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Os Recursos do Subsolo

Recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Professor: António Moita


Índice de Conteúdos
Índice de Conteúdos
Índice de Conteúdos
Índice de Conteúdos
Índice de Conteúdos
1.1 – A diversidade de recursos minerais

Recurso Mineral – Substâncias naturais formadas por


processos geológicos que, ocorrendo na crusta terrestre
com uma concentração superior à média, podem ser
economicamente exploráveis.

Jazida – Local onde a concentração de minerais permite a


sua exploração.

Marga – Rocha sedimentar pouco resistente, que, quando


bafejada, cheira a barro e faz efervescência com os ácidos,
como os calcários.
1.1 – A diversidade de recursos minerais

Classificação, Segundo as Suas Caracteristicas

Minerais Metálicos – aqueles cuja constituição se encontram

elementos metálicos, como o cobre, o alumínio, o estanho, o

ferro ou o volfrâmio. Alumínio


Latão (Ferro Fundido)
(Cu+Zn)

Bronze Aço
Metais pesados Cobre (Cu)
1.1 – A diversidade de recursos minerais

Minerais Não Metálicos – aqueles que são formados por

elementos não metálicos, como, por exemplo, o sal-gema, o

quartzo e o caulino.

Caulino
Quartzo

Sal-Gema
1.1 – A diversidade de recursos minerais

Minerais Energéticos– os que podem ser utilizados como

fonte de energia, tais como o carvão, o petróleo, o gás-natural

e o urânio.

Petróleo

Gás natural
Carvão
1.1 – A diversidade de recursos minerais

Rochas minerais e industriais


aquelas que se destinam, Granito

Essencialmente, à transformação na
indústria e à construção civil, como
Calcário
o granito, o calcário e as margas.

Margas
1.1 – A diversidade de recursos minerais

Rochas Ornamentais – aquelas, pela sua beleza, são utilizados na

ornamentação de edifícios e ruas, bem como na construção de

mobiliário e de peças decorativas, como a mármore, o calcário e

alguns tipos de granito.

Mármore
1.1 – A diversidade de recursos minerais

Águas Minerais Naturais – as que


provêm

de fonte natural e cuja concentração em

um ou mais elementos químicos é

acentuada.

Águas de Nascente – as que, provêm de

fonte natural e que são consideradas

Próprias para beber.


1.2 – As unidades morfoestruturais do território português
1.2 – As unidades morfoestruturais do território português

Maciço Hespérico ou Antigo

Unidade Morfoestrutural mais antiga e abrange a maior área do território


nacional (70%).

Do ponto de vista litológico é constituído por rochas antigas e de grande


resistência (granitos, xistos, calcários e quartzos).

Na área de contacto entre formações geológicas diferentes localiza-se


grande parte das jazidas de minerais metálicos e energéticos, bem como de
rochas ornamentais do país.

Em termos geológicos, o Maciço Antigo encontra-se dividido a norte, pela


Cordilheira Central (Serra da Estrela, do Açor, Lousã e Gordunha), sistema
montanhoso e com planaltos recortados por vales profundos e encaixados e
a sul pela vasta peneplanície alentejana interrompida, por vezes, por
relevos residuais das serras de S. Mamede, Marvão e Mendro.
1.2 – As unidades morfoestruturais do território português

Orlas Sedimentares ou Mesocenozoicas

São unidades Morfoestruturais oriundas de antigas áreas deprimidas onde se


acumularam numerosos sedimentos provenientes do Maciço Antigo.

Do ponto de vista litológico é constituído por rochas sedimentares, tais como


areias, arenitos, margas, argilas e calcários. Em certas áreas existem rochas
magmáticas como o Basalto.

Em termos geológicos, podemos dividir esta unidade em duas Orlas. Orla Ocidental,
formada na era Secundária com uma faixa litoral que vai desde Espinho até à Serra da
Arrábida. Esta subunidade estrutural separa-se do Maciço Antigo por um acidente
geológico complexo denomidado de Falha de Porto-Tomar. A norte desta Orla
predominam as planícies sedimentares e a sul o Maciço Calcário Estremenho,
formado pelas serras de Sicó, Aire, Candeeiros e Montejunto. A Orla Meridional ocupa
a faixa algarvia. Áreas baixas, tornando-se progressivamente mais elevadas à medida
que se caminha para o interior. Predominam as rochas de origem sedimentar, tais como
argilas, areias, arenitos, calcário, mármores e sal-gema.
1.2 – As unidades morfoestruturais do território português

Bacias Sedimentares Cenozoicas do Tejo e Sado

São unidades Morfoestruturais mais recentes, uma vez que se desenvolveram


nas eras do Terciário e do Quartenário.

Do ponto de vista litológico tiveram a sua origem na deposição de materiais


sedimentares marinhos e fluviais em áreas deprimidas. Predominam as
rochas sedimentares, tais como, os arenitos, argilas, areias, calcários e
cascalho.

À semelhança do que se passa nas Orlas, as Bacias apresentam


maiores pontecialidades de aproveitamento dos recursos mineriais,
todos eles dirigidos para o setor das rochas industriais.
1.2 – As unidades morfoestruturais do território português

Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira

Açores – Explora-se sobretudo o basalto, a pedra-pomes e as argilas.

Madeira – Extraem-se principalmente areias e o basalto.

Pedra-pomes
1.2 – As unidades morfoestruturais do território português

Adaptado de: Pimental, N. (1994). As formas de relevo e


sua origem. In Portugal Perfil Geográfico. Editorial
Estampa. Pp-29-50. Lisboa
1.3 – A indústria extrativa

Indústria Extrativa – actividade económica que se dedica à


extração de matéria-prima de natureza vegetal, animal ou
mineral sem que ocorra alteração significativa nas suas
propriedades elementares. (Ex. Indústria madeireira,
produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral)

Situação – Portugal é um país relativamente rico no que


respeita à quantidade e diversidade de recursos minerais,
nomeadamente rochas industriais e ornamentais, bem como
de águas minerais e de nascente.
1.3 – A indústria extrativa
Situação – A nossa indústria extrativa está ainda pouco desenvolvida. A
sua importância ainda é pouco significativa na economia nacional,
ocupando cerca de 0,8% do PIB nacional (dados de 2011). Além disso o
valor total da produção tem vindo a diminuir desde 2010 até aos nossos
dias. Além disso e apesar do saldo positivo ao nível das exportações, o
setor é frágil ao nível do emprego.
Evolução da produção da Indústria Extrativa (2008-2013)
Subsetores 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Milhões de Euros
Minérios metálicos 365821 285682 427604 449478 462681 435987
Minerais para construção 428744 418077 443917 402523 323685 313049
Minerais industriais 50158 43013 57224 55497 45361 45891
Águas 277006 236693 276400 237383 203936 172693
Totais 1108362 972907 1205074 1144881 1035663 967620
adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Informação estatistica da Indústria Extrativa. nº 16, pág.4. Dezembro de 2014.
1.3 – A indústria extrativa

Estrutura do Valor da produção em 2013

adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Informação estatistica da Indústria Extrativa. nº 16, pág.4. Dezembro de 2014.
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.1 - Minerais metálicos

Situação – No nosso país, os minerais metálicos com maior significado


são o cobre, tungstênio (Volfrâmio), zinco e o estanho.

Neste subsetor, os projectos mineiros com maior sucesso na atualidade


são: Neves Corvo (Alentejo) para o cobre e estanho e as minas da
Panasqueira na região centro para o volfrâmio e estanho.

Merece destaque a eventual abertura de algumas minas de ouro e prata


em diversos locais do nosso país, fruto da contínua subida de preços nos
mercados internacionais.
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.1 - Minerais metálicos

Evolução da produção dos minérios metálicos

adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Informação estatistica da Indústria Extrativa. nº 16, pág.5. Dezembro de 2014.
3 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

Minas de Neves Corvo

A faixa ibérica
forma um arco
com uma
extensão de 250
km de
comprimento e
30 a 60 km de
largura,
abrangendo
parte do
Alentejo,
Algarve e
Andaluzia
(Espanha)
3 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

Minas da Panasqueira
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.2 - Minerais Industriais

Situação – Em Portugal exploram-se atualmente alguns minerais


industriais, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Mas a sua importância
tem vindo a descer, representando, em 2013, apenas 5% do valor total do
setor.

Neste subsetor, os minerais industriais que se destacam são a areia


especial, argila e o caulino (argila branca). O calcário e o sal-gema (NaCl)
vem a seguir e é explorado apenas em três minas: Leiria, Lisboa e Faro.
Outros minerais são objecto de exploração, como é o caso do quartzo,
do feldspato, do talco e da barita, entre outros. Estes servem
essencialmente para as indústrias do vidro e da cerâmica.
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.2 - Minerais Industriais

Estrutura do valor da produção em 2013

adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Informação estatistica da Indústria Extrativa. nº 16, pág.7. Dezembro de 2014.
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.3 - Minerais de Construção

Portugal, país rico em rochas, pelo que este subsetor continua ainda a
ocupar um lugar cimeiro no contexto da indústria extrativa. Este setor,
pelas suas caracteristicas divide-se em agregados, minerais para cimento
e cal e rochas ornamentais.

Agregados para a construção civil


2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.3 - Minerais de Construção

Estrutura do valor da produção em 2013

adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Informação estatistica da Indústria Extrativa. nº 16, pág.6. Dezembro de 2014.
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.4 – Rochas Ornamentais

As rochas ornamentais, cuja exploração tem aumentado no nosso país,


podem subdividir-se, de acordo com a sua composição, em:
-rochas carbonadas, tais como mármores e rochas afins (calcário
microcristalino brecha calcária);
-Rochas siliciosas, como o granito e rochas similares (sienito, gabro,
serpentinito, diorito e pórfido ácido),
-ardósias e xistos ornamentais.

Gabro Brecha Calcária Ardósia


2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.4 – Rochas Ornamentais

As rochas carbonatadas são, no contexto das rochas


ornamentais, as mais importantes., na medida em que,
sendo as mais utilizadas na indústria de construção civil, são
também as mais procuradas e, portanto, as mais
comercializadas, tanto a nível interno como externo.

Destas destacam-se o mármore, explorado, sobretudo, nas


regiões centro e sul do país. A maior região de exploração e
importância é a faixa Estremoz-Borba-Vila Viçosa,
responsável por cerca de 90% da produção portuguesa.
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.3 - Minerais de Construção


2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.5 – Águas Minerais e de Nascente

Portugal dispõe de um considerável potencial hidromineral, no que diz


respeito às águas minerais e de nascente, visível no elevado número de
ocorrências e na grande diversidade hidroquímica, associada à
heterogeneidade geológica do país.

As águas minerais e de nascente, predominam essencialmente nas


regiões Norte e Centro.

O Termalismo significa cada vez mais um produto turístico composto. Os


fatores curativos baseados no aproveitamento das águas termais
deixaram de ser os únicos a fundamentar a deslocação dos turístas,
havendo cada vez mais turístas a fazerem-no por razões lúdicas e de
bem-estar.
2 – As Principais Jazidas e Áreas de Exploração

2.5 – Águas Minerais e de Nascente

Evolução das vendas Nacionais de Água

adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Informação estatistica da Indústria Extrativa. nº 16, pág.8. Dezembro de 2014.
3 – Os Recursos Energéticos

De uma forma geral, Portugal é pobre em Recursos energéticos. Não


possui explorações de petróleo nem de gás natural e as jazidas de carvão
são de pequena importância e de fraca qualidade.

Se o panorama nacional relativamente às energias não renováveis é


desanimador, o mesmo já não acontece com as fontes energéticas
renováveis, nomeadamente com a hídrica, a eólica, a da biomassa, a
geotérmica e a solar.

Energia Final – é a energia tal como ela é disponibilizada, nas suas várias
formas (electricidade, combustíveis, gás, etc.), às atividades económicas
e às familias, contrariamente à energia primária, que é a energia tal
como entra no sistema energético.
3 – Os Recursos Energéticos

adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Balanço Energético Sintético, pág.5.2016.
3 – Os Recursos Energéticos

adaptado de: Direção Geral da Energia e Geologia. Balanço Energético Sintético, pág.11.2016.
3 – Os Recursos Energéticos

3.1 – Não Renováveis

PETRÓLEO

O Nosso país continua a registar uma grande dependência de petróleo


no Consumo Interno Bruto de energia.

A importância do petróleo continuará, contudo, a manisfestar-se pelo


facto de alimentar setores importantes como os transportes e a
indústria, especialmente a química.

O Petróleo que chega ao nosso país vem principalmente do Golfo Pérsico


(Arábia Saudita, Irão, Iraque, Líbia, etc.) e da África (Nígéria, Egipto,
Argélia, Angola, etc.), uma vez que ainda não é possivel a sua produção
em Território português.
3 – Os Recursos Energéticos

Explorações de
Petróleo ao largo
da costa
portuguesa

Desde 2007 já foram


feitas 175 sondagens
no mar português
com a descoberta de
petróleo e gás em 117
dessas sondagens.
Extraído de: https://aviagemdosargonautas.net/2016/01/11/a-coluna-de-octopus-portugal-e-a-futura-maldicao-do-petroleo/
3 – Os Recursos Energéticos

3.1 – Não Renováveis

GÁS NATURAL

O gás natural existe em grande quantidade e em muitas regiões do


Mundo, nomeadamente no Médio Oriente, Russia, Europa Ocidental e
em África. O gás natural forma-se nas jazidas subterrâneas, como
resultado da decomposição de sedimentos orgânicos ao longo de
milhares de anos. Entre os combustíveis fósseis é aquele que causa
menos problemas ambientais.

Em Portugal este recurso energético foi introduzido em 1997, tendo


atingido em 2016, os 19,9% do consumo de energia primária, contribuindo
assim, de forma decisiva, para a diversificação da estrutura da oferta de
energia e para a redução da dependência face ao petróleo.
3 – Os Recursos Energéticos

3.1 – Não Renováveis

GÁS NATURAL

O gás natural atualmente consumido em Portugal é um recurso


enxógeno, proveniente principalmente de jazidas argelinas e nigerianas,
e chega ao nosso país através de um sistema de gasedutos que nos liga
ao Norte de África.

Em Portugal este recurso energético foi introduzido em 1997, tendo


atingido em 2016, os 19,9% do consumo de energia primária, contribuindo
assim, de forma decisiva, para a diversificação da estrutura da oferta de
energia e para a redução da dependência face ao petróleo.
3 – Os Recursos Energéticos

extraído de: http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/os-nossos-negocios/Gas-Power/Gas-Natural/Paginas/Mercado-em-Portugal.aspx


3 – Os Recursos Energéticos

3.1 – Não Renováveis

CARVÃO

O Carvão, em Portugal, apresenta apenas algumas jazidas. A sua


qualidade e quantidade é tão fraca que, na maioria dos casos, apenas se
produzia metade da energia obtida a partir de igual quantidade de
matéria-prima importada.

O carvão, consumido em Portugal é proveniente essencialmente da


Colômbia, África do Sul e dos Estados Unidos da América e destina-se
basicamente à produção de electricidade, às centrais termoelectricas e
às indústrias cimenteira e siderúrgica.
3 – Os Recursos Energéticos

extraído de: https://pt.linkedin.com/pulse/porque-faz-sentido-acabar-com-o-carv%C3%A3o-em-portugal-jo%C3%A3o-garrido


3 – Os Recursos Energéticos

Localização das
principais
centrais
termoelectricas
em Portugual
Continental
3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis
Em Portugal, a produção de energia eléctrica a partir de fontes de
energia renovável tem vindo a aumentar.
De todas as fontes renováveis, os aproveitamentos hídricos e eólicos são
os que representam a maior fatia na produção de electricidade no nosso
país.

Fonte: DGEG (2012)


3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis (Energia Hídrica)

O Movimento da água e, consequentemente, a energia por ele gerada,


pode ser transformada em energia eléctrica. Este aproveitamento da
energia hídrica está normalmente associado a empreendimentos de
grandes dimensões – Barragens hidroelétricas. No entanto, a tendência
atual e ambientalmente mais correta é optar pela instalação de mini-
hídricas.

No nosso país, o aproveitamento hidroelétrico tem lugar em cerca de


uma centena de grandes barragens e em aproximadamente 800 mini-
hídricas. Estas encontram-se predominamente localizadas na região
Norte, onde as caracteristicas do relevo e da rede hidrográfica
proporcionam melhores condições para a sua construção.
3 – Os Recursos Energéticos

Barragem Hidroeléctrica de Miranda do Douro

Albufeira
3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis (Energia Eólica)

Embora não sendo um dos países mais ventosos da Europa, Portugal tem
condições muito favoráveis para o aproveitamento de energia eólica,
em especial nos Arquipélagos da Madeira e dos Açores, que são as zonas
do território nacional onde o potencial eólico é mais elevado.

Fonte: DGEG (2013)


3 – Os Recursos Energéticos

Parque eólico de Mirandela


3 – Os Recursos Energéticos
3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis (Energia Biomassa)

A biomassa é uma fonte de energia com largas tradições em Portugal,


que resulta do aproveitamento energético dos resíduos das florestas e
dos provenientes de explorações agroalimentares.

A biomassa representa apenas 12% do total da energia eléctrica


produzida a partir de fontes energéticas renováveis, mas existe um
potencial muito maior por explorar.

Em Portugal, existem atualmente perto de uma centena de sistemas de


produção de biogás, na sua maior parte provenientes do tratamento de
efluentes agropecuários e, principalmente, de digestão anaeróbica.
3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis (Energia Geotérmica)

A energia geotérmica tem a sua origem no interior da Terra, nas áreas


afetadas por vulcanismo.

Em Portugal, as áreas passíveis de aproveitamento energético


distribuem-se de forma desigual pelo território, observando-se uma
predominância a Norte justificada pelas caracteristicas geológicas e
estruturais. As nascentes termais com águas quentes localizam-se
principalmente nas áreas Norte e Centro do Maciço Antigo, estando a
sua distribuição intimamente relacionada com grandes acidentes
tectónicos. No entanto é nos Açores que se vê o maior aproveitamento
desta energia.
3 – Os Recursos Energéticos

Central Geotérmica da Ribeira Grande – S. Miguel, Açores


3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis (Energia Solar)

Portugal é um dos países da Europa com maior disponibilidade de


radiação solar (aproximadamente entre 2200 a 3000 horas de sol por
ano). Aproveitar a energia solar significa utilizá-la diretamente para
uma função, como seja aquecer um fluído – sistemas solares térmicos –
ou produzir energia elétrica – sistemas fotovoltaicos.
3 – Os Recursos Energéticos
3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis (Energia Solar)

Merece destaque a construção da Central Solar Fotovoltaica de


Amareleja, concelho de Moura (a maior do mundo à data de
construção), que entrou em funcionamento em 2008. Produz o
suficiente para abastecer cerca de 30 mil habitações.
3 – Os Recursos Energéticos

Central Solar da Amareleja, Moura (Évora, Alentejo)


3 – Os Recursos Energéticos

3.2 – Renováveis (Energia das Ondas e Marés)

O Aproveitamento energético do oceano faz-se através do movimento


das ondas e da utilização da energia das marés – energia maremotriz.

Em Portugal, as zonas costeiras (costa ocidental e as ilhas açorianas)


têm condições naturais muito favoráveis para o aproveitamento da
energia das ondas. Por essa razão, o nosso país é um dos pioneiros
nesse tipo de energia, com centrais de aproveitamento da energia das
ondas na ilha do Pico, na Póvoa de Varzim e em Peniche, embora com
tecnologia distinta.
3 – Os Recursos Energéticos
3 – Os Recursos Energéticos

Produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis por


distrito em 2013 (GWh) Portugal Continental

Fonte: DGEG (2013)


4 – Os problemas na exploração dos Recursos do Subsolo

Em Portugal, verifica-se uma relativa abundância de recursos do


subsolo. Contudo, a sua exploração tem, na maior parte dos casos,
fraca viabilidade do ponto de vista económico.

Factores:
- elevados custos de exploração.
- difícil acessibilidade das minas.
- grande parte das empresas são de reduzida dimensão.
- as empresas possuem fraca capacidade económica.
- atraso tecnológico significativo.
- reduzido valor económico dos minérios.
- impacte ambiental negativo.
3 – Os Recursos Energéticos

Impacte ambiental negativo:

-Contaminação dos solos e das águas, sobretudo pelos minerais


metálicos.
-Degradação da paisagem.
-Poluição atmosférica e sonora.
-Problemas no transporte e segurança dos combustíveis.
-Queima de combustíveis fósseis – aumento do CO2.
-Segurança nas áreas mineiras abandonadas.
5 – Novas Perspetivas na Exploração e Utilização dos Recursos do Subsolo

Existem perspetivas bastante positivas na exploração e utilização dos


recursos do subsolo, quer a nível do território continental quer na Zona
Económica Exclusiva (ZEE). Na realidade, o potencial não se encontra
esgotado, verificando-se mesmo a existência de várias situações
promissoras.

A potencialização destes recursos passa obrigatoriamente por dois


princípios fundamentais:

Aposta contínua na qualidade do produto final.

Limitação progressiva dos impactos ambientais.


5 – Novas Perspetivas na Exploração e Utilização dos Recursos do Subsolo

Recursos Minerais, a Nova Estratégia Nacional


para o Recursos Geológicos define claramente os
eixos da atuação futura:

Adequação das bases do setor.


Desenvolvimento do conhecimento e
valorização do potencial nacional.
Divulgação e promoção do potencial nacional.
Sustentabilidade económica, social, ambiental e
territorial.
5 – Novas Perspetivas na Exploração e Utilização dos Recursos do Subsolo

No que diz respeito às águas minerais naturais e de nascente, visível no


elevado número de ocorrências e na grande diversidade hidroquímica,
é um capital que pode ser rentabilizado.

Desenvolver instrumentos que defendam a qualidade dos recursos


hídricos.
Criar novas captações e aumentar o caudal das existentes.

No que diz ao termalismo que constitui um dos recursos endógenos


que o nosso país possui, deverá ser dada uma maior atenção.

Valorizar as estancias termais em todas as suas vertentes turísticas.


Aumentar a gama de ofertas ao nível da prestação de cuidados de
saúde, do lazer e da natureza.
Combater o despovoamento e a desertificação ao gerar empregos.
5 – Novas Perspetivas na Exploração e Utilização dos Recursos do Subsolo

Ao nível dos recursos energéticos, o grande objetivo é reduzir a forte


depedência externa das fontes primárias. Segundo a Estratégia Nacional
para a Energia – ENE 2020, os principais eixos são:

Apostar nas energias renováveis.


Promoção da eficiência energética.
Garantia de segurança de abastecimento energético.
Promoção da sustentabilidade da estratégia.
Agenda para a competividade, crescimento e independência
energética e financeira.

O Aproveitamento dos recursos energéticos endógenos, em especial no


que se refere ás energias renováveis, como a eólica, a solar e a
geotérmica, assume uma importância decisiva.
6 – Síntese Final

 A distribuição dos recursos minerais e a localização geográfica das


áreas onde é feita a sua exploração estão diretamente relacionados
com a estrutura geomorfológica do território nacional.

 Portugal é um país relativamente rico no que respeita à quantidade


e diversidade dos recursos minerais.

 Embora pouco desenvolvida, a indústria extrativa pode, em termos


regionais e nas áreas menos desenvolvidas, desempenhar um papel
relevante na criação de riqueza e na oferta de emprego.

 Portugal é pobre em recursos energéticos, não possuindo


explorações de petróleo nem de gás natural, e as jazidas de carvão
são de pequena importância e de fraca qualidade.
6 – Síntese Final

 Portugal tem assistido, à medida que se aproxima dos indicadores


económicos e sociais dos restantes países europeus, a um aumento
contínuo no consumo da energia final.

 Portugal tem feito um esforço para diminuir a dependência em


relação ao exterior em matéria de recursos energéticos e,
simultaneamente, para diversificar as fontes energéticos e os países
fornecedores.

 O nosso país continua a apresentar uma das mais elevadas


dependências de petróleo no consumo de energia primária .

 Em termos globais, os transportes e a indústria são os setores que


mais contribuem para o consumo final de energia.
6 – Síntese Final

 A diminuta viabilidade económica das explorações nacionais dos


recursos do subsolo resulta das fracas acessibilidades, dos custos
de exploração e dos baixos teores dos minérios.

 A indústria extrativa tem várias consequências negativas sobre o


ambiente: contaminação dos solos e das águas, degradação das
paisagens e poluição atmosférica.

 O consumo de recursos energéticos produz graves impactes ao


nível da poluição atmosférica, mas visíveis nas áreas de maior
densidade populacional.

 Importa valorizar e potencializar a exploração dos recursos


endógenos, alguns apenas parcialmente conhecidos e explorados.
7 - Avaliação

1. O Maciço Antigo é a unidade morfoestrutural mais antiga e a que


abrange maior área do território nacional, sendo constituída
essencialmente por…

(A) Rochas recentes, tais como o granito, os xistos e o calcário.


(B) Rochas antigas, tais como o granito, os xistos e as areias.
(C) Rochas antigas, tais como os granitos, os xistos, os calcários cristalinos e os quartzitos.
(D) Rochas recentes, tais como as areias, os arenitos, as margas, as argilas e os calcários

2. Na estrutura do valor gerado pela indústria extrativa destacam-se,


pela sua importância…

(A) Os subsetores das águas e dos minerais industriais.


(B) Os subsetores das águas e dos minerais metálicos.
(C) Os subsetores dos minerais metálicos e dos minerais industriais.
(D) Os subsetores dos minerais para a construção e dos minerais metálicos.
7 - Avaliação

3. A utilização crescente de águas termais, para fins terapêuticos e para


outros fins favoráveis à saúde, tem contribuído para a revitalização das
áreas onde se inserem porque…

(A) A maior utilização das termas promove a oferta hoteleira e desenvolve o comércio e os serviços.
(B) O turismo termal está mais vocacionado para a população idosa e com baixo poder de compra.
(C) O turismo termal está centrado em áreas urbanas, o que contribui para o aumento do êxodo rural.
(D) A maior utilização das termas incrementa a agricultura extensiva e a recuperação de produtos
tradicionais.

4. Portugal dispõe de um considerável potencial hidromineral no que


diz respeito a águas minerais naturais e de nascente, estando a maior
parte dos recursos localizados…
(A) Na região Norte.
(B) Nas regiões Centro e Sul.
(C) Nas regiões Norte e Centro.
(D) Na região Sul.
7 - Avaliação

5. No consumo de energia primária nacional, o primeiro lugar é


ocupado…

(A) Pelo Gás Natural.


(B) Pelo Carvão.
(C) Pelas Energias Alternativas.
(D) Pelo Petróleo.

6. O aumento da produção de electricidade a partir das fontes de


energia renováveis fará com que Portugal esteja…
(A) Menos dependente da obtenção da energia das marés.
(B) Mais sujeito ás flutuações do preço do petróleo.
(C) Mais preparado para investir em carros movidos a gás.
(D) Menos dependente das fontes de energia fóssil.
7 - Avaliação

7. Leia atentamente o seguinte texto…


Electricidade vai aumentar 2,8%

O Aumento da electricidade em 2013 vai ser de 2,8%, de acordo com a proposta


feita pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
A ERSE propõe um aumento de 2,8% para a tarifa transitória que irá vigorar
entre 1 de Janeiro e 31 de Março de 2013, sendo que em Fevereiro irá anunciar novas
tarifas para o período entre 1 de Abril e 30 de Junho.
Esta é a primeira vez que o regulador propõe tarifas transitórias para a
eletricidade para os pequenos consumidores, sendo que fará idêntica proposta para o gás
natural em Dezembro, conforme o que está assumido entre o governo e a troika
(Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) para a
liberalização do mercado do gás e da electricidade.

8.1 – Indique a principal razão que está na base do atual aumento das tarifas da
eletricidade no nosso país.
8.2 – Justifique por que razão a fatura energética nacional está muito dependente dos
totais de precipitação.
8.3 – Aponte duas estratégias destinadas a colmatar essa dependência.
7 - Avaliação

RESPOSTAS

1 – C; 2 – D; 3 – A; 4 – C; 5 – D; 6 - D

8.1 – O aumento das tarifas de elctricidade destina-se sobretudo a


custear os investimentos efectuados nas últimas décadas nas
energias renováveis, principalmente a eólica.
8.2 – A produção interna de energia assenta fundamentalmente na
hídrica. Ora se os valores de precipitação forte reduzidos, a nossa
capacidade de produção diminui, e isso obriga-nos a importar mais
energia. O que terá um custo acrescido na fatura nacional.

8.3 – Potenciar as outras fontes de energia, nomeadamente a solar,


e a eólica
7 - Avaliação

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