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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

Pró- Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários


Coordenação de Extensão
Centro de Estudos Superiores de Tefé-CEST/UEA

Por uma história social: mundos do trabalho nos


arquivos
paroquiais da cidade de Tefé
Acad. Fabielle Ribeiro Esperança
Coord. Tenner Inauhiny de Abreu

Apresentação final do Programa Institucional de Extensão –PROGEX – Ano -2013/2014.

Tefé 2014
 Inventariar a massa de obras da Prelazia de
Tefé e da Casa Paroquial de Tefé

Objetivos Específicos
Catalogar fontes presentes na prelazia de Tefé referentes ao século
XIX`;

Descrever as condições materiais das fontes paroquiais da prelazia de


Tefé;
A História Social aponta atualmente para um tipo de
fonte pouco utilizada pela história do Amazonas: As
fontes de arquivos paroquiais. Entramos em contato
com fontes inéditas, coletadas na Cúria Metropolitana
de Manaus: Livros de batismos, Casamentos e
assentamento de óbitos.
O mesmo tipo de fonte está presente nos arquivos da
Prelazia de Coari e também da Prelazia de Tefé. Tais
documentos apresentam dados significativos sobre o
perfil social dos habitantes do interior no Amazonas.
A construção de um projeto, utilizando-se da
potencialidade das fontes presentes na Casa
Paroquial, vinculada a Matriz de Santa Tereza, nos
permite conhecer de forma mais ampliada o
universo dos mundos do trabalho, por conta da
presença de atores sociais das mais diferentes
origens.
A presença precoce de aldeamentos missionários e
das ordens religiosas no Solimões dará origem ao
primeiro núcleo da cidade de Tefé, em 1759 : a
Vila de Ega.
A atuação da igreja católica desde o período
missionário até o presente deixou marcas
profundas na cidade e na sua história, fato que se
evidencia a partir dos registros de atuação da igreja
católica na cidade.
O século XIX, a partir da chamada
instalação da Província do Amazonas
(1852), traz uma rica quantidade de fontes
oficiais, amplamente explorados pelas
ressentes pesquisas desenvolvidas pela
chamada História social do trabalho.
Novas fontes e novas abordagens em decorrência da
ampliação dos estudos em história do Amazonas
apontam para uma massa documental significativa e
relativamente pouco exploradas: as fontes
paroquiais.
As fontes paroquiais são importantes pistas a respeito
da complexidade das relações sociais presentes
durante o século XIX. Os historiadores sociais têm
explorado, mesmo que de maneira menos frequente
no Brasil e no Amazonas tal tipo de documento.
Referencial Teórico
A história social britânica teve conforme Flávio
Gomes assinala uma grande influência na
historiografia brasileira.
Autores como Eric Hobsbawm, Edward
Thompson ou Christopher Hill foram utilizados de
maneira bastante significativa nas pesquisas sobre
novos temas e abordagens a respeito da história
social, principalmente com ênfase nos mundos do
trabalho.
Referencial Teórico
A chamada História Social do Trabalho produziu no
Amazonas, durante a década de 1990 e 2000 algumas
obras que tratam da experiência dos trabalhadores na
cidade de Manaus.
Tais obras tem por características fundamentais, o recorte
cronológico (final do século XIX e primeiras décadas do
século XX), uma vinculação das experiências dos
trabalhadores ao crescimento da cidade (expansão da
economia da borracha o boom), urbanização e
disciplinamento destes espaços a partir da Belle Époque)
além de teoricamente serem bastante influenciadas pela
já citada historiografia social britânica. (WEINSTEIN,
1993).
Referencial Teórico
As fontes paroquiais, também analisadas para este
trabalho, são importantes pistas a respeito da
complexidade das relações sociais presentes durante
o século XIX. Há a tentativa de ascensão social por
parte dos grupos vinculados à classe trabalhadora.
Fica clara a existência de estratégias para os
trabalhadores e seus descendentes ascenderem de
status social, das maneiras mais variadas possíveis
(LIBBY, 2010, p. 41).
Referencial Teórico
Os historiadores sociais têm explorado, mesmo que de
maneira menos aprofundada do que ocorre em outros
países, os registros paroquiais. De acordo com João
Fragoso, estes registros compõem as únicas coleções
seriadas que se possui, por exemplo, para uma
abordagem da História Social. De acordo com o autor,
na historiografia internacional já se possui larga
tradição nas pesquisas de história demográfica e das
famílias (FRAGOSO, 2010, p. 74).
Referencial Teórico
As fontes paroquiais são documentos de grande valor
por seu caráter repetitivo e por sua quantidade.
Paróquias e Cúrias possuem um conjunto de assentos
que tratam da vida dos paroquianos, quase
individualizada. Esses relatos, por conta da influência
da sociedade católica, transformavam-se em livros de
batismos, de habilitações de casamentos, livros de
óbitos e nestes papéis, encontramos informações
preciosas tais como, nome, filiação, naturalidade,
qualidade social (cor, título), moradia, status social
(FRAGOSO, 2010, p. 74).
Os mundos do trabalho ao longo século XIX, no
Amazonas deixou marcas profundas em uma
sociedade envolta numa tradição do uso
compulsório da mão-de-obra local, seja liberta ou
escrava.
Necessário se faz a coleta de fontes dispersas,
notadamente pelos arquivos paroquiais do interior
do atual Estado do Amazonas, que remetem a
documentação inédita, porém em diversos aspectos
escassas, se comparada a outros recortes espaciais e
cronológicos.
A natureza desta pesquisa é de caráter
quantitativa e se pauta principalmente na coleta
e manuseio de fontes primárias: as fontes
paroquiais.

A primeira etapa se da a partir do levantamento


e coleta de fontes paroquiais da Prelazia de
Tefé, que nos remetam a dados do século XIX.
Posteriormente faz-se necessário também a
catalogação e inventário de tais fontes,
apontando para as possibilidades da massa
documental disponível.
Arquivos Paroquiais – Século XIX

70
60
60
50
39
40
30
20
20 14 14
11
10 6 6 5
4
0 0
0
Batizados Casamentos Obitos Total

Manaus Coari Tefé


Arquivo Paroquial- Batismos Tefé -1800

Fonte:Casa Paroquial-
Sesão de
Documentação
Arquivo Paroquial- Batismos Tefé -1800

Fonte:Casa
Paroquial- Sesão
de Documentação
Arquivo Paroquial- Batismos Tefé -1877-1888

Fonte:Casa
Paroquial- Sesão
de Documentação
Arquivo Paroquial- Batismos Tefé -1877-1888

Fonte:Casa
Paroquial- Sesão
de Documentação
Arquivo Paroquial- Casamentos Tefé -1890-1895

Fonte:Casa
Paroquial- Sesão
de Documentação
Arquivo Paroquial- Casamentos Tefé -1895

Fonte:Casa
Paroquial- Sesão
de Documentação
A pesquisa torna-se relevante ao lidar com fontes
primárias utilizando enfoque quantitativo.
 De fundamental importância a visita aos arquivos
presentes na cidade (Casa Paroquial) e o contanto
com ténicas de pesquisa e manuseio de
documentação (Catalogação; Higienização e
Digitalização etc.)
 A valorização do patrimônico histórico da cidade de
Tefé: Coleta, tratamento e divulgação de fontes
primárias inéditas, sob a custódia da Igreja Católica
Falas e Relatórios

http://brazil.crl.edu
http://memoria.bn.br/hdb/periodo.aspx

Falla dirigida à Assembleia Legislativa Provincial do Amazonas em o 1º de outubro de 1857 pelo Presidente da
Província Ângelo Thomaz do Amaral. Rio de Janeiro: Tipografia Universal de Laemmert, 1858.

AMAZONAS, Governo da Província do. Relatório apresentado à assembleia legislativa provincial, pelo
excelentíssimo senhor Doutor João Pedro Dias Vieira, digníssimo Presidente desta Província, no dia 8 de julho de
1856 por ocasião da primeira sessão ordinária da terceira legislatura da mesma assembleia. Barra do Rio Negro:
Typographia de F. J. S. Ramos, 1856.

AMAZONAS, Governo da Província do. Falla dirigida a Assembléia legislativa provincial do Amazonas na abertura
da 1ª sessão ordinária da 5ª legislatura no dia 3 de novembro de 1860, pelo 1º vice presidente em exercício o Exmo.
Snr. Dr. Manoel Gomes Correia de Miranda. Manaus: Typographia de Francisco José da Silva Ramos, 1860.

GRÃO-PARÁ, Governo da Província do. Exposição apresentada ao Exmo. Presidente da Província do Amazonas,
João Baptista Figueiredo Tenreiro Aranha, por ocasião de seguir para a mesma província, pelo Exmo. Presidente do
Grão-Pará, Dr. Fausto Augusto de Aguiar em 9 de dezembro de 1851. Pará: Typographia de Santos & Filhos, 1851.

CAVALCANTE, Ygor Olinto Rocha. “Fugindo, ainda que sem motivo”: Escravidão e fugas escravas no Amazonas
Imperial (1850-1888). IN: O fim do silêncio: presença negra na Amazônia. Editora Açaí: CNPq. 2011.
FENELON, Déa Ribeiro. Cultura e História Social: Historiografia e pesquisa. Revista
Projeto História, São Paulo, n.10, 1993

FRAGOSO, João. Efigênia Angola, Francisca Muniz forra parda, seus parceiros e senhores:
freguesias rurais do Rio de Janeiro, século XVIII. Uma contribuição metodológica para a
história colonial. Topoi, v. 11, n. 21, jul.-dez. 2010.
GIANNOTTI, Vito. História das lutas dos trabalhadores no Brasil. Rio de Janeiro. Mauad,
2007
GOMES, Flávio; NEGRO, Antônio Luigi. Além das senzalas e fábricas: uma história social
do trabalho. In: Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 18, nº 1

GOMES, Flávio dos Santos. A hidra e os pântanos: mocambos, quilombos e comunidades


de fugitivos no Brasil, (séculos XVII-XIX). São Paulo: Ed. UNESP: Polis, 2005

WEINSTEIN, Barbara. A Borracha na Amazônia: Expansão e Decadência (1850-1920). São


Paulo: Hucitec/ Edusp, 1993.
Agradecimentos: UEA e Prelazia de Tefé!

Contatos: tabreu@uea.edu.br

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