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Curso de especialização em terapias cognitivas

IPq - AMBULIM
 Watson (1920) – cpto resulta de reflexos
simples e suas combinações

 Thorndike – condicionamento instrumental


◦ Aprendizagem estimulo – resposta
◦ Lei do efeito

 Jacobson (1929) – relaxamento progressivo


 1938 – Tese de doutorado de Skinner
 1938 a 1958 – período de latência

Raphael Cangelli Filho 2


 1958 – Wolpe publica o livro “Psicoterapia
por inibição recíproca”

 Skinner – desenvolvimento das teorias de


aprendizagem:
“o parâmetro essencial que governa o cpto
está nas conseqüências que se seguem ao
cpto, ... Estão nos reforçadores que são os
efeitos ambientais que acompanham ou se
dão com as respostas e que alteram a
probabilidade de se repetirem no futuro”.

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 Manejo de contingências
◦ Aplicado num ambiente hospitalar com pacientes
psicóticos (Skinner, Solomon e Lindsey, 1953)

 Análise Funcional do cpto – Kanfer e Saslow


(1965)

 Ambientalismo Radical – Walden II


◦ Condicionamento operante na infância – técnicas de
modificação de cpto em pacientes com deficiência
mental

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 Anos 50 – terapia comportamental
◦ 1953 - Skinner, Solomon e Lindsey aplicaram o
condicionamento operante em pacientes
psicóticos
◦ Lazarus aplica os procedimentos de
aprendizagem na psicoterapia tradicional
◦ Eysenck – 1959 – condicionamento clássico

 Anos 60 e 70 – consolidação do
Comportamentalismo como enfoque
terapêutico

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 Wolpe utiliza-se da técnica de relaxamento
progressivo para pesquisar a técnica de
dessensibilização sistemática para inibição
de ansiedade

◦ Cptos ansiosos
◦ Treinamento assertivo
◦ Terapia sexual

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 BANDURA, 1963
◦ Aprendizagem observacional

 Complexidade do mundo social

DETERMINISMO AMBIENTAL

DETERMINISMO RECÍPROCO

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 Determinismo Ambiental –
 Modelo não mediacional
S R

 Determinismo Recíproco
Modelo mediacional I
S O R

(Si
Ri Si

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 Modelo Mediacional II
ESCOLHA +
MANTEM
DI
S O R C
VERBAL
OU
NÃO -
SIGNIFICADO LIBERDADE VERBAL PROVOCA
SOFRIMENTO

SI

PENSAMENTOS DIÁLOGO
INTERNO
SENTIMENTOS

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Raphael Cangelli Filho 10
 A Terapia Cognitiva foi desenvolvida por Aaron
Beck, na Universidade da Pensilvânia no início da
década de 60, como uma psicoterapia breve,
estruturada, orientada ao presente, para
depressão, direcionada a resolver problemas atuais
e a modificar os pensamentos e os
comportamentos disfuncionais.

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 O modelo cognitivo propõe que o pensamento
distorcido ou disfuncional (que influencia o humor e o
comportamento) seja comum a todos os distúrbios
psicológicos.
 A avaliação realista e a modificação no pensamento
produzem uma melhora no humor e no
comportamento.
 A melhora duradoura resulta da modificação das
crenças disfuncionais básicas dos pacientes.

Raphael Cangelli Filho 12


 O terapeuta busca, de uma variedade de
formas, produzir a mudança cognitiva –
mudanças no pensamento e no sistema de
crenças do paciente – visando promover
mudança emocional e comportamental
duradoura.

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 Qualquer processo psicoterápico é definido e
tratado individualmente, ou seja, caso a caso. No
entanto, há determinados princípios filosóficos que
estão por trás do modelo teórico e que influenciam
e/ou determinam a atitude do terapeuta em sua
abordagem teórica e portanto no tratamento do
caso.

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 PRINCÍPIOS

Raphael Cangelli Filho 15


 : A terapia cognitiva se baseia em uma formulação
em contínuo desenvolvimento do paciente e de
seus problemas em termos cognitivos.

 Nesse caso o terapeuta tenta identificar o


pensamento atual que ajuda a manter a dor
emocional; os comportamentos problemáticos; os
fatores precipitantes; os eventos desenvolvimentais
chaves (fatores predisponentes) e os padrões
duradouros de interpretação (crenças).

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A terapia cognitiva requer uma
aliança terapêutica segura.

 Paratal o terapeuta deve


desenvolver comportamentos
como cordialidade, empatia,
atenção, respeito genuíno e
competência.

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Aterapia cognitiva enfatiza a
colaboração e a participação ativa.

Oterapeuta encoraja o paciente a


ver a terapia como um trabalho
em equipe.

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Aterapia cognitiva é orientada em
meta e focalizada em problemas.

 Desdea primeira sessão procura-


se enumerar os problemas e
estabelecer metas específicas.

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Aterapia cognitiva inicialmente
enfatiza o presente.

O terapeuta cognitivo tende a


iniciar a terapia com o exame de
problemas no aqui-agora,
independentemente do
diagnóstico.

Raphael Cangelli Filho 20


◦ quando o paciente expressa uma forte
predileção a fazer isso;
◦ quando o trabalho voltado em direção a
problemas atuais produz pouca ou
nenhuma mudança cognitiva,
comportamental e emocional;
◦ quando o terapeuta julga que é
importante entender como e quando as
ideias disfuncionais importantes se
originaram e como essas ideias afetam o
paciente hoje.

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 A terapia cognitiva é educativa, visa a
ensinar o paciente a ser seu próprio
terapeuta e enfatiza a prevenção da recaída.

 O terapeuta educa o paciente sobre a


natureza e o desenvolvimento do seu
problema, sobre o processo de terapia e o
modelo cognitivo (como os pensamentos
influenciam as emoções e os
comportamentos) e a manter um registro de
sua evolução, inclusive dificuldades e
estratégias de enfrentamento utilizadas.

Raphael Cangelli Filho 22


 A terapia cognitiva visa a ter um tempo
limitado.

 O tempo da terapia é o tempo do paciente.


Enquanto alguns pacientes resolvem seus
problemas em dois meses outros precisam de
dois anos ou mais.

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 As sessões de terapia cognitiva são
estruturadas.

 Não importa qual o diagnóstico ou estágio


do tratamento, o terapeuta cognitivo tende
a aderir a uma estrutura estabelecida em
cada sessão. Seguir um formato tende a
tornar o processo de terapia mais
compreensível, facilitando a aprendizagem
do papel de auto-terapeuta.

Raphael Cangelli Filho 24


 A terapia cognitiva ensina os pacientes a
identificar, avaliar e responder a seus
pensamentos e crenças disfuncionais.

 Para tal, o terapeuta ajuda o paciente a


focalizar um problema específico;
identificar seu pensamento disfuncional;
avaliar a validade do seu pensamento e
projetar um plano de ação.

Raphael Cangelli Filho 25


 O questionamento socrático: que consiste em fazer
perguntas contínuas sobre o que o paciente pensa,
levando-o a novas descobertas sobre seus próprios
pensamentos.
 O empiricismo colaborativo: que consiste em
experimentar o comportamento para verificar seus
pensamentos e emoções.
 A descoberta orientada: um processo em que o
terapeuta questiona o paciente sobre o sentido dos
seus pensamentos a fim de lhe revelar as crenças
subjacentes (atitudes, suposições ou regras) que
mantém em relação a si mesmo, ao mundo e as
outras pessoas.

Raphael Cangelli Filho 26


 A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas
para mudar o pensamento, o humor e o
comportamento.

 Embora as estratégias cognitivas como o


questionamento socrático e a descoberta orientada
sejam centrais à terapia cognitiva, técnicas de outras
abordagens (especialmente da terapia comportamental
e terapia gestalt) são também usadas dentro de uma
estrutura cognitiva.

 O terapeuta seleciona técnicas com base em sua


formulação de caso e seus objetivos em sessões
específicas.

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BASES METODOLÓGICAS E
CONCEITUAÇÃO
COGNITIVA

Raphael Cangelli Filho 28


 A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo,
que levanta a hipótese de que as emoções e os
comportamentos das pessoas são influenciados
por sua percepção dos eventos.

 Não é uma situação por si só que determina o que


as pessoas sentem, mas sim, o modo como elas
interpretam essa situação. Por exemplo: a leitura
de um livro; a apreciação de um filme; a avaliação
de uma aula. Cada indivíduo tem uma resposta
emocional diferente para cada uma dessas
situações com base no que está passando por suas
cabeças naquele momento.

Raphael Cangelli Filho 29


Portanto o modo como as
pessoas se sentem está
associado ao modo como
elas interpretam e pensam
sobre uma situação.

Raphael Cangelli Filho 30


 A situação em si não determina diretamente
como as pessoas se sentem; sua resposta
emocional é intermediada por sua
percepção da situação.

 O terapeuta cognitivo está interessado


nesses pensamentos.

 Em geral esses pensamentos são rápidos e


avaliativos e não são decorrentes de
deliberação ou raciocínio.

Raphael Cangelli Filho 31


 Em geral esses pensamentos são rápidos e
avaliativos e não são decorrentes de
deliberação ou raciocínio.

 Ao contrário esses pensamentos parecem


surgir automaticamente de repente; eles são
com frequência breves, deixando como marca
a emoção que provocam. Consequentemente, é
mais provável que se aceitem esses
pensamentos como verdadeiros.

 É possível identificar esses pensamentos


prestando atenção as mudanças de afeto. O
que estava passando pela minha cabeça ainda
agora?
Raphael Cangelli Filho 32
 Tendo identificado os pensamentos automáticos é
possível avaliar a validade deles. Se, se verifica que
a interpretação é errônea e se corrige,
provavelmente se descobre que o humor melhora.

 Em termos cognitivos, quando pensamentos


disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, as
emoções em geral mudam.

 Os pensamentos automáticos, as palavras ou


imagens reais que passam pela cabeça da pessoa,
são específicos à situação e podem ser
considerados o nível mais superficial de cognição.

Raphael Cangelli Filho 33


 De onde os pensamentos automáticos
surgem?
 O que faz uma pessoa interpretar uma
situação diferentemente de uma outra
pessoa?
 Por que a mesma pessoa pode interpretar
um evento idêntico de forma diferente em
um momento e em outro?
 A resposta é que esses pensamentos estão
relacionados com as CRENÇAS.

Raphael Cangelli Filho 34


 Começando na infância, as pessoas
desenvolvem determinadas crenças sobre si
mesmas, as outras pessoas e o mundo e
seu futuro (tríade cognitiva).

 As crenças mais centrais são entendimentos


tão fundamentais e profundos que as
pessoas freqüentemente não os articulam,
sequer para si mesmas. Essas idéias são
consideradas pela pessoa como verdades
absolutas.

Raphael Cangelli Filho 35


 Ascrenças centrais são o nível
mais fundamental de crença; elas
são globais, rígidas e
supergeneralizadas.

Raphael Cangelli Filho 36


 Entre as crenças centrais e os pensamentos
automáticos estão as crenças intermediárias
ou subjacentes.

 As crenças centrais influenciam o


desenvolvimento das crenças intermediárias
que consistem em atitudes, regras e
suposições.

Raphael Cangelli Filho 37


 As crenças intermediárias influenciam a
avaliação que a pessoa faz da situação – visão
de si, do outro e de mundo;

 Elas determinam o pensamento, o sentimento


e o comportamento diante da situação

Raphael Cangelli Filho 38


Crenças Centrais

Crenças Intermediárias
(Regras , atitudes, suposições)

Pensamentos Automáticos

Raphael Cangelli Filho 39


 Crenças disfuncionais – não aprendidas
 Crenças funcionais – embasadas na realidade
– aprendidas
 Avaliação dos pensamentos automáticos –
cognição próxima à percepção consciente;
 Identificação, avaliação e modificação de
pensamentos

Raphael Cangelli Filho 40


 Sou incompetente (CRENÇA CENTRAL)
 É horrível ser incompetente (ATITUDE)
 Eu devo trabalhar o mais arduamente que
puder o tempo todo (REGRA)
 Se eu trabalhar o mais arduamente que
puder, posso ser capaz de fazer algumas
coisas que as outras pessoas fazem
facilmente (SUPOSIÇÃO)
 Sou burro demais... (PENSAMENTO
AUTOMÁTICO)

Raphael Cangelli Filho 41


CRENÇA CRENÇA
CENTRAL INTERMEDIÁRIA

PENSAMENTO
AUTOMÁTICO SITUAÇÃO

REAÇÕES
EMOCIONAL/COMPORTAMENTAL/
FISIOLÓGICA
Raphael Cangelli Filho 42
 Metodologicamente, a trajetória da terapia cognitiva, envolve
uma ênfase inicial sobre os pensamentos automáticos, ou
seja as cognições mais próximas à percepção consciente.
 O terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e modificar
seus pensamentos, a fim de produzir alívio de sintomas.
Então, as crenças que estão por trás dos pensamentos
disfuncionais e constantes em muitas situações tornam-se o
foco do tratamento.
 Crenças relevantes de nível intermediário e crenças centrais
são avaliadas de vários modos e subseqüentemente
modificadas para que as conclusões dos pacientes sobre os
eventos e as percepções dos eventos mudem.
 A modificação profunda de crenças mais fundamentais torna
os pacientes menos propensos a apresentar recaída no
futuro.

Raphael Cangelli Filho 43


 É essencial para o terapeuta aprender a
conceituar as dificuldades do paciente em
termos cognitivos, a fim de determinar como
proceder na terapia: quando trabalhar sobre
uma meta específica, pensamento
automático, crença ou comportamento; que
técnicas escolher e como melhorar o
relacionamento terapêutico.

Raphael Cangelli Filho 44


◦ Como esse paciente veio parar aqui?
◦ Que vulnerabilidades e eventos de
vida (traumas, experiências,
interações) foram importantes?
◦ Como o paciente enfrentou sua
vulnerabilidade?
◦ Quais são seus pensamentos
automáticos e de que crenças eles
brotaram?

Raphael Cangelli Filho 45


 É importante para o terapeuta colocar-se
no lugar do paciente para desenvolver
empatia pelo que o paciente está passando,
entender como ele está se sentindo e
perceber o mundo através dos seus olhos.

 Dessa maneira, de acordo com a sua


história e conjunto de crenças, suas
percepções, pensamentos, emoções e
comportamentos deveriam fazer sentido.

Raphael Cangelli Filho 46


◦ Qual é o “diagnóstico” do paciente?

◦ Quais são seus problemas atuais, como esses


problemas se desenvolveram e como eles são
mantidos?

◦ Que pensamentos e crenças disfuncionais estão


associados aos problemas; quais reações
(emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão
associadas ao seu pensamento?

Raphael Cangelli Filho 47


 Então o terapeuta levanta hipóteses sobre
como o paciente desenvolveu essa
desordem psicológica particular, fazendo a
si mesmo as seguintes perguntas:
◦ Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez
predisposições genéticas) contribuem para seus
problemas hoje?
◦ Quais são suas crenças subjacentes (incluindo
atitudes, expectativas e regras) e pensamentos?
◦ Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais?

Raphael Cangelli Filho 48


◦ Que mecanismos cognitivos, afetivos e
comportamentais, positivos e negativos, ele
desenvolveu para enfrentar suas crenças
disfuncionais?
◦ Como ele via (e vê) a si mesmo, aos outros, seu
mundo pessoal, seu futuro?
◦ Que estressores contribuíram para seus
problemas psicológicos ou interferiram em sua
habiliudade para resolver esses problemas?

 Dessa maneira o terapeuta começa a construir uma


conceituação cognitiva durante seu primeiro
contato com um paciente e continua a refinar sua
conceituação até a última sessão.

Raphael Cangelli Filho 49


Raphael Cangelli Filho 50
 Estabelecer confiança e raport
 Socializar o paciente na TC
 Educar o paciente sobre
◦ Seu transtorno
◦ O modelo cognitivo
◦ O processo terapêutico
 Regularizar as dificuldades do paciente e instaurar a
esperança
 Extrair as expectativas do paciente com a terapia
 Coletar informações adicionais sobre as dificuldades do
paciente
 Utilizar essas informações para desenvolver uma lista de
metas

Raphael Cangelli Filho 51


 Estabelecer a agenda
 Checagem de humor
 Revisão do problema e atualização
 Identificação do problema e estabelecimento de
metas
 Informar sobre o modelo cognitivo
 Identificação de expectativas
 Informações sobre o “transtorno”
 Tarefas de casa
 Resumo
 Feedback

Raphael Cangelli Filho 52


 Os ELEMENTOS básicos de uma sessão de terapia cognitiva
são:

 Breve atualização (incluindo classificação de humor e uma


checagem de anuência à medicação, quando for o caso);
 Ponte da sessão anterior;
 Estabelecimento de uma agenda;
 Revisão da tarefa de casa;
 Discussão de tópico(s);
 Indicação de uma nova tarefa de casa;
 Resumos e feedback.

Raphael Cangelli Filho 53


 Uma dificuldade comum em manter a
estrutura prescrita é a falha do terapeuta
em socializar o paciente de modo
adequado. O terapeuta pode simplesmente
precisar aguçar sua habilidade de
socialização ou ele pode precisar avaliar e
testar seus próprios pensamentos
automáticos sobre estruturação.

Raphael Cangelli Filho 54


 Uma segunda dificuldade comum envolve a
indisposição do paciente a adaptar-se à
estrutura prescrita devido às suas
percepções e crenças disfuncionais sobre si
mesmo, o terapeuta e/ou a terapia.

Raphael Cangelli Filho 55


 Uma terceira dificuldade comum em manter
a estrutura da sessão surge porque o
terapeuta impôs a estrutura de uma forma
demasiado controladora ou exigente.

 Outradificuldade é o paciente iniciar a


sessão com um relato demasiado detalhado
ou divagações não-focalizadas sobre sua
semana. Após várias sentenças, o terapeuta
gentilmente intervém, destacando a
importância de focalizar os problemas
específicos na terapia.

Raphael Cangelli Filho 56


 As dificuldades com o roteiro incluem a
falha do paciente em contribuir com o
roteiro, divagar quando estabelece o roteiro
ou estar sem esperanças em relação a
discutir problemas no roteiro.

Raphael Cangelli Filho 57


 Fluxo de pensamento que coexiste com um
fluxo de pensamento manifesto, surge
espontaneamente e não é embasado em
reflexão ou deliberação.
 Usualmente bastante breve.
 Paciente está mais ciente da emoção que sente
em decorrência do pensamento, que do
pensamento em si.
 Pode ser avaliado de acordo com sua validade e
sua utilidade.
 Pode ser disfuncional.

Raphael Cangelli Filho 58


Evidências
Explicações alternativas
Conseqüências
Efeito da crença
Comportamentos alternativos
Pensando como se estivesse fora da situação

Raphael Cangelli Filho 59


DADOS RELEVANTES DA CRENÇA CENTRAL
INFANCIA

ESTRATÉGIA
COMPENSATÓRIA
COMPORTAMENTO

PENSAMENTO AUTOMÁTICO

EMOÇÃO

Raphael Cangelli Filho 60


 “Oshomens não são
movidos pelas coisas, mas
pela visão que fazem
delas.”
(Epictetus)

Raphael Cangelli Filho 62


 Público: de dicionário.
 Pessoal: atribuído ao longo da história de
vida, através da experienciação com o
mundo.
◦ De acordo com esse significado, o indivíduo
experimentará uma emoção.
◦ Sentir é inato.
◦ Expressão do sentimento é aprendido.

Raphael Cangelli Filho 63


estímulo

emoção

Raphael Cangelli Filho 64


ESTÍMULO

IMPULSO INCONSCIENTE

EMOÇÃO

Raphael Cangelli Filho 65


ESTÍMULO

SIGNIFICADO CONSCIENTE

EMOÇÃO

Raphael Cangelli Filho 66


SELF

Raphael Cangelli Filho 67


 EUFORIA, EXCITAÇÃO – GANHO

 TRISTEZA – PERDA

 RAIVA - RETIRADA BRUSCA

 ANSIEDADE - AMEAÇA (DE GANHO OU


PERDA)

Raphael Cangelli Filho 68


EU

OUTRO

NÃO HÁ RELAÇÃO

Raphael Cangelli Filho 69


EU
OUTRO

HÁ RELAÇÃO

Raphael Cangelli Filho 70


EU
OUTRO

RELAÇÃO “SIMBIÓTICA”

Raphael Cangelli Filho 71


Raphael Cangelli Filho 72
 Ecletismo técnico: não implica numa mistura
de técnicas apanhadas ao acaso. É uma
abordagem que aconselha os terapeutas a
experimentarem métodos empiricamente
úteis ao invés de usar suas próprias teorias
como preditores do que irá acontecer.
(Lazarus, 1977)

 Ecletismo teórico...

Raphael Cangelli Filho 73


 O emprego de técnicas terapêuticas destina-
se a identificar, testar no real e corrigir
conceituações distorcidas e crenças
disfuncionais a essas cognições (Beck, 1982).

Raphael Cangelli Filho 74


 Qual o objetivo de uma técnica neste
processo?
 De que maneira este paciente irá se
beneficiar desta técnica?
 Este paciente possui repertório suficiente
para lidar com esta técnica?
 Esta sessão é um bom momento para se
incluir esta técnica?
 Eu conheço suficientemente bem esta
técnica? Seu manejo, e possíveis
conseqüências?
 Eu, pessoalmente, acredito no emprego
desta técnica como recurso facilitador de
um processo psicoterapêutico?
Raphael Cangelli Filho 75
Características da Abordagem Comportamental Cognitiva:
 possibilidade de poder empregar no processo psicoterapeutico,
recursos técnicos originários de outras abordagens
psicoterapêuticas
processo de resolução de problemas baseado numa experiência
de aprendizagem, paciente com a ajuda e colaboração do
terapeuta aprende a descobrir e modificar as distorções
cognitivas e idéias disfuncionais.
ou seja:
 A curto prazo: modificar a predisposição sistemática do
pensamento que leva a distorções cognitivas
 A longo prazo: modificar os construtos cognitivos subjacentes
que tornaram o sujeito em condição de vulnerabilidade.

Raphael Cangelli Filho 76


 “O planejamento e a aplicação de estratégias e técnicas
específicas necessitam levar em conta não só a patologia
específica dos pacientes, como também seus métodos
singulares de integrar e utilizar as informações sobre si
mesmos.

 Diferentes pacientes aprendem de maneiras diferentes.


Além disso, os métodos que têm sucesso num momento
em particular, com determinado paciente, podem ser
ineficazes em outra ocasião.

 Os terapeutas precisam usar seu melhor julgamento para


desenhar planos de tratamento e selecionar técnicas mais
úteis dentre uma ampla variedade disponível, ou
improvisar novas.

 A aplicação mais efetiva de técnicas depende de uma clara


conceitualização do caso, da formação de uma relação de
trabalho amistosa e também da arte do terapeuta”
Beck e Freeman (1993)

Raphael Cangelli Filho 77


 “...a inclusão da pessoa do terapeuta é
importante fator em relação a qualquer
recurso. ...a boa técnica é aquela que tem
utilidade no contexto terapêutico em questão.
E se assim pensamos, temos, necessariamente,
de incluir os clientes, como parte principal, no
seu específico momento dentro do processo
terapêutico. Isso implica considerar os
contextos particulares e suas necessidades
específicas. Embora ... o terapeuta tenha uma
participação fundamental no uso das técnicas –
afinal, geralmente são os próprios terapeutas
quem as propõem -, são as circunstâncias dos
clientes que as validam como bons recursos, e
isso é sempre imprevisível.”
Grandesso (2000)

Raphael Cangelli Filho 78


a técnica tem a ver com o
“...
entusiasmo de quem a usa,
mas também com a emoção
de quem a recebe.”
(Grandesso, 2000)

Raphael Cangelli Filho 79


o sucesso do uso de um recurso técnico, assim
como o de um processo psicoterapêutico,
depende do paciente, que busca uma
psicoterapia.

Raphael Cangelli Filho 80


Depende tambem...
do psicoterapeuta – no que se refere aos seus
aspectos profissionais e pessoais porque o
terapeuta tem duas funções:

 a de guia = ajudando o paciente a entender a


maneira em que as cognições influenciam em
suas emoções e comportamentos;
 a de catalizador = ajudando a promover
experiências corretivas ou novas aprendizagens
que promovem, por sua vez, pensamentos e
habilidades mais adaptativas

Raphael Cangelli Filho 81


e...
da relação estabelecida entre paciente e terapeuta
a técnica tem a ver com o entusiasmo de quem a usa,
mas também com a emoção de quem a recebe

certas habilidades facilitam a colaboração no processo terapêutico,


tais como:
◦ o manejo da empatia emocional e cognitiva ( entender e refletir
como o paciente parece viver seus estados emocionais e sua
visão sobre sua situação)
◦ a adaptação do cliente (aceitá-lo com suas características
pessoais e tipo de problema )
◦ sinceridade do terapeuta, porém com diplomacia

Raphael Cangelli Filho 82


pode suceder dessa relação, como
reflexo do intercambio cognitivo:
Resistência; Transferência e
Contratransferência
resultado de:
◦ distorções cognitivas; construtos
pessoais;
◦ falta de acordo sobre as metas da
terapia;
◦ impossibilidade de prover
racionalidade ao tipo de
questionamento,...

Raphael Cangelli Filho 83


1. Conceitualização dos problemas do paciente
(formulação de caso)

2. Plano de tratamento = modificar as distorções


cognitivas e construtos pessoais

3. Terapeuta usa tanto técnicas cognitivas,


quanto comportamentais que são apresentadas
nas sessões; são ensaiadas na consulta e
asseguradas como tarefas de casa, dos
problemas selecionados
84
Utilização da AGENDA como estratégia terapêutica:
 poder atuar nas principais dificuldades do paciente,
tendo como o objetivo prévio, a identificação e
estabelecimento de uma hierarquia da problemática
pessoal.
 Ao se fazer isto, se favorece o aprendizado e a
possibilidade de solução de problemas, num processo
reflexivo, sempre retomando eventos anteriores e
apontando para possibilidades futuras.

PACIENTE:
 paciente tem como identificar seus pensamentos
automáticos, e o efeito deste, em seu comportamento
e emoções, favorecendo a possibilidade de perceber
suas crenças sobre si mesmo e sobre o mundo, além
de organizar e correlacionar conteúdos de consultório
com situações de vida.
85
A AGENDA:

 prioriza o entendimento das consultas


anteriores, bem como o resultado das
tarefas desenvolvidas pelo paciente fora do
contexto terapêutico, ampliando a sua visão
das dificuldades e apontando as mudanças
ocorridas durante o processo terapêutico.

 permite que, a reestruturação cognitiva vá,


gradativamente, sendo elaborada, em
correspondência às respostas do paciente,
como intervenção nas distorções cognitivas
deste, que lhe formatam os sintomas da
doença para qual veio procurar terapia.

Raphael Cangelli Filho 86


TAREFA DE CASA

 pode maximizar o que foi aprendido numa


sessão de terapia e conduzir a um aumento, no
sentido de auto-eficácia do paciente
 é planejada conforme o conteúdo e as metas
da sessão

na aplicação da tarefa de casa, considerar as


características de cada paciente:
sua habilidade de leitura e escrita
sua motivação e disposição para a tarefa
seu nível de angústia
seu funcionamento cognitivo
suas restrições práticas

Raphael Cangelli Filho 87


Grandesso, M.A, Sobre a reconstrução
de significado: uma análise
epistemológica e hermenêutica da
prática clínica. São Paulo, Casa do
Psicólogo, 2000

Raphael Cangelli Filho 88


 Terapeuta - pessoa no mundo
 Neutralidade exclui a emoção da prática
terapêutica
 co-construção de significados entre cliente
e terapeuta:
◦ compreensão intelectual
◦ sentir junto
◦ confiança e aceitação mútuas
 Você não pode ajudar qualquer pessoa, a
menos que vc se arrisque. (Rogers)

Raphael Cangelli Filho 89


 Processo dialógico
 Processo transformativo
 Escuta Terapêutica:
◦ significados
◦ formação teórica e prática
◦ histórias vividas e encarnadas
◦ terapia pessoal do terapeuta, supervisões e
consultorias clínicas

Raphael Cangelli Filho 90


 Intersecção entre os participantes do
sistema na sua construção mútua do “real”,
oferecendo um caminho para se lidar com
essas “vibrações” decorrentes do encontro
entre as histórias dos clientes e as
histórias pessoais do terapeuta.
 Favorece a bilateralidade na construção da
mudança terapêutica, envolvendo os
significados do cliente e do terapeuta.

Raphael Cangelli Filho 91


 Audiência qualificada
 Favorece ao cliente tornar-se uma audiência
para si mesmo
◦ reapropriação da experiência
◦ nomeação diferente dos acontecimentos vividos
◦ percepção e sentimento diferente das situações
experienciadas

Raphael Cangelli Filho 92


 Clarear os relatos, compreender os
significados, organizar e dar coerência e
sentido para as histórias vividas.

 Postura ética - constante indagação do papel,


da responsabilidade, da especialidade, do
envolvimento...

Raphael Cangelli Filho 93


 Relação pessoa-pessoa: autêntica, natural e
espontânea
 terapeuta - recurso na maneira de estar no
mundo
 parceria conversacional
 cliente - especialista quanto ao conteúdo
 terapeuta - especialista no processo

Raphael Cangelli Filho 94


 Interesse genuíno - escuta aberta
 aprende com o cliente como ele próprio
atribui significado à sua experiência
 deixar de lado o conhecimento acumulado
 escuta a partir da perspectiva do outro
 escuta ativa
 escuta desconstrutiva
 escuta compreensiva

Raphael Cangelli Filho 95


 Prática da autoridade compartilhada
 Clientes - agentes de suas vidas
 Processo paralisado - resistência do cliente
 Postura Ética - responsável pelas escolhas e
decisões ao longo da terapia,
 contexto histórico, cultural e político

Raphael Cangelli Filho 96


 Mudança terapêutica decorre do
estabelecimento de diferenças que possam
ampliar:
◦ as possibilidades experienciais da pessoa
envolvida
◦ as possibilidades de atribuição de significados
 A conversação terapêutica favorece a
desconstrução e a construção de novos
significados

Raphael Cangelli Filho 97


 A grande mudança é a compreensão que os
significados dependem dos contextos,
resultando em uma maior flexibilidade diante
da vida e das relações e da sua capacidade de
colocar-se em diálogo.
 Conseguir dialogar com os outros presentes,
com os outros virtuais e consigo mesmo, nas
situações de desafio.

Raphael Cangelli Filho 98


 A terapia dura enquanto for geradora de
novos significados
 enquanto conversação continua, a terapia não
tem alta (modelo médico), nem fim...
 Rito de passagem - quando o cliente parte,
leva consigo um interlocutor internalizado -
seu terapeuta, e com isso o diálogo
continua...

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“AGORA EU POSSO SEGUIR CAMINHANDO
SOZINHO...”

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