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Biofísica da Visão

Índice de Refração
• A refração ocorre quando um feixe luminoso incide sobre um meio
material transparente e sofre um desvio. Considerando-se um meio
transparente, como o vidro, a luz ao incidir sobre o vidro sofre uma
diminuição da sua velocidade de propagação, quando comparada com a
velocidade de propagação do feixe luminoso no ar.

Ar
Vidro

Feixes luminosos
Índice de Refração
• Uma forma de quantificar a refração de um meio material é por meio do
índice de refração. O índice de refração é determinado pela divisão da
velocidade de propagação da luz no ar (vAr), pela velocidade da luz no
vidro (vVidro), conforme a equação abaixo.
• Quanto maior a redução da velocidade de propagação da luz, ao entrar no
vidro, maior será seu índice de refração. O índice de refração pode ser
usado para caracterizar qualquer sistema óptico, tais como, lentes,
instrumentos ópticos e o olho.
Velocidade de propagação da luz no ar
vAr
n=
vVidro
Velocidade de propagação da luz no vidro
Índice de refração do vidro
Índice de Refração
• Se a velocidade de propagação da luz no vidro passa para 200.000
km/s, temos que o índice de refração do vidro (n) é de 1,5, como
mostrado abaixo.
• Observe que o índice de refração é uma grandeza física
adimensional.

vAr 300.000 km/s


n= = = 1,5
vVidro 200.000 km/s
Lente Convexa

• A lente convexa focaliza os


feixes luminosos de uma fonte
distante, do lado esquerdo da
figura, focalizando-o para um
ponto, no outro lado da lente.
Esse ponto é chamado de Feixes luminosos
foco, e a distância da lente
até o foco de distância focal. foco

Lente convexa
Lente Côncava

• A lente côncava diverge os


feixes luminosos de uma fonte
distante. Ao contrário da lente
convexa, a lente côncava não
apresenta ponto focal. Feixes luminosos

Lente côncava
Poder de Refração
• Podemos medir o poder de
refração de uma lente a partir
do conceito de dioptria.
• Definimos dioptria como a
razão entre 1 metro e a
distância focal da lente, assim
uma lente com distância focal
de 1 metro apresenta poder
de refração de 1 dioptria, se a
distância focal for de 0,5 m o
poder de refração é de 2
f
dioptrias, com uma distância
focal de 10 cm temos 10
dioptrias. 1m
• Portanto, Dioptria é o inverso
da distância focal medida em D= 1
metros. f em metros
Formação de Imagem
• Na formação da imagem de uma lente convergente delgada, dois casos
interessam, os quais são descritos de forma simplificada:

CASO 1 – O objeto está tão longe da lente, que os raios que chegam à lente
são paralelos entre si (Figura A). Nesse caso, todos os raios refratados pela
lente, passam pelo foco. A imagem se forma no plano focal, pequena e
invertida.

CASO 2 – Os raios que chegam a lente não são paralelos entre si (Figura
B). Nesse caso, pode-se construir uma imagem usando apenas 2 raios, a
escolher entre 3, que são:
Raio 1 – raios paralelos ao eixo óptico, se refratam e passam pelo foco.
Raio 2 – raios que passam pelo centro óptico, não sofrem desvio.
Raio 3 – raios que passam pelo foco anterior, se refratam na lente, paralelos
ao eixo óptico.
• Bastam dois raios para determinar o local e a posição da imagem. Notar que,
nesse caso, a imagem se forma depois do foco, invertida, e é um pouco maior
que no caso anterior. Quanto mais próximo é o objeto, maior é a imagem.
• A formação de imagem em lente divergente segue os mesmos princípios.
Formação de Imagem
O

Eixo Óptico F1 P F2

f1 f2 i

Figura A. Formação de Imagem – Objeto no infinito.

O 1

2 P F2

F1
3
i
Figura B. Formação de Imagem – Objeto está acima do eixo óptico.
Formação de Imagem - Lente Convexa

• O tamanho da imagem varia


conforme a distância entre o
objeto e a lente.
• Neste exemplo, temos a
formação de uma imagem real
e invertida.
Formação de Imagem - Lente Convexa

• Quando o objeto está entre


o foco e o vértice da lente,
temos a formação de uma
imagem virtual.
Formação de Imagem no Olho
olho
• Podemos fazer uma analogia cristalino
de uma câmara fotográfica com
o olho. Em ambos, temos um
sistema de lente, que foca a
imagem de um objeto sobre
uma região específica, no caso
dos olhos, a retina, na câmara,
o filme.
• Como na câmara, a imagem no
olho forma-se invertida, o
cérebro corrige e interpreta a
informação como se a imagem
estivesse na posição original.
Olho Humano
• Está localizado na órbita e funciona como uma máquina fotográfica, isto
é, dotado de um sistema de lentes que fazem convergir os raios
luminosos para os fotoreceptores, um sistema de diafragma variável e
uma retina que corresponde a um filme a cores.
• O olho tem características especiais, muitas das quais inexistentes
mesmo nas câmaras fotográficas mais sofisticadas :
1) um sistema automático de focalização que permite ver, por exemplo,
objetos a 25 cm e logo a seguir outros a grande distâncias;
2) a íris, que corresponde ao diafragma, controla automaticamente a
quantidade de luz que entra no olho;
3) eficiência de operação para ver tanto em ambientes com muita luz como
em outros pouco iluminados;
4) visão angular muito grande: horizontal: 90º na direção da têmpora e 50º
na direção do nariz ; e vertical 50º para cima e 65º para baixo, a partir do
ponto central do olho;
5) a imagem de um objeto formado na retina é invertida.
Breve Anatomia do Olho
Pupila
Íris Córnea
Humor aquoso
Zônula Câmara posterior
Músculo ciliar
Cristalino

Coróide

Esclerótica
Humor vítreo

Retina

Fóvea
Disco óptico

Nervo óptico e vasos retinais


Breve Anatomia do Olho
• O globo ocular tem cerca de 24 mm de
diâmetro encapsulado dentro de uma
membrana rígida, a esclerótica, que
continua na parte anterior como uma janela
transparente, a córnea.
• Logo atrás da córnea, está a câmara
anterior do olho, que contém o humor
aquoso, uma solução pouco concentrada,
e a íris, que é o diafragma variável do olho.
• A câmara anterior é fechada pelo
cristalino, que é uma lente de poder
refrativo variável, através da contração do
músculo ciliar.
• Atrás do cristalino vem a câmara posterior,
com o humor vítreo, que é gelatinoso.
• O fundo do globo ocular é recoberto pela
retina, contendo as células nervosas
fotossensíveis, os cones e bastonetes. A
nutrição da retina é feita pela coróide, que
é a camada que possui os vasos
sangüíneos.
Principais Elementos do Olho
Humano
O Bulbo Ocular
O bulbo ocular apresenta três túnicas
concêntricas:
a) túnica fibrosa, a mais externa;
b) túnica vascular, média;
c) túnica interna = a retina, onde se
localizam os fotorreceptores.
Túnica Fibrosa
• Compreende a esclera e a córnea.
• A córnea é a parte anterior do olho, uma camada curva,
transparente, responsável por 2/3 da focalização da luz
na retina, e funciona como meio dióptrico, isto é, como
meio de refração para os raios luminosos.
• A esclera é a parte opaca, posterior, tendo uma
coloração esbranquiçada e servindo como meio de
proteção e para inserção de tendões dos músculos
motores do olho.
Túnica Vascular
• Compreende três partes: coróide, corpo ciliar e íris.
• A coróide é posterior, marrom, e forra a maior parte da
esclera.
• O corpo ciliar é um espessamento da túnica vascular e
une a coróide com a íris.
• A íris é um diafragma circular, pigmentado,
apresentando uma abertura central, a pupila.
• A lente (cristalino) está presa ao corpo ciliar.
Túnica Interna = Retina
• A porção receptora (fundo do olho) da retina contém
células especiais, fotorreceptoras, os cones e os
bastonetes.
• Cones: são sensíveis às cores primárias (azul, verde,
vermelho). São responsáveis pela visão detalhada à luz
do dia.
• Bastonetes: funcionam mais eficiente que os cones
quando se está sob luz fraca, são pouco sensíveis às
cores.
• Os impulsos luminosos captados na retina, onde ocorre a
conversão da imagem luminosa em impulsos elétricos
nervosos são levados ao cérebro pelo nervo óptico.
Índice de Refração do Olho
Ar (n=1,0)
Pupila
Íris Córnea (n=1,38)
Humor aquoso (n=1,33)
Zônula Câmara posterior
Cristalino Músculo ciliar
(n=1,40)
Coróide

Esclerótica
Humor vítreo (n=1,34)
Retina

Fóvea
Disco óptico

Nervo óptico e vasos retinais


O Caminho da Luz
• Os raios luminosos incidentes na superfície externa da córnea são
refratados devido a sua curvatura e à diferença entre o seu índice
de refração (1,38) e o do ar (1,00).
• Atrás da córnea existe um fluido claro, praticamente incolor,
chamado humor aquoso (1,33).
• A seguir vem a íris, um diafragma que controla o tamanho da
abertura da pupila, por onde entra a luz.
• Depois de ter atravessado a córnea, o humor aquoso e a pupila, a
luz encontra o cristalino (1,40), funcionando como lente,
responsável por praticamente o terço restante da focalização da luz
na retina.
• Na seqüência, o raio luminoso atinge o humor vítreo (1,34), uma
substância clara e gelatinosa que preenche todo o espaço entre o
cristalino e a retina. Como seu índice de refração é próximo ao do
cristalino, ele mantém os raios luminosos no curso estabelecido
pela lente.
• Finalmente, o raio luminoso chega à retina.
Acomodação – Visão para Perto e para Longe
• No olho de visão normal, a
imagem se forma sempre na Córnea Íris
retina. Para que isto aconteça, é Humor aquoso
necessário que o olho mude o seu Músculo
ciliar
poder dióprico, conforme a Cristalino
distância do objeto, e esse
mecanismo denomina-se
Acomodação. Ligamento
• O responsável pelo foco é o Humor vítreo suspensor

cristalino. Para focar ele muda de


forma:
1. Os músculos ciliares se
contraem, deixando-o mais
avolumado.
2. Os músculos ciliares relaxam,
deixando-o de forma achatada. 1 2
Acomodação – Visão para Perto e para Longe

Quando olhamos para um objeto


próximo, o cristalino fica
arredondado, para provocar
maior curvatura da luz, formando
uma imagem nítida.

Quando olhamos para um objeto


distante, o cristalino fica
achatado, para focalizar a luz
exatamente na retina.
Íris e Pupila – O Diafragma do Olho
• A íris é uma estrutura contrátil • Esses valores de F correspondem
capaz de variar o seu orifício que aos de uma boa lente de máquina
á a pupila. A pupila tem diâmetro fotográfica. Como a luz que entra
de 1,5 a 8 mm, conforme a é proporcional à área da pupila, e
contração do músculo da íris. nessa área o raio é elevado ao
• A camada posterior da íris é quadrado, com valores de 2,1 a
responsável pela cor dos olhos. 11,3, consegue-se uma variação
• Como a distância focal média do de aproximadamente 30 vezes na
olho é de 17 mm, os valores F quantidade de luz que entra.
(abertura da lente), para o olho
varia entre:

F = 17 = 11,3
1,5
e

F = 17 = 2,1
8
Íris e Pupila – O Diafragma do Olho
• A íris tem um papel importante
nas seguintes funções:
– controle da quantidade de luz;
– diminuição da aberração esférica
e aberração cromática;
– aumento da profundidade de foco
com o fechamento da pupila.
– O fechamento da pupila é
conhecido como miose, e a
dilatação como midríase.
• Várias moléstias e diferentes
substâncias causam tanto a miose
quanto a midríase. Os
cicloplégios são drogas que
agem localmente, paralisando a
íris e causando intensa midríase.
São usadas para exame
oftalmológico, e durante sua ação,
pode-se sentir a falta do efeito
diafragma da pupila, pela visão
desfocada.
Estrutura da Retina
• As células sensíveis à luz localizam-se na camada mais interna da
retina, a luz incidente nas células fotorreceptoras atravessam diversas
camadas, antes de sensibilizá-las. Tal arranjo pode parecer ineficiente,
contudo a perda da energia luminosa é mínima, devido a baixa absorção
luminosa das camadas que antecedem às células fotorreceptoras.
Estrutura da Retina
Seção da retina

Camada pigmentar

Camada de cones e
bastonetes

Camada nuclear externa

Luz
• Após atravessar o sistema de Camada plexiforme
externa
lentes do olho e o humor vítreo, a
Camada nuclear interna
luz atinge a retina na sua
superfície interna, atravessando
diversas estruturas, tais como, as Camada plexiforme
células ganglionares, as camadas interna
plexiformes e nucleares, até atingir
a camada dos bastonetes e cones. Camada de células
• Os cones são responsáveis pela ganglionares

visão de cores e os bastonetes Camada da fibra nervosa


são responsáveis, principalmente,
pela visão no escuro. Luz
Estrutura da Retina
Seção da retina

Camada pigmentar

Camada de cones e
bastonetes

Camada nuclear externa

Camada plexiforme
Luz externa

• A retina é a película Camada nuclear interna

fotossensível, onde os fótons


que chegam interagem com Camada plexiforme
receptores especiais, gerando interna
um pulso elétrico.
Camada de células
ganglionares

Camada da fibra nervosa

Luz
Estrutura da Retina
Seção da retina

Camada pigmentar

Camada de cones e
bastonetes

Camada nuclear externa

Camada plexiforme
Luz externa

• É interessante notar que os Camada nuclear interna


cones e bastonetes apontam
para a direção oposta aos raios
Camada plexiforme
de luz. Existem cerca de 130 interna
milhões de bastonetes e 7
milhões de cones, distribuídos Camada de células
em um arco de ganglionares
aproximadamente 180º, no Camada da fibra nervosa
fundo olho.
Luz
Mácula e Fóvea
• No centro da retina temos uma região, de
pequenas dimensões, denominada
mácula lútea, cujo nome, quer dizer
mancha amarela. Na mácula lútea, com
cerca de 1,5 mm2 de área, encontra-se
mais cones. A fovea centralis (fossa
central) é uma depressão de 0,28 mm2 de
área no interior da mácula lútea, onde não
há bastonetes e nela se encontram de
30.000 a 4.000 cones, mais delgados, e
que são ligados diretamente ao nervo
óptico.
• No local de saída do nervo óptico e vasos
sangüíneos, não há cones e nem
ponto cego onde os vasos
bastonetes, e esse local corresponde ao sangüíneos da retina emergem
ponto cego. para o nervo óptico.
Fotorreceptores
• A retina apresenta dois tipos de fotorreceptores: os
cones e os bastonetes. Os cones são
encontrados em maior concentração na fovea
centralis e são responsáveis pela visão detalhada,
precisa e colorida. Os bastonetes são encontrados
em toda a retina periférica, sendo receptores muito
sensíveis à luz, por isso, deles depende a visão em
baixa intensidade luminosa.

• Os bastonetes possuem um pigmento


fotossensível chamado rodopsina. Os
fotopigmentos existentes nos cones são chamados
de iodopsinas. Os cones possuem iodopsinas que
combinadas com o retinal (aldeído da vitamina A)
formam três pigmentos distintos: um sensível ao
azul, outro ao verde e outro ao vermelho. Assim
temos cones sensíveis a cada umas destas cores.
Daltonismo
• A visão normal a cores depende da
combinação das mesmas no córtex
sensorial. Nas formas mais comuns de
daltonismo, o indivíduo não consegue
distinguir entre o vermelho e o verde
devido à falta dos pigmentos sensíveis
ao vermelho e o verde.
• Visto que o gene para o daltonismo é
recessivo e ligado ao sexo (levado
somente pelo cromossomo X), esta
condição é muito mais rara em
mulheres que em homens.
Comparação de Bastonete e Cone
• Na figura ao lado temos um diagrama A) Bastonete B) Cone
esquemático do bastonete e do cone,
Discos
as células sensíveis à luz. Os
bastonetes são geralmente mais longos
Segmento Espaço
e estreitos que os cones, apresentam externo Citoplasmático
diâmetro entre 2 a 5 m, enquanto os
Membrana Segmento
cones apresentam diâmetro variando de Plasmática externo
5 a 8 m, com exceção da região
Cílio
foveal, onde os cones apresentam
diâmetro de 1,5 m.
• No segmento externo do bastonete e Mitocôndrias

cone está localizada a substância


Segmento
sensível à luz. Para o bastonete é a interno Segmento
rodopsina, e para o cone a iodopsina. interno

• Observa-se a presença de diversos Núcleo

discos nas estruturas de ambas células,


tais discos nos cones são invaginações
na membrana celular, também presente Terminal
sináptico Vesículas Terminal
na base dos bastonetes. sinápticas sináptico
Comparação do Bastonete e Cone
• O terminal sináptico, mostrado no A) Bastonete B) Cone
diagrama ao lado, é responsável pela
Discos
comunicação com as células
neuronais subseqüentes, chamadas
células horizontais e bipolares. Essas Segmento Espaço
externo Citoplasmático
células representam os estágios
seguintes da visão. Membrana Segmento
Plasmática externo

Cílio

Mitocôndrias

Segmento
interno Segmento
interno
Núcleo

Terminal
sináptico Vesículas Terminal
sinápticas sináptico
Decomposição da Rodopsina
• Os bastonetes contêm um fotorreceptor químico chamado rodopsina, uma
combinação de retinal (aldeído da vitamina A) e um tipo específico de proteína,
uma opsina. Quando a luz é absorvida pela rodopsina, as modificações do retinal
na sua forma cis (contendo uma cadeia ramificada), a qual tem a propriedade de
formar uma combinação estável com a opsina, para forma trans (contendo uma
cadeia reta), transforma a união retinal opsina numa forma instável. Isso leva a
uma seqüência de reações que produz uma série de intermediários instáveis e
que terminam com a separação do retinal da opsina.
Decomposição da
. Rodopsina

Rodopsina
Regeneração da
Rodopsina
Regeneração da Rodopsina
• A regeneração da rodopsina a partir do retinal e da opsina envolve o retorno do
retinal da forma trans para a forma cis (um processo catalisado pela enzima
retinal isomerase), que então se combina com a opsina. A rodopsina é
regenerada sob iluminação reduzida.
• O retinal é formado a partir da vitamina A (retinol) e convertido de novo em
vitamina A. Uma deficiência grave de vitamina A resulta numa deficiência retinal
e, então, de rodopsina, causando cegueira noturna – a incapacidade de ver com
pouca luz.
. Decomposição da
Rodopsina

Rodopsina

Regeneração da
Rodopsina
Problemas de Visão
• Certas condições podem impedir a entrada da luz no olho. Por exemplo,
uma córnea manchada ou uma lente opaca (catarata) bloqueiam a
entrada de luz e impedem a estimulação de cones e bastonetes.

• Certas condições podem lesar a retina. Por exemplo, o aumento da


pressão intra-ocular (glaucoma) pode comprimir os vasos sangüíneos
da coróide e dessa maneira privar a retina de um suprimento sangüíneo
adequado. As células da retina morrem e o resultado é a cegueira.

• Ou ainda, por razões desconhecidas, os fotorreceptores da fóvea


central da mácula lútea podem degenerar causando degeneração
macular e a conseqüente perda de visão.
Problemas de Visão
• Determinadas condições podem destruir o nervo óptico. Por exemplo,
um tumor sobre o nervo óptico ou quiasma óptico pode interferir na
transmissão do impulso nervoso.

• Finalmente, tumores, coágulos sangüíneos ou trauma podem lesar o


lobo occipital do cérebro, causando cegueira cortical (uma cegueira
decorrente de perda do córtex cerebral).

• Erros de refração ou seja quando a luz não é focada sobre a retina são
problemas visuais comuns. Um erro de refração refere-se à
incapacidade das estruturas (particularmente a córnea e o cristalino)
focarem as ondas de luz sobre a retina. Essas condições levam um
grande número de pessoas a usarem lentes corretivas em óculos ou
lentes de contato.
Miopia e Hipermetropia
O olho normal, ou emétrope, é A) Emetropia
mostrado na figura A. No olho normal
objetos situados à distância são
focalizados sobre a retina. No olho
míope, a imagem é formada antes da
retina, como mostrado na figura B. Na
maioria das vezes, um globo ocular B) Miopia
mais longo é a causa da miopia, ou,
em outras vezes, o poder de refração
muito grande do sistema de lentes do
olho é a causa. No olho com
hipermetropia a imagem é formada
após a retina, como destacado na C) Hipermetropia
figura C. A hipermetropia é em geral
devida a um globo ocular mais curto,
ou, algumas vezes, devido a um poder
de refração menor do sistema de
lentes do olho, quando o músculo
ciliar está relaxado.
Correção da Miopia
A correção da miopia se faz com a
colocação de lentes côncavas, que
leva a imagem a se formar mais longe.
Com o poder de refração adequado, a
imagem se formará sobre a retina.

Visão normal Miopia


Correção da Hipermetropia
A correção da hipermetropia se faz
com a colocação de lentes convexas,
que leva a imagem a se formar mais
perto. Com o poder de refração
adequado, a imagem se formará sobre
a retina.
Presbiopia
• É a perda da acomodação visual com a idade. A
acomodação varia de 14 a 4 dioptrias (7 a 25 cm), e sua
correção é feita de modo semelhante à hipermetropia.
• A acomodação varia com a idade, sendo máxima na
infância e mínima ou ausente, na idade avançada.
• Uma criança de 10 anos pode ter seu ponto máximo de
visão nítida a 7 cm (14 dioptrias). Entre 20 e 30 anos, o
ponto próximo está a 25 cm (4 dioptrias). Dos 30 aos 40
anos, o ponto próximo vai se afastando, a ponto das
pessoas terem que esticar o braço para poder ler.
Astigmatismo
O astigmatismo ocorre quando a córnea apresenta um formato
oblongo, ou, mais raramente, o cristalino apresenta tal formato.
Para corrigir essa anomalia é necessário o uso de lentes cilíndricas.
Tais lentes tem a capacidade de mudar a distância focal do olho, na
direção onde o raio de curvatura da córnea difere de suas demais
partes.
Uma forma de saber se uma pessoa tem astigmatismo é olhando
para a figura abaixo sem óculos. Veja se consegue ver nitidamente
todas as linhas.
Astigmatismo

Visão normal

Visão com astigmatismo


Correção do Astigmatismo
No procedimento experimental abaixo, vemos que a imagem
formada pela vela aparece alongada no anteparo, ou seja, ela se
forma na direção do eixo de simetria do copo. Observe as situações
mostradas nas figuras (b) e (c). O copo, funcionando como uma
lente cilíndrica, faz com que os raios de luz que o atravessam
convirjam na direção paralela ao eixo do copo, mostrando portanto,
uma imagem alongada. No caso das lentes esféricas, a simetria
esférica permite a formação da imagem real proporcionalmente em
todas as direções.
Você sabia?
• Por que, algumas vezes, enxergamos manchas na frente dos
nossos olhos?
As manchas são chamadas de muscae volitantes (moscas volantes),
isto é, semelhantes às moscas voando. Elas são partículas ou células
sangüíneas vermelhas que escapam dos capilares dos olhos. Essas
substâncias flutuam através do humor vítreo ocasionalmente situando-
se em nossa linha de visão. A presença dessas substâncias é
considerada normal e inofensiva.
Moscas Volantes
São manchas ou pontos escuros no Íris
Pupila
Córnea
campo de visão. Humor aquoso
Não se trata de uma doença, mas Zônula Câmara posterior
de um sintoma que pode aparecer Músculo ciliar
em diversas doenças oculares, após Cristalino

cirurgias, como as de catarata, após Coróide


traumatismos nos olhos ou
espontaneamente. Esclerótica
Humor vítreo
Em geral, são pequenas opacidades
dentro de uma gelatina que temos Retina

dentro do olho, chamada humor


vítreo. O vítreo preenche toda a
cavidade posterior do globo ocular.
Fóvea
Embora esses corpos flutuantes
Disco ótico
pareçam estar na frente do olho,
eles estão realmente flutuando Nervo ótico e vasos retinais
dentro da gelatina e a sombra deles
é projetada sobre a retina, conforme
a movimentação dos olhos.
Ilusão de Óptica
• As ilusões de óptica indicam uma segmentação entre a percepção de
algo e da concepção desta outra realidade, a ordem de percepção não
influencia a compreensão de algumas imagens. Principalmente nos
últimos 20 anos, os cientistas mostraram um progresso na área óptica.
As ilusões causam surpresa quando são percebidas de formas
diferentes e até um certo tipo de divertimento.
• As ondas de luz penetram no olho e então entram em células
fotorreceptivas na retina. A imagem formada na retina é plana, contudo,
percebemos forma, cor, profundidade e movimento. Isso ocorre porque
nossas imagens de retina, se em uma imagem 2D ou 3D, são
representações planas em uma superfície encurvada. Para qualquer
determinada imagem na retina, há uma variedade infinita de possíveis
estruturas tridimensionais.
Ilusão de Óptica
• Algumas ilusões trabalham exatamente no fato de sermos juntamente
com os macacos os únicos seres que percebem a noção de largura,
altura e profundidade; uma das explicações para este fato é que
temos os olhos na frente da cabeça e não dos lados como na maioria
dos animais.
• A percepção que uma pessoa tem do mundo exterior de seu olho não
depende apenas do órgão da visão, mas também de suas emoções,
seus motivos, suas adaptações, etc.
Tipos de Ilusão de Óptica
Ambíguas
As imagens ambíguas, sempre contém
mais de uma cena na mesma imagem.
Seu sistema visual interpreta a imagem
em mais de um modo. Embora a imagem
em sua retina permaneça constante,
você nunca vê uma mistura estranha das
duas percepções sempre é uma ou a
outra.

A ilusão do vaso Rubim é uma ambígua


ilusão figura/fundo. Isto porque podem
ser percebida duas faces brancas
olhando uma para a outra, num fundo
preto ou um vaso preto num fundo
branco.
Tipos de Ilusão de Óptica
Letras
Nossos olhos realmente nos enganam, aqui você vai descobrir porque ...
Olhe abaixo e diga as CORES, não as palavras...
Conflito no cérebro: o lado direito do seu cérebro tenta dizer a cor,
enquanto o lado esquerdo insiste em ler a palavra.
Tipos de Ilusão de Óptica
Arte
São obras publicadas de artistas
consagrados com maravilhosas
ilusões de óptica.
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Juntando Tudo: Como Você Vê?

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Como você vê?
• A luz entrando no olho
– Para penetrar no olho e estimular os fotorreceptores, a luz deve passar
pelas seguintes estruturas, em seqüência: córnea, humor aquoso, lente
(cristalino) e humor vítreo.
• Focando a luz sobre a retina
– Antes que você possa ver uma imagem nítida, os raios luminosos
devem ser desviados e focados sobre um determinado ponto da retina.
– O desvio desses raios é chamado de refração. A córnea, o humor
aquoso e a lente (cristalino) são todos capazes de produzir refração da
luz.
– A lente ou cristalino é capaz de ajustar a quantidade de refração. A
lente pode alterar sua forma, tornando-se espessa ou delgada.
– É uma estrutura elástica mantida em posição pelo ligamento
suspensor (zônula ciliar) inserido no corpo ciliar. A capacidade da lente
de alterar a sua forma permite ao olho focar objetos próximos ou
distantes.
Como você vê?
• Focando a luz sobre a retina
– A capacidade da lente de alterar a sua forma permite ao olho focar
objetos próximos ou distantes.
– Por exemplo, se você segura um lápis em frente a seus olhos, você
será capaz de vê-lo claramente. O foco do objeto próximo (lápis) sobre
a retina se deve principalmente à lente. Ela começa a se arredondar e
desvia a luz mais acentuadamente, focando-a sobre a retina.
– Essa capacidade da lente em alterar a forma para focar de perto o
objeto é chamada de acomodação.
Como você vê?
• Estimulando os fotorreceptores com luz
– Uma vez que a luz tenha atravessado as várias estruturas do olho, ela
deve estimular os fotorreceptores, os bastonetes e os cones.
– Por que você enxerga em preto e branco à noite e colorido durante
o dia?
– Os bastonetes estão amplamente espalhados pela retina, mas são
mais abundantes na periferia. Os bastonetes são sensíveis à ausência
de luz e são responsáveis pela visão em preto e branco.
– A imagem produzida pela estimulação dos bastonetes é meio ofuscada.

– Em decorrência dos bastonetes atuarem no escuro, a estimulação


desses fotorreceptores é freqüentemente chamada de visão noturna.
Como você vê?
– Por que você enxerga em preto e branco à
noite e colorido durante o dia?
– Os cones são fotorreceptores para a visão
colorida. São mais abundantes na porção
central da retina, especialmente na fóvea central
da mácula lútea, que contém somente cones e é
considerada uma área de grande acuidade
visual.
– A imagem produzida pela estimulação dos cones
é nítida.
– Existem três tipos de cones, cada qual com um
diferente pigmento visual (uma substância
química sensível à luz). Um tipo de cone produz
uma cor verde; outro, uma cor azul e um terceiro
produz a cor vermelha. A estimulação pela
combinação desses cones produz os mais
diferentes tipos de cores e tonalidades que
apreciamos!
Como você vê?
• Fotorreceptores estimulados informando o cérebro
– Os impulsos nervosos que se originam dos fotorreceptores deixam o
olho através do nervo óptico (par de nervos cranianos II).
– O impulso nervoso caminha por fibras do nervo óptico ao lobo occipital
do cérebro.
– A figura a seguir ilustra as vias dos nervos ópticos quando cada uma
deixa o olho. Note que metade das fibras do olho esquerdo cruzam a
linha mediana e se dirigem para o lado direito do cérebro. Metade das
fibras do olho direito cruzam para o lado esquerdo e percorrem em
direção à metade esquerda do cérebro. O cruzamento das fibras
permite ao lobo occipital integrar a informação de ambos os olhos e
produzir uma imagem. O ponto no qual as fibras do lado esquerdo e do
lado direito do olho se cruzam é chamado de quiasma óptico. O
quiasma óptico está localizado anteriormente à hipófise.
Nervo óptico

Quiasma óptico

Trato óptico

Córtex visual do
lobo occipital
Questionário
1. Quais são os nomes das seguintes estruturas:
a) Região posterior da camada externa do olho.

b) Parte mais anterior da camada externa.

c) Parte colorida do olho.

d) Abertura central da íris.

e) Camada mais interna do bulbo do olho.

2. Distinguir entre as funções dos cones e bastonetes. Descrever o


ciclo da rodopsina.

3. Por que nós não vemos imagens que são focadas sobre o ponto
cego? Qual é a diferença entre humor aquoso e humor vítreo?

4. Diferenciar miopia, hipermetropia, presbiopia e astigmatismo.

5. Descrever como ocorre a acomodação para a visão próxima.

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