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TAT

• Quando solicitamos ao sujeito que imagine uma


história sobre a prancha, fazemos um apelo
contraditório ao princípio do prazer e ao de
realidade
• O sujeito é convidado a lançar mão do material
inconsciente, cujas representações são
desorganizadas, não verbais (imagens) com
tendência à descarga imediata e à repetição das
experiências antigas satisfatórias ou
insatisfatórias, altamente carregadas de afetos →
Caracterizam assim os processos primários, modo
de funcionamento das estruturas inconscientes,
necessários para que o sujeito imagine uma
história
• Entretanto, o discurso do sujeito deverá ser
verbal, lógico, coerente, na medida em que for
solicitado a relatar uma história
• Desta forma, o material inconsciente deverá
então, ser organizado, submetido aos processos
secundários, modo de funcionamento das
estruturas conscientes (transformação das
representações de coisas em representações de
palavras)
• Neste processo, as cargas afetivas devem ser
admitidas, de modo que o movimento regressivo
as libere, mas domando-as para que possam ser
captadas pelo pensamento
• Todo material fornecido ao sujeito dentro da
situação de aplicação do TAT configura uma
situação de conflito, onde se observa a
oposição entre princípio do prazer e o da
realidade; representação do objeto e
representação pela palavra; desejo e defesa,
ou seja, imperativos conscientes e imperativos
inconscientes
• O modo singular pelo qual o sujeito lida com
esta situação permitirá a generalização para
qualquer outra situação de conflito
O processo de elaboração das respostas do TAT
pode ser sintetizado da seguinte forma:
1- O sujeito percebe o conteúdo manifesto das
imagens
2- As instruções e o conteúdo latente desencadeiam
a regressão e as representações inconscientes,
acompanhadas dos afetos a elas ligados
3- Este complexo desorganizado de
representações/afetos será ou não apreendido ao
nível cs/pcs, para ser simbolizado verbalmente de
acordo com a possibilidade de integração do ego
4- O protocolo revelará o equilíbrio ou não entre
processos primários e secundários, os modos
e possibilidades de relação entre estes
diferentes níveis de funcionamento mental
TAT (Teste de apercepção temática)
- Utilizado em adolescentes e adultos
- Em crianças aplica-se o CAT (de 3 a 10 anos)
- CAT animal (até 5 ou 6 anos)
- CAT humano (até 10 ou 11 anos)
1- Aplicação
- Pode ser administrado em sua forma completa ou
abreviada
- Na aplicação de forma abreviada utiliza-se 10
pranchas (algumas imagens são comuns a todos
os sujeitos; outras especiais para adolescentes ou
adultos; para o sexo feminino ou para o
masculino)
- Tem-se um total de 31 imagens, que são
numeradas de 1 a 20, devido às variantes
- As imagens são constituídas por desenhos,
fotografias, reproduções de quadros ou de
gravuras, sendo seu significado ambíguo
- A sequência de apresentação dos estímulos
deve, em princípio, seguir a ordem prevista, já
que se começa pelas pranchas mais realistas e
estruturadas. Aos poucos os estímulos vão se
tornando mais indefinidos ou com maior carga
dramática, principalmente a partir da prancha
10. Espera-se, assim, que o testando esteja
mais aquecido e mobilizado ao se defrontar
com os estímulos que geram maior ansiedade
1.1- Instruções
“Esse é um teste que consiste em contar
histórias. Aqui tenho algumas pranchas (ou
lâminas) que vou lhe mostrar, quero que me
conte uma história sobre cada uma. Você me
dirá o que aconteceu antes e o que está
acontecendo agora. Explique o que pensam e
sentem os personagens e como terminará a
história. Pode inventar a história que quiser,
anotarei tudo que você disser. Peço que fale
devagar”.
1.2- Inquérito
Consiste em perguntas feitas pelo aplicador, após o término
do discurso espontâneo do sujeito em cada prancha. Tem o
objetivo de completar a história ou elucidar algum aspecto
que não tenha ficado claro. São perguntas amplas,
genéricas, que não devem apresentar a possibilidade de ser
respondidas através de “sim” ou “não”. Pode-se explorar os
pensamentos e sentimentos das personagens, jamais
sugerindo sua natureza. Se a história estiver completa não
há necessidade de inquérito. Deve-se tomar cuidado no
sentido de não pressionar demais o sujeito,
desestruturando suas defesas ou aumentando
desnecessariamente sua ansiedade.
O inquérito não tem como objetivo a extração de dados que
o sujeito não deseja revelar, nem funcionar como ponto de
partida para associações livres
2- Análise do conteúdo
- Enfoca o que o sujeito contou, a trama montada,
sua evolução, as reações das personagens
- Considera-se as forças que emanam do herói e as
forças que provêm do ambiente
2.1- Identificação do herói: personagem com quem
o sujeito se identifica, que é também o
personagem mais parecido com o sujeito, em
termos de sexo, faixa etária, com sentimentos
semelhantes e cujos motivos, dificuldades e
emoções descrevem com maior atenção
- Na maioria das vezes, o herói é um personagem, mas,
pode também ter dois ou mais
- A identificação do sujeito pode modificar-se durante a
história, aparecendo diversos heróis
- Pode haver heróis competidores, expressando um
conflito do sujeito
- Pode ocorrer que não seja possível identificar um herói
claramente definido e que seu papel se encontre
distribuído entre heróis,igualmente significativos (um
grupo de pessoas)
- O sujeito pode narrar uma história que contenha outra.
Neste caso, há um herói primário e um herói
secundário
- O sujeito pode identificar-se com o personagem (herói)
do sexo oposto
Do herói devemos identificar:
a) Traços e tendências
- Superioridade (capacidade, poder, prestígio)
- Inferioridade (incapacidade, desprestígio, debilidade)
- Extroversão
- Introversão
b) Atitudes frente à autoridade
- Domínio, submissão
- Dependência, independência
- Medo, agressão
- Gratidão, ingratidão
- Orgulho, humildade
2.2- Necessidades
- As necessidades expressariam aquilo que o
indivíduo busca satisfazer, o impulso básico que
determina suas ações
- São impulsos, desejos, intenções ou traços de
conduta manifestos nas histórias
- Pode ser necessidade de: realização, aventura,
curiosidade, construção, oposição, excitação,
nutrição, passividade, gozo, lúdico, retenção,
sensualidade, conhecimento, afiliação, agressão,
domínio, exposição, proteção, reconhecimento,
rejeição, sexo, socorro, humilhação, autonomia,
evitação de culpa, deferência, evitação do dano,
exibicionismo.
2.3- Fatores internos (sentimentos)
- Identificação dos conflitos do herói, manifestos através
da ação de forças e ou tendências opostas da
personalidade do sujeito
- Este conflito manifesta a ação das forças conscientes e
inconscientes da personalidade, na busca de objetivos
incompatíveis, ou seja, os impulsos do sujeito não são
compatíveis com os hábitos, atitudes e valores
adquiridos do grupo social ao qual ele pertence, o que
é expresso nas histórias através de diferentes ações,
desejos, pensamentos do herói
- É necessário identificar não só o conflito em si, mas
também as defesas que o indivíduo utiliza contra a
ansiedade por ele provocada
2.4- Forças do ambiente (pressões, o que
incomoda)
- Identificação das pressões que o herói recebe
do ambiente e os efeitos das mesmas
- Deve-se observar, especialmente, os objetos
físicos e os personagens que não fazem parte
do estímulo da lâmina, mas que foram
introduzidos pela imaginação do sujeito
- Murray relaciona algumas das principais
pressões que o sujeito recebe, classificando-as
como traços e atividades de outros
personagens, e que representam as
necessidades das pessoas com quem o herói
se relaciona, são elas: aquisição, afiliação,
agressão, conhecimento, deferência,
conformismo, respeito, domínio, exemplo,
exposição, proteção, rejeição, retenção, sexo,
socorro, carência, perigo físico, ataque físico
2.5- Desfecho
- Deve-se comparar o poder das forças do herói
com o das pressões ambientais, ou seja, como
o herói resolve as suas dificuldades, os seus
conflitos, como trabalha com as suas
necessidades internas e como enfrenta as
pressões do ambiente
Adequação do superego
Analisamos a relação entre a manifestação do impulso e
as consequências desta manifestação para o herói
1- Superego rígido: levará a relatos em que o herói é
punido de forma drástica e definitiva pelo menor
deslize
2- Superego atuante: levará a uma punição compatível
com a ofensa
3- Superego flexível: permitirá certos deslizes sem
consequências maiores
4- Superego frágil: não apresentará qualquer punição aos
atos anti-sociais do herói
- O rigor do superego pode evidenciar-se ainda pela
própria censura que o sujeito utiliza frente a
determinados conteúdos
Integração do ego
Verifica-se o quanto o sujeito está consciente de
seus conteúdos e sua capacidade para elaborá-
los. Em termos gerais, considera-se aqui a
qualidade do relato, a riqueza das histórias, a
interferência da ansiedade, o uso e a eficiência
das defesas e os desenlaces das tramas criadas
pelo sujeito
1- Boa integração do ego: o indivíduo consegue
manter um bom nível de vocabulário e de riqueza
de conteúdo das histórias; há um uso adequado
de defesas, que não impedem a emergência de
aspectos mais pessoais; os desenlaces são
realistas, apresentando soluções adequadas
2- Razoável integração do ego: manifesta-se em
indivíduos que permitem o aparecimento do
conflito, mas sem que haja uma elaboração, quer
pelo aumento das defesas, quer pela
superficialidade com que lida com a problemática
(desenlaces irreais fantásticos ou dependentes de
elementos externos)
3- Fraca integração do ego: a emergência do
conflito é impedida através do uso intenso de
mecanismos de defesa. O relato, em geral, é
pobre e descritivo, ou hesitante, contraditório. O
indivíduo reluta em entrar em contato consigo
mesmo.
2.6- Tema
- Consiste em identificar a essência do relato, a
mensagem fundamental subjacente ao discurso
- É a organização da problemática
2.7- Figuras, objetos ou circunstâncias introduzidas
ou omitidas/distorcidas
- A introdução de elementos ausentes na prancha
pode indicar uma necessidade mais premente do
indivíduo
- A omissão de elementos significativos da prancha
pode ser interpretada como a necessidade de
não entrar em contato com conteúdos a eles
associados
3- Significado das pranchas
Prancha 1 (universal): relação com a autoridade
(pais, professores), atitude frente ao dever e
também ideal do ego (capacidade de realização,
de atingir objetivos propostos), fantasias com
relação à vocação, atitudes frente ao dever
Prancha 2 (universal): relações familiares,
percepção do ambiente e nível de aspiração
(favorecido ou limitado pelo ambiente). Pode
evocar ainda as relações heterossexuais e
associações referentes aos papéis femininos
(maternidade x realização profissional). Refere-se
também ao conflito razão x emoção
Prancha 3
Masculina: evoca associações referentes à
tristeza, abandono, desespero, depressão,
suicídio
Feminina: abarca a área do desespero e da culpa
Prancha 4 (universal): envolve a área referente
aos conflitos nas relações heterossexuais
(abandono, traição, ciúmes) e também
aqueles referentes ao controle x impulso (a
mulher representando o controle e o homem
representando a ação e a impulsividade)
Prancha 5 (universal): pode evocar a imagem da
mãe-esposa (protetora, vigilante, castradora).
Conteúdos referentes a atitudes anti-sociais, ou
ainda, reações frente ao inesperado podem
aparecer
Prancha 6
Masculina: relação com a figura materna
(dependência/independência, abandono/culpa)
Feminina: relação com a figura paterna. A figura
masculina também pode ser percebida como
parceira ou possibilidade de contato afetivo-
sexual
Prancha 7
Masculina: atitude frente à figura paterna. O pai
pode ser visto como autoritário ou como fonte de
apoio e orientação. Eventualmente aparecem
conteúdos homossexuais. Dá, também, indícios
das tendências anti-sociais.
Feminina: evoca a área da relação com a figura
materna (que pode ser vista como modelo, apoio
ou obstáculo à satisfação das próprias
necessidades). Possibilita ainda a investigação de
problemática referente à maternidade,
principalmente quando há distorção ou hesitação
em relação à boneca.
Prancha 8
Masculina: abarca a área da agressividade (hetero ou
auto)
Feminina: evoca associações referentes aos conflitos
atuais
Prancha 9
Masculina: refere-se às atitudes frente ao trabalho e ao
ócio, sentimentos quanto à própria capacidade e
possibilidade de atuação. Abrange ainda as áreas da
relação com o próprio grupo e homossexualidade
Feminina: competência feminina, culpa, perseguição.
Atitude frente ao perigo, ao desconhecido, ao proibido.
Investigação da relação entre ego real e ego ideal.
Prancha 10 (universal): evoca conflitos do casal e atitude
frente à separação. A prancha favorece a projeção de
relações heterossexuais satisfatórias
Prancha 11 (universal): atitudes frente ao desconhecido,
ao perigo, ao instintivo. Atitude do sujeito frente aos
conteúdos inconscientes.
Prancha 12
Masculina: evoca situações de passividade e impotência,
podendo revelar atitude frente a figura de autoridade,
frente à própria situação do teste. Tendências
homossexuais também podem revelar-se neste
estímulo
Feminina: relações mãe-filha, crítica ou aceitação do
modelo materno. Ansiedade frente ao envelhecimento
Prancha 13
Masculina: evoca carências, solidão, abandono,
expectativas
Feminina: atitudes frente às relações
heterossexuais e à sexualidade associada à
agressividade
Prancha 14 (universal): refere-se ao
autoquestionamento, contemplação e
aspiração
Prancha 15 (universal): evoca relação com a
morte, culpa, castigo
Prancha 16 (universal): sendo o estímulo
totalmente branco, o sujeito é levado a
projetar-se totalmente. A temática em geral
refere-se às necessidades mais prementes do
indivíduo ou será reflexo da relação
transferencial na situação de teste
Prancha 17
Masculina: podem estar associadas a desejos de
reconhecimento, narcisismo, exibicionismo
Feminina: evoca temas de frustração, depressão,
suicídio
Prancha 18
Masculina: ataque, agressão. A temática referente a
vícios ou males físicos também pode ser evocada
Feminina: abarca as relações entre figuras
femininas
Prancha 19 (universal): conteúdos referentes à
necessidade de proteção e amparo frente a um
ambiente inóspito são os mais frequentes
Prancha 20 (universal): traduz um clima de
expectativa. Pode-se considerá-la como o fecho
do protocolo, indicando as principais aflições e
perspectivas do sujeito
Análise formal
1- Tempo
- Tempo de latência inicial: intervalo decorrido entre a
apresentação do estímulo e a primeira verbalização do
sujeito, seja ela qual for. A média se situa entre 5 e 25
segundos
- Tempo de latência curto:
→ Se a história é bem estruturada demonstra vivacidade,
capacidade de se adaptar rapidamente às situações
→ Se o relato é confuso é sinal de impulsividade ou ainda de
uma ansiedade perturbadora acompanhada de perda de
distância
→ Se o relato inicia-se confuso, passando depois a mostrar-se
mais estruturado, pode-se pensar numa impulsividade
inicial com capacidade posterior de adaptação
- Tempo de latência longo
→ Se o relato for bem articulado: o sujeito
consegue dominar a ansiedade e manter uma
distância construtiva
→ Se o relato for truncado, cheio de pausas e
hesitações: não há controle adequado sobre a
ansiedade, havendo presença de inibição ou
aumento das defesas
- Pausas (interrupções significativas durante a
narração)
→ É um índice de retração que tanto pode
indicar um freio necessário à ousadia do
sujeito como um reforço das defesas
→ A verbalização posterior à pausa esclarecerá
seu significado:
• A pausa seguida de uma melhora no discurso
indica que o sujeito está selecionando e
refletindo sobre sua produção: domínio eficaz
da ansiedade, uma retomada de controle
sobre a situação
• Se não se observa qualquer progresso em
termos de qualidade da narrativa, ocorrendo
outras pausas e hesitações, considera-se o
reforço de defesas, a dificuldade em manter o
controle sobre a ansiedade ou ainda traços de
caráter hesitante
- Tempo total: É o índice do ritmo individual e só
terá sentido se examinado em função da
extensão da história
2- Comportamentos
Referem-se a manifestações observáveis da
ansiedade subjacente ao impacto provocado pela
prancha, além de demonstrar modos particulares
de neutralizá-la
a) Exclamações e comentários: expressões verbais
que traduzem estados emocionais do sujeito
São expressões que refletem impulsividade e
labilidade emocional. O sujeito perde a distância
em relação ao estímulo, deixa-se levar por ele.
Ex: “Que horror”, “O que é isso”?, “Isso não me diz
nada”.
b) Digressão: são as observações não pertinentes à
situação do teste.
Tais verbalizações indicam o desejo do sujeito de
sair da situação, de aliviar a ansiedade provocada
pela aplicação ou pelo estímulo apresentado.
Ex: “Você viu o programa na TV ontem”?
c) Necessidade de aprovação: toda verbalização que
implique atenção, orientação ou apoio do
aplicador.
Indica uma emocionalidade lábil e também a
presença de ansiedade. O sujeito procura
resgatar sua segurança através da aprovação por
parte do aplicador.
d) Ansiedade manifesta: toda manifestação exterior
de temor, mal estar (expressão verbal, postural,
gestual)
O comprometimento do discurso devido à presença
da ansiedade indica fracasso no uso das defesas.
e) Observações críticas: toda verbalização que
implica um desvalorização do material do teste,
da situação, do próprio aplicador, ou, ainda das
personagens
Trata-se de sinal de agressividade, em função do
aumento da ansiedade. O sujeito não consegue
adaptar-se à situação, o que resulta em
hostilidade
f) Cinismo: reflete uma carga de agressividade
associada a certo afastamento, indicando
assim a presença mais intensa de defesas.
Pode ser identificado nas verbalizações
desdenhosas em relação à situação ou ao
material.
Através da ironia o sujeito consegue evitar o
contato com os conflitos levantados pelo
estímulo
Ex: “Bonitinha a mocinha aqui de trás. A da
frente vai usar o mesmo creminho pra ficar
com a pele lisinha assim...lindinha”.
g) Recusa: O sujeito recusa-se a contar uma
história, rejeitando a prancha.
Pode revelar uma intensa agressividade,
rompendo seu compromisso com as
instruções e com o aplicador. Pode também
revelar bloqueio, situação em que o sujeito
não consegue elaborar a história
3- Elementos de linguagem
Os elementos de linguagem constituem fonte de
dados, não só de natureza intelectual, como
também da dinâmica e estrutura da
personalidade do sujeito. A presença de atos
falhos, a escolha de determinado vocábulo ou
certo tempo de verbo, podem nos dar
informações sobre a natureza do conflito
evocado ou a atitude do indivíduo frente
àquele estímulo em particular ou mesmo em
relação à figura do aplicador.
a) Estilo falho ou frustrado: expressão verbal pobre,
vocabulário pobre ou inadequado.
Pode ser índice de retardo intelectual ou de problemática
emocional que esteja comprometendo a produção do
sujeito
b) Estilo rebuscado: refere-se à afetação ou pedantismo nas
verbalizações
Aparece em sujeitos inseguros, com sentimentos de
inferioridade, que desejam mostrar ou provar certa
erudição.
Quando tal comportamento não é sistemático, reflete uma
tentativa de distanciamento do estímulo
Se por trás do formalismo da verbalização observa-se um
conteúdo confuso ou vazio, pode-se pensar numa
manifestação patológica mais séria, na linha das psicoses,
principalmente se isto se repete ao longo do protocolo
c) Expressões surrealistas: efeitos verbais que
não levam em conta a lógica da língua.
Trata-se de verbalizações estranhas, de
significado incompreensível.Refletem perda
de crítica e perturbação do pensamento,
sendo frequentes na esquizofrenia.
Deve-se tomar certo cuidado, entretanto no
sentido de diferenciar o esquizofrênico do
sujeito que deseja mostrar-se criativo e
original
d) Neologismos: invenção de palavras novas, que
não existem
e) Perturbações no decurso do pensamento:
linguagem sem nexo, sem uma diretriz, sem um
fio condutor do pensamento
f) Fluidez verbal: linguagem dominada por
associação de ideias sucessivas
São características de sujeitos com perturbações
graves, com comprometimento das funções
intelectuais.
São típicos de esquizofrenia, sendo a fluidez verbal
mais frequente nos quadros maníacos
g) Emprego de clichês: o sujeito utiliza fórmulas
verbais pré-fabricadas ou convencionais
Tal mecanismo é utilizado com a finalidade de
evitar envolvimento pessoal. O indivíduo
esvazia seu discurso de conteúdos pessoais,
descompromete-se em relação à sua
produção
Trata-se de defesa encontrada em indivíduos do
tipo obsessivo
h) Esteriotipias: repetição de fórmulas desprovidas de
conteúdo afetivo.
Reflete uma recusa no engajamento dos afetos, como os
clichês, mas através do uso de verbalizações mais
individuais, sem o apoio do convencional.
Revela uma estrutura psicótica
i) Contradição entre tema e expressão: a expressão
facial, mímica ou verbal do narrador é inadequada ao
tema
Quando ocorre em sujeitos normais, observa-se uma
relutância em mostrar seus afetos, o que conduz a
uma manifestação discordante em relação ao
conteúdo
Nos esquizofrênicos a discordância é mais acentuada e
mais frequente
j) Expressões como “Isto poderia ser...” ou toda
expressão que procura deixar claro que o sujeito
não se compromete com o relato, deixando de
fazer afirmações diretas.
Aparecem em sujeitos que desejam manter uma
distância do teste, principalmente nos hesitantes
com estrutura obsessiva
k) Expressões como “Percebe-se nitidamente que...”
ou toda expressão que indica um engajamento
pessoal com uma afirmação direta.
O indivíduo perde a distância em relação ao
estímulo, identificando-se com ele.

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