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Tátilla Rangel
2013
CÂNCER PEDIÁTRICO
• Câncer é doença que se caracteriza por uma
proliferação anormal de células que compõe
o nosso organismo podendo ocorrer em
qualquer órgão ou tecido e atingir qualquer
faixa etária.
30 10
duplicações duplicações
1Kg
CÂNCER PEDIÁTRICO
A mortalidade por câncer é a primeira causa de mortes
por doença nesta população.
70% de cura nos grandes centros nos países
desenvolvidos
10 a 15% podem estar associadas a desordens
genéticas
Deve ser estudado separadamente do câncer do
adulto por apresentar diferenças nos locais primários,
diferentes origens histológicas e diferentes
comportamentos clínicos.
Tumores pediátricos
Leucemias e linfomas
Tumores de Sistema Nervoso Central (SNC)
Sarcomas (rabdomio, Ewing/PNET)
Osteossarcoma
Tumor de Wilms
Neuroblastoma
Hepatoblastoma
Hepatocarcinoma
Carcinoma de adrenal
Carcinoma de nasofaringe
Retinoblastoma
Carcinoma de tireóide
Tumores de células germinativas (TCG)
Tumores de SNC
• Cerca de 2/3 de todos os tumores de SNC ocorrem
em crianças entre 2 e 12 anos e são com maior
frequência infratentoriais.
• SUPRATENTORIAIS
• 30 a 35% dos tumores pediátricos
• Pico entre 2 e 4 anos – Podem ser
histologicamente malignas ou benignas
• Tratamento:
• Cirurgia -1° escolha
• QT - ( Carbo, VCR e CTX )
• RXT – 80% sobrevida de 10 anos
ASTROCITOMA – 50%
• Risco intermediário:
• Tumor > 1,5 cm após a cirurgia ou envolvendo tronco cerebral.
• Ausência de metástase ao diagnóstico (M0)
• LCR, mielografia e/ou RNM negativos
Assistência de Enfermagem
Pré- operatório:
Assistência de Enfermagem
Pré- operatório:
• Avaliação contínua do quadro neurológico
• Avaliar fontanelas
• Promover movimentação e deambulação,
respeitando os limites
• Avaliar os parâmetros Glasgow e Karnovsky
• Manter cabeceira à 30º
• Promover Ventilação adequada
• Atentar para sinais vitais
• Se acamado – cuidados com a pele
TUMOR DE S.N.C
Assistência de enfermagem
Pós- operatório:
• Avaliar déficit neurológico
• Peso diário (se possível)
• Ventilação adequada
• Circulação adequada (hipotermia )
• Curva P.A e Curva térmica
• Sedação
• Monitorar PIC
• Atenção para sinais de H.I.C
TUMOR DE S.N.C
Assistência de enfermagem
Pós- operatório:
• Cuidados com ferida operatória
• Cuidados com DVE
• Cuidados com infecção.
• Dieta zero nas primeiras 24h
• Cabeceira à 30º
• Controle hídrico (B H) – Hipotálamo / Hipófise
– D.Insipidus
– Síndrome inapropriada do hormônio antidiurético
– Síndrome perdedora de sal
Neuroblastoma
• É o segundo tumor sólido extracraniano mais
comum da infância
• Idade média: 2 a 4 anos, porém é o tumor
maligno mais freqüente do recém nascido.
• 40% - 1° ano de vida
• 35% ente 1 e 2 anos
• 25% após os 2 anos
• Raramente acomete pacientes com mais de 14
anos de idade
• Alto índice de regressão espontânea
Neuroblastoma
• Origina-se nas células indiferenciadas da crista neural que
dão origem a medula adrenal e a todos os gânglios
simpáticos
• 60 a 75% dos casos são abdominais (medula adrenal e cadeia
paraespinhal)
• Outros locais: mediastino, pescoço e pélvis.
• Sítios de metástases: medula óssea, fígado, pele e gânglios
• 60 à 70% de doença avançada ao diagnóstico:
Ele apresenta-se como metastático em 25% das crianças < 1
ano e em 68% das crianças > 1 ano de idade.
Neuroblastoma
SINAIS E SINTOMAS
A sintomatologia é variada devido a localização
que pode ser retroperitonial, pélvico,cervical,
cerebral, torácico etc.
• Sudorese
•Emagrecimento
• Constipação
• Febre
• Nódulos de calota
• Taquicardia
craniana
• Palidez • Irritabilidade
• Compressão medular • Diarréia
• Dor óssea • Edema
• Equimose periorbitária
Neuroblastoma
Neuroblastoma
DIAGNÓSTICO
• Hemograma
• Parasitológico
• Dosagem Ferritina (normal 12)
• Desidrogenase Lática (DHL): aumento em qualquer
tumor abdominal, porém os valores são mais
significativos em neuroblastoma e Linfoma
• Dosagem de V.M.A e de H.V.A (normal abaixo de
9mg/dl) - são metabólitos das catecolaminas
(dopamina e noradrenalina),
• T.C ou R.N.M do tumor primário.
Neuroblastoma
DIAGNÓSTICO
• Rx de tórax P.A e perfil -pode evidenciar presença de
calcificações intratumorais presentes em 50% dos
neuroblastomas e metástases ósseas.
• T.C abdome
• Cintilografia óssea
• Ecocardiograma
• Estudo de medula óssea (BMO e Mielograma)
• Emprego de I-MIBG (I-metaiodobenzilguanidina), específico
para neuroblastoma e feocromocitoma
• Exame do tumor para amplificação do N-myc
Neuroblastoma
DIETA PARA DOSAGEM DO ÁCIDO VANIL MANDÉLICO
D1 a D7 – CTX e D8 – Doxo
• Intervalo de 14 dias
• Cicla 5 vezes
• Legenda:
CTX – Ciclofosfamida: 150mg/m2
ADM – Adriamicina: 35mg/m2
Neuroblastoma
Neuro IX
• Tratamento pré-indutório (2X):
• Dias 1 a 5 CICLO: 250 mg/m2/dia, infusão ev de 30`,
TOPO: 0,75 mg/m2/dia, infusão ev de 30`;
• Dias 6 a 15 G-CSF: 10 mcg/kg/dia, sc ou ev em 6 horas
• Dia 16 Reinício do ciclo (No 2 / 2)
Neuroblastoma
Neuro IX
Indução:
• Dias 1 a 7 CICLO: 200 mg/m2/dia, ev (preferencialmente)/vo
• Dia 8 DOXO: 45 mg/m2, ev
• Dia 14 VCR: 1,5 mg/m2, ev
• Dias 20 a 22 CARBO: 200 mg/m2/dia, infusão ev de 1 hora,
seguida por:
ETO: 300 mg/m2/dia, infusão ev de 6 horas; em concomitância:
• Dia 28 VCR: 1,5 mg/m2, ev
• Dias 23 a 34 GCSF: 10 mcg/kg/dia, sc ou ev em 6 horas
• Dia 35 reinício do ciclo (No 2)
• Previstos: 4 ciclos indutórios
Neuroblastoma
TRATAMENTO
Etiologia favorável
Caracterizam-se por ter idade inferior a 2 anos
• Valores normais de ferritina sérica
• Histologia favorável e se encontram no estádio I, II e IVS
e tem uma expectativa de sobrevida de 90%
• A excisão cirúrgica completa oferece a melhor
probabilidade de sobrevida livre de doença nos
estádios I e II.
Etiologia desfavorável
• Idade superior, apresentando estádio III ou IV
• Nível de ferritina sérica elevado (menor ou igual a 150 )
• Tem uma taxa de sobrevida de aproximadamente 20%.
Neuroblastoma
PROGNÓSTICO
comportamento agressivo.
RETROPERITONIAL
• Medir perímetro abdominal
• Pesar 3 vezes por semana
• Verificar P.A.
• Cuidados com a pele em casos de diarréia
• Atentar para sinais de:
- Insuficiência respiratória
- Edema de MMII.
CÉRVICO-TORÁCICO
• Atentar para sinais de:
- Compressão de veia cava superior diafragmática
- Insuficiência respiratória
TUMOR DE WILMS
TUMORES RENAIS
• Sarcoma de céls claras
• Tu de Willms
• Tu rabdóide renal
TUMOR DE WILMS
• Tumor renal mais comum da infância ( 5 a 10% ),
sendo congênito e originado de células embrionárias
renais.
• A idade média é de aproximadamente 1 a 3 anos,
em ambos os sexos e todas as raças com igual
freqüência.
• Gene WT1e WT2
• Em algumas famílias pode haver mais de 1 caso.
TUMOR DE WILMS
Associação com anomalias congênitas:
• anomalias genitourinárias,
• hemihipertrofia e aniridia esporádica.
• Sind. de WAGR ( Wilms, anomalias genitourinárias e
retardo mental ) relacionado em 50% dos casos
• Sind. de Denys-Drash (Wilms, desordens intersexuais
e nefropatia ),
• Sind. de Beckwith Wiedemann (hemihipertrofia,
macroglossia e visceromegalia ) relacionado em 5 a
10% dos casos
• neurofibromatose, etc.
TUMOR DE WILMS
SINAIS E SINTOMAS
Massa em flanco
• Anorexia •Dor
• Febre • Emagrecimento/
• Hematúria anemia
• Distensão abdominal
• Hipertensão arterial –
60%
Invasão de veia cava
• Ascite
• Adenomegalia
TUMOR DE WILMS
• Diagnóstico através de laparotomia exploradora, ou
nos pacientes com estado geral gravemente
comprometido e com volumosa massa abdominal,
através de biópsia percutânea (PAAF ou tru-cut).
DIAGNÓSTICO
•E.C.G
História Clínica
Exame físico • T.C.abdominal
Exames laboratoriais • Ecocardiograma
Dosagem de V.M.A./H.V.A • Cintilografia óssea
Rx. de tórax. • Urografia excretora.
U.S. abdominal
TUMOR DE WILMS
•A cirurgia tem como finalidade , além do diagnóstico, o
estadiamento e o tratamento (nefroureterectomia).
• Curva térmica
• Curva de P.A
• Peso
• Cuidados com Plaquetopenia
• Cuidados com Neutropenia
• Cuidados com Anemia
• Cuidados com a Mucosite – Devido ACTD, Doxo
• Atentar para sinais de Íleo Paralítico
• Atentar para Diarréia (RXT)
TUMOR DE WILMS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Atentar para sinais de Neuropatia Periférica
• Atentar para sinais de Cardiotoxicidade
• Observar característica da urina
• Cuidados com catéteres
• Observar parte respiratória
• No pós-operatório observar sinal de funcionamento
do trato gastrointestinal
HEPATOBLASTOMA
• É O TERCEIRO TUMOR ABDOMINAL MAIS
FREQUENTE NA INFÂNCIA
• Os tumores malignos do fígado correspondem a 5%
das neoplasia pediátricas, dos quais maioria é
representada pelo hepatoblastoma, seguido pelo
hepatocarcinoma
• É diagnosticado geralmente antes dos três anos de
idade (idade média de 1 ano).
• Predomínio de incidência no sexo masculino
HEPATOBLASTOMA
Sinais e Sintomas:
• Massa abdominal assintomática;
• Plaquetose;
• Níveis sérico elevados de alfafetoproteína
• Alguns pacientes - em torno de 3%, apresentam
outros achados como Puberdade precoce e
hemihipertrofia associados à produção de HCG.
• Dor abdominal, perda de peso, anorexia e icterícia
são raros e relacionados à doença avançada
HEPATOBLASTOMA
• Diagnóstico:
• Podem ser detectados no exame físico de rotina (10%) ou são
encontrados acidentalmente pelos pais.
O Estadiamento depende:
• Tamanho do Tumor;
• Número de lobos envolvidos;
• Envolvimento de linfonodos regionais;
• Presença de metástases à distância
HEPATOBLASTOMA
DEFINIÇÃO DE RISCO:
RC RP NR
Enucleação
Prosseguir até o 6º ciclo
Sempre terapia focal após
cada ciclo
Prosseguir até 4º ciclo
ou Qt subtenoniana
a critério do grupo
(Carbo + VCR + VP-16)
NR RC RP
• Clássico ou central
Desenvolve-se no interior do osso
• Justacortical
Desenvolve-se junto ao periósteo, relacionado ao tecido
conectivo periosteal
• Endosteal
É uma forma recém descrita que tem origem no endósteo, dentro
do osso; é uma forma maligna de baixo grau que cresce
lentamente e metastisa tardiamente
OSTEOSSARCOMA
• CLASSIFICAÇÃO – Baixo grau
- Pseudocápsula tumoral
- Baixo risco de metástases
- Crescimento lento e constante
- Lesões satélites na zona reativa
OSTEOSSARCOMA
• CLASSIFICAÇÃO – Alto grau
Grupo IV Metástase à distância: pulmão, fígado, osso, medula óssea, cérebro, músculo à
METASTÁTICA distância e linfonodo à distância e/ou Citologia positiva de LCR, liq. Pleural
ou ascítico ou implantes pleural ou peritoneal..
RABDOMIOSSARCOMA -
Tratamento
• O princípio básico para o tratamento cirúrgico inicial
para crianças com rabdomiossarcoma é ressecção
completa do tumor com uma margem de tecido
normal, exceto nos tumores de órbita e região
genito-urinária.
Estadio III Resto macorscópico, implante peritoneal, líquido ascítico positivo, rotura
de cápsula, implante em cápsula hepática, gânglios abdominais positivos
ou imagens nitidamente sugestivas de tumor <2cm
• B) Tu testiculares:
• Orquiectomia exclusiva para estadio I
• Orquiectomia seguida de QT com esquema
contendo CDDP para estadios II, III e IV
TCG - Tratamento
• C) Tu Sacrococígeos
• Os tumores localmente avançados ou
metastáticos devem fazer QT neoadjuvante
com CDDP e posterior cirurgia.
• A ressecção do cóccix e obrigatória.
• A recorrência pode ser observada em 4 a 21%
e está relacionada a ressecção incompleta.
TCG – Assistência de Enfermagem
• Controle de dor;
• Observar sinais de sangramento vaginal;
• Cuidados relacionados a administração de
CDDP;
• Quando necessário, passagem de sonda
vesical ou cateterismo intermitente;
• Cuidados com ferida operatória;
Referências
• MELARAGNO, R.; CAMARGO, B. Oncologia Pediátrica:
Diagnóstico e Tratamento. São Paulo. Ed. Atheneu,
2013.
• FILHO, V. O.; et al. Doenças Neoplásicas da crianças e
do Adolescente. São Paulo. Ed. Manole, 2012.
• Camargo, B.; Lopes, L. F. Pediatria Oncológica:
Noções Fundamentais para o Pediatra. São Paulo:
Lemar, 2000.
• Casciato, D. A. Manual de Oncologia Clínica. São
Paulo. Tecmedd, 2008.