34ª Semana Teológica
Francisco Beltrão, 19 de julho de 2017
BUSCANDO UMA NOVA POSTURA
MISSIONÁRIA
VISÃO TRADICIONAL DE PASTORAL
DOIS MODELOS TRADICIONAIS DE MISSÃO
• “Plantatio Ecclesiae”, ou “plantação da Igreja”;
• Expansão geográfica da Igreja: braço religioso do colonialismo;
• Missão como “conquista”: a “cruz” e a “espada”;
• Cristianismo como uma cultura determinada: a “cristandade”;
• Igreja como “sociedade perfeita”;
• Igreja era vista como organização mundial, centralizada no Papa,
com circunscrições locais (visão jurídico-administrativa)

“SEITAS” CONQUISTAR PROSÉLITOS


Conferência de Aparecida: o
apelo por uma nova postura
Não resistiria aos embates do tempo uma fé católica reduzida a uma bagagem, a
um elenco de algumas normas e de proibições, a práticas de devoção
fragmentadas, a adesões seletivas e parciais das verdades da fé, a uma
participação ocasional em alguns sacramentos, à repetição de princípios doutrinais,
a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados. Nossa
maior ameaça “é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual,
aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se
desgastando e degenerando em mesquinhez”. A todos nos toca recomeçar a partir
de Cristo, reconhecendo que “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou
uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa,
que dá novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva.” (§12)
Novos cenários para a
evangelização
“... Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam
maior preocupação com as consequências sociais,
culturais e políticas da fé do que com a própria fé,
considerando esta como um pressuposto óbvio da sua
vida diária.
Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas
frequentemente acaba até negado.
Enquanto, no passado, era possível reconhecer um
PORTA FIDEI tecido cultural unitário, amplamente compartilhado
no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela
inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes
setores da sociedade devido a uma profunda crise de
fé que atingiu muitas pessoas.” (§2)
“IGREJA EM SAÍDA”
RENOVAÇÃO DO MANDATO MISSIONARIO DA
IGREJA
“Vão e façam discípulos todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos tenho
ordenado. Eis que estarei com vocês até o fim dos tempos” (Mt 28, 19-20)
A “MISSIO DEI”
• O Vaticano II nos ensina que a Missão não é simplesmente uma
atividade da Igreja, nem se reporta apenas a uma expansão geográfica
da fé católica;
• A missão da Igreja tem origem na “missão de Deus”, ou Pai que envia o
seu Filho amado, no Espírito Santo: “A Igreja peregrina é, por sua
natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio
de Deus Pai, na «missão» do Filho e do Espírito Santo.” (AG 2);
• Todas as atividades da Igreja tem uma intrínseca natureza missionária:
“a ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja” (EG 15);
• Progressivamente, ao longo dos anos, frente a uma sociedade global
cada vez mais complexa, a Igreja é levada a repensar toda sua ação
evangelizadora a partir dessa nova concepção de missão;
“A ALEGRIA DO EVANGELHO É UMA ALEGRIA
MISSIONÁRIA”
“Esta alegria é um sinal de
que o Evangelho foi
anunciado e está a frutificar.
Mas contêm sempre a
dinâmica do êxodo e do dom,
de sair de si mesmo, de
caminhar e de semear sempre
de novo, sempre mais além.”
(§21)
A POTENCIALIDADE DA PALAVRA DE DEUS
“O Reino de Deus é semelhante a um
homem que lança a semente sobre a
terra. Noite e dia, estando ele dormindo
ou acordado, a semente germina e
cresce, embora ele não saiba como. A
terra por si própria produz o grão:
primeiro o talo, depois a espiga e, então,
o grão cheio na espiga. Logo que o grão
fica maduro, o homem lhe passa a foice,
porque chegou a colheita.” (Mc 4, 26-28)

“liberdade incontrolável da Palavra” (EG §22):“iniciar processos” de


renovação e transformação de pessoas e grupos que vão muito além
de nossas expectativas e previsões;
COMUNHÃO MISSIONÁRIA
“...anunciar o evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as
ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo.”
• “primeirear”: tomar a iniciativa;
• Envolver-se: entrar na vida diária;
• Acompanhar: a paciência de quem acompanha o passo do outro;
• Frutificar: discernir os valores e valorizar os avanços e conquistas;
• Festejar: celebrar, “a evangelização jubilosa torna-se beleza na
liturgia”;
(§ 23-24)
MISSÃO COMO GRAMÁTICA DA FÉ
A dimensão missionária, que pertence à própria
natureza da Igreja, é intrínseca também a cada forma
de vida consagrada, e não pode ser transcurada sem
deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não
é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz
parte da «gramática» da fé, é algo de imprescindível
para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que
sussurra «vem» e «vai».
Papa Francisco, “Mensagem do Dia Mundial das Missões – 2015
O ANÚNCIO DO EVANGELHO NUMA IGREJA
EM SAÍDA MISSIONÁRIA
PRESSUPOSTOS PARA UMA NOVA
EVANGELIZAÇÃO
• Igreja Peregrina como Povo de Deus
• INCULTURAÇÃO: um único Evangelho em
diferentes culturas;
• SENSUS FIDEI e SENSUS FIDELIUM;
• Piedade popular (sabedoria do povo na
vivência da fé)
• De pessoa para pessoa
IGREJA: POVO DE DEUS A CAMINHO
• É mais do que uma instituição orgânica e hierárquica: tem a sua
concretização histórica num povo peregrino e evangelizador, que
sempre transcende toda a necessária expressão institucional. (§ 111)
• UMA SALVAÇÃO QUE É DADA PARA TODOS: “Escolheu convocá-los
como povo, e não como seres isolados. Ninguém se salva sozinho, isto
é, nem como indivíduo isolado, nem por suas próprias forças.” (§ 113)
• Este povo que Ele convocou é a IGREJA: “A Igreja deve ser o
lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam
sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a
viverem segundo a vida boa do Evangelho”. (§ 114)
INCULTURAÇÃO: UM POVO COM MUITOS ROSTOS
A BELEZA DE UM ROSTO PLURIFORME

• Por uma genuína catolicidade: “O cristianismo não dispõe de um único


modelo cultural, mas «permanecendo o que é, na fidelidade total ao
anúncio evangélico e à tradição da Igreja, o cristianismo assumirá também
o rosto das diversas culturas e dos vários povos onde for acolhido e se
radicar». (§ 115)
• Tentação de cair na “vaidosa sacralização” de nossa própria cultura: “Na
evangelização de novas culturas ou de culturas que não acolheram a
pregação cristã, não é indispensável impor uma determinada forma
cultural, por mais bela e antiga que seja, juntamente com a proposta do
Evangelho”. (§ 117)
• Expor a verdade de Cristo partindo da cultura e tradições locais.
TODOS SOMOS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS
• Os fiéis possuem um instinto da fé (o SENSUS FIDEI), que os ajuda a
discernir o que vem realmente de Deus. (§ 119)
• Todo batizado é sujeito ativo da evangelização, e não mero
recipiente passivo: a Nova Evangelização implica no protagonismo
de cada um e de todos os batizados.
• SENSUS FIDELIUM (sentir como Igreja): a participação de cada
batizado na condução dos caminhos da IGREJA.

“O sensus fidei impede que se separe rigidamente entre


Ecclesia docens e Ecclesia discens, já que o Rebanho também
possui um 'faro' próprio para discernir as novas estradas que o
Senhor descerra à Igreja” (17/10/2015)
A RELIGIOSIDADE POPULAR
• Atividade missionária espontânea do
Povo de Deus: “Quando o Evangelho se
inculturou num povo, no seu processo de
transmissão cultural também transmite a
fé de maneira sempre nova.” (§ 122)
• Na PIEDADE POPULAR pode-se ver como
a fé se encarnou historicamente, e
continua a se transmitir, como
testemunho popular da evangelização
como inculturação.
Sentir como Igreja: É «uma maneira legítima de viver
a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e uma
forma de ser missionários» (§ 124)
RELIGIOSIDADE POPULAR
O olhar do BOM PASTOR: “Só a partir da conaturalidade afetiva que dá o
amor é que podemos apreciar a vida teologal presente na piedade dos povos
cristãos, especialmente nos pobres.” (§ 125)

• LUGAR TEOLÓGICO a que


prestar atenção em tempos de
Nova Evangelização: “por ser
fruto do Evangelho
inculturado, subjaz uma
força ativamente
evangelizadora que não
podemos subestimar: seria
ignorar a obra do Espírito
Santo.” (§ 126)
O CAMINHO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO
• De pessoa para pessoa: “É a pregação informal que se pode realizar
durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando
visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar
aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer
lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho.” (§ 127)
• “...nos países onde o cristianismo é minoria, para além de animar cada
batizado a anunciar o Evangelho, as Igrejas particulares devem promover
ativamente formas, pelo menos incipientes, de inculturação.” (§ 129)
• Uso dos CARISMAS: quanto mais dirigido ao coração do Evangelho, mais
eclesial ele será.
• Âmbitos específicos: universidades, MCS, meio artístico...
A PREGAÇÃO

• HOMILIA (§ 135-144)
• Conversa de mãe
• Preparação da pregação
• Leitura espiritual
• A escuta do povo
• Recursos pedagógicos
UMA EVANGELIZAÇÃO PARA
APROFUNDAMENTO DO QUERIGMA
MISSÃO E INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
ANÚNCIO IMPLÍCITO E ANÚNCIO EXPLÍCITO

• Caminho de evangelização: “o primeiro anúncio deve desencadear


também um caminho de formação e de amadurecimento. A
evangelização procura também o crescimento, o que implica tomar
muito a sério em cada pessoa o projeto que Deus tem para ela,” (§
160)
• A catequese como caminho de aprofundamento: “anúncio ou
querigma, que deve ocupar o centro da atividade evangelizadora e
de toda a tentativa de renovação eclesial.” (§ 164)
MISSÃO E INICIAÇÃO À VIDA
CRISTÃ
PROCESSO PEDAGÓGICO
COMUNIDADE EVANGELIZADORA
o caminho de formação do discípulo missionário
SABER ACOMPANHAR
• “A Igreja deverá iniciar os seus membros – sacerdotes, religiosos e leigos
– nesta «arte do acompanhamento», para que todos aprendam a
descalçar sempre as sandálias diante da terra sagrada do outro (cf. Ex 3,
5). Devemos dar ao nosso caminhar o ritmo salutar da proximidade, com
um olhar respeitoso e cheio de compaixão, mas que ao mesmo tempo
cure, liberte e anime a amadurecer na vida cristã.” (§ 169)
• Exercitar na ARTE DE ESCUTAR, como uma forma de acompanhar e «uma
pedagogia que introduza a pessoa passo a passo até chegar à plena
apropriação do mistério». (§ 171)
“OS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS ACOMPANHAM OS
DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS” (§173)
PRATICANTES DA PALAVRA

“Não é só a homilia que se deve


alimentar da Palavra de Deus. Toda a
evangelização está fundada sobre esta
Palavra escutada, meditada, vivida,
celebrada e testemunhada. A Sagrada
Escritura é fonte da evangelização. Por
isso, é preciso formar-se continuamente
na escuta da Palavra. A Igreja não
evangeliza, se não se deixa
continuamente evangelizar.” (§ 174)

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