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Corrosão

Instrutor: Décio Gomes Peixoto


Curso: Técnico de Inspeção de Equipamentos
CT-Gás- Natal/RN
Introdução
 O que é Corrosão ???
 Conceito:
A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação
química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não
associado a esforços mecânicos.
 Materiais:
Metálicos: Aços, Ligas de cobre, etc ...
Não metálicos: Plásticos, Cerâmicas ou Concreto.
Ênfase: Corrosão Metálica.
Oxidação-Redução

 A corrosão dos metais se dá por oxidação.

 A oxidação é um processo espontâneo


termodinamicamente.

 É o inverso do processo metalúrgico.


Corrosão
Então ....

 Pode se concluir que:

 A “tendência” do material metálico se


corroer sempre existirá.

Se não fosse o emprego dos mecanismos


protetores ter-se-ia a destruição quase que
completa dos materiais metálicos.
Importância
 Os problemas de corrosão abrangem:
Indústria química, petrolífera, petroquímica,
metalúrgica, naval, automobilística, etc ...

 Custos Diretos: reposição, proteção, etc ...


 Custos Indiretos: paradas, perdas de produtos,
eficiência, segurança, poluição, etc ...
Custos
Custos
 Painel apresentado em Bruxelas, na Bélgica,
numa reunião de corrosão:

“Enquanto você lê esse painel,


750Kg de ferro estão sendo
corroídos”
Reservas Minerais: Cerca de 1/3 da produção mundial de aço
tem a finalidade de repor o que foi deteriorado.
Corrosão Química
 O que é ???
 Ataque corrosivo de um agente químico diretamente
sobre o material, sem transferência de elétrons (corrosão
seca).

Nos metais ou ligas - reação química entre o metal e o


meio corrosivo, resultando na formação de um produto de
corrosão sobre a superfície do metal.
Corrosão Química

 Ataque pelo sulfeto de hidrogênio H2S


(adsorção / ataque)
Corrosão Química
 Não metálicos:

 Tubulação resina reforçada com fibra de vidro


 Ataque pelo acido fluorídrico - HF
Corrosão Química
CONCRETO PORTLAND:
 aquecimento 1000 a 1200°C

 reações entre calcário, areia, aluminatos e óxido


de ferro.
 principais constituintes: silicato tricálcico
(3CaO.SiO2), silicato dicálcico (2CaO.SiO2),
aluminato tricálcico (3CaO.Al2O3 ), ferro
aluminato tetracálcico (4CaO.Al2O3. Fe2O3 ).
Corrosão Química
CONCRETO PORTLAND:
 Agentes químicos
agressivos: gases ácidos
(H2S, CO2, SO2, SO3),
ácidos inorgânicos
(HCl, HF, H2SO4,
H3PO4), ácidos
orgânicos (fórmico,
acético,oxálico) e
compostos alcalinos
(NaOH, Na2CO3 ), etc.
Corrosão Eletroquímica
 Processo espontâneo, passível de ocorrer
quando o metal ou liga está em contato com
um eletrólito, onde acontecem,
simultaneamente, as reações anódicas e
catódicas (corrosão úmida).
Oxidação-Redução

 Transferência de elétrons da região anódica


para a catódica é feita por meio de um
condutor metálico, e uma difusão de anions
e cátions na solução fecha o circuito elétrico.
 A intensidade do processo de corrosão é
avaliada pelo número de cargas de íons que
se descarregam no catodo ou, então, pelo
número de elétrons que migram do anodo
para o catodo.
Corrosão Eletroquímica

 Mecanismos das reações eletroquímicas


Potencial de Eletrodo
 Por que ???
 Os metais apresentam diferentes “tendências” à
oxidação.

A tabela de Potenciais de Eletrodo


apresenta os metais em uma ordem
preferencial de oxidação.
Potenciais de

Eletrodo
Ao imergir um metal em uma solução aquosa passa a existir uma
diferença de potencial entre as duas fases (sólida e líquida). É
chamada de Diferença de Potencial Eletroquímico pois é de
natureza elétrica e química. Este valor absoluto não pode ser medido.
Potencial de Eletrodo
Padrão
O eletrodo do Hidrogênio será
formado por uma chapa de platina
platinizada mergulhada numa solução de
ácido clorídrico, com um borbulhamento
de gás de hidrogênio sobre a chapa de
platina platinizada.
Potencial de Eletrodo
Padrão
Em relação à que ???
Teve-se que padronizar as a concentração da
solução (íons) e adotar um eletrodo como
referencial:
 Concentração Padrão 1 M ( 1 mol/L)
Eletrodo Padrão ou Normal de Hidrogênio
 298°K (25°C) e 1 atm
Eletrodo Normal de
Hidrogênio
Metal em Soluções Eletrolíticas
 Solução Eletrolítica: Solução de um metal em
presença dos seus íons.

Metal em Solução Eletrolítica

Diferença de Potencial
Eletroquímico
Potencial de Eletrodo Padrão
 Potencial de Eletrodo Padrão (E0): É a diferença de
potencial entre o elemento em uma solução de 1M de
seus íons em relação ao eletrodo padrão de hidrogênio
(SHE).
Potencial de Eletrodo Padrão

Potencial do Zn= - 0,763V


Potencial de Eletrodo Padrão

Potencial do Cu= + 0,337V


Potencial de Eletrodo Padrão
 Se o metal M doa elétrons o Potencial de Eletrodo é negativo.
 Se o Metal M recebe elétrons o Potencial de Eletrodo é
positivo.
E = Emetal - Esolução
 Potenciais de Eletrodo (IUPAC - Mn+ + ne-  M):
Mg/Mg2+......-2,363 V H2/H+ .......... 0,000 V
Al/Al3+ .......-1,662 V Cu/Cu2+ ..... +0,337 V
Zn/Zn2+ ......-0,763 V Ag /Ag+ ...... +0,799 V
Cr/Cr3+ .......-0,744 V Pt/Pt2+ ....... +1,200 V
Fe/Fe2+ ......-0,440 V Au/Au3+ ..... +1,498 V
Ti/Ti+.........-0,336 V /
Ni/Ni2+ .......-0,250 V /
Potencial de Eletrodos (V)
Metal Potencial em solução Potencial padrão
3% NaCl 3% NaCl e 01% H2O2
Inicial Final Inical Final
Ag + 0,24 + 0,20 + 0,23 + 0,23 + 0,80
Cu + 0,02 + 0,05 + 0,20 + 0,05 + 0,34
Bi - 0,15 - 0,18 --- --- + 0,28
Sb - 0,12 - 0,19 --- --- + 0,25
Sn - 0,25 - 0,25 - 0,08 + 0,1 - 0,1
Pb - 0,39 - 0,26 - 0,35 - 0,24 - 0,12
Ni - 0,13 - 0,02 + 0,2 + 0,05 - 0,22
Co - 0,17 - 45 --- --- - 0,29
Cd - 0,58 - 0,52 + 0,50 - 0,50 - 0,40
Fe - 0,34 - 0,50 - 0,25 - 0,50 - 0,43
Cr - 0,02 + 0,23 + 0,40 + 0,60 - 0,557
Zn - 0,83 - 0,83 - 0,77 - 0,77 - 0,76
Mn - 1,05 - 0,91 --- --- ---
Al - 0,63 - 0,63 - 0,52 - 0,52 - 1,34
Mg - 1,45 --- - 1,4 --- - 1,55

Potenciais usando como referência eletrodo de Hidrogênio


Nobreza em água do mar
Extremidade
anódica (corrosão)
19 – Estanho 32 – Níquel (passivo)
1 – Magnésio 33 – Iconel (passivo)
20 – Níquel (ativo)
2 – Ligas de Magnésio
3 – Zinco 21 – Iconel (ativo) 34 – Monel
4 - Alcad 38 35 – Hastelloy C
22 – Metal Muntz
5 – Alumínio 3S
6 - Alumínio 61S 23 – Latão Amarelo 36 – Aço AISI 410 (passivado)
7 – Alumínio 63S 37 – Aço AISI 430 (passivado)
24 – Latão Almirantado
8 - Alumínio 52
9 – Cádmio 25 – Latão Alumínio 38 – Aço AISI 304 (passivado)
10 – Aço doce 39 – Aço AISI 316 (passivado)
26 – Latão Vermelho
11 – Aço baixa teor de liga
12 – Aço liga 27 – Cobre 40 - Titanio
13 – Ferro fundido 41 – Prata
28 – Bronze
14 – Aço AISI 410 (ativo) 42 – Grafite
29 – Cupro-Niquel 90/10
15 – Aço AISI 430 (ativo) 43 – Ouro
30 – Cupro-Niquel 70/30
16 – Aço AISI 304 (ativo) 44 – Platina
(baixo teor de ferro)
17 – Aço AISI 316 (ativo)
31 – Cupro-Niquel 70/30 Extremidade
18 – Chumbo
(alto teor de ferro) catódica (proteção)
Pilha Eletroquímica
Pilha Eletroquímica

A corrosão ocorre na
saída da corrente
para um eletrólito !!!
Corrosão Eletroquímica
CORROSÃO ELETROLÍTICA
 É um tipo de corrosão causado por corrente (de fuga),
que após atingir instalações enterradas causam acentuado
processo corrosivo nos locais onde abandonam estas
instalações.
 A intensidade das correntes de corrosão é muito alta
acarretando numa corrosão muito rápida.
 As correntes mais graves são as CC e as CA de baixa
freqüência.
Corrosão Eletroquímica

 FORMAS DE CORROSÃO
 CORROSÃO ELETROLÍTICA
Corrosão Eletroquímica
 Quanto à forma:
 Uniforme;
 Localizada (Por Placas, Alveolar e por Pite);
 Intergranular ou Transgranular;
 Corrosão Seletiva (Dezincificação ou
Grafitização);
 Outras Formas: Filiforme, Esfoliação,
Empolamento pelo Hidrogênio e Em Torno
do Cordão de solda.
Uniforme

Quando a corrosão se processa de


modo aproximadamente uniforme em
toda a superfície atacada. Esta forma é
comum em metais que não formam
películas protetoras, como resultado do
ataque;
Corrosão Uniforme
Corrosão Uniforme
Corrosão Uniforme
Classificação da Corrosão
Localizada: Por Placas
Quando os produtos de corrosão formam-
se em placas que se desprendem
progressivamente. É comum em metais que
formam película inicialmente protetora mas
que, ao se tornarem espessas, fraturam e
perdem aderência, expondo o metal a novo
ataque;
Corrosão Localizada: Por Placas
Corrosão Localizada: Por Placas
Classificação da Corrosão

Localizada: Alveolar

Quando o desgaste provocado pela corrosão


se dá sob forma localizada, com o aspecto de
crateras. É freqüente em metais formadores
de películas semi protetoras ou quando se
tem corrosão sob depósito, como no caso da
corrosão por aeração diferencial;
Corrosão Localizada: Alveolar
Classificação da Corrosão

Localizada: Por Pite

Quando o desgaste se dá de forma muito


localizada e de alta intensidade, com
profundidade maior que o diâmetro e
bordos angulosos.
Classificação da Corrosão
Localizada: Por Pite
É freqüente em metais formadores de
películas protetoras, em geral passivas, que,
sob a ação de certos agentes agressivos, são
destruídas em pontos localizados, os quais
tornam-se ativos, possibilitando corrosão
muito intensa. Exemplo comum é
representado pelos aços inoxidáveis
austeníticos em meios que contêm cloretos;
Corrosão por Pite

Exemplo: Corrosão por Pite em Alumínio


Corrosão por Pite
Corrosão Localizada: Por Pite
Corrosão Localizada: Por Pite
Corrosão Localizada: Por Pite
Corrosão Localizada: Por Pite
Classificação da Corrosão
Intergranular

Ou Intercristalina: quando o ataque se


manifesta no contorno dos grãos,
como no caso dos aços inoxidáveis
austeníticos sensitizados, expostos a
meios corrosivos;
Corrosão Intergranular
Classificação da Corrosão

Transgranular

Quando o fenômeno se manifesta sob a


forma de trincas que se propagam pelo
interior dos grãos do material, como no caso
da corrosão sob tensão de aços inoxidáveis
austeníticos.
Corrosão Transgranular
Corrosão Transgranular
Classificação da Corrosão

Seletiva
Quando se tem a formação de um par
galvânico devido a grande diferença de
nobreza entre dois elementos de uma liga
metálica. Os dois principais tipos de
corrosão seletiva são a grafítica e a
dezincificação.
Seletiva Grafítica
Ocorre em ferros Camada de grafite

fundidos cinzentos e
nodular.
 A grafite (C) e um
material mais catódico
que o ferro . Os veios ou
nódulos de grafite agem
Prevenção:
como catodo, enquanto
revestimento
que o ferro atua como
argamassa concreto
anodo, transformando-se
interno.
em produto de corrosão.
Corrosão Seletiva: Grafitização
Seletiva Dezinficação
Ocorre em ligas de
zinco, especialmente em
latões (>15% Zn).
(troc. de calor -
resfriador/condensador),
linha de agua salgada,
etc.
Prevenção: adição de
Zn migra, material fica
arsênio (As) e
esponjoso - praticamente antimônio (Sb) -
cobre – sem resistência latões inibidos- e
mecânica tratamento termico.
Corrosão Seletiva: Dezincificação
Corrosão Seletiva: Dezincificação
Outras Formas de Corrosão

Filiforme
A corrosão se processa sob a forma de finos
filamentos, mas não profundos, que se
propagam em diferentes direções e que não
se ultrapassam.

Ocorre geralmente em superfícies metálicas


revestidas com tintas ou metais.
Corrosão Filiforme
Outras Formas de Corrosão
Esfoliação
A corrosão se processa de forma paralela à
superfície metálica.
Ocorre em chapas ou componentes extrudados
que tiveram seus grãos alongados e achatados.

Inclusões/Segregações → Plaquetas Alongadas


Corrosão Esfoliação
Corrosão Esfoliação
Outras Formas de Corrosão
Empolamento pelo Hidrogênio
O Hidrogênio Atômico penetra no material
metálico e, como tem pequeno volume
atômico, difunde-se rapidamente e, em
regiões com descontinuidade como
inclusões e vazios ele se transforma em
hidrogênio molecular H2 (gás), exercendo
pressão e originando formação de bolhas.
Empolamento pelo Hidrogênio
Empolamento pelo Hidrogênio
Outras Formas de Corrosão
Em Torno do Cordão de Solda
Forma de Corrosão que se observa em torno
do cordão de solda.

Ocorre em Aços-Inoxidáveis não


estabilizados ou com teores de carbono
maiores que 0,03% e a corrosão se processa
intergranularmente.
Em Torno do Cordão de Solda
Em Torno do Cordão de Solda
Pilhas
Eletroquímicas
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha Galvânica – Eletrodos Diferentes

Surge sempre que dois metais ou ligas


metálicas diferentes são colocados em
contato elétrico na presença de um
eletrólito. A diferença de potencial da pilha
será tão mais acentuada, quanto mais
distantes estiverem os materiais na Tabela
de Potenciais no eletrólito considerado.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
Pilha Galvânica – Eletrodos Diferentes
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
Pilha de Ação Local É provavelmente a
mais freqüente na
natureza, ela aparece
em um mesmo metal
devido a
heterogeneidades
diversas, decorrentes
de composição
química, textura do
material, tensões
internas, dentre
outras.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 As causas determinantes da pilha de ação
local são:
 inclusões, segregações, bolhas, trincas;
 estados diferentes de tensões e deformações;
 acabamento superficial da superfície;
 diferença no tamanho e contornos de grão;
 tratamentos térmicos diferentes;
 materiais de diferentes épocas de fabricação;
 gradiente de temperatura.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha Ativa – Passiva Ocorre nos materiais
formadores de película
protetora, como por
exemplo: o cromo, o
alumínio, os aços
inoxidáveis, titânio,
dentre outros. A película
protetora se constitui
numa fina camada do
produto de corrosão
que passiva a superfície
metálica.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha Ativa – Passiva
 Se a película for danificada em algum ponto
por ação mecânica e, principalmente pela
ação de íons halogenetos (especialmente
cloreto), será formada uma área ativa
(anódica) na presença de uma grande área
passiva (catódica) com o conseqüente
aparecimento de uma forte pilha, que
proporciona corrosão localizada.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha de Concentração Iônica Diferencial
Tipos de Pilhas Eletroquímicas

 Pilha de Concentração Iônica Diferencial

Esta pilha surge sempre que


um material metálico é exposto a concentrações
diferentes de seus próprios íons. Ela ocorre
porque o eletrodo torna-se mais ativo quando
decresce a concentração de seus íons no
eletrólito.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha de Concentração Iônica Diferencial
Tipos de Pilhas Eletroquímicas

 Pilha de Concentração Iônica Diferencial


 Esta pilha é muito freqüente em frestas quando o
meio corrosivo é líquido. Neste caso, o interior da
fresta recebe pouca movimentação de eletrólito,
tendendo a ficar mais concentrado em íons de
metal (área catódica), enquanto que a parte
externa da fresta fica menos concentrada (área
anódica), com conseqüente corrosão das bordas da
fresta.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha de Aeração Diferencial

Esta pilha é formada por concentrações


diferentes do teor de oxigênio.

De forma idêntica à pilha de concentração


iônica diferencial, esta pilha também ocorre
com freqüência em frestas. Apenas as áreas
anódicas e catódicas são invertidas em
relação àquela.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha de Aeração Diferencial
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha de Aeração Diferencial
O interior da fresta, devido a maior
dificuldade de renovação do eletrólito, tende
a ser menos concentrado em oxigênio
(menos aerado), logo , área anódica. Por sua
vez a parte externa da fresta, onde o eletrólito
é renovado com facilidade, tende a ser mais
concentrada em oxigênio (mais aerada),
logo, área catódica. O desgaste se processará
no interior da fresta.
Tipos de Pilhas Eletroquímicas
 Pilha de Temperaturas Diferente

Eletrodos de mesmo material porém em


diferentes temperaturas.

É chamada também de pilha termogalvânica


e é responsável pela corrosão
termogalvânica.
Classificação da Corrosão
 Quanto à Fenomenologia:
 Corrosão Galvânica;
 Corrosão por Célula Oclusa;
 Corrosão Sob Tensão (CST);
 Corrosão Erosão;
 Corrosão-Fadiga;
 Corrosão Microbiológica;
Corrosão Galvânica

Quando dois ou mais metais estão ligados


eletricamente em um eletrólito, pode ocorrer
a transferência de elétrons do metal menos
nobre para o metal mais nobre.

 Isto é a formação de Pilhas Galvânicas.


Corrosão Galvânica
Lembram ????
Corrosão Galvânica

Corrosão galvânica em uma tubulação composta de tubo de aço


carbono (tubo flangeado a direita) e válvula de latão (em corte a
esquerda) em uma tubulação de água.
Corrosão por Célula Oclusa

 Também chamado:

 Corrosão por Aeração Diferencial;


 Corrosão Sob Depósito;

 Corrosão por Frestas.

Dependendo da forma como se apresenta.


Corrosão por Célula Oclusa
 Que fenômeno é esse ???

Este fenômeno está associado à diferença de


potencial eletroquímico entre uma região com
uma determinada concentração de íons ou
oxigênio e outra com concentração diferente. A
região menos aerada, por exemplo, apresenta
característica anódica, enquanto que a região mais
aerada apresenta comportamento catódico.
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Aeração Diferencial

Região mais Aerada → Catódica

Região menos Aerada → Anódica


Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Aeração Diferencial
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Aeração Diferencial
Pera AÊ !!!!
Confundiu tudo !!! Você não me disse que um exemplo de
corrosão é a oxidação dos metais ????
Então, como que a região que tem mais oxigênio é a região
catódica (protegida) ????

2 Opções:
 Acreditar em mim ... Ou
 Entender a Equação de Nernst para calcular os potenciais
dos eletrodos ... (Segue cópia)
Corrosão por Célula Oclusa
Então: Acreditando em mim ...
Corrosão por Aeração Diferencial
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Aeração Diferencial

Hidroxila (OH-) aumenta o pH


Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Aeração Diferencial
Exemplo:
Corrosão em linha d'água.
Suponha uma haste metálica imersa parcialmente em
água. Neste processo corrosivo, a região logo acima da
interface está mais aerada que a região logo abaixo.
Ocorrerá corrosão nesta região menos aerada com
conseqüente formação de hidróxido, o qual promoverá,
ainda mais, a diferenciação de aeração. O resultado
final deste processo corrosivo será uma perda
localizada de metal em toda a interface metal/água.
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito

Ocorrerá se houver sob a superfície metálica algum


depósito, orgânico ou não, que propicie a
ocorrência de diferença de aeração entre as regiões
sob depósito (região anódica) e sem depósito
(região catódica). O eletrólito pode ser a umidade
do ar ou qualquer outro meio iônico no qual o metal
esteja imerso. Os depósitos podem ser restos de
pintura, de isolamentos térmicos, sujeira, graxas,
acúmulos de terra ou areia etc.
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito

O ataque começa em uma falha da camada de


óxido. O oxigênio, que é abundante na superfície
do óxido, é raro no interior da fissura (superfície
metálica não protegida) e isso acarreta a existência
de uma diferença de potencial entre as áreas
passivas (catódicas) aeradas e as regiões de fundo
das falhas dos filmes (anódicas) pouco aerados.
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito
 Fluxo de Elétrons para a área Catódica:
Fe => Fe++ + 2e-

 Alcalinização das Zonas Catódicas:


O2 + 2H2O + 4e- => 4OH-

 Formação da camada de Hidróxido:


4Fe++ + O2 + 10H2O => 4Fe(OH)3 + 8H+

Possibilita a troca iônica, mas não a entrada de O2.


Aumenta ainda mais a diferença de potencial, acelerando a
corrosão (Pite)
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito

Corrosão por célula oclusa (CCO). Áreas catódicas: potenciais (E) entre
-0,1 e 0,1V; pH~8. Áreas anódicas: E entre -0,3 e -0,5V; pH entre 1 e 4.
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão Sob Depósito
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Frestas
Possui o mesmo mecanismo que a corrosão sob depósitos.
Diferenças: Disposição das áreas anódicas e o agente
causador da polarização.
Enquanto o agente limitador da aeração na CCO (Corrosão por
Célula Oclusa) é o filme de hidróxido, no caso das frestas, este
limitador de aeração pode ser a existência de espaços
parcialmente confinados entre peças tais como chapas
sobrepostas, flanges e rebites.
O processo é idêntico, começando com a corrosão do interior
da fresta, menos aerada, e conseqüente acidificação e migração
de ânions
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Frestas
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Frestas
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Frestas
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Frestas
Métodos de minimização da corrosão por frestas:
- utilizar, de preferência, juntas soldadas com soldas com penetração
total sem a existência de frestas;
- fechar as frestas existentes com solda contínua;
- elaborar projetos que permitam drenagem completa, eliminação de
cantos vivos e zonas mortas, além de facilidades para limpeza
completa das zonas interiores dos equipamentos, evitando-se assim o
acúmulo de depósitos;
- realizar inspeção e remoção freqüentes dos depósitos;
- usar filtros para remoção de sólidos em suspensão;
- remover materiais de revestimento provisório para períodos longos
de não utilização;
- utilizar juntas hidrofóbicas sempre que possível.
Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Frestas

Corrosão por Frestas na região sob Suportes


Corrosão por Célula Oclusa
Corrosão por Frestas

Corrosão por Frestas


Corrosão Sob Tensão (CST)
Ocorre em casos específicos de tensão
mecânica e meio susceptível.
Somente a tensão ou o meio corrosivo,
isoladamente, não é suficiente para causar a
corrosão.
Este tipo de corrosão pode ser extremamente
perigoso, pois é de difícil detecção e pode
causar fraturas catastróficas.
Corrosão Sob Tensão (CST)
Se apresenta a forma de microtrincas ramificadas,
intergranulares ou transgranulares, que avançam para o
interior do metal sem deixar nenhum tipo de produto de
corrosão (vestígio).

É grave: a CST ocorre em tensões compatíveis com as de


projeto.
Ligas à base de Cobre: Amônia;
Ligas de Aço Carbono: Aminas e meios Cáusticos
concentrados;
Aços-Inox Austeníticos: Haletos (cloretos, iodetos, brometos e
fluoretos).
Corrosão Sob Tensão (CST)
Casos:
Segunda Guerra Mundial foi verificado que cascos de
cartuchos de fuzis (liga de cobre) eram rapidamente trincados
quando guardados em estábulos onde existiam vapores de
amônia oriundos da urina dos animais.
No século passado, muitas máquinas a vapor tais como
locomotivas e caldeiras (aço-carbono), explodiram devido ao
trincamento advindo de tal fenômeno.
Tubos de trocadores de calor (inox) que trincaram devido a
manobra operacional (CO) que contaminaram o fluido
refrigerante com água salgada.
Corrosão Sob Tensão (CST)
Corrosão Sob Tensão (CST)
Corrosão Sob Tensão (CST)
Corrosão Sob Tensão (CST)

Campos de seleção de aços para uso em solução de NaOH. I-uso sem a


necessidade de tratamento térmico de alívio de tensões; II-uso apenas
permitido com alívio de tensões; e III-não é permitido o uso de aço-carbono.
Corrosão Sob Tensão (CST)
A CST se processa da seguinte maneira:
Ocorre a formação de sítios com significativa tensão
de tração em alguns pontos da superfície metálica;
Corrosão da região tracionada da superfície
metálica com a formação de pontos de corrosão
localizados;
Surge o ataque galvânico intenso e localizado entre
o fundo do ponto de corrosão (região anódica) e seu
exterior ou flanco (região catódica). A região do
fundo do ponto de corrosão se torna anódica devido a
esta estar submetida a um estado triaxial de tensões.
Corrosão Sob Tensão (CST)

Figura à esquerda: corrosão sob tensão. Nota-se a dissolução


anódica da ponta da trinca, ou seja, região abaulada. Figura à
direita: Trinca por hidrogênio. Nota-se o entalhe do fundo da
trinca e a região de triaxialidade de tensões para a qual o
hidrogênio se difunde.
Corrosão Sob Tensão (CST)
METAL MEIO
Ligas de alumínio Soluções com cloretos (NaCl-H2O2, NaCl, água do
mar etc); vapor d’água.
Ligas de cobre Soluções de amônia, amina e vapor d’água.

Inconel Soluções de NaOH.


Ligas de magnésio Soluções de NaCl-K2CrO4 e água destilada.

Ligas de níquel Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido


fluorídrico.
Aços ao carbono Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido
fluorídrico; nitratos; ácidos mistos (H2SO4-HNO3);
soluções de HCN; soluções de H2S; aminas e
água do mar.
Aços baixa liga Igual ao meio acima, adicionando-se soluções
com cloretos.
Aços inoxidáveis austeníticos Soluções com cloretos; hidróxidos concentrados
aquecidos e ácidos politiônicos.

Aços inoxidáveis ferríticos Soluções com cloretos.


Ligas de titânio Soluções com cloretos; álcool metílico-HCl; N2O4 e
ácido nítrico fumegante.
Corrosão-Erosão
Erosão de um material metálico é o desgaste
mecânico provocado pela abrasão superficial de uma
substância sólida, líquida ou gasosa.
A ação erosiva sobre um material metálico é mais freqüente
nos seguintes casos:
Quando se desloca um material sólido;
Quando se desloca um líquido contendo partículas sólidas;
Quando se desloca um gás contendo partículas líquidas ou
sólidas.
No caso de líquidos e gases a ação erosiva ocorre
normalmente, em tubulações, em permutadores, em pás de
turbinas.
Corrosão-Erosão
A velocidade tem especial importância, pois normalmente a
erosão é função do cubo da velocidade.

Podemos dizer que a diferença básica entre erosão e


abrasão é apenas o ângulo de impacto. A abrasão é o caso
limite em que este ângulo é zero. Desta forma, o substrato
é desgastado pela força de atrito. Na prática, contudo,
predominam os processos mistos de erosão e abrasão.

Nos processos corrosivos há a formação de um produto de


corrosão entre a superfície metálica e o meio. Estes
produtos, normalmente hidróxidos ou óxidos, são em geral
friáveis e, portanto pouco resistentes à erosão.
Corrosão-Erosão
Processo corrosivo-erosivo :

O metal se corrói formando um filme de produto


de corrosão;
As partículas sólidas, em movimento no meio,
atingem o filme de corrosão arrancando-o e
deixando nova superfície pronta para a formação de
nova camada de produto de corrosão;
Com a formação e constante remoção do filme, o
processo de corrosão pode ser extremamente rápido.
Corrosão-Erosão

Corrosão-erosão em tubos de trocadores de calor.


Corrosão-Erosão
Corrosão-Erosão
Corrosão-Erosão
Corrosão-Erosão
Corrosão-Erosão
Caso Particular: Cavitação
Neste processo erosivo, a retirada do filme de
corrosão não se dá pelo impacto da partícula, mas
sim pelas ondas de choque geradas pela implosão
de partículas gasosas. Este processo corrosivo é
extremamente comum em bombas centrífugas
quando existe a possibilidade de vaporização de
fases gasosas a partir do fluido bombeado. A
cavitação é responsável por praticamente toda a
perda de bombas centrífugas nas indústrias de
processo.
Corrosão-Erosão

Corrosão-erosão por Cavitação. 1- Adsorção da bolha; 2- implosão da


bolha e remoção do produto de corrosão (filme); 3- formação de novo
filme e adsorção de nova bolha; 4,5 e 6- prosseguimento do processo.
Corrosão-Erosão
Corrosão-Erosão

b
a

(a) Impelidor de bomba em aço inoxidável austenítico fundido


com cavitação. (b) Carcaça de bomba em aço carbono fundido
com corrosão-erosão propriamente dita.
Corrosão-Erosão
Caso Particular: Impingimento

Quando um fluido “impinge” ou tem impacto


direto sobre uma superfície metálica, pode-se notar
severa ação mecânica com desgaste do material.
Bolhas de gás, presentes no líquido, aumentam o
efeito do impingimento, observando-se que a
presença de bolhas de ar agrava o ataque.
Corrosão-Erosão
Corrosão-Fadiga
Fratura por Fadiga

Quando um metal é submetido a solicitações


mecânicas alternadas ou cíclicas ocorre a fratura
por fadiga.

Forma-se uma pequena trinca, geralmente num


ponto de concentração de tensões, que penetra
lentamente o metal, numa direção perpendicular à
tensão. A resistência à fadiga de um material é
determinada pelo seu limite de fadiga.
Corrosão-Fadiga
Limite de Fadiga
Corrosão-Fadiga
Quando um componente esteja sujeito a
esforços cíclicos em um meio capaz de atacar
química ou eletroquímicamente o material
exposto.
Fraturas mecânicas sucessivas durante a propagação da
trinca de fadiga rompem continuamente as camadas
protetoras (óxidos) expondo o material à ação do ambiente
corrosivo.
Desaparece o limite à fadiga: Mesmo para baixas tensões,
pode, em um dado número de ciclos, ocorrer a fratura.
Corrosão-Fadiga
Limite de Fadiga
Corrosão-Fadiga
O fenômeno de corrosão-fadiga pode estar tanto associado à
fadiga mecânica quanto à térmica. Neste processo, a corrosão
atua aumentando a região de fratura, que seria menor, ao longo
do tempo, se sofresse apenas a deformação plástica.

No caso da fadiga térmica, onde normalmente existem


temperaturas elevadas, a componente oxidação pode ser
muito significativa, devido a sua alta cinética que gera
grande quantidade de óxidos a cada ciclo de fadiga. Este
óxido, que normalmente é friável, é rompido a cada ciclo de
tração. Isto propicia a contínua exposição da região de
fratura ao contato direto com a atmosfera oxidante.
Corrosão-Fadiga

(a)Processo de fadiga sem a presença da corrosão: Tração (s) e


conseqüente abertura da trinca por deformação plástica (dx). (b) Processo
de corrosão-fadiga com a formação de produto de corrosão ou oxidação:
Tração, abertura da trinca (dx), corrosão (dc) e formação de produto de
corrosão, pouco tenaz, na ponta da trinca.
Corrosão-Fadiga

Tubo de forno em aço 6” e liga 5% Cr com fadiga térmica. Notam-se as trincas


paralelas e a intensa descamação que evidencia a componente oxidação.
Corrosão Microbiológica
É aquela em que a corrosão do material metálico se
processa sob a influência de microorganismos, mais
freqüentemente bactérias, embora existam casos de
corrosão atribuídos a algas e fungos.

As bactérias estão em todo lugar e podem ser


encontradas em uma vasta gama de valores de pH, de
extremamente baixos a valores acima de 12. Podem
também ser encontradas em meios aerados e em
meios completamente isentos de oxigênio. Quanto à
temperatura, podem existir entre –5 a 110 0C.
Corrosão Microbiológica
As bactérias podem ser:
Sésseis: Que se depositam formando um biofilme;
Planctônicas: Permanecem dispersas na fase aquosa.

Mecanismo de Formação do Biofilme


A fixação do microorganismo ao substrato é feita através de
uma série complexa de eventos, tais como pela excreção de
exopolímeros (lipopolissacarídieos e lipoproteínas) que se
ligam fortemente ao substrato. Esta secreção é chamada de
biofilme.
Corrosão Microbiológica
Fixação do Biofilme

Se este biofilme crescer e se estratificar, pode ocorrer, a


formação de zonas empobrecidas de oxigênio que, por sua
vez, formarão um ambiente propício aos microorganismos
anaeróbicos. A formação por si só, aliada ao consumo local
de oxigênio, já é suficiente para a formação de células
oclusas de corrosão. A formação do biofilme, além de
circunscrever um ambiente favorável aos microorganismos,
também os protege da ação dos biocidas: venenos, como
metais pesados, e inimigos naturais, como vírus e outros
microorganismos.
Corrosão Microbiológica
Corrosão Microbiológica
Mecanismo da Biodeterioração

Podem ser divididos em alguns grupos:

Excreção de ácidos;
Despolarização Catódica;
Corrosão por Aeração Diferencial;
Corrosão por Ação Conjunta de Bactérias;
Corrosão Microbiológica
Excreção de Ácidos

Thiobacillus : Oxida enxofre ou compostos de enxofre a


sulfato com produção de Ácido Sulfúrico (corrosivo).

H2SO4
São Aeróbias: Necessitam de oxigênio.
São Autotróficas: Sintetizam seu material celular de compostos
inorgânicos de carbono e nitrogênio.
Temperatura Ótima: 25-30 °C (Morrem acima de 55°C)
Corrosão Microbiológica
Excreção de Ácidos
Exemplo: Destruição da parte superior interna de tubos de
concreto ou de aço-carbono para condução de água de
esgoto ou águas poluídas.

Proteção:

 Eliminar fonte de enxofre;


 Empregar proteção catódica;
 Substituir as tubulações de aço, ou de concreto por tubos
plásticos como, por exemplo, polietileno, poliéster
reforçado com fibra de vidro (PRFV) ou PVC.
Corrosão Microbiológica
Despolarização Catódica
Ocorrem em águas ou solos úmidos contendo bactérias
capazes de utilizar em seu metabolismo, hidrogênio livre
(como o hidrogênio catódico) ou hidrogênio combinado de
compostos orgânicos.

Exemplos de Bactérias:
Redutoras de Nitrato;
Redutoras de Dióxido de Carbono;
Redutoras de Sulfato.
Corrosão Microbiológica
Despolarização Catódica

BRS – Bactérias Redutoras de Sulfato

São Anaeróbias;
Condições Favoráveis de PH: Entre 5,5 a 8,5 – Ótimo: 7,2;
Presença de Sulfato;
Presença de Nutrientes (incluindo matéria orgânica);
Temperatura: Entre 25 e 44 °C. Existem as termófilas que
resistem à 100 °C em poços profundos de petróleo.
Corrosão Microbiológica
Despolarização Catódica
Proteção:
Proteção Catódica;
Revestimentos Protetores;
Uso de tubos não-ferrosos;
Aeração;
Emprego de Cromatos (inibidores usados em sistemas
fechado);
Emprego de Bactericidas – Imidazolinas, metileno-bis-
tiocianato, isotiazolonas, etc.
Corrosão Microbiológica
Aeração Diferencial

Vários microorganismos, como algas, fungos e bactérias


formam produtos insolúveis que ficam aderidos na
superfície metálica sob a forma de filmes e tubérculos.
Condições Ideais: 18 a 40 °C
pH: 5,5 a 9,0

Bactérias de Ferro Aeróbias aceleram a oxidação de íons


Fe 2+ para Fe 3+ formando óxidos de ferro (III) na forma de
tubérculos que ficam aderidos na parede da tubulação.
Corrosão Microbiológica
Corrosão Microbiológica
Corrosão Microbiológica
Corrosão Microbiológica
Ação Conjunta de Bactérias
Redução de Sulfato e Formação de Ácido;
H2S → H2SO4
Redução de Sulfato e Oxidação de Sulfeto;
H2S → S (muito corrosivo para materiais ferrosos)
Oxidação do enxofre elementar produzindo mais ácido;
S → H2SO4
BRS dentro dos tubérculos das bactérias de ferro
Corrosão localizada
Corrosão Atmosférica
A corrosão atmosférica poderá ocorrer em qualquer metal
exposto à atmosfera terrestre e em temperaturas normais.
Estruturas, veículos, equipamentos de processo e eletrônicos
estão sujeitos a ela.

É um processo eletroquímico que ocorre em pilhas locais.


Presença de eletrólito → condensação da água sobre a
superfície metálica (umidade relativa do ar)
URA = pressão parcial do vapor d’água / pressão de saturação
Umidade Crítica: Varia de metal para metal, contaminantes, e
temperatura do equipamento.
Corrosão Atmosférica

Corrosão atmosférica em linha de instrumento. Condição de


condensação constante de água sobre a superfície metálica.
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

O filme d’água condensado sobre a superfície


metálica pode conter substâncias que afetam a
corrosão, tais como: oxigênio, óxidos de
enxofre (SOx), óxidos de nitrogênio (NOx),
dióxido de carbono, cloretos e íons metálicos,
alguns oriundos da atmosfera, outros do
próprio metal.
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes
Oxigênio
O oxigênio normalmente participa das reações catódicas:

½ O2 + H2O + 2 e- = 2 OH -

A taxa com que o oxigênio entra no filme d’água possui,


portanto, grande importância. O suprimento de oxigênio
é mais rápido quando o filme é fino com ciclos rápidos de
evaporação e condensação.
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

Óxidos de enxofre

O dióxido de enxofre (SO2) possui posição de destaque na


corrosão atmosférica. A adsorção do SO2 na superfície
metálica dependerá da umidade relativa e da presença de
produtos de corrosão. A uma umidade relativa igual ou
superior a 80%, praticamente todo o SO2 que alcança o
produto de corrosão do aço é absorvido. Parte deste SO2 é
então oxidado a SO3. Em contato com a umidade o SO3,
propiciará a formação de H2SO4.
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

Óxidos de enxofre

-Oxidação do SO2 na fase gasosa:

SO2 + OH - = HSO3 -

HSO3 - + O2 = SO3 +OH 2-

SO3 + H2O = H2SO4


Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

Óxidos de enxofre

Oxidação do SO2 na fase líquida:

SO2 + H2O + ½ O2 = H2SO4


(Fe 3+ /Mn 2+ )
SO2 + ½ O2 ========== SO3

SO3 + H2O = H2SO4


Óxidos de Enxofre
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

Óxidos de Nitrogênio
Vários óxidos de nitrogênio podem ser encontrados na
atmosfera: N2O; NO; NO2 e N2O5. Do ponto de vista da
corrosão, o NO e o NO2 são os mais importantes e normalmente
designados como NOx. O NO2 é um forte oxidante e, portanto,
bem corrosivo para os metais, reduzindo-se para NO. Os dois
contaminantes SO2 e NO2 juntos possuem forte sinergismo,
aumentando consideravelmente a corrosão, principalmente em
ligas de cobre. A principal fonte de NOx é a queima de
hidrocarbonetos. O NO é formado pelo N2 e O2 do ar durante as
altas temperaturas reinantes nos motores a combustão.
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

Cloretos
O cloreto é transportado à superfície metálica por gotas
ou por cristais carregados da água do mar através do
vento. Normalmente, exceto em algumas condições
industriais específicas, a ação do cloreto limita-se a
alguns poucos quilômetros do litoral.
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

Sujeira e Fuligem

A poeira, fuligem ou outra sujidade podem ter papel


importante na corrosão atmosférica. Tais componentes
são, muitas vezes, higroscópicos e podem promover a
corrosão sob depósitos.
Sujeira e Fuligem
Corrosão Atmosférica
Efeito dos Contaminantes

Influência da Temperatura

O aumento da temperatura, por motivos cinéticos,


aumenta a taxa de corrosão atmosférica. Contudo, a
partir de determinado valor, tenderá a evaporar o filme
de água condensado, o que cessará a corrosão
atmosférica. Temperaturas baixas, abaixo do ponto de
congelamento da água, propiciarão taxa de corrosão
desprezível.
Classificação da Atmosfera quanto à Corrosão

Atmosfera Rural
Baixo nível de poluição.
Deposição de SO2 menor que 10 mg/m2 dia e NaCl menor
que 5 mg/m2 dia.

Atmosfera Urbana
Alto nível de contaminantes, tais como fuligem e poeiras.
SO2 entre 10 e 80 mg/m2 dia.
Classificação da Atmosfera quanto à Corrosão

Atmosfera Industrial
Varia de acordo com o parque industrial existente e de
como os efluentes são tratados.
Deposição de SO2 maior que 80 mg/m2 dia.

Atmosfera Marinha
Taxa de deposição média de NaCl entre 5 a 500 mg/m2
dia.
Rente ao mar este valor pode chegar a 1500mg/m2 dia.
Classificação da Atmosfera quanto à
Corrosão
Microclimas
A classificação genérica anterior pode gerar
alguns erros de avaliação da corrosão
atmosférica, pois a existência de
microclimas pode alterar substancialmente
as condições de corrosão. A presença de
ventos com determinada direção, chaminés,
tanques atmosféricos etc, pode mudar as
condições do ambiente em distâncias de
alguns poucos metros.
Microclimas

Canhão do século XVII localizado no forte a uma distância vertical


da linha d’água de aproximadamente 50 m.
Microclimas

Canhão do século XVII próximo à praia.


Corrosão: Mecanismos
Mecanismo Químico (Oxidação Direta):
Ocorre sem a presença de eletrólito.
Reações químicas diretas entre o material e o meio
corrosivo, não havendo geração de corrente elétrica.

Mecanismo Eletroquímico:
Ocorre em presença de eletrólito.
Reações químicas que envolvem transferência de carga ou
elétrons através de uma interface ou eletrólito.
Mecanismo Químico (Oxidação Direta):

 Corrosão em material metálico em


temperaturas elevadas por gases ou vapores e
em ausência de umidade, chamada de
corrosão seca.
Mecanismo Químico (Oxidação Direta):

Oxidação com descamação localizada, devido à incidência de chama, em


um forno petroquímico. Aço liga 5% Cr 0,5% Mo.
Mecanismo Químico (Oxidação Direta):

Tubo de superaquecedor de caldeira, aço carbono, com grande formação


de óxido.
Mecanismo Químico (Oxidação Direta):

Bico queimador de gás ácido com intensa sulfetação. Material AISI 304.
Mecanismo Eletroquímico
Corrosão em água ou soluções aquosas;
Mecanismo Eletroquímico
Corrosão Atmosférica;
Mecanismo Eletroquímico
 Corrosão no Solo;
Películas de Oxidação
Como falamos anteriormente:
A “tendência” do material metálico se corroer sempre existirá.

As películas formadas em corrosão química poderão ser


protetoras ou não, dependendo das seguintes características:

 Volatilidade: as protetoras devem ser não voláteis;

 Resistividade elétrica: as películas de maior resistividade


elétrica oferecem maior dificuldade à difusão iônica e
logicamente são mais protetoras por imporem maior
restrição à passagem destes íons;
Películas de Oxidação
Características das Películas de Oxidação

 Impermeabilidade da rede cristalina: quanto mais


compacta a rede cristalina maior será a dificuldade para
a difusão e, portanto, mais protetora;

 Aderência: as películas mais finas são, de modo geral,


mais aderentes quando a rede cristalina do produto de
corrosão é semelhante a do metal tem-se normalmente
maior aderência da película. Películas mais aderentes
são mais protetoras;
Películas de Oxidação
Características das Películas de Oxidação

 Refratariedade: as películas para serem protetoras não


devem fundir a baixas temperaturas;

 Plasticidade: as películas muito duras fraturam com


facilidade, tendendo a ser menos protetoras;

 Porosidade: está intimamente ligada à


impermeabilidade da rede cristalina. Quanto menos
porosa mais protetora é a película;
Películas de Oxidação
 Relação entre o volume do óxido e do metal que originou o
óxido:
Para:

a película é formada sob compressão podendo ser protetora;

Para:

a película é formada sob tração, é porosa e não protetora.


Películas de Oxidação
Tabela 8.1 - Relação de Pilling e Bedworth

METAL ÓXIDO RELAÇÃO


K K2O 0,41
Na Na2O2 0,57
Ca CaO 0,64
Mg MgO 0,79
Al Al2O2 1,275
Pb PbO 1,29
Sn SnO2 1,34
Zn ZnO 1,58
Ni NiO 1,60
Cu Cu2O 1,71
Cr Cr2O2 2,03
Fe Fe2O3 2,16
Mo MoO3 3,3
W WO3 3,6
Películas de Oxidação
Exemplos de Metais que formam Camada
Passivadora de Óxido com Proteção Ineficiente

Magnésio

Ferro
Películas de Oxidação
Exemplos de Metais que formam Camada
Passivadora de Óxido com proteção Eficiente

Aço-Inox
Alumínio

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