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Iniciaremos hoje a
disciplina de Antigo
Testamento II. Essa cadeira
estuda o contexto histórico
e literário dos livros de:
Josué, Juízes, Samuel, Reis,
Crônicas, Esdras, Neemias,
Ester.
Os livros de Josué, Juízes, Samuel e
Reis foram classificados pelos judeus
como “profetas anteriores”. Essa
organização chama a atenção para a
integridade de cada um desses livros,
ao mesmo tempo que os
destaca(separa) do Pentateuco, que
descreve a organização de Israel como
povo de Deus debaixo da aliança
mosaica. Josué, Juízes, Samuel e Reis
interpretam a história de Israel à luz
dessa aliança.
A abordagem contemporânea enfatiza
fortes vínculos entre Deuteronômio e
esses livros. G. J. Wenham encontrou
cinco temas teológicos (leitmotivs –
termo alemão que significa: motivo –
fio condutor, ideia, fórmula) que unem
Deuteronômio e Josué, são eles: a
guerra santa da conquista, a
distribuição da terra, a unidade de
todo o Israel, Josué como sucessor de
Moisés e a aliança.
Gerhard Von Rad prefere
usar o termo Hexateuco, no
lugar de Pentateuco. Isso
porque segundo ao autor, o
livro de Josué é uma
continuação do livro de
Deuteronômio.
Depois de viverem mais de 400 anos como
escravos no Egito, os israelitas (habiru era
assim que os israelitas eram chamados no
Egito) foram salvos da opressão por
intervenção divina. Moisés foi eleito o
comandante da tropa e por 40 anos conduziu
os amassadores de barro pelo deserto até
que finalmente chegaram às campinas de
Moabe onde se estabeleceram defronte de
Jericó. Cruzando o rio Jordão estariam todos
na terra que mana leite e mel (Ex. 3.8 -
VAERED LEHATSYLO MYAD MITSERAYM
ULEHAALOTO MIN HAARETS HAVIV EL ERETS
TOVAH URECHAVAH EL ERETS ZAVAT
CHALAV(LEITE) UDEVASH (E MEL) ) !
Acontece que Moisés não vai cruzar o rio com
eles. Por ter sido desobediente a Deus foi
proibido de entrar na terra, apenas poderá
vê-la do alto do monte Nebo. Do monte verá
a beleza e a vastidão da terra, e em seguida
será recolhido ao seu povo (morre).
Josué um crente fiel e um habilidoso general
seria o sucessor de Moisés. A experiência e o
treinamento tinham preparado a Josué para a
missão desafiadora de conquistar Canaã. Em
Refidim conduziu o exército israelita,
derrotando Amaleque (Êx 17.8-16). Como
espia, obteve o reconhecimento de primeira
mão das condições existentes na Palestina
(Nm 13-14).
A data da invasão
Os dados bíblicos apontam duas datas diferentes
para o êxodo. Por um lado, de acordo com 1Reis
6.1, foi no ano 480 depois que Israel saiu do
Egito que Salomão começou a construir o templo.
Já que isso data do quarto ano de seu reinado
(provavelmente 967), a data do êxodo seria
1446. Por outro lado, os escravos hebreus
construíram as cidades celeiros de Pitom e
Ramsés (Ex 1.11); e já que o nome Ramsés não
foi encontrado antes de Ramsés I, e as operações
de construções no leste do delta não foram
realizadas de maneira nenhuma antes de Seti I
(1305-1290) e Ramsés II (c. 1290-1224), o
êxodo precisa ser datado de c. 1290.
O relato das negociações entre Moises
e o faraó (Ex 7-12) da forte indicação
de que a residência do faraó não
ficava longe dos hebreus, em outras
palavras, na região do delta. No século
V, os faraós viviam em Tebas, no Alto
Egito, cerca de 800 km ao sul. Dados
os quarenta anos de provas no
deserto (Números), a invasão de
Canaã teria ocorrido em c. 1250.
O contexto político internacional- vácuo de poder
na Palestina
Quando os israelitas emigram para a Palestina a
poderosa XVIII Dinastia do Egito estava
encerrada. Localizada em Tebas, havia
controlado a Palestina e a Síria e lançava
campanhas até mesmo para o Eufrates. Contudo,
fora enfraquecida pela revolta de Amenofis IV
(Aquenaton, 1369-1352) contra os sacerdotes de
Amon. Sua transferência da capital para
Aquetaten (Tell el-Amarna) marcou o declínio da
dinastia, cujo fim foi provocado por uma
insurreição militar no final do século XIV. No
início da XIX Dinastia, Seti I começou a construir
uma capital em Avaris (Tanis) ou em Qantir, 30
km ao sul no leste do delta. Ramsés II continuou
essa obra em grande escala.
O controle egípcio da Palestina começara a esvanecer
no período de Amarna, como demonstram
claramente as cartas de Amarna. Ramsés II tentou
conter os hititas, que estavam avançando para a
Síria. É evidente que ele foi forçado a fechar um
tratado com Hattusilis III (c.1275-1250),confirmado
com um casamento entre a filha de Hattusilis e
Ramsés. O acordo demarcava o rio Orontes como o
limite da influencia do Egito ao norte. Tanto o
império hitita como o egípcio estavam enfraquecidos
pela longa luta. A capital hitita foi destruída e o
império hitita caiu diante dos Povos do Mar em c.
1200. O poder e a influencia egípcia na Palestina
decresceram, e ela caiu em 1197 a.C.
O império assírio só se levantou
em c. 1100. Foi nesse “vácuo de
poder” na Palestina que a jovem
nação de Israel começou a
florescer. Com Josué no comando
os israelitas cruzaram o rio para
conquistar a cidade de Jericó,
abrindo uma brecha para o norte
e o sul.
Livro de
Josué
A conquista de Jericó foi uma simples vitória