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SL - 1h30m
HL - 2h
25% da nota
Estilo
Autor
Forma
Propósito
Público
Qual a configuração usada para
transmitir os temas centrais?
Cenário
Temas
Links
Qual a configuração usada para
transmitir os temas centrais?
PASSO 3: Planejar
c) Tese
d) Foco (Como você vai provar sua tese? Quais são os seus argumentos?)
Embora não haja notas atribuídas para a introdução, ela deve ser clara e estabelecer
excelente conhecimento e compreensão (Critério A), ajudar na estrutura (Critério D) e
garantir um argumento focado e relevante (Critério B).
Qual a configuração usada para
transmitir os temas centrais?
PASSO 5: Corpo
Escreva cerca de 3 pontos sólidos para que a sua resposta tenha uma boa qualidade
Qual a configuração usada para
transmitir os temas centrais?
PASSO 6: Conclusão.
• Frase de Clincher / Killer - Esta é a impressão final que você vai deixar no examinador; precisa cobrir
todas as áreas, mas também tentar provocar novas investigações ou uma maneira alternativa de olhar
para a questão.
• Por mais tentador que seja, não leia rapidamente - isso é inútil;
você não vai encontrar erros.
A) Livro fechado, sem anotações da aula, dando a você a imagem mais precisa
de suas habilidades atuais.
B) Livro aberto, sem anotações da aula, isso testará suas habilidades de redação
e conhecimento do livro sem ter memorizado as citações.
C) Livro fechado, com suas anotações desta lição sobre como estruturar sua
resposta, isso testa seu conhecimento dos romances enquanto pratica a
estrutura da redação.
D) Livro aberto, com notas desta lição, isso vai ajudar a construir a sua confiança,
mas será um pouco mais complicado no momento de produzir o texto.
ANÁLISE DOS LIVROS
MAYOMBE X KAFKA À BEIRA-MAR
Todas elas possuíam uma característica comum: tensão permanente e o final infeliz e trágico.
Segundo o filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), a Tragédia era um gênero maior capaz de
transmitir nas pessoas as sensações vividas pelas personagens.
Esse processo, definido por ele como “catarse”, acontecia com o público que assistia à peça como
forma de purificação e/ou purgação dos sentimentos.
Em outras palavras, a catarse representava uma descarga de sentimentos e emoções provocados
pela tragédia.
MAYOMBE X KAFKA À BEIRA-MAR
Final trágico nos dois livros
Kafka à beira-mar - o complexo de Édipo não é muito significativo. Kafka Tamura mata o
pai e dorme com a mãe.
MAYOMBE X KAFKA À BEIRA-MAR
Aproximando o seu texto, desde o início, ao mito de Prometeu, transformado por meio de sua identificação com Ogun, que se torna
“o Prometeu africano” – imagem reforçada no decorrer do romance e retomada ao final –, Pepetela enfatiza a necessidade da
transmissão da cultura, da tradição, como força criadora e libertadora do futuro. Como Ogun é o Prometeu africano, os dois mitos,
africano e ocidental, modificam-se mutuamente. Tanto através de Prometeu, quanto de Ogun, traz-se para o Mayombe as noções de
legado, transmissão, desobediência, enfrentamento do poder. Com o fogo, “precioso fator das criações do gênio”[2], Prometeu dá à
humanidade “uma esperança infinita no futuro”[3]. Por sua vez, “Ògún possui privilegiado poder de transformação, que se manifesta
em seu trabalho com o ferro e o fogo, assim como detém o poder de articular, em seu panteão, o sistema de crenças, códigos
gestuais, práticas e celebrações rituais. É a divindade responsável pela transmissão dos valores e normas culturais”[4], sendo ainda
o que “concede a preservação e a continuidade da vida humana”[5].
Também Ogun desafiou o poder, amargando, por isso, privações. No entanto, em Mayombe, os mitos já não são mais os mesmos,
pois, ao serem amalgamados e transportados para a floresta de Cabinda, entre a guerrilha, alteram-se. Pela referência a esses
mitos, transformados, valoriza-se em Mayombe a desobediência das novas gerações, a não submissão àqueles que as geraram, sem o
consequente castigo. Trata-se de uma relação humana que se cobre de autoridade apenas durante um primeiro momento, o da
formação dos novos, para logo desfazer-se em igualdade de condições. Desejando e procurando realizar a radical libertação está,
principalmente, o Comandante.
Dessa maneira, as imagens de Prometeu, Zeus e Ogun estendem-se pelo romance. Se o narrador fala do Mayombe como Zeus
vergado à coragem dos guerrilheiros, a imagem ecoa pelo texto, duplicando-se e reduplicando-se. Pode-se pensar, por exemplo, no
próprio Sem Medo como um Prometeu-Ogun, “irreverente”[6], com o olhar espreitando o futuro, transmitindo suas experiências aos
jovens e buscando que estes sigam, livres, o curso de suas vidas. Como imagem emblemática da vanguarda, ele é o que está na
frente nas ações e, especialmente, o que ensina através do exemplo. É ele quem inicia na guerrilha os jovens recrutas enviados à
Base por André: “Como ferreiro, os objetos de ferro, como revólver, faca, etc sempre pertenceram a Ògún, que também ensinava o
processo de utilização e manuseio desses objetos”[7]. Especificamente em sua inter-relação com o Comissário, anseia pela
desobediência: “Liberta-te, João, salta no abismo, recusa o último cigarro” (p. 185), mas, evitando ser incoerente ou falsificar a
identidade do outro, não pode agir no lugar do amigo. Seu papel é o de fazer o máximo para que João liberte-se e ganhe consciência
da transformação, insistindo, inclusive diante de Ondina que “— João não é um fraco, acredita. Não tem muita experiência, é tudo.
KAFKA À BEIRA-MAR
Tragédia grega - complexo de Édipo