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Curso de Pós-graduação Latu Sensu

MBA – MBA em Eficiência Energética e Energias


Renováveis

Turma - 2017

Módulo: Viabilidade Econômica de Projetos

Professor: Engo. Érik Silva David MsC

Conteúdos: Unidade I

Carga Horária: 24 h

Fevereiro de 2.018.
Unidade I - O Projeto de Investimento na Empresa

• Breve Introdução;

• Planejamento, Elaboração e Análise;

• O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa;

• Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir;

• A Necessidade de Capital.
Breve Introdução

A atividade produtiva e a ação do estado

• O processo de industrialização da economia brasileira ganha força no


início do século XX;

• Nesta época, algumas famílias, a exemplo da Matarazzo, então


apoiadas pelo estado conseguem montar vários conglomerados
industriais;

• Houve neste período uma aceleração da migração de capital


internacional para o Brasil, direcionado principalmente para a infra-
estrutura: ferrovias, gás, energia, bondes e outros;

• Outras iniciativas de investimento apoiadas pelo governo


aconteceram, tais como no segmento do papel, que é o caso da Kablin
no Paraná, do petróleo, que é o caso da Petrobras no Rio de Janeiro,
da produção de aço, que é o caso da Usina de Volta Redonda também
no Rio de Janeiro.
Breve Introdução

As fases de substituição de importações

• A doutrina econômica que dominou o país até recentemente foi a do


desenvolvimento pela substituição das importações;

• A ideologia por trás desta doutrina era agregar valor ao produto nacional,
uma vez que a relação de troca estabelecida no comércio internacional
pelo país baseava-se nos produtos agropecuários e a mesma se
deteriorava ao longo do tempo;

• A partir daí houve um estímulo à produção interna, sendo que, neste


caso, a eficiência produtiva era um objetivo secundário;

• A primeira grande fase deste modelo econômico ocorreu durante o


governo JK e a segunda fase deu-se no governo Geisel, sendo que este
modelo foi grandemente alavancado pelo capital internacional;

• Houve nesta época um grande estímulo à produção de insumos básicos,


bens de capital e energia (hidroelétrica, carvão, petróleo, álcool e nuclear).
Breve Introdução

A abertura econômica e a estabilização da moeda

• A partir da década de oitenta observou-se que o modelo de substituição da


importação, apesar de resolver o problema interno da oferta de bens
duráveis e não duráveis, insumos básicos e bens de capital, estava esgotado
produzindo os seguintes impactos:

- Falta de competitividade em praticamente todos os setores produtivos;


- Custo exorbitante nas diversas cadeias produtivas;
- Processo inflacionário sem controle.

• Estes fenômenos foram observados mais claramente no setor da


informática, uma vez que apesar de ter produzido alguns avanços, estes
foram conseguidos a um custo fora de propósito para os setores que
dependiam de computadores e de softwares para aumento de eficiência
operacional;

• O processo de abertura econômica a partir de 1990 provocou três


movimentos importantes:
Breve Introdução

A abertura econômica e a estabilização da moeda

• O fim das reservas de mercado;


• Início do processo de privatização;
• Controle da inflação e conseqüente estabilização da moeda.

• Estes movimentos provocaram um círculo virtuoso o qual culminou com a


elevação da classificação da economia brasileira para o nível de grau de
investimento;

• A abertura e a estabilidade da moeda aliadas ao processo de privatização


permitiram o surgimento de novos empreendimentos, aumentando a
concorrência nos vários setores da economia, englobando aí, a atividade
agropecuária, a indústria, o comércio e os serviços;

• Deste modo, as decisões sobre investimentos foram alteradas e os projetos


de investimento passaram a elaborados e analisados dentro de um contexto
estratégico;
Breve Introdução

Estratégia: Planejamento e Posicionamento

Dentro do desenvolvimento de um projeto de investimento qualquer, deve ser


levado em conta o caráter estratégico, observando-se um grau de planejamento
que permita a análise do ambiente interno da organização, confrontando-o com
o ambiente externo no qual ela está inserida, buscando-se estabelecer em
processo de análise os seguintes elementos:

 Oportunidades – tais como: potencial de mercado, nova tecnologia e etc;

 Ameaças – tais como: alteração de legislação, entrada de um novo


concorrente, etc;

 Pontos Fortes – tais como: qualidade de execução, força de vendas,


distribuição, etc;

 Pontos Fracos – tais como: deficiência em marketing, baixa qualidade de


recursos humanos, capacidade de investimento, etc.
Breve Introdução

Estratégia: Planejamento e Posicionamento

De outra maneira, deve-se levar em conta também o posicionamento daquilo


que o projeto vai produzir e fornecer, dentro do contexto de forças que o
mesmo está submetido, a saber:

 Novos Entrantes – são os novos competidores que resolvem explorar um


determinado segmento de mercado e no qual não atuavam antes;

 Produtos Substitutos – são produtos e serviços que surgem decorrentes


de inovação ou de novas tecnologias impactando no ambiente do mercado;

 Poder do Fornecedor – devido ao seu poder em uma negociação junto a


possíveis compradores;

 Poder do Comprador – devido ao seu poder em uma negociação junto a


possíveis vendedores;
Breve Introdução

Estratégia: Planejamento e Posicionamento

 Rivalidade de concorrência – devido à competição entre organizações na


disputa pelo espaço no mercado.

Desta maneira, o projeto de investimento deve estar alinhado com a


estratégia do negócio o qual é a razão de ser da organização, sendo que a
estratégia pode e será estabelecida dentre as que seguem citadas abaixo:

 Excelência operacional;

 Diferenciação;

 Proximidade ao cliente.

O projeto então deverá gerar valor percebido para o cliente final e margem
de resultado para a organização que o está patrocinando.
Breve Introdução

Diagrama da Cadeia de Valor


Atividades de Apoio

Infra-estrutura da empresa
Recursos humanos
M V
a a
Tecnologia r
g
l
Logística Operações Marketing Serviços
e Vendas e o
m r

Atividades Primárias
Planejamento, Elaboração e Análise
A Estrutura e as Etapas de um Projeto

O projeto pode ser entendido como um conjunto de informações coletadas e


processadas, de modo que simulem uma dada alternativa de investimento
para testar sua viabilidade.

Definição e Tipos de Projetos

A classificação do projeto por tipo dependerá do objetivo, então tem-se as


seguintes classificações:

Macro-econômica:
• Projeto Agrícola;
• Projeto Industrial;
• Projeto de Serviços.

Micro-econômica:
• Projeto de Implantação;
• Projeto de Expansão ou de Ampliação;
• Projeto de Modernização;
Planejamento, Elaboração e Análise
A Estrutura e as Etapas de um Projeto

• Projeto de Relocalização;
• Projeto de Diversificação.

Em função do uso:
• Projeto de Viabilidade;
• Projeto Final;
• Projeto de Financiamento.

Os componentes mais frequentemente encontrados em uma alternativa


de investimento são as seguintes:

Econômicos, os quais envolvem:


• Mercado;
• Localização;
• Dimensão.
Planejamento, Elaboração e Análise
Técnicos, os quais envolvem:
• Engenharia;
• Processos de produção;
• Lay-out de planta produtiva;
• Suprimento de energia.

Financeiros, os quais envolvem:


• Composição de capital;
• Financiamentos;
• Capital de giro;
• outros (análise retrospectiva e prospectiva).

Administrativos, os quais envolvem:


• Estrutura organizacional;
• Estrutura para implantação e operação do projeto;
• Treinamento dos recursos humanos;
• outros (contabilidade do futuro negócio).
Planejamento, Elaboração e Análise
Institucionais, os quais envolvem:
• Jurídicos;
• Legais;
• Meio ambiente.

Quanto aos aspectos ligados ao meio ambiente, atualmente deve-se analisar


os aspectos positivos e negativos associados à implantação do projeto:

Aspectos positivos:
• Nível de emprego gerado;
• Construção de escolas e de creches;
• Desenvolvimento da comunidade na qual o projeto estará inserido;
• Capacitação dada à funcionários da comunidade através de
treinamentos.

• Aspectos negativos:
• Impacto referente à poluição do ar, da água, do solo e nível de ruído;
• Manejo de recursos hídricos;
• Degradação ecológica, da vida animal, vegetal e do clima);
• Nível de periculosidade para os trabalhadores e comunidade.
Planejamento, Elaboração e Análise
Estruturação do empreendimento

Ao longo do processo de estruturação do empreendimento, pode-se observar


três fases distintas:

- Planejamento do Empreendimento;
- Implantação do Empreendimento;
- Operacionalização do Empreendimento.

Planejamento do Empreendimento

Durante esta fase é feita todo detalhamento de como o empreendimento vai


funcionar, sendo que ao final deste processo, faz-se a análise de viabilidade
econômica financeira, envolvendo:

-Concepção e Definição do Negócio;


-Análise do Mercado;
-Estudo de Localização;
-Estratégia Empresarial;
-Planejamento de Marketing;
Planejamento, Elaboração e Análise
- Plano Operacional;
- Planejamento Financeiro;
- Análise de Viabilidade Econômica Financeira e de Riscos;
- Origem de Financiamento.

Implantação do Empreendimento

É a fase de pré-operação aonde são alocados e mobilizados todos os


recursos necessários para a sua operação, envolvendo o gerenciamento das
seguintes dimensões:

-Prazos;
-Escopo da Implantação;
-Recursos Humanos;
-Aquisições;
-Informação / Comunicação;
-Integração;
-Qualidade;
-Riscos;
-Custos.
Planejamento, Elaboração e Análise
Operacionalização do Empreendimento

É a fase de operação, funcionamento ou start-up, quando já estão


alocados e mobilizados todos os recursos necessários para a sua
operação, envolvendo o gerenciamento e a execução de todas as
atividades da empresa que são relativas às seguintes dimensões:

-Comercialização;
-Produção;
-Recursos Humanos;
-Suprimentos;
-Logística (armazenagem e transporte);
-Finanças (custos, faturamento, contas a pagar/receber e
controladoria);
-Contabilidade e jurídica;
-Tecnologia de Informação e Qualidade.
Planejamento, Elaboração e Análise
Antes de passar ao estudo do planejamento, elaboração e análise de projetos,
faz-se necessário abordar-se rapidamente a problemática da implantação de
um projeto de investimento.

Deste modo, baseados na abordagem de Harold Kerzner (2006), assim como


na base da moderna teoria de gerenciamento de projetos e ainda nos
conceitos relativos ao “PMBOK – Project Management Body of Knowledge ”
cabe uma referência à questão relativa à tática adotada para a execução de
uma determinada implantação de projeto de investimento.

Os recursos necessários ao planejamento e à execução das atividades de


implantação necessitam de um gerenciamento específico, visto que muitas
vezes eles se tornam críticos para o desenrolar da implementação do projeto.

Poderíamos citar como principais elementos de gestão associados à


execução de uma ação de implantação de projeto, os seguintes:
Planejamento, Elaboração e Análise

PROCESSOS DE
PLANEJAMENTO

PROCESSOS DE
PROCESSOS DE MONITORAMENTO E PROCESSOS DE
INICIAÇÃO CONTROLE ENCERRAMENTO

PROCESSOS
DE
EXECUÇÃO
Planejamento, Elaboração e Análise

A gestão da implantação do projeto de investimento é estruturada a


partir do ciclo de gerenciamento associado aos elementos
planejamento, execução, monitoramento e controle das diversas
dimensões associadas ao projeto.

A partir daí observa-se que este ciclo gerencial é aplicado dentro de


algumas áreas de conhecimento específicas e que estão associadas
à execução da implantação do projeto de investimento, sendo que a
figura abaixo mostrada demonstra este relacionamento.

Verifica-se aí o nível de importância das variáveis custo, tempo,


qualidade, assim como as condições de contorno de escopo do
projeto assim como das atividades que aparecem de maneira
centralizada na ilustração.
Planejamento, Elaboração e Análise
PROJETO

AQUISIÇÕES
R.H.

RISCOS

CUSTOS TEMPO

ESCOPO

QUALIDADE
Planejamento, Elaboração e Análise

Cada uma destas áreas de conhecimento, ao longo da execução da


implantação de um projeto, precisam ser geridas e tratadas
especificamente, a saber:

1) Escopo da atividade – é o objeto a ser executado;

2) Integração – visa a mitigação das interferências associadas à


implantação do projeto;

3) Riscos - visa a neutralização dos riscos devido a chance de se


ocorrer perdas durante à execução da implantação;

4) Tempo – está associado ao início, duração e término das atividades;


Planejamento, Elaboração e Análise
5) Custos – relativo aos gastos e orçamento associado às atividades;

6) Qualidade – está associado ao retrabalho e desperdício e falhas na


execução das atividades associadas à implementação;

7) Comunicação – está associado à neutralização de conflitos entre


membros da equipe e harmonização entre as pessoas envolvidas com
todo o processo de implantação;

8) Suprimentos – relativo a toda a parte de aquisição e logística de


materiais, insumos, equipamentos e transportes necessários ao o
projeto;

9) Recursos Humanos – talvez a mais impactante área de


conhecimento e de longe a mais complexa de se gerir.
Planejamento, Elaboração e Análise
O foco deste estudo será o planejamento e análise de viabilidade do
projeto de investimento.

Concepção Inicial do Projeto.

Este é o início do desenvolvimento do projeto e parte da iniciativa de uma


organização ou indivíduo que vislumbra uma oportunidade de negócio e
geração de riqueza a partir de um empreendimento.

Análise de Mercado.

- Inicialmente faz-se o confronto entre a demanda e a oferta, a fim de se


detectar a provável escassez de oferta futura. Este resultado fornecerá os
elementos para que seja determinada a escala de produção do projeto;

- Estabelece-se a região geográfica em que o produto poderá ser


comercializado, que é um dos aspectos importantes para determinar a
localização do investimento;
Planejamento, Elaboração e Análise
- Ajuste para o preço de venda, os custos de comercialização e os
estoques nos canais de comercialização, que são elementos
importantes para elaborar as projeções do projeto.

Com relação à demanda pode-se classificar os bens conforme abaixo:

Bens de consumo:
- não duráveis;
- duráveis.

Bens de produção:
- intermediários;
- de capital.

A partir daí tem-se algumas variáveis relevantes, as quais passam a ser


descritas abaixo:
Planejamento, Elaboração e Análise
Bens de consumo não duráveis:
- População e suas características;
- Tendência de consumo secular per capita do produto;
- Renda e suas características;
- Preço do bem e dos sucedâneos.

Bens de consumo duráveis:


- Demanda de expansão;
- Demanda de reposição;
- O número de famílias;
- Renda disponível e concentração de renda;
- Condições de crédito;
- Preço do produto e de sucedâneos;
- Durabilidade e estoque.

Bens de produção intermediários:


- Nível de utilização;
- Alternativas à produção;
- Volume de processos industriais que utilizam o bem.
Planejamento, Elaboração e Análise
Bens de produção ou de capital:

- A rentabilidade do setor;
- Situação de lucro;
- Nível de utilização;
- Taxas de juros a longo prazo.

Uma questão importante a ser levada em consideração na análise de


mercado é aquela associada ao ciclo de vida dos produtos, sendo:

- O estágio de introdução.

É a fase de pré-produto e de desenvolvimento, na qual o produto é


introduzido no mercado, sendo que as vendas iniciais são baixas e
começam a crescer vagarosamente e envolvem também uma baixa
lucratividade.
Planejamento, Elaboração e Análise
- O estágio de crescimento.

Neste ponto as curvas de venda crescem depressa, uma vez que a


participação de mercado está em expansão. Do mesmo modo, a lucratividade
cresce também o que provoca o surgimento de concorrentes. O maior volume
de produção pode provocar redução de custos devido à curva de experiência
e a melhoria do processo produtivo.

- O estágio de maturidade e saturação.

Neste ponto as vendas ainda crescem mas com menor velocidade reduzida,
sendo que a lucratividade começa a cair, visto que a competitividade tende-se
a tornar mais acentuada. Neste ponto, variações de produto podem ser
introduzidas no mercado na tentativa de se estender o seu ciclo de vida.

- O estágio de declínio.

Neste ponto as vendas caem rapidamente com conseqüente perda de


lucratividade, o que pode ocorrer pelas seguintes razões:
Planejamento, Elaboração e Análise
- Desapareceu a necessidade do produto;

- Surgiram novos produtos mais eficazes;

- Os concorrentes conseguiram promover um produto substituto melhor.

Estudos de Localização.

O problema locacional para a empresa tem natureza essencialmente


dinâmica, sendo que devido à sua necessidade pode ser conveniente:

- Expandir o que existe ou subcontratar;


- Reter a estrutura atual e implantar outra;
- Relocalizar a estrutura atual.

Deste modo, a análise de localização é periódica e associada à decisão de


investir, visando o custo mínimo a curto e longo prazo, visto que este tipo de
decisão impacta bastante nos custos da organização.
Planejamento, Elaboração e Análise
Deste modo, a localização do projeto de investimento depende de alguns
fatores, os quais são chamados de fatores locacionais, sendo:

- Fatores que tornam a localização dependente das entradas.

Isto ocorre quando o processo produtivo exige matérias-primas


volumosas e/ou pesadas. Neste caso, a estrutura do projeto tende a
localizar-se próximo à fonte de matéria-prima. Exemplo: cimento e
celulose.

- Fatores que tornam a localização dependente das saídas.

Neste caso o mercado da organização é de grande importância, sendo que


a tendência é no sentido de localizar-se próximo ao mercado. Este é o
caso mais comum no setor dos serviços. Exemplo: Indústrias de bebidas,
onde o custo de distribuição é importante.

- Fatores que tornam a localização dependente do processo: nesta categoria,


incluem-se:
Planejamento, Elaboração e Análise
- Processos que exigem água em quantidade e/ou em certas
condições de pureza;

- Processos que consomem grandes quantidades de energia;

- Processos que causam poluição ambiental: do ar, da água, em


temos de ruído, etc.

- Processos condicionados a condições atmosféricas, tais como:


umidade, maresia, temperatura, etc.

- Processos que dependem de mão-de-obra abundante e/ou


especializada.

- Processos que dependem de infra-estrutura de transporte:


rodoviário, ferroviário, hidroviário e aéreo.
Planejamento, Elaboração e Análise
- Impostos, fatores legais e incentivos.

Uma estrutura favorável de impostos pode fornecer a


motivação para muitas decisões de localização.

- Meio ambiente.

Este é um fator de localização de importância cada vez mais


crescente no Brasil e no mundo, visto que os projetos de
investimento podem impactar positivamente e negativamente
o ambiente no qual estarão inseridos.

Deste modo, os fatores que norteiam a localização devem ser


estudados detalhadamente, a fim de que não ocorram falhas
cruciais para a implantação e operação do projeto de
investimento.
O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa
A fim de se melhorar a qualidade do projeto e da correspondente decisão de
investimento, a organização deve ter um processo criterioso de elaboração do
projeto.

A sustentação da análise de viabilidade baseada em informações de boa


qualidade pode ser crítica para o sucesso do empreendimento, sabendo-se
que o gasto do estudo de viabilidade gira em torno de 0,3% a 1,0% do valor
total do investimento no projeto.

O estudo de viabilidade permite que seja feita a simulação do comportamento


da operação do projeto, antecipando-se possíveis falhas e problemas que
possam vir a ocorrer. Por outro lado, durante a fase de estudo de viabilidade
pode-se corrigir distorções entre o alinhamento do projeto e a estratégia
empresarial.

Observa-se aí que o custo para se conseguir as informações necessárias à


análise de viabilidade, varia diretamente com o nível da qualidade das
mesmas. Daí deve-se buscar um equilíbrio entre o custo da qualidade das
informações e o custo do possível erro do projeto devido à não qualidade da
informação.
O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa

Nas organizações caracterizam-se dois processos distintos com relação à


tomada de decisão de investimento:

- Definição de projeto.

- Geralmente o processo nasce no nível operacional, ascende ao nível


tático para modelagem e vai ao nível corporativo para alinhamento;

- Pode ser também que o processo nasça no nível corporativo e desça ao


nível operacional para verificação de premissas e viabilidade executiva.

- Seleção de projeto.

- Envolve as questões associadas ao ambiente externo e interno da


organização;

- Contexto produto-mercado, este contexto contempla o tipo de produto


ou serviço da empresa e a interação do mercado com a empresa;
O Projeto no Contexto Estratégico da Empresa

-Contexto do mercado de capitais, onde os bancos, órgãos


financiadores, os fundos de ações e os analistas de mercado
acompanham as suas decisões de investimentos e influem no
processo decisório;

-Contexto estrutural e estratégico, onde alguns fatores, tais como:


estrutura organizacional, a cultura organizacional, o modelo de
negócio e o tipo de competição que a organização enfrenta,
influenciam o processo decisório da seleção de projetos de
investimento;

- A estratégia realizada corresponde ao resultado destes processos e


destes contextos, no sentido de que o efetivo resultado do processo
decisório é decorrente de uma complexa interação de fatores.
Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir
A utilização de cenários pode ser interessante para se fazer uma relação entre
a estratégia da organização e a decisão de investimento em um determinado
projeto.

Deste modo, o cenário pode ser conceituado como sendo uma antevisão
internamente consistente do futuro.

Assim, elaborar cenários consiste em se elaborar futuros alternativos que


representem os impactos relevantes para uma determinada organização,
assim como para o projeto que a mesma pretende investir.

Este cenário deve ser construído projetando-se uma visão de futuro


compatível com a decisão de investimento, salientando-se que o mesmo deve
ser projetado para um período compatível com aquele correspondente ao do
horizonte do projeto.

A projeção do futuro está associada à identificação de incertezas, as quais


estão classificadas em três categorias:
Cenários, Estratégia e a Decisão de Investir
- Constante, onde este tipo de fator corresponde a reconhecer que o
mesmo possivelmente não irá mudar no futuro relevante, neste caso, o
horizonte do projeto;

- Predeterminado, onde se reconhece que o mesmo tem uma tendência


conhecida ou estimada, significando que o fator tem uma grande
probabilidade de ocorrer;

- Incerto, onde a incerteza não está resolvida e não é possível


determinar-se qualquer início ou término de tendência, assim como
determinar-se o seu impacto no projeto. Este tipo de fator envolve
incertezas que estão classificadas em dois grupos:

- Incertezas dependentes, são aquelas cuja resolução pode ser


realizada dentro da própria estrutura da organização;

- Incertezas independentes, são aquelas cuja resolução não


depende dos fatores da própria organização.
A Necessidade de Capital

A partir do planejamento financeiro e da construção do orçamento


empresarial, verifica-se a necessidade de capital para a operacionalização
do negócio.

É importante lembrar que dentro do enfoque da empresa como um projeto


de investimento, o retorno financeiro das operações da organização deve
ser compatível com o aporte que está sendo feito de capital, de modo que
o empreendimento seja viável do ponto de vista econômico-financeiro.

Desta maneira, o planejamento financeiro vai direcionar a aplicação dos


recursos de capital, visando o atendimento de:

- Aquisição de máquinas e equipamentos;


- Capacitação e treinamento de equipes;
- Pagamento de custos fixos, incluindo-se aí folha e encargos;
- Aquisição de materiais e insumos para a produção, etc.
A Necessidade de Capital

Após se testar a viabilidade econômica do planejamento financeiro de um


empreendimento, avalia-se a viabilidade financeira do mesmo, sendo que
esta viabilidade vai demonstrar o nível de capital que é necessário para
que o empreendimento venha a operar.

Deste modo, o empreendimento pode funcionar com o capital sendo


aportado de três maneiras:

- Capital Próprio;

- Capital de Terceiros;

- Capital Misto.

É importante salientar-se que na maioria das vezes o capital de terceiros


é mais barato para a organização que o capital próprio dos sócios do
empreendimento.
A Necessidade de Capital

Deste modo, o capital de terceiros pode ser inserido no empreendimento


através de duas maneiras:

Empréstimos – Neste caso, o terceiro empresta o capital para a


implementação do empreendimento e a remuneração deste capital é o
pagamento de taxa de juros;

- Elementos que impactam para o alcance de empréstimos:

- Situação cadastral;
- Plano de Negócio;
- Garantias Reais (Securitização, Hipotecas, Aval e etc.)

- Organismos que praticam este tipo de operação:

- Fundos de Investimento: FCO, PREVI, PETROS, SISTEL e ELETRA.


A Necessidade de Capital

- Bancos de Investimento: BNDES, BIRD, BID, OECF, ALFA, Itaú BBA, Crédit
Suisse, Goldman Sacks, JP Morgan, Merrill Lynch, e etc.

- Bancos Comerciais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco,


Itaú, HSBC, Santander, Safra e etc.

- Pessoas Físicas detentoras de volume de capital.

Capital de Risco – Neste caso, o terceiro aloca o capital para a implementação


do empreendimento, com participação no risco e na gestão do
empreendimento, sendo que a remuneração deste capital é o retorno na forma
de participação dos lucros e do crescimento do negócio;

- Elementos que impactam para o alcance desta forma de capital:

- Situação cadastral;
- Plano de Negócio;
- Consistência do empreendimento;
- Potencial de crescimento do negócio.
A Necessidade de Capital

Modalidades de Capital de Risco:

- Parcerias Público Privadas: Governo, Operador e Financiador.

- Private Equity;

- Venture Capital;

- Investidor tipo “Anjo”.

Nas parcerias PPP´s o governo entra como garantidor do negócio, o


operador entra como concessionário para a gestão e a operação do
empreendimento e o financiador entra com o capital necessário à
viabilidade financeira do empreendimento.
A Necessidade de Capital

Na modalidade de Private Equity o organismo financeiro opera da seguinte


maneira:

- Prospecção de negócios de alto potencial de crescimento;

- Negócios maduros com mais de 10 anos de operação e com


faturamento superior a R$ 50 M por ano;

- Alocação de capital no empreendimento, participando do risco e da


gestão visando o crescimento das operações da empresa;

- Após o primeiro ciclo de crescimento, projeção do empreendimento ao


nível 1 de governança corporativa da BOVESPA e correspondente oferta pública
para capitalização;

- Na seqüência e com o segundo ciclo de crescimento do


empreendimento, o organismo faz a saída da operação com a retirada do capital
investido multiplicado.
A Necessidade de Capital

Na modalidade de Venture Capital o organismo financeiro opera da seguinte


maneira:

- Prospecção de negócios iniciantes e de alto potencial de crescimento;

- Negócios consistentes que tenham viabilidade econômica e altas taxas


de retorno;

- Alocação de capital no empreendimento, participando do risco e da


gestão visando o crescimento das operações da empresa;

- Após o primeiro ciclo de crescimento, projeção do empreendimento e


correspondente captação de capital para novo ciclo de crescimento;

- Na seqüência e com o segundo ciclo de crescimento do


empreendimento, o organismo faz a saída da operação com a retirada do capital
investido multiplicado.
A Necessidade de Capital

Na modalidade do Investidor tipo “Anjo” :

- Prospecção de negócios iniciantes e de alto potencial de


crescimento;

- Negócios consistentes que tenham viabilidade econômica e


altas taxas de retorno;

- Alocação de capital no empreendimento, participando do risco


e da gestão visando o crescimento das operações da empresa;

- Após o primeiro ciclo de crescimento, projeção do


empreendimento e correspondente lucratividade faz a saída da
operação com a retirada do capital investido multiplicado.

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