PARASITOLOGIA

INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA

• Dentre asseis doenças infecciosas hoje consideradas como as mais

perniciosas para a humanidade, cinco são parasitoses – malária,
leishmaniose, tripanossomíase, esquistossomose e oncocercose – todas
existentes no Brasil (OMS) .

• Em nossos cursos destacamos os parasitos que têm importância

médica no nosso país e na nossa região.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
INTRODUÇÃO À
PARASITOLOGIA
INTRODUÇÃO À
PARASITOLOGIA
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
RELACIONAMENTO ENTRE OS SERES VIVOS (visa
obtenção de alimento e proteção):

•Grande inter-relacionamento (animais e vegetais).

•Ecologia – interdependência funcional (vegetais,
animais e meio ambiente).
•Relações não estáticas – interdependência dinâmica –
permanente e contínuo processo de adaptação, LENTO,
EVOLUINDO.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA
Tecnologia humana – força modificadora – destruição
(espécies).

Bases para o desenvolvimento (região ou país),

recursos humanos e econômicos - MEIO
AMBIENTE x ESTRUTURA POLÍTICA x
ESTRUTURA ECONÔMICA.
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA

O M S: CICLO DOENÇA x POBREZA

 Origem do parasitismo
Associações (seres vivos) simbiose até canibalismo

Parasitismo (evolução) – qdo. na associação, organismo menor se

sentiu beneficiado (proteção e/ ou obtenção de alimento).

Associação (milhares de anos) EVOLUÇÃO (invasor mais dependente).

adaptações

Principais adaptações:
• Morfológicas – Ex: degenerações e hipertrofia.
• Biológicas – Ex: capacidade reprodutiva, resistência à agressão do
hospedeiro, outras.

•uma relação simbiôntica entre dois organismos pode começar como

parasitismo e evoluir para o mutualismo, tornando-se obrigatória a ponto
das unidades originais passarem a atuar como um único organismo.
 TIPOS DE ASSOCIAÇÕES ENTRE
OS SERES VIVOS:

Harmônicas ou positivas, quando há benefício mútuo ou ausência

de “prejuízo” mútuo.

Desarmônicas ou negativas, quando há “prejuízo” para algum

dos participantes.

•“prejuízo” resulta dos fatores do próprio hospedeiro (como imunidade, nutrição,

idade), fatores do parasito (como sua espécie, cepa, número e localização) e
aspectos do ambiente físico, biológico ou social.
 RELAÇÕES HARMÔNICAS

• COMENSALISMO: relação onde uma espécie obtém

vantagens (nutrição) sem prejuízos para a outra. Ex:
Entamoeba coli no intestino grosso humano,.

-Forésia: uma espécie fornece transporte (suporte ou

abrigo) a outra. Ex: Echneis remora (peixe-piolho) com
o tubarão.
 RELAÇÕES HARMÔNICAS
• MUTUALISMO: relação (bilateral) interespecífica
necessária à sobrevivência dos seres que a realizam,
já que isolados não encontram condições para viver.
(benefícios para ambos). Ex: microorganismos que
produzem enzimas hidrolisantes da celulose com
ruminantes (boi, cabra, camelo) ou xilófagos (baratas
e cupins).
 RELAÇÕES DESARMÔNICAS
• COMPETIÇÃO: intra-específica ou interespecífica lutam
pelo mesmo abrigo ou alimento. Ex: larvas de moscas
Calliphoridae e Sarcophagidae.
CANIBALISMO: quando um animal se alimenta de outra da
mesma espécie ou família, larvas do mosquito Culex
(Lutzia) bogoti se alimentam de larvas de outros Culicini e
Anophelini.
PREDATISMO: quando um animal se alimenta de outra
espécie, cadeia alimentar. Ex: gavião alimentando-se de
pequenas aves ou roedores.
 RELAÇÕES DESARMÔNICAS
• PARASITISMO: é toda relação ecológica, desenvolvida
entre espécies diferentes com as características
abaixo:
 unilateralidade de benefícios
 relação íntima e duradoura em nível histológico
 dependência metabólica em grau variável do
parasito em relação ao hospedeiro
 adaptação
# A doença parasitária é um acidente que ocorre em
consequência de um desequilíbrio entre hospedeiro e
parasita.
 AÇÕES DOS PARASITOS
SOBRE O HOSPEDEIRO
• Ação espoliativa: ancilostomídeos ingerindo sangue do
homem na mucosa intestinal.
• Ação tóxica: metabólitos que podem lesar o hospedeiro;
reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do A.
lumbricoides.
• Ação mecânica: G. lamblia “atapetando” no duodeno. O
enovelamento do A. lumbricoides.
• Ação traumática: úlceras intestinais provocadas por
ancilostomídeos.
 AÇÕES DOS PARASITOS
SOBRE O HOSPEDEIRO
• Ação irritativa: ventosas dos cestódeos e os lábios de A.
lumbricoides.
• Ação enzimática: cercárias de S. mansoni na pele do
hospedeiro, Entamoeba histolytica nas úlceras intestinais.
•Anóxia: consumo de O2 da hemoglobina por
ancilostomídeos ou por plasmódios.
CICLO BIOLÓGICO DOS PARASITOS

• Parasitos estenoxenos - parasita espécies de

vertebrados muito próximas (estritas). Ex. algumas
espécies de Plasmodium só parasitam primatas.
• Parasitos eurixenos – parasita espécies de
vertebrados muito diferentes (variedades). Ex.
Toxoplasma gondii que pode parasitar todos os
mamíferos e até aves.
• Ciclo monoxeno – hospedeiro definitivo
• Ciclo heteroxeno – hospedeiro definitivo e
intermediário(s) – Ex: vetor
 OUTROS CONCEITOS
• Enzoose – doença exclusivamente de animais.
Ex: peste suína.

• Zoonose – doenças e infecções que são transmitidas

naturalmente entre animais e seres humanos.
Ex: doença de Chagas, toxoplasmose.

• Antroponose – doença exclusivamente humana.

Ex: filariose bancroftiana, necatorose.

• Antropozoonose – doença primária de animais que pode ser

transmitida ao homem.
Ex: brucelose.
 OUTROS CONCEITOS
• Estádio e estágio – o estágio larva pode passar
por dois ou três estádios (Ex: estágio de ovo,
larva, pupa e adulto).
• Período de incubação ( decorrente entre o
tempo de infecção e o aparecimento dos
primeiros sinais ou sintomas clínicos da doença) e
pré-patente ( período que decorre entre a
infecção e o aparecimento das primeiras formas
detectáveis do agente infeccioso).
• Agente etiológico x transmissor ou vetor
(biológico, mecânico ou inanimado).
 NOMENCLATURA CIENTÍFICA

Nomenclatura binominal – 10ª edição do Systema

naturae, de Carl von Linné (Linnaeus).
Espécie e gênero: Ascaris lumbricoides
• Subespécie – Culex pipiens fatigans
• Subgênero – Anopheles (Kerteszia) cruzi
 NOMENCLATURA CIENTÍFICA

Outras categorias – acrescenta-se desinência própria.

• Tribo – acrescenta-se ini Ex: Culicini
• Subfamília – acrescenta-se inae Ex: Culicinae
• Família – acrescenta-se idae – Ex: Culicidae
• Superfamília – acrescenta-se oidea. Ex: Oxyuroidea
 NOMENCLATURA CIENTÍFICA
Classificação do pernilongo transmissor da malária
• Reino – Animal Filo – Arthropoda
• Classe – Insecta Ordem – Diptera
• Família – Culicidae Subfamília – Anophelinae
• Tribo – Anophelini Gênero – Anopheles
• Subgênero – Nyssorhynchus Espécie – A. (N.) darlingi
 GRUPOS DE INTERESSE EM
PARASITOLOGIA
• PROTOZOA ( animais unicelulares)
• PLATYHELMINTHES (vermes achatados)
• NEMATODA (vermes redondos)
• ACANTOCEPHALA (vermes
arredondados, com pseudo-segmentação e
probóscida armada em ganchos)
• ARTHROPODA (insetos e ácaros em geral)
 CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITOS
SEGUNDO OS MODOS DE TRANMISSÃO

• Parasitos transmitidos entre pessoas devido

ao contato pessoal ou objetos de uso pessoal
(fômites);
• Parasitos transmitidos pela água, alimentos,
mãos sujas ou poeira;
• Parasitos transmitidos por solos
contaminados por larva (geo-helmitoses);
• Parasitos transmitidos por vetores ou
hospedeiros intermediários.
 Nomenclatura das doenças
parasitárias
• Sufixos ose e íase (indicam doença);
• Agregar apenas “ose” ao nome do gênero
do agente etiológico, para designar
doença ou infecção (Kassai et al., 1988).