Narrativas Indígenas:

Kátia Hushahu Yawanawa

Discente: Fernanda Schröter
Tradições xamânicas Yawanawa
● Atualmente: cura
● Técnicas como o canto de cura, o assopro, reza (shuãnka)
● Durante as sessões de cura, o xinaya - nome que recebe o rezador
- ingere ayahuasca e reza sobre um pote cheio de caiçuma de
mandioca que posteriormente beberá o doente.
● O diagnóstico da doença se estabelece a partir do sonho que teve
o paciente antes de adoecer.
Tradições xamânicas Yawanawa
● Iniciação xamânica consiste em quatro processos paralelos:
○ Realização de certas provas (chupar o coração de uma sucuri,
derrubar uma colmeia de abelhas);
○ O cumprimento de resguardos estritos que implicam a abstinência
sexual e de certos alimentos;
○ A ingestão de certas substâncias alucinógenas (ayahuasca, pimenta,
datura, rapé de tabaco, rarë — planta não identificada-, caldo de
tabaco);
○ Aprendizado dos conteúdos específicos de cada técnica, isto é, os
cantos de cura e as rezas.
As primeiras xamãs
● Kátia Hushahu e Raimunda Putani. Rio Gregório, Acre.
● Únicas mulheres que “tiveram coragem” de fazer juramento ao Rare, a
planta sagrada do povo Yawanawá
● Dedicar suas vidas a aprender e a ajudar o povo yawanawá na sua ciência
tradicional.
● Foram muito desacreditadas
● “Não existe mulher Pajé dentro da cultura yawanawa, atitude delas é
contra a cultura de seu povo”
● Tuin Kuru: Isso não é verdade. Nosso conhecimento é espiritual e não
tem nada a ver com o sexo, cor ou cheiro. Sendo homem ou mulher,
todos podem aprender porque o nosso conhecimento é espiritual.
● Sua produção artística é inspirada
em sua experiência espiritual.
● Kátia utiliza a pintura como um
instrumento de memória do seu
povo, registrando através da arte
elementos de seu universo
espiritual.
● As figuras que aparecem em suas
obras são aqueles seres com os
quais ela se encontrou em sua
vivência xamânica.
● É sobretudo uma visão feminina,
pois, de acordo com a artista, as
mulheres percebem as “visões” de
forma diferente dos homens.
Arte Yawanawa
● Cores naturais: urucum, que para o povo Yawanawa significa saúde,
beleza e alegria.
● Também utiliza o jenipapo, usado nos rituais sagrados de cura
Yawanawa.
● “Husharu nunca foi numa escola de arte, tudo que ela aprendeu vem da
floresta, o seu conhecimento vem das visões dos ancestrais” Tashka
Yawanawa.
● Sua exposição “Sonhos Yawanawa” esteve em cartaz em Rio Branco, Rio
de Janeiro, México, Londres e Estados Unidos.
● ¡Mira!: arte contemporânea indígena no brasil. Além de Hushahu, mais
de 75 artistas de 30 povos diferentes expuseram.