Sie sind auf Seite 1von 136

DEPÓSITOS DE OXIDO DE FE-COBRE-

OURO (IOCG): O EXEMPLO DAS


OCORRÊNCIAS DE IPAPORANGA-
ARARENDÁ,CE
CLOVIS VAZ PARENTE *
*Departamento de Geologia-UFC
Fernando Tornos 2015
Depósitos IOCG:
Evolução dos Conceitos
 Classe relativamente nova de depósitos minerais, tendo surgido
em 1975, quando da descoberta do depósito de Olympic Dam
(Austrália), abaixo de uma cobertura sedimentar de 350m de
espessura
 Mega depósito de óxido de Fe-Cu-Au associado a rochas graníticas e
vulcânicas brechadas e alteradas hidrotermalmente, com
enriquecimento em elementos menores e polimetálicos (F, P, Cu, Au,
Ag, U, Ba, REE, Bi, Co, Nb, P)
 Reserva da ordem de 2 bilhões de toneladas, com teores: 1,6% de Cu;
0,6g/t de Au, 3,5g/t de Ag, 0,6kg/t de óxido de U)
 1975 – Olympic Dam –Austrália (Roberts & Hudson 1983)
 1980 - Starra –Austrália
 1987- Candelaria, Chile
 1988- Osborne –Australia
 1991- Ernest Henry- Australia
 1996 – Alemão, Carajás-Pará
1997 - Sossego, Igarapé Bahia, Cristalino, Carajás-Pa
 2004* – Jaibaras, Ceará
 2008* Orós
 2015- Ararendá, Ceará
 Fontes: Hitzman et al.1992, Barton & Johnson 1996; 2000; 2004; Hitzmam 2000; Porter 2000;
Subdivisão dos depósitos IOCG
2 sub-grupos que se diferenciam em termos de ambiente
tectônico, relação espacial com os plutons graníticos e tipologia do
minério.

 Sub-grupo rico em elementos  Sub-grupo rico em Fe-P,


menores e polimetálicos (F, Cu, conhecido como tipo Kiruna
Au, Ag, U, Th, Co, Ba, e LREE)
tipo Olympic Dam, conhecido
como IOCG
Outras classificações para os depósitos magmático-hidrotermais
ricos em óxidos de ferro e cobre (Gandhi 2003)
Willians et al. 2005 consideram que os depósitos do tipo IOCG exibem em geral:

(1) Cu with or without Au as economic metals;

(2) hydrothermal vein, breccia, and/or replacement ore styles,


characteristically in specific structural sites;

(3) abundant magnetite and/or hematite though some districts contain


cogenetic deposits in which host-rock influences appear to have suppressed
the formation of Fe oxides ;

(4) iron oxides which have low Ti contents compared to those in most
igneous rocks;

and (5) absence of clear spatial associations with igneous intrusions, such
as those which characterize porphyry and skarn ore deposits.
Groves et al. 2010
 Para Williams et al. (2005) and Groves et al. (2010) the
IOCG designation be restricted to deposits with
economic copper and/or gold (so called “sensu stricto”
IOCG),
Depósito tipo Olympic Dam
 classificação empírica -p/ex. Willians et al
2005 e Groves et al.2010)
 Depósitos minerais ricos em Fe-Cu e Au de
origem hidrotermal;
 Dominados por hematita e magnetita
(>10%), pobres em Ti, e/ou silicatos ricos
em Fe (grunerita, actinolita Fe, fayalita);
 São controlados estruturalmente;
 Ocorrem na forma de brechas, veios, corpos
lenticulares maciços e disseminados, com
enriquecimento em sulfetos de Cu (calcopirita-
bornita-calcocita e pirrotita) e elementos
menores (F, P, Au, Ag, U, LREE).
 Os sulfetos de Cu são em geral pós-fase óxido de
Fe
 São desprovidos de venulação de quartzo ou
silicificação
 Relação temporal com magmatismo é comum,
mas não necessariamente com intrusões
proximais, como o caso dos sistemas de Cu-Au
pórfiros, skarns, etc) (exemplos. Olympic Dam,
Ernest Henry and Candelaria).
 Chen 2013, baseado :
 1-na composição do S- Fonte externa (pré-requisito
básico para formar esses depósitos )
 2-a Temperatura de formação de filões de óxidos de
ferro (e.g., Alta Temperatura 450–>750 °C)
 3- relatively higher fO2 (up to the magnetite-pyrite
oxygen buffer) than later Cu\Au mineralization stages
 Considera que estas condições impedem a saturação de
sulfetos de Cu, tornando-se o Fe representado por
óxidos de Fe, e não formaria depositos IOCG.
Em 2013, CHEN apresenta as seguintes considerações
IOCG deposits could be possibly redefined as a clan of Cu (\Au\Ag\U)
deposits containing abundant hypogene iron oxide (magnetite and/or
hematite), in which externally-derived sulphur is probably a
prerequisite for the Cu (\Au\Ag\U) mineralization.
In this definition, all “Kiruna-type” magnetite deposits, hydrothermal
iron deposits and magnetite rich porphyry Cu\Au and skarn Cu\Au
deposits are excluded.
 Além de abundante Oxido de Ferro e envolvimento de Enxofre Externo,
a maioria dos depósitos IOCG exibe várias feições em comuns:
 (1) with the exception of Phalaborwa, orebodies are commonly
 controlled by faults (shear zones and normal faults);
 (2) many with location on a basin margin;
 (3) hydrothermal breccias;
 (4) regional Na (±Ca) alteration;
 (5) Cu (\Au) mineralization associated with K (±Cl±Ca) alteration;
 (6) alteration zonation unrelated to local intrusions; and
 (7) low-Ti magnetite.
H. Chen / Ore Geology Reviews 51 (2013) 74–78
Alteração Hidrotermal
 As rochas hospedeiras da
mineralização são fortemente
alteradas hidrotermalmente.

• Alteração sódica e calcio-sódica, em


níveis mais profundos;
• Alteração potássica, em níveis
intermediários, superimpostas por
metassomatismo Fe (magnetização);

• Ateração fílica (sericitização e


silicificação) em níveis superficiais ou
hidrolítica (sericítica/silicosa ou
sistema hematítico-sericítico), em
níveis rasos - fluidos meteóricos;

 Acompanhando estas alterações,


sobretudo, as tardias, tem-se uma forte
sulfetação - calcopirita e bornita.
Minério magnetítico parcialmente substituído
por calcopirita, Starra, Austrália

Brecha Hematítica-sericitica com calcocita-


bornita-calcopirita. Olympic Dam, Austrália

Minério Magnetítico com Calcopirita-Pirita e


veio de fluorita. Cloncurry District, Austrália.
High-grade disseminated chalcopyrite
High-grade bornite–chalcocite mineralisation
mineralisation hosted within
hosted by haematite–
both clasts and matrix of a haematite-rich
granite breccia. (Photo 48176)
breccia. (Photo 48177)
 Controles da Mineralização :
 Forte controle estrutural –(falhas ou zonas de
cisalhamento) embora controle litológico e/ou
estratigráfico seja também importante (e.g. Candelaria).

 A maior parte dos depósitos encontra-se hospedado em


rochas afetadas por sistemas ou zonas de cisalhamento
dúcteis-frágeis em depressões tectônicas do tipo graben
e/ou riftes submetidos a movimentos transcorrentes e
extensionais

 Podem agrupar-se ao longo dos cisalhamentos por mais de


100 km de comprimento e >10km de largura
Regional-scale Proterozoic IOCG-mineralized breccia
systems:
examples from the Wernecke Mountains, Yukon, Canada
Sistema de brechas mineralizadas do tipo IOCG: Brechas Werneck, Canada -Hunt et
al. 2005
ROCHAS ENCAIXANTES- Muito variável: Rochas graníticas, rochas vulcânicas andesíticas, rochas
meta-básicas e (meta)siliciclásticas, relativamente oxidadas
Subtipo Kiruna
 São ricos em Fe-P;
 Formam-se em níveis
profundo, associados com
sequências vulcânicas e
subvulcânicas felsicas e
máficas;
 Ocorrem como filões maciços,
tabulares ou de forma
irregular.
 São afetados por alteração
sódica e cálcio-sódica.
 Fluidos mineralizantes com
alta temperatura, salinos,
oxidado e baixo teor de S.
Sub-tipo kiruna (ricos em Fe-P)
 Principais características

 A- Correspondem a depósitos ricos em magnetita pobre em Ti, rico em apatita (até


20%) e pobres em sulfetos
 B- formam-se em níveis mais profundos, normalmente, associados com sequência
vulcano-subvulcânica félsicas e máficas em ambientes exensionais ao longo de
zonas de cisalhamento ou não,
 C-O minério ocorre na forma de filões maciços, tabulares ou mesmo na forma de
corpos irregulares intercalado na parte superior da associação vulcano-subvulcano
 D- A associação magmática vai de alcalina a cálcio-alcalina
 E- São afetados por grandes volumes de alterações do tipo sódica e cálcio-sódicas e
antes dos depósitos do sub-tipo IOCG. Alguns depósitos exibem albita e escapolita
junto a epidoto e actinolita junto às rochas máficas alteradas,
 F- os fluidos mineralizantes são relativamente de alta temperatura, salinos,
oxidados e com baixo teor em S, indicando fontes magmáticas ou misturas de
fluidos magmáticos com fluidos bacinais altamente salinos.
 Ex: Depósito de Kiruna, Suécia, os depósitos do Distrito Missouri (EUA) e o
depósito El Romero no Chile, entre outros.
Principais depósitos tipo IOCG
 Brasil: Carajás (Arqueano) – Salobo, Cristalino, Sossego e Alemão

 Austrália: Craton Gawler (Olympic Dam) e distrito Conclury


(Ernest Henry) – (Paleoproterozóico a Mesoproterozóico)

 Chile: cinturão costeiro batolítico (Jurássico – Cretáceo)


Candelária – Punta del Cobre e Manto Verde
PRINCIPAIS DEPÓSITOS TIPO IOCG da Austrália
PRINCIPAIS FEIÇOES DO DEPÓSITO OLYMPIC DAM
(Segundo Williams et al. 2005
Ocorre em um complexo de brecha
(complexo diatrema) alterado
hidrotermalmente de 7 x 5km na porção
apical do Granito Anorogênico Roxby
Downs de composição quartzo-sienítica e
idade 1588Ma
As brechas são heterolíticas, ricas em ferro,
com fragmentos de granitos hematitizados,
rochas vulcânicas, sedimentares e de
sulfetos
Todas as brechas são cortadas por diques
félsicos, máficos e ultramáficos
aproximadamente sincrônico com o Granito
Roxby Downs, indicando que o
magmatismo, brechação e
mineralizaçãoforam contemporâneos
Alteração hidrotermal dominante-Sericita-
hematita±clorita±quartzo±siderita.
Magnetita é subordinada e ocorre em maior
profundidade
PRINCIPAIS FEIÇOES DO DEPÓSITO OLYMPIC DAM (Cont.)
 Mineralização é polimetálica, contendo
Alteração calcocita, bornita, calcopirita, petchblenda,
argentita, ouro e minerais ricos em REE e
hidrotermal ocorre associada à zona rica em brecha
heterolitica e hematítica em volta de um
dominante-Sericita- núcleo quarzto-hematítico maciço estéril

hematita±clorita±quart  Origem da mineralização: Mistura de dois


zo±siderita. 
fluidos
- um magmático e moderadamente oxidado
 Magnetita é a reduzido contendo , Fe, K ±Cu-Au±H2S,
proveniente de exsolução do magma
subordinada e ocorre granítico;
em maior profundidade  um meteórico e/ou conato e oxidado
(hematita estável), que se misturou com os
fluidos magmáticos durante os últimos
estágios da mineralização, desestabilizando
os agentes complexantes, causando a
precipitação dos sulfetos metálicos junto
 com os óxidos de ferro na interface entre os
fluidos.
Vista em Planta do depósito Olympic Dam
DISTRIBUIÇÃO DOS DISTRITOS DE IOCG E IMPORTANTES
DEPÓSITOS MUNDIAIS
DISTRIBUIÇÃO DOS DISTRITOS DE IOCG E IMPORTANTES
DEPÓSITOS MUNDIAIS (segundo Groves et al. 2010)
Idade e Ambiente Geológico
1- Idade - Arqueano-Proterozóica – Ambiente tectônico extensional em áreas cratônicas (riftes ou margem
continental rifteada)- associação com rochas ígneas variadas (félsicas e máficas ) e rochas metassedimentares
2- Idade Fanerozóica – Grandes estruturas lineares paralelas ao arco vulcano-plutônico de margem continental
tipo Andino(evento extensional ou transtensional ao longo de margem continental rifteada e bacias de colapso
orogênico intracontinental).
Distribuição no tempo e recursos

Fonte : Williams et al. 2005


Au grade and tonnage characteristics of VHMS, porphyry Cu and IOCG
deposits from Kirkham and Sinclair (1996), Galley et al. (2005)
Reservas econômicas
IOCG: fluidos
 Dois tipos de fluidos se destacam :

 A- Fluidos Magmáticos Hipersalinos , 350-500°C, ricos


em CO2, com estado de oxidação intermediário a
reduzido (magnetita estável), Fe, K ±Cu-Au±H2S,
proveniente de exsolução de magmas;

 B- Fluidos de moderada salinidade, 150-250°C e


oxidado (hematita estável), que podem representar
fluidos conatos e/ou meteóricos que se misturaram
com os fluidos magmáticos hipersalinos durante os
últimos estágios da mineralização.
 Metais provenientes de magma subjacente ou de
reação com encaixantes ou com outros fluidos
Depósitos de IOCG- tipos de fluidos
Tempratura de formação e salinidade dos
fluidos
Composição isotópica dos fluidos
ASPECTOS GENÉTICOS
 Modelos em discussão: nenhum esquema de classificação é aceito
universalmente e nem explica satisfatoriamente a diversidade de características
encontradas nesses depósitos hidrotermais ricos em óxido de Fe (Barton &
Johnson 2000)

 Duas proposições se destacam :


1- Fonte magmática : Magmas graníticos ricos em voláteis enriquecidos em
elementos incompatíveis (e. g. intrusões félsicas tipo A, ricas em álcalis) controlados
por estruturas crustais profundas, relacionados com eventos de rifteamento crustal
de escala global (Hitzman et al. 1992, Pollard 2000). Uma fonte de enxofre externa é
requerida para precipitação dos metais, se os fluidos magmáticos são pobre em S;
nesse caso introduced by magmatic assimilation of metasedimentary units
 2-Fonte não magmática
 → sedimentar : (modelo de bacias rasas envolvendo salmoura evaporítica em
bacias extensionais ricos em Na-Ca) para explicar a mineralização pobre em
sulfetos, rica em óxidos, baixa razão S/Fe e a vasta extensão da alteração
hidrotermal sódica (albitização) das rochas encaixantes (Barton & Johnson
2000; Haynes 2000). O papel das intrusões é induzir a convecção termal das
salmouras não magmáticas (e.g. Barton & Johnson 2000, 2004; Haynes 2000);
Fonte externa from either surficial basinal brines and seawater (e.g., Central Andean,
Olympic Dam and Carajas IOCG deposits:
→tectono-metamórfica : mistura de fluidos oriundos de devolatização por ocasião
do metamorfismo com outros fluidos hidrotermis ou supergênicos de baixa
temperatura (formation water and metamorphic fluids (e.g., the Cloncurry deposits:
Modelo Genético
Relações e comparação com outros depósitos
Zonas de alteração, tipos de fluidos e mineralizações
associadas em depósitos IOCG (e.g. Chen 2013)

Carton illustrating the settings of IOCGdeposits. Alteration zoning in IOCG deposits is summarized fromWilliamset al.
(2005). RegionalNa\Ca orNa alteration commonly precedes mineralization, while potassic alteration and hydrolytic
(sericite–chlorite) alteration are usually mineralization-related. 1) Ca-metasomatism dominates the La Candelaria-Punta del
Cobre district. 2) Na\Ca alteration widespread in the Cloncurry district, whereas Na-alteration dominates the Central
Andean IOCG centres. NB. Under conditions of high thermal gradient/heat-flow, the Y-axis will be compressed. The
thicknesses of arrows indicate the relative contributions of different fluid sources. Basinal brines or seawater are
probablymore oxidized than magmatic and metamorphic fluids.
Sondagem incial em Olympic Dam
Mina de Olympic Dam
Mina de Kiruna
Principais Unidades tectônicas da América do Sul
(modificada de Hasui & Almeida 1985)
Esboço das Províncias geocronológicas do Craton
Amazônico

• Cráton Amazônico
(Guaporé e Guianas)
• Província Amazônica
Central

• Bloco Carajás-
Província Mineral
Carajás
Depósitos IOCG Brasileiros (Fonte: Elisabete Fonseca (CVRD- 2004
Província Mineral de Carajás
Dois blocos tectônicos arqueanos,
separados em parte por
megacisalhamento de direção WNW–
ESE.
1- O Bloco Rio Maria, localizado a
sul do cisalhamento, é mais antigo,
representado pelo Supergrupo
Andorinhas e alguns granitóides
intrusivos arqueanos (granitos Rio
Maria, Mogno e Parazônia. É dominado
por terrenos granito-greenstone belts
2- o Bloco Itacaiúnas, ao norte,
dominado pelo Supergrupo Itacaiúnas,
representado por seqüências
metavulcano-sedimentares
desenvolvidas em rifte intracratônico ou
margem continental rifteada. É neste
último que se concentram os grandes
Figura 2.9a – Mapa geológico simplificado da Província Carajás e a depósitos de Fe e Mn enriquecidos por
localização dos principais depósitos minerais de Cu-Au: 1- Depósitos processos supergênicos e os principais
Igarapé Bahia e Alemão; 2-Deposito Salobo; 3-Depósito Pojuca; 4- Cento
e Dezoito; 5-Sossego e Sequeirinho; 6-Cristalino. Os demais são depósitos depósitos de IOCG da Província Carajás,
de Ni (7), PGM (8); Au (9 e 10); Mn (11, 12 e 13); Fe (14, 15, 16 e 17) entre eles: Igarapé Bahia, Alemão
(reproduzida e modificada de Grainger et al. 2007 (complexo Bahia-Alemão), Sossego,
Salobo e Cristalino
Principais características dos depósitos de Carajás
 - Rochas hospedeiras diversas, na maioria dos casos incluindo unidades
metavulcano-sedimentares (metavulcânicas bimodais –metabasaltos-metariolitos,
anfibolitos, BIFs, metapiroclásticas, metagrauváquias e quartzitos ) do Supergrupo
Itacaiúnas de idade arqueana;
 - Zonas brechadas controladas por cisalhamentos dúcteis-frágeis;
 -Intensa zona de alteração hidrotermal, envolvendo metassomatismo Fe-
K±Na responsável pela formação de grunerita, faialita e óxidos de ferro (magnetita
e/ou hematita), com cloritização, turmalinização , escapolitização e
carbonatização associada;
 - O principal minério é geralmente calcopirita e bornita, seguida de pirita e
exibem um notável enriquecimento de As, Co, F (±Cl), LREE, Mo, P, Th , U e Au,
análogos aos descritos em depósitos da classe de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG)
em outras províncias mundiais(e.g.Williams et al. 2005).;
 - Proximidade ou recortados por intrusões de diferentes composições e
idade entre o Arqueano superior e Paleoproterozóico(granito, diorito, gabro e
diques porfiríticos de composição dacítica ou riolítica );
 - Formação de magnetita seguida por precipitação de sulfetos;
 - Um amplo intervalo de temperaturas de homogenização (100-570 °C) e
salinidades (0 a 69% eq. peso NaCl) em inclusões fluidas em minerais de ganga
relacionados aos minerais de minério .
MODELO DE RIFT
CONTINENTAL
Depósito Salobo
 RESERVAS
 789Mt ( 1.112 Bt) e teores
de Cu em torno de 0,96
(0,69%) e de Au 0,52g/t
(0,43 g/t)
 ASSOCIAÇÃO MINERAL-MINÉRIO

 Magnetita-bornita-calcocita e magnetita-
bornita-calcopirita com magnetita dominante
(Requia and Fontboté, 2000).
 Molibdenita, cobaltita, covelita, ouro e prata
ocorrem associado às rochas hospedeiras
xistosas com proporções proporções variáveis
de magnetita, grunerita, faialita, granada,
biotita, quartzo e plagioclásio
 and other minor deposits
 (Castanha, Bacaba, Visconde, Jatobá and Bacuri) under
 evaluation by VALE mining company
Depósitos Sossego e Sequeirinho (Fonte: Elisabete Fonseca (CVRD- 2004)

 Depósitos Sossego e
Testemunhos dos Depósitos Sossego e Sequeirinho
(Fonte: Elisabete Fonseca (CVRD- 2004)

 RESERVAS
 355 Mt, com 1.1% Cu e 0.28
g/t Au (Cordeiro, 1999;
Lancaster Oliveira et al.,
2000 in Grainger et al.
2007)
 ASSOCIAÇÃO MINERAL-MINÉRIO
 Brechas e stockworks cimentados
por calcopirita e magnetita, com
pirita subordinada e elevadas
concentrações de LREE, P, F, Y, U,
Th, Mo, Co e Ni (Marschik et al.,
2003
Fotografia de testemunho de sondagem de brecha mineralizada do
tipo Sossego com destaque para um grande clasto arredondado de
rocha granítica.

Fotomicrografia de cristal de magnetita (Mt) com


microfraturas preenchidas por calcopirita (Cpy).
Amostra F314/239,6m, corpo Sossego. (Luz refletida,
nicóis //)
Depósito Igarapé Bahia/Alemão (Fonte: Elisabete
Fonseca (CVRD- 2004)
 RESERVAS
 219Mt, com teor de Cu em
1,4% e 0,86g/t de Au (
 ASSOCIAÇÃO MINERAL-MINÉRIO
Brechas mono e heterolíticas
magnetíticas sulfetadas, suportadas por
matriz hidrotermal constituída por
calcopirita, bornita, magnetita, Fe-
clorita, Fe-hornblenda , actinolita, pirita,
molibdenita, digenita, calcita, siderita,
fluorita, ouro, minerais ricos em urânio e
minerais de REE
HISTÓRICO DOS MODELOS GENÉTICOS
 EXALATIVO
 Vulcanossedimentar exalativo – Estreita relação entre os sulfetos de Cu e magnetita, juntamente com as
assembléias minerais silicatadas (Hutchinson, 1979); Lindenmayer (1990), atribui o enriquecimento de ETR a
emanações exalativas que haviam lixiviado a crosta continental siálica;
 MODELO MISTO
 Cu associado a magnetita – singenético vulcano-exalativo – mineralização cuprífera associada a formação
ferrífera silicatada, metamorfisada à fácies piroxênio hornfels e alterada hidrotermalmente.
 As mineralizações de Au, Mo, U, F e ETR seriam provenientes de um sistema hidrotermal, instalado
juntamente com a colocação de um quartzo-sienito epizonal (1,88 Ga) (Lindenmayer & Fyfe, 1994);
 Ribeiro (1990), confirma o modelo misto e associa a fonte do ouro ao granito mais jovem (1,88 Ga).
 OLYMPIC DAM
 Os depósitos de Carajás seriam do tipo Cu-Au-U-ETR – Existência de alteração propilítica precoce e
potássica tardia, sendo as mineralizações relacionadas com granitóides de idade em torno de 2,6 Ga (Huhn &
Nascimento, 1997)
 Parr, M.G. (1998) - Usando o exemplo do Chile, os depósitos de rochas vulcânicas-bif-epiclásticos, formaram-se
tardiamente a um evento de subducção. Em Carajás essa hipótese é suportada pelo não ocorrência de
metamorfismo e deformação nas rochas mineralizadas, sugerindo que estas são mais novas do que o evento
colisional.
 PÓRFIRO
 Um modelo do tipo pórfiro relacionado com a intrusão dos granitos pós-tectônicos do tipo Granito de Carajás
(1,88 Ga). Lindenmayer (1998), rejeita as idéias anteriores, porque os granitos mais velhos (2,55 Ga) são
mesozonais, possuindo augita como máfico principal, não apresentando alterações significativas para formar
os depósitos.

 CARLIN Proposto por Silliton para a mineralização de Serra Leste, devido à presença de jasperóides
acompanhando a mineralização em rochas carbonáticas.
IOCG de IPAPORANGA/ARARENDÁ, Ceará -
Localização

AMSQ
Fonte: Elaborada pelos autores.
Mapa geológico das ocorrências de ferro tipo iocg de
ipaporanga-ce
Rochas Supracrustais: Complexo Ceará?
Gnaisses pelíticos
Unidade Metavulcânica Estreito (Vulcanismo bimodal)
Metarriolitos
Metabasalto-andesíticos
Complexo Tamboril Santa Quitéria
MetaLeucodioritos
COMPLEXO TAMBORIL SANTA QUITÉRIA
Metatexitos/Diatexitos
Granito Pós-Tectonico (BIotita Granito)

Bt
Biotita Granito
Tipos de alterações hidrotermais
Tipos de Alteração Associação Mineral

Sulfetação Bornita, calcopirita, covelita e calcocita

Propilica Epidoto, clorita, albita e quartzo

TPotássica Microclina-magnetita-martita
Microclina-biotita
Oxidos Magnetita-hematita-ilmenita-apatita
(gorceixita)
Calcio-sódica Albita-actinolita-clorita-magnetita-
epidoto
Albita-escapolita-clinopiroxenio
Clinopiroxenio-actinolita-magnetita

Skarnitização Clinopiroxenio-granada-magnetita-
epidoto-quartzo
SKARNITIZAÇÃO

T> 500º C - FLUIDOS


ALTERAÇÃO TIPO CA-FE (PX - ACT + MGT) –
METADIORITO

T> 500º C) E FLUIDOS SALINOS


ALTERAÇÃO CÁLCIO-SÓDICA -ESCAPOLITIZAÇÃO;

Pl

Scp

(Na-plag and/or Na-Scapolite -T > 500°C e fluidos


salinos)
Alteração Sódica e Calcio-Sódica –Metabasalto-
andesítico

Neoformação de plagioclásio albítico, límpido, substituindo o plagioclásio


original, que se encontra turvo e alterado, e se associa também a cloritização
dos ferro-magnesianos
( Albite, Ca- Actinolite, epidote, magnetite T> 400°C - < 500°C)
Alteração K-Fe (Alta T)
Alteração potássica-Biotita
Alteração propilitica
Tipologia da ocorrência de Ferro – Apatita-
Cobre de Ipaporanga
 Minério Fe-Cu- P de aspecto tabular ou
stratabound
 Minério magnetítico fosfatado de granulação
fina
 Minério magnetitico-hematítico fosfatado
 Minério magnetítico disseminado e
diqueforme
 Minério hematítico
 Minério magnetítico maciço do tipo skarn
Minério Fe-Cu- P de aspecto tabular ou stratabound

Mag

Ap
Ap Mt

Ap Ilm

Ap
Mag

Mag
Mt
Mag Ilm
Ilm
He

Mag Mag
Terras Raras

Mag
Ap

Mz Mz

Mag
Ap
Biotita Granito
Metamorfismo de contato

Mag

Ap
Foto cedida gentilmente por Dilano Rodrigues
Mag

Cp

Mag
Bn

Bn
Cp
MINÉRIO MAGNETITICO-FOSFATADO DE GRANULAÇÃ
FINA
Minério magnetitico-hematítico fosfatado
Minério disseminado e diqueforme
Minério Hematítico
He

He Mag

Mag He Gorceixita
Minério magnetítico maciço tipo Skarn
Quimica Mineral das Apatitas

Stratabound – circulo azul cheio;


Filão – triangulo cheio vermelho;
Metadiorito –círculo cheio marrom;
Minério hematitico –quadrado verde e
metabasalto-andesítico-círculo rosa
Quimica mineral das magnetitas
Diagrama de discriminação Al+Mn% vs. Ti+V% para os óxidos de Ferro de Ipaporanga
comparado com os óxidos dos depósitos de Kiruna, IOCG, cobre porfiro, skarn , ti-v-fe e
bifs (adaptado de Dupuis &Beaudoin 2011)
Considerações finais
As diferentes ocorrências de minerais minério marcadas por cinco associações tipológicas distintas sugere
mais de um mecanismo de formação para esses distintos minérios ou uma complexa história de
mineralizações e alterações metassomáticas.
-O minério stratabound, que se encontra deformado, parece ser o mais antigo. A sua frequente associação
com um metabasalto-andesítico e metarriolitos, deformados e parcialmente modificados sugere uma relação
estreita com esse magmatismo bimodal, indicando formação crustal rasa. Isso permite compará-lo aos
depósitos estratiformes ou stratabounds de Kiruna, Suécia, El Laco no Chile e Bafq, Iran.
-A mineralização de sulfetos de cobre está diretamente associada à influência do biotita Granito que recorta o minério
stratabound, cuja associação mineral é compatível com depósito do tipo IOCG sensu strictu.
-O minério magnetítico-fosfático e o magnetítico-hematítico fosfatado , que se desenvolve em níveis
epizonais, parece fazer parte do mesmo sistema magnetitico-fosfático que deu origem ao minério
stratabound. Nesse caso, pode-se tratá-los como produto de evolução um contínuo do sistema Fe-P.
-O minério magnetítico disseminado junto às rochas metaleucodioríticas ou protominério e os filões
magnetiticos encontrados em seu interior parecem ser cogenéticos. O primeiro sendo associado às
fases iniciais de cristalização magmática junto aos silicatos e os filões ou diques aos eventuais
enriquecimentos tardios de fluidos hidrotermais residuais de alta temperatura
-As ocorrências tipo skarn se desenvolvem em zonas de contato entre as rochas metadioríticas com rochas
calcissilicáticas ou mesmo mármores, embora estes ainda não foram encontrados.
O minério hematítico maciço, dominado por hematita romboédrica, entretanto, é ainda uma incógnita, embora este tipo
de hematita tem sido tratado na literatura como hematita magmática, as suas relações com rochas calcissilicatadas
pode sugerir também um skarn.

 A caracterização dessas ocorrências como do tipo IOCG sensu lato no domínio


do Arco MagmáticoSanta Quitéria reveste-se de expressiva importância,
sobretudo, porque é a primeira vez que se descreve Depósitos IOCG/Kiruna com
Fe-Cu-Ap no AMSQ.
Agradecimentos

 Ao CNPq proc. 481713/2013-1


 À CAPES/PROCAD/NF
 UFC/UNB

 MUITO OBRIGADO
Foto cedida gentilmente por Dilano Rodrigues
Muito obrigado

Das könnte Ihnen auch gefallen