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Universidade Federal de Minas Gerais

Faculdade de Farmácia
Departamento de Farmácia Social

Sibutramina
Deborah de Oliveira Moreira
Guilherme Augusto de Souza Tiago
Isabella Cristina Ferreira
Katharina Cardoso Diefenbach
Melissa Lilian F. Antunes dos Santos

Belo Horizonte
2018
Introdução

• Nas últimas décadas mudança de hábitos dada a modernização


facilidades tecnológicas resultaram em menos gasto energético.
• O excesso de peso e a obesidade é grave problema de saúde
pública, principalmente em razão de pacientes obesos
apresentarem maior risco de doenças arteriais coronarianas,
hipertensão, hiperlipidemia, Diabetes mellitus, acidente vascular
cerebral, osteoartrite e doença pulmonar obstrutiva.
• A sibutramina é indicada para o controle da saciedade em
indivíduos com obesidade ou com sobrepeso associado a outras co-
morbidades.
• Ao contrário dos anorexígenos que reduzem a vontade de comer,
a sibutramina aumenta a sensação de saciedade e elevando a
termogênese, que acompanha a perda de peso.
• Identificada quimicamente como uma mistura racêmica dos
enantiômeros do cloridrato de N-(1-(4-cloro-fenil-ciclobutil)-3-
metilbutil)-N-N dimetilamina.

• É uma amina terciária pertencente à classe dos derivados de


cicloalquilaminas.
Histórico
• Década de 80 - A sibutramina foi desenvolvida
como um antidepressivo na pelo laboratório
Abbott® nos Estados Unidos, e os primeiros testes
laboratoriais, usando cobaias, apontaram um
acentuado efeito no aumento da saciedade.
• 1997 - aprovada pela Food and Drug
Administration (FDA) como agente usado no
controle da obesidade.
• 1999 - a sibutramina começou a ser avaliada
decorrente de preocupações sobre sua segurança,
especialmente os efeitos colaterais no sistema
cardiovascular (aumento da pressão arterial e
frequência cardíaca). Ganhou o nome de
Reductil®.
• 1999 – 2002 - o Comitê de Medicamento para Uso
Humano (CHMP), cuja sede é na Alemanha,
concluiu que os benefícios da sibutramina para a
gestão dos obesos e pacientes com sobrepeso
superavam seus riscos
• Em 2010, a EMEA (European Medicines Agency), recomendou a
suspensão da venda de sibutramina, devido ao aumento do risco
de acidentes cardiovasculares.
• Em março de 2010 a Anvisa mudou a classificação da sibutramina da
lista C1 (receita branca não numerada) para a lista B2 (psicotrópico
anorexígeno), o medicamento agora tem tarja preta e é vendido sob
receituário azul numerado.
• Em outubro de 2011 a Anvisa publicou no Diário Oficial novas regras
para o emagrecedor.
• No Brasil, pode ser encontrada em cápsulas nas dosagens 10 mg e 15,
vendida mediante prescrição médica e retenção de receita.
Mecanismo de ação

Noradrenalina  apetite
Serotonina  saciedade
Mecanismo de ação
Os metabólitos M1 e M2 inibem a recaptação da NOR (73%), serotonina (54%) e dopamina (16%).
Metabolismo
ABSORÇÃO:
• A sibutramina é altamente absorvida no trato gastrointestinal.
• Sofre metabolismo de primeira passagem hepática.
Metabolismo
BIODISPONIBILIDADE:

• Mesmo passando pelo fígado sua biodisponibilidade é alta com uma


taxa de 77% .

• São formados dois metabólitos ATIVOS o M1 e o M2 na fase 1 do


metabolismo hepático.
Metabolismo

BIODISPONIBILIDADE:

• O metabolismo hepático acontece por meio das izoenzimas


do citocromo P450(CYP3A4 é a principal isoenzima
responsável pelo metabolismo da sibutramina).
• Promovem duas reações de desmetilação do nitrogênio, o
resultado é uma molécula mais polar.
• A sibutramina e seus metabólitos possuem uma alta taxa de
ligação a proteínas plasmáticas. O índice de ligação às
proteínas plasmáticas da sibutramina e seus metabólitos M1 e
M2 é de 97%, 94% e 94%, respectivamente.
• Isso promove uma satisfatória e ampla distribuição tecidual.
Metabolismo
DEPURAÇÃO:
• O metabolismo hepático é a principal via de eliminação da
sibutramina e de seus metabólitos ativos M1 e M2.
• Os metabólitos já inativos, são eliminados principalmente
pela urina, e em menor quantidade nas fezes.
Metabolismo
MEIA-VIDA:

• A sibutramina como composto principal possui meia-vida de 1,1 horas,


enquanto que seus metabólitos M1 e M2 tem meia-vida de 14 e 16
horas, respectivamente.

ESTADO DE EQUILÍBRIO:

• A sibutramina atinge concentração plasmática máxima após 1,2 horas, e


seus metabólitos após 3 horas.
• O estado de equilíbrio é alcançado em quatro dias.

DIFERENÇAS ENTRE INDIVÍDUOS

• Insuficiência Renal ou Hepática


• Idosos acima de 65 anos
• Crianças
Metabolismo
IMPORTÂNCIA NO EFEITO TERAPÊUTICO:
• Com o metabolismo da molécula de sibutramina é
possível ampliar o efeito terapêutico, tornando-o
prolongado para que possa atingir o equilíbrio
dinâmico no organismo e necessitar de apenas uma
dose diária para atender a finalidade da terapia.
Efeitos adversos
A maior parte dos efeitos colaterais relatados ocorreu
no início do tratamento durante as primeiras quatro
semanas, e diminuíram com o tempo.

Jr Moreira, 2012.
Efeitos adversos
Interações Medicamentosas

• Drogas de ação no SNC para redução peso.


• Fármacos que resultam no aumento da concentração de
serotonina nas sinapses nervosas:
Mecanismo
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) : Fluoxetina, Sertralina e
Paroxetina

Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs): Moclobemida,Tranilcipromina


Síndrome serotoninérgica
A utilização simultânea de fármacos que elevam os níveis de
serotonina no cérebro podem originar interações graves. Este
tipo de interação é um fenômeno designado como síndrome da
serotonina.
• Substâncias inibidoras do metabolismo do citocromo P450 (3A4):

Inibidores da CYP3A4: Redução do metabolismo do


fármaco

Haverá uma maior biodisponibilidade da sibutramina


no plasma sanguíneo, podendo haver um efeito
acumulativo da droga( M1 23% e M2 10%)

Exemplo: Cetoconazol,cimeditina eritromicina,


claritromicina, troleandomicina e a ciclosporina .
Relato de caso
• Substâncias que podem aumentar a pressão arterial e/ou a
frequência cardíaca:

O uso concomitante de sibutramina e outros agentes que


podem aumentar a pressão arterial e/ou a frequência cardíaca
não foi sistematicamente avaliado, mas deve-se ter cautela ao
prescrever Sibutramina para pacientes que utilizam esses
medicamentos.
Interação com Alimentos

• Álcool
• Toranja (grapefruit)
• Alimentos ricos em triptofano
Indicações de Uso da Sibutramina
• Indicada a pacientes obesos: IMC superior á 30Kg/m2,
ou 27 kg/m2 na presença de outros fatores de risco.
Contra indicação da Sibutramina
• Pacientes com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo menos 1
outro fator de risco; Pacientes com história de doença arterial coronariana
(angina, história de infarto do miocárdio),
• Insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterial obstrutiva
periférica, arritmia ou doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral
ou ataque isquêmico transitório - TIA);
• Pacientes com hipertensão controlada inadequadamente
• Pacientes com história ou presença de transtornos alimentares, como
bulimia e anorexia;
• Pacientes recebendo outros medicamentos de ação central para a redução
de peso ou tratamento de transtornos psiquiátricos;
• Pacientes idosos, crianças ou adolescentes.
Posologia
• A Sibutramina é indicada na dose inicial de 10mg,
administrada por via oral, uma vez por dia.
• Nos pacientes em que a resposta a Sibutramina é
insuficiente -perda ponderal inferior a 2 kg, após 4 semanas
de tratamento- na dose de 10 mg, esta poderá ser
aumentada para 15 mg.
• O tratamento deve ser suspenso nos pacientes que
responderem inadequadamente a sibutramina de 15 mg
após um período de 12 semanas.
Testes de Eficácia do medicamento

• Durante seis meses todos os


pacientes receberam diariamente
10 mg de sibutramina.
• Pacientes que conseguiram perda
de peso ≥ 5% durante esta fase
foram randomizados para uma
fase adicional.
• Durante esta fase, os médicos
tiveram a opção de aumentar a
dose de sibutramina ou placebo
para 15 mg ou 20 mg se ocorresse
a recuperação do peso.
Lancet, 2000.
Testes de Eficácia do medicamento

• Pacientes tratados com Sibutramina:


43% mantiveram 80% ou mais de sua
perda de peso original.
• Pacientes tratados com placebo: 16%
mantiveram 80% ou mais de sua perda
de peso original.
Testes de Segurança do medicamento
Testes de Segurança do medicamento

• Nos indivíduos tratados com


sibutramina, observou-se
aumento de 16% no risco de
infarto do miocárdio não fatal,
acidente vascular cerebral não
fatal e parada cardíaca.
• 561/4906, 11,4%, comparados
com indivíduos tratados com
placebo 490/4898, 10,0%.
A dispensação da Sibutramina

A dispensação de sibutramina segue os


critérios estabelecidos pela RDC Nº
133/2016:
• Medicamente sujeito a controle especial;
• Necessária notificação de receita B2;
• Termo de Responsabilidade do
Prescritor.
• Veda a prescrição e a dispensação de
Sibutramina acima da Dose Diária
Recomendada (DDR): 15,0 mg/dia.
Termo de
Responsabilidade do
Prescritor para uso do
medicamento sibutramina
Manual de orientação ao
farmacêutico: aspectos
legais da dispensação.
CRF-SP, 2017.
A dispensação da Sibutramina
De acordo com a Portaria SVS/MS nº
344/1998 e RDC Anvisa nº 58/2007, são
proibidos a prescrição, a dispensação e o
aviamento de fórmulas de dois ou mais
medicamentos, seja em preparação
separada ou em uma mesma preparação,
com finalidade exclusiva de tratamento da
obesidade, que contenham substâncias
psicotrópicas associadas entre si ou com as
seguintes substâncias:
• I. ansiolíticas, antidepressivas, diuréticas,
hormônios ou extratos hormonais e
laxantes;
• II. simpatolíticas ou parassimpatolíticas.
A dispensação da Sibutramina
• Todo e qualquer evento adverso relacionado
ao uso da Sibutramina e, é de notificação
compulsória ao Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária.

Sistema de
Notificação em
Vigilância
Sanitária
Portal ANVISA
Considerações Finais
• O papel do Farmacêutico na dispensação da
Sibutramina.
• Uso racional de Sibutramina- perfil do usuário de
Sibutramina.
Referências Bibliográficas
• Van Gaal LF, Caterson ID, Coutinho W, et al.; SCOUT Investigators. Weight and
blood pressure response to weight management and sibutramine in diabetic and
non-diabetic high-risk patients: an analysis from the 6-week lead-in period of the
Sibutramine Cardiovascular Outcomes (SCOUT) trial. Diabetes Obes Metab 2010.

• W Philip T James, et al. Effect of sibutramine on weight maintenance after weight


loss: a randomised trial. STORM Study Group. Sibutramine Trial of Obesity
Reduction and Maintenance. LANCET 2000.

• Manual de orientação ao farmacêutico: aspectos legais da dispensação. / Conselho


Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: CRF-SP, 2017. 64 p.

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 133, de 15 de


dezembro de 2016. Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 50, de 25
de setembro de 2014. que dispõe sobre as medidas de controle de
comercialização, prescrição e dispensação de medicamentos que contenham as
substâncias anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus sais e
isômeros, bem como intermediários e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 16 dez. 2016, seção 1, p. 201.
Referências Bibliográficas
• ANVISA. Cloridrato de sibutramina monoidratado. Disponível em
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=976
2462015&pIdAnexo=2936673

• FEIJÓ, Fernanda. Serotonina e controle hipotalâmico da fome: uma revisão. Disponível


em http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n1/v57n1a20.pdf

• MASSONI, Talita. SIBUTRAMINA SOB A ÓPTICA DA QUÍMICA MEDICINAL. Disponível em


https://revistas.ufg.br/REF/article/viewFile/15096/13179

• Sibutramina. Disponível em
http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1944&evento=5

• Sibutramina no controle da Obesidade. Disponível em


srvwebbib.univale.br/pergamum/tcc/Asibutraminanocontroledaobesidade.pdf

• Surto psicótico pela possível interação medicamentosa de sibutramina com finasterida.


Disponível em http://saudedireta.com.br/docsupload/133989352111311.pdf

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