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PHD 5750 – Tratamento

avançado de águas de
abastecimento

Desinfecção de água de abastecimento


por radiação ultravioleta
Histórico do uso da radiação UV

 1877 - Foi observado o efeito germicida da luz


solar;
 1910 - Primeiro uso conhecido da radiação
ultravioleta para desinfecção de água na França;
 1929 - Identificada a relação entre a desinfecção
e absorção de luz UV pelo ácido nucléico;
 Década de 1930 – Desenvolvimento de
lâmpadas fluorescentes e produção de lâmpadas
germicidas tubulares.
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Histórico (cont.)
 A despeito dos avanços ocorridos, a utilização
dos sistemas de desinfecção por radiação UV
foram abandonados:
 Custo elevado para a produção dos
equipamentos;
 Confiabilidade dos sistemas.
 O interesse pela desinfecção com radiação UV
ressurgiu na década de 1950;
 Pesquisas relacionadas ao mecanismo de
inativação por luz UV.
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Histórico (cont.)

 As primeiras aplicações confiáveis da radiação


UV para desinfecção ocorreram na Áustria e
Suíça em 1955;

 Nos EUA e Canadá, na década de 1970, os


sistemas de desinfecção por radiação UV eram
principalmente aplicados para efluentes;

 A constatação de que baixas doses de radiação


UV poderiam inativar Giárdia e Criptosporídeos
ampliou o uso desta tecnologia.

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Características da Radiação UV
 No espectro das ondas eletromagnéticas
provenientes do sol a radiação UV está entre os
raios-X e a luz visível.

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Características da Radiação UV

 O comprimento de onda típico da radiação


UV varia de 100 nm a 400 nm;
 O espectro da radiação UV é composto pelas
radiações UVA, UVB, UVC e UV-vácuo;
 Os comprimentos de onda mais efetivos para
desinfecção estão entre 200 e 300 nm;
 Nesta faixa encontram-se as radiações UVB
e UVC.
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Espectro da radiação solar com destaque para a radiação UV
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Geração da radiação UV

 Descargas elétricas em átomos de


determinados elementos;

 Ativação dos átomos com deslocamento de


elétrons para orbitais mais energéticos;

 Quando os elétrons retornam para orbitais


menos energéticos, o excesso de energia
pode ser liberado na forma de radiação UV.

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Geração de luz UV

Átomo

Processo de Ativação Retorno ao Estado


dos Átomos Fundamental
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Atuação da radiação UV nos
microrganismos
 Comprimentos de onda específicos podem atuar
no material genético do microrganismos
causando danos no DNA ou RNA;
 DNA – Ácido desoxirribonucléico;
 RNA – Ácido ribonucléico.
 A extensão dos danos vai depender da
exposição à radiação UV;
 Em geral a inativação ocorre pois os
microrganismos perdem a capacidade de se
multiplicar.
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Atuação da radiação UV nos
microrganismos (cont.)
 Os microrganismos que não podem se
reproduzir são incapazes de infectar alguém;
 Somente a radiação que é absorvida pelo DNA
ou RNA é capaz de causar danos;
 Estudos mostram que o ácido nucléico é capaz
de absorver radiação UV na faixa de 200 a
300 nm;
 A radiação absorvida pode resultar em vários
danos ao DNA, porém processo de formação de
dímeros é o mais comum.
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Dano no DNA pela formação de
dímeros

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Absorção de radiação UV pelo DNA
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Espectro de emissão de lâmpadas UV
(http://www.americanairandwater.com/lamps.htm)
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Mecanismo de reparação de
danos dos microrganismos
 Os microrganismos possuem mecanismos
que possibilitam a recuperação de danos ao
DNA;
 A recuperação do dano pode ser feita
mediante foto-reativação ou na ausência de
luz;
 A foto-reativação e feita por enzimas
expostas a luz com comprimento de onda
variando entre 310 nm e 490nm.
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Mecanismo de reparação de danos
dos microrganismos (cont.)
 Alguns estudos sobre o mecanismo de reativação
dos microrganismos mostram que:
 Para Giárdia, após exposição à doses típicas do processo
de desinfecção, não ocorre reparação;
 Criptosporídeos também não recuperam a capacidade
infectiva após a inativação por radiação UV;
 O RNA dos vírus não dispõem das enzimas necessárias
para possibilitar a sua reparação e dependem do hospedeiro
para este processo;
 As bactérias podem ser reativadas após a exposição à
radiação ultravioleta.
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V
Alimentação na Rede
Lâmpadas
de Energia Elétrica
Ultrav ioleta

Representação do Processo de Desinfeção por UV


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Mecanismo de foto-reativação do DNA pelos microrganismos
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Desinfecção com radiação UV
 O grau de destruição ou inativação dos
microrganismos depende da dose de radiação;
 A dose depende da intensidade da radiação UV e
do tempo de exposição;
 D=I.t
 Onde:
 D = dose de radiação UV (mW.s/cm2 ou mJ/cm2);
 I = Intensidade da radiação (mW/cm2)
 t = tempo de exposição (s),
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Cinética de Inativação
 dN/dt = - k.I.N
 k  constante de inativação;
 I  Intensidade de Energia no reator.

N
ln  k .I .t
N0
N
ln   k .D
N0
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Transmissão de radiação UV
 A água pode absorver a radiação UV;
 Em geral a absorbância de radiação UV varia com o
comprimento de onda;
 Quanto maior o comprimento de onda menor é a
absorção;
 A absorbância em 254 nm (A254) é uma medida da
quantidade de radiação absorvida pela água;
 Assim a quantidade efetiva de radiação UV
disponível é menor que a intensidade fornecida pela
lâmpada.
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Transmissão de radiação UV
 Uma forma de quantificar a intensidade de
radiação UV transmitida é pela utilização da
Lei de Beer-Lambert:
A254   log UVT
 A254
UVT (%)  10
 UVT(%) = Transmissão de radiação UV para um
caminho ótico específico (1 cm);
 A254 = Absorbância de radiação UV na amostra de
água para o caminho ótico de 1 cm.
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100,00

80,00

60,00
UVT(%)

40,00

20,00

0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
A254

Relação entre transmissão de radiação UV e absorbância em 254 nm

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Requisitos de qualidade da água
para desinfecção com radiação UV

Fonte: Edstrom Industres. Ultraviolet Disinfection (http://www.edstrom.com


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Doses necessárias para inativação de vários microrganismos

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Equipamentos de desinfecção
por radiação UV

 Basicamente existem duas configurações


para os sistemas de desinfecção por UV:

 Sistema fechado;

 Sistema aberto, em canais.

 Os sistemas fechados são os preferidos para


tratamento de água de abastecimento.

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Sistema de desinfecção por radiação UV para canais abertos

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Representação esquemática do sistema de
desinfecção em canal aberto
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Desvantagens do sistema de
desinfecção em canal aberto
 Perigo de exposição dos trabalhadores à
radiação ultravioleta;
 Crescimento de algas na superfície dos tubos
de quartzo;
 Dificuldade para limpeza das lâmpadas;

 Potencial de ocorrência de curto circuito no


escoamento, resultando em uma dose
inferior à mínima necessária.
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Equipamento de desinfecção por radiação UV com
escoamento forçado

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Detalhe do equipamento de desinfecção por radiação UV
com escoamento forçado
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Vantagens dos sistemas de desinfecção
com escoamento forçado

 Menor área para a instalação;


 Redução do potencial de deposição de
partículas;
 Exposição reduzida dos trabalhadores aos
raios UV;
 Sistema modular;

 Podem ser adquiridos sistemas com limpeza


automática das lâmpadas.
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Planejamento, projeto e implantação de
sistemas de desinfecção por UV
Definição dos critérios de
Definição das Identificação da projeto para a unidade:
metas para área potencial para Vazão, fator de depósito,
desinfecção instalação da unidade organismo alvo, nível de
inativação, etc.

Identificação do Avaliação dos equipamentos Avaliação de


processo de disponíveis, incluindo alternativas para
validação estratégias de controle instalação

Desenvolvimento Construção da
Procura pelo
do projeto unidade de
equipamento
detalhado desinfecção

Partida e operação
do sistema
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Lâmpadas UV utilizadas em
tratamento de água

LP – Low pressure; LPHO – Low pressure high output; MP – Medium pressure


Fonte: EPA 815-R-05-013, 2005 (www.epa.gov/safewater)
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Desgaste das Lâmpadas
 Com o uso, há uma tendência da intensidade da
lâmpada diminuir;
 Isto resulta na redução da intensidade de radiação
UV;
 Este processo é conhecido como desgaste;
 O desgaste das lâmpadas de UV com o tempo é
influenciado:
 Pelos ciclos de acionamento e desligamento;
 Pela potência aplicada por unidade de comprimento da
lâmpada.
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100
% da Intensidade Inicial 95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
0 2000 4000 6000 8000 10000
Tempo de Operação (h)

Variação da intensidade de radiação de lâmpadas UV com o tempo


(fonte: DROSTE, R.L, 1997)
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Custos de Sistemas de desinfecção por radiação UV (40 mJ/cm2)

Fonte: EPA 815-R-05-013, 2005 (www.epa.gov/safewater)


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Custos de Sistemas de desinfecção por radiação UV (40 mJ/cm2)

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Considerações finais
 Por ser um processo físico não há
necessidade de manipulação e
armazenagem de produtos químicos;
 O processo de desinfecção por radiação
ultravioleta não tem ação residual;
 Necessita de um baixo tempo de contato
para promover a inativação (10 s a 20 s);
 Pode requerer a dosagem de um agente de
desinfecção com ação residual.
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