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RECURSOS PARA AVALIAÇÃO EM

SAÚDE MENTAL

2.1. ENTREVISTA CLÍNICA INICIAL

Dra. Ana Karkow


Cesuca – Faculdade INEDI
Curso de Psicologia
ENTREVISTA CLÍNICA INICIAL
 Não é uma técnica única
 Depende do objetivo da entrevista e da orientação do
entrevistador.
 Objetivos determinam a estratégia, os alcances e os
limites da entrevista clínica.
O QUE É ENTREVISTA CLÍNICA?
 Conjunto de técnicas de investigação, com
conhecimentos psicológicos
 Tempo delimitado

 Dirigido por um entrevistador treinado

 Objetivo:

 Descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou


sistêmicos
 Fazer recomendações, encaminhamentos
 Definir objetivos do processo terapêutico
 Propor algum tipo de intervenção
 Técnica de investigação
 Técnica – procedimentos que investigam temas em
questão
 Investigação – levantamento de informações, fazer
inferências, tomar decisões
 Domínios da psicologia clínica

 Psicologia do desenvolvimento

 Psicopatologia

 Psicodinâmica

 Teorias sistêmicas

 Entrevista faz parte de um processo de avaliação

Pode ser feita em apenas uma sessão

 Entrevista ≠ Psicoterapia

 Caráter intrínseco de processo terapêutico da entrevista


 Caráter intrínseco de processo avaliativo da psicoterapia
 Ideal é utilizá-la com um conjunto de procedimentos em
psicologia (instrumentos projetivos ou cognitivos,
observação, entre outros).
 Única técnica capaz de:

 Testar aparentes contradições;


 Explicitar características observadas em instrumentos
padronizados;
 Tem a característica de ser dirigida

 A fim de atingir os objetivos da entrevista, o entrevistador


pensa na estrutura de sua intervenção.
 Contudo, o sujeito tende a conduzir a entrevista

 Entrevistador deve estar preparado para lidar com o


direcionamento que o sujeito dará
 Otimizando a demanda do sujeito e os objetivos da
tarefa
 Atribuições do entrevistador e do entrevistado
Entrevistador
- Colocar a entrevista clínica no domínio de uma
relação profissional
- Responsabilidade pela condução do processo
- Aplicação de conhecimentos da psicologia
- Dominar a técnica
- Reconhecer a desigualdade intrínseca da relação
(entrevistador tem o poder)
- Responsabilidade de zelar pelo outro
- Necessidade de treinamento especializado
- Fazer recomendações, encaminhamentos ou sugerir
tratamento
 Atribuições do entrevistador e do entrevistado
Entrevistado
- Fornecer informações
- Sentimento colaborativo

 Resultado da entrevista depende:


 Experiência e habilidade do entrevistador
 Qualidade da formação clínica
 Sensibilidade do avaliador para os aspectos
relacionais
 Necessária prática supervisionada
 Desafios com a inclusão de terceiros – quem é o
beneficiado?
 Justiça, empresas...
 Entrevistador deve atentar para os conflitos de
interesse e das questões éticas envolvidas
 Deve-se ter claro:

 Quem são seus clientes?


 Quais as demandas?
 Necessidade de delimitação temporal (pode haver mais
de um encontro)
A delimitação temporal entre a entrevista inicial e o processo
terapêutico tem a função de explicitar as diferenças de objetivos
dos dois procedimentos e dos papéis diferenciados do
profissional

 Delimitação define o setting e fortalece o contrato


terapêutico
TIPOS E OBJETIVOS DA ENTREVISTA CLÍNICA

 Classificação dos tipos de entrevistas


 Forma – estrutura
 Objetivo
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA
 Estruturadas
 Semi-estruturadas

 Livre estruturação
ENTREVISTA ESTRUTURADA
 Pouca utilidade clínica
 Aplicação em pesquisa

 Raramente considera as demandas e necessidades do


sujeito
 Destina-se para o levantamento de informações a
partir das necessidades de um projeto de pesquisa
 Privilegiam a objetividade

 Perguntas quase sempre fechadas ou delimitadas

 Buscam respostas específicas para questões específicas


ENTREVISTA DE LIVRE-ESTRUTURAÇÃO
ENTREVISTA LIVRE
ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA

 Toda entrevista exige alguma forma de estruturação


(metas, papel, procedimentos, objetivos a serem
atingidos)
 Enquadram-se nas entrevistas clínicas
 Entrevista Clínica Estruturada para o DSMIV
ENTREVISTAS SEMI-ESTRUTURADAS
 Permite a criação de um registro (clínicas sociais,
saúde pública, psicologia hospitalar)
 Entrevistador possui clareza:

 De seus objetivos
 Do tipo de informação necessária
 De como essa informação pode ser obtida
 Sequência das perguntas
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS OBJETIVOS
 Há uma interdependência entre abordagem e objetivos
da entrevista

 Hipótese
Entrevistador Psicodinâmico
Entrevistador Comportamental
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS OBJETIVOS
 Hipótese
Entrevistador Psicodinâmico
 Explora o desenvolvimento precoce
 Processos inconscientes
 Defesas e conflitos predominantes
Entrevistador Comportamental
 Definição das situações-problema
 Identifica os antecedentes do comportamento
 Definição de estratégias de intervenção terapêutica
diferentes
HÁ DOIS NÍVEIS DE OBJETIVO
1) Finalidade/Objetivos-fins:
 Descrever e avaliar para oferecer alguma forma de
retorno
 Objetivo comum a todas as formas de entrevista
clínica
 Etapas de uma entrevista:

 Apresentação da demanda
 Reconhecimento da natureza do problema
 Formulação de alternativas de solução e de
encaminhamento
2) Objetivos instrumentais:
 Exame detalhado dos sintomas apresentados
 Cada modalidade de entrevista define seus objetivos
instrumentais – alcance e as limitações da técnica
Ex.: Entrevista psicodinâmica
 Investigação do desenvolvimento psicossexual
QUANTO À FINALIDADE
 Triagem
 Anamnese

 Diagnósticas (sindrômicas ou dinâmicas)

 Sistêmicas

 Devolução
ENTREVISTA DE TRIAGEM
 Avalia a demanda do sujeito
 Faz encaminhamentos

 Utilizada em Serviços de Saúde Pública ou em Clínicas


sociais
 Avalia a adequação da demanda em relação ao
encaminhamento pretendido.
 Avalia a gravidade da crise

 O psicólogo clínico também também deverá triar seus


pacientes e encaminhá-los quando julgar não ser
possível atendê-lo.
ENTREVISTA DE ANAMNESE
 Levantamento detalhado da história de
desenvolvimento da pessoa, desde a sua infância.
 Técnica de entrevista facilmente estruturada
cronologicamente.
 Mais utilizada na terapia infantil

 Outras abordagens também a utiliza por investigarem


questões de desenvolvimento (abordagem sistêmica –
linha do ciclo de desenvolvimento pessoal)
ALGUNS PONTOS QUE PODEM SER
CONSIDERADOS NA ENTREVISTA DE ANAMNESE

 Genograma da família (descrição do contexto familiar)


 História pré-natal e perinatal (como transcorreu a
gestação do ponto de vista físico e psicológico)
 Aspectos nutricionais, doenças, acidentes, uso de
drogas
 Fatos significativos na vida do casal e da mãe
 Parto
 Reações dos pais quanto ao sexo do bebê, seu apgar,
sua aparência, qualidade da relação mãe-bebê.
 A primeira infância (0 até os 3anos)
 Importância da qualidade da relação materno-infantil
 Ansiedade básica de separação e reação a estranhos –
disponibilidade de figuras substitutas
 Padrões de comportamento motor , de linguagem e
social – o ambiente foi estimulante? Como foram
manejadas as tentativas frustradas?
 Infância intermediária (3 aos 11 anos)
 Alargamento das redes de relações
 Primeiros padrões de autoafirmação, agressividade,
impulsividade.
 Histórias de pesadelos, fobias, enurese, crueldade
com animais, masturbação compulsiva.

 Pré-puberdade e adolescência
 Facilidade ou não de criar e manter relações
 Tendência de participar de grupos (aceita normas e
regras sociais)
 Interesses religiosos, políticos...
 Área sexual, primeiras experiências, escolha e
variabilidade de parceiros – reações da família
 Idade adulta
 História e situação ocupacional – concretização,
escolha e preparação profissional
 Relações sociais – extensão do círculo de amizade,
qualidade, duração e profundidade das relações
interpessoais
 Relação conjugal – áreas de satisfação e insatisfação
 Área sexual – escolha do parceiro, prática sexual,
satisfação, experiências
ENTREVISTA DIAGNÓSTICA
 Descrever, avaliar, relacionar e inferir.
 Prioriza aspectos sindrômicos e/ou psicodinâmicos

Sindrômicos - classificação de um quadro ou síndrome


 Descrição de sinais (baixa autoestima, sentimentos de
culpa)
 Descrição de sintomas (humor deprimido, ideação
suicida)
Psicodinâmico
 Descrição e compreensão da experiência ou do
funcionamento do sujeito (a partir da abordagem
teórica)
 Visa a modificação de um quadro apresentado em
benefício do sujeito
 Ideal é que se priorize as duas perspectivas de modo
complementar.
Ex.: Pessoas deprimidas (sintoma ou síndrome)
frequentemente dirigem sua agressividade contra si
mesmas (aspecto dinâmico) e que pode resultar em um
comportamento autodestrutivo (sinal) ou no extremo
ideação suicida (sintoma).
 Comum sinais ou sintomas isolados que não
configuram uma síndrome, mas são importantes para
sugerir a dinâmica, o funcionamento, do paciente.
 Identificação precoce – importante para prevenção de
crises.
 Interação entre sinais, sintomas e síndromes com a
dinâmica permite compreender melhor o sujeito.
ENTREVISTAS SISTÊMICAS
 Avaliação de casais e famílias
 Avaliação da estrutura e da história relacional ou
familiar
 Provocar interações significativas em áreas importantes
da dinâmica familiar.
 Entrevista Familiar Estruturada de Féres-Carneiro
ENTREVISTAS DE DEVOLUÇÃO
 Comunicação do resultado e avaliação das reações do
sujeito
 Auxilia o sujeito a compreender as conclusões e
recomendações e a remover distorções ou
fantasias
 Pode ser realizada em uma mesma sessão, ao final da
entrevista.
 Deve-se abrir espaço para o sujeito expressar seus
sentimentos e pensamentos em relação às conclusões e
recomendações do avaliador.
 Entrevista de devolução demarca o término do processo
de avaliação
 Encaminhamentos
PROCESSO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
 Envolve diferentes procedimentos e várias entrevistas
Ex.: Avaliação de um jovem adolescente com
comportamentos estranhos e incompreensíveis para a
família
 Entrevista da família

 Entrevista com o adolescente (avaliação do quadro


sintomático e de aspectos psicodinâmicos)
 Aplicação de instrumentos de avaliação psicológica no
adolescente
 Entrevista de devolução com o adolescente

 Entrevista de devolução com os pais

 Última entrevista de encaminhamento com o


adolescente e os pais e definir estratégia psicoterápica.
COMPETÊNCIAS DO AVALIADOR E A
QUALIDADE DA RELAÇÃO

 Entrevista ponto inicial – crucial o desenvolvimento de


uma relação de ajuda
 Aceitação das recomendações e a permanência no
tratamento – conjunto de competências do entrevistador
+ uso da técnica
 Entrevista – contato social entre duas ou mais pessoas

 Deve estar presente, inteiramente disponível para o


outro – necessidades ICS dificultam a escuta; cuidar
suas necessidades pessoais (Terapia e Supervisão)
 Auxiliar a se sentir à vontade e a desenvolver aliança
terapêutica (percepção de estar recebendo apoio +
sentimento de estarem trabalhando juntos)
 Facilitar a expressão dos motivos da busca por ajuda
(coração da entrevista)
 Motivos reais podem estar latentes
 Resistências que dificultam o processo
 Abandonar ideias supervalorizadas ou autoimagem
distorcida – experienciado como perda real
 Buscar esclarecimentos de colocações vagas e
incompletas – funcionam como defesa
 Gentilmente, confrontar esquivas e contradições

 No nível adequado à sua capacidade e estrutura


egóica
 Técnica dirigida ao insight
 Requer capacidade para tolerar a ansiedade
 Tolerar a ansiedade relacionada aos temas da
entrevista.
 Desenvolver confiança em sua própria capacidade de
suportar alguns temas
 Evitar tabus na relação entrevistador X entrevistado
 Reconhecer defesas e o modo de estruturação do
paciente (transferência)
 Observação dos comportamentos verbais e não-
verbais
 Compreender os processos contratransferenciais
(recursos + importantes do clínico)
 Assumir iniciativas em momentos de impasse
 Mobilizar recursos pessoais diante de situações
difíceis – para trabalhar com segurança
 Risco de vida
 Sintomas psicóticos
 Violência
 Impulsividade
 Dominar as técnicas utilizadas.
CONCLUSÃO
 “Nada mais ético do que um bom treinamento”.
 Compromisso ético

 Depende da técnica
 Do treinamento
 Valores e formação pessoal e profissional
 Avaliação do quanto as omissões e apontamentos
podem interferir e afetar o outro
 Antecipar os conflitos inerentes à atividade de
entrevista clínica (necessidade de definir quem são
os clientes e como responder às demandas)
 Própria relação com o sujeito (supervisão clínica) –
não se isolar e buscar apoio.
REFERÊNCIAS

Tavares, M. (2000). A entrevista clínica. Em.: Cunha, J.


(org.). Psicodiagnóstico V – 5ª Ed. Revisada e
ampliada. Porto Alegre: Ed. Artmed.
ENTREVISTA FAMILIAR ESTRUTURADA – UM
MODELO DE AVALIAÇÃO DAS RELAÇÕES
FAMILIARES (FÉRES-CARNEIRO, 1997)
 Método de avaliação das relações familiares e dos
dinamismos familiares
 Utiliza linguagem simples

 Exige da família respostas faladas e/ou não verbais

 Necessita do entrevistador, observador e de um


gravador.
 Ênfase na promoção de saúde emocional da família
EFE
 Composta de seis tarefas
 Cinco verbais
 Uma não-verbal

 Duas tarefas (1 e 4) são propostas à família como grupo


e as outras a cada membro individualmente.
 Cada tarefa pretende avaliar a dinâmica conjugal e/ou
grupal
TAREFA 1: "VAMOS IMAGINAR QUE VOCÊS TERIAM DE
MUDAR-SE DA CASA ONDE MORAL NO PRAZO MÁXIMO DE UM
MÊS. GOSTARIA QUE VOCÊS PLANEJASSEM AGORA,
EM CONJUNTO, COMO SERIA A MUDANÇA. "

 Objetivo: verificar como a família funciona quando


necessita fazer algo em conjunto
 A escolha do tema e a estipulação do prazo de um mês
visam conseguir maior envolvimento dos membros da
família com a tarefa.
 Observar: a forma como a família lida com a proposta
que lhe é feita, como a família atua como grupo.
 A comunicação na família
 Como cd membro assume seu papel familiar
 Como são as regras familiares
 Como a família lida com o conflito
 Como surgem as lideranças
 Em que medida a integração grupal é capaz de levar
o grupo familiar a ser produtivo e chegar a
conclusões conjuntas, respeitando a individualização
dc cada membro
NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 1
 "a mudança é definitiva ou é apenas por uns dias, ou
para passar férias?" - E.: mudança é definitiva.
 "um mês não dá para mudar". "não temos dinheiro para
mudar" – E.: "Vamos imaginar que vocês têm de se
mudar nesse prazo.“
 "todos têm de mudar mesmo?", ou "pode não mudar'!",
ou "pode deixar para depois?“ – E.: " Imaginem que
vocês têm de se mudar no prazo de um mês."
 Se depois disso algum membro insistir em não
responder, o entrevistador não deverá intervir mais
TAREFA 2: "QUANDO VOCÊ ESTÁ FAZENDO UMA COISA
QUALQUER, MAS FICA DIFÍCIL TERMINAR ESSA TAREFA
SOZINHO, O QUE VOCÊ FAZ?”

 Objetivo: avalia em que medida os membros da família


são capazes de buscar ajuda sem desmerecer seus próprios
recursos. Fornece dados sobre a auto-estima de cada
membro.
 Indivíduos auto-dcsvalorizados podem ter dificuldade em
pedir ajuda e, quando o fazem, podem não conseguir
explicitar claramente seu pedido
 Indivíduos muito auto-valorizados podem não pedir ajuda
por serem auto-suficientes.
 Verifica como são as regras familiares sobre auto-
valorização, como os membros da família interagem para
resolver os seus problemas.
NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 2
 "depende ... “ – E.: "Depende de quê?“
 " peço ajuda“ – E.: "A quem?“

 "não peço ajuda“ - E.; "Por que?"


TAREFA 3: "DIGA QUE COISAS VOCÊ MAIS GOSTA EM
VOCÊ. “

 Objetivo: analisa que coisas boas se permite a alguém


dizer a respeito de si mesmo. É também uma forma de
descobrir o que é permitido pela família e pelas regras
pessoais.
 Indicações sobre a auto-estima dos membros da família

 Dimensão individual da autoestima, gostar ou não


de si mesmo
 Dinâmica familiar , de que forma os pais explicitam
sentimentos de valor positivo nos membros da
família.
NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 3

 "são coisas que eu gosto de fazer?", "são coisas que eu


tenho?" - E.: "Gostaria que cada um dissesse o que mais
gosta em si mesmo."
 Se depois disso, mesmo assim, algum membro continuar
falando de coisas externas a si mesmo, o entrevistador não
deve intervir mais.
 Um membro da família ter ficado em silêncio ou ter dito
que não gosta de nada em si mesmo – E.: “o que achou do
que foi dito a seu respeito?”.
 O entrevistador deve esperar até que todos se
manifestem. "E você, de que coisas mais gosta em você?”
TAREFA 4: "COMO É UM DIA DE FERIADO NA FAMÍLIA?"

 Objetivo: avaliação da re1ação conjugal. Se interagem


como marido e mulher, se se individualizam e se
funcionam como modelo de uma relação homem-mulher
gratificante.
 Caso não surja espontaneamente, nas respostas da
família algo específico sobre o casal, o entrevistador
pergunta explicitamente sobre as atividades do mesmo.
 Informações sobre as regras familiares relacionadas ao
lazer, à tomada de decisões.
NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 4
 Se apenas um membro da família falar, o entrevistador
aguardará algum tempo e, em seguida, perguntará se
mais alguém quer dizer alguma coisa.
 Dirigir-se aos membros do casal, perguntando: "E o
casal tem alguma atividade própria no dia de feriado?"
 Caso não exista o casal na família, o entrevistador
deverá perguntar ao pai, à mãe ou a outros membros
adultos da família se ele tem atividades no dia de
feriado, da qual os outros membros não participam.
TAREFA 5: “IMAGINE QUE VOCÊ ESTÁ EM SUA CASA,
DISCUTINDO COM UMA PESSOA QUALQUER DE SUA FAMÍLIA, E
ALGUÉM BATE À PORTA.QUANDO VOCÊ VAI ATENDER, A PESSOA
COM QUEM VOCÊ ESTÁ DISCUTINDO LHE DÁ UM EMPURRÃO. O
QUE VOCÊ FAZ?”

 Objetivo: avaliar se as regras familiares permitem a


expressão de sentimentos agressivos e se a agressão pode
ser livremente expressa em relação a qualquer membro da
família.
 Há espaços na família para que seus membros possam
vivenciar sentimentos de raiva, sem a ameaça de
destruição e possam usar sua agressividade de forma
construtiva.
 Avaliação da interação conjugal e familiar, dos manejos
de discordâncias e conflitos e das regras de autoridade e
poder familiar.
NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 5
 "depende da situação" ou "depende da pessoa“ – E.: "Como
assim?'
 Se os excmplos forem dados com pessoas que não são da
família – E.: "Gostaria que imaginassem a situação com
alguém da família”.
 Se só entreos irmão – E.: "Como seria com o papai ou com
a mamãe?"
 Se os pais exemplificarem a situação apenas com os filhos
– E.: "Como seria entre vocês?" (o casal).
TAREFA 6: "CADA UM DE VOCÊS VAI ESCOLHER UMA OU
VÁRIAS PESSOAS DA FAMÍLIA, PODE SER QUALQUER PESSOA,
E VAI FAZER ALGUMA COISA PARA MOSTRAR A ESSA PESSOA
QUE GOSTA DELA, SEM DIZER UMA PALAVRA.”

 Objetivo: avaliar se as regras familiares permitem o


contato físico como a manifestação da afeição.
 Como ocorrem os contatos físicos entre os diferentes
subsistemas familiares
 Avalia a comunicação não-verbal e os processos de
individualização e integração no grupo familiar.
NORMAS DE APLICAÇÃO PARA A TAREFA 6
 Anotar a comunicação não-verbal
 "Você (A) entendeu o gesto que ele (B) fez para você?"
Caso A também não tenha compreendido. E.: dirigir-
se a B: "Você poderia explicar seu gesto?”

 O entrevistador deverá encerrar o atendimento


dizendo à família que, no próximo encontro eles
conversarão sobre tudo o que aconteceu.
NORMAS DE APLICAÇÃO
 Aplicada em conjunto, numa única sessão, a todos os
membros da família.
 Sua aplicação deve ser inserida no contexto da queixa
trazida pela família ou por algum de seus membro.
 Pode ser aplicada no primeiro contato com a família,
depois de o terapeuta ouvir o motivo da procura.
 Pode ser aplicada depois de um ou alguns contatos – o
terapeuta explicita a necessidade da entrevista
familiar.
 Tempo de duração – varia de 30 a 90 minutos.
 Atuam um entrevistador, que coordena a sessão no que
se refere à aplicação das tarefas, e um observador que
intervém ativamente quando é diretamente abordado
por algum membro da família .
 Utiliza-se um gravador para o registro do material
verbal
 Observador anota a comunicações não-verbais, desde o
primeiro contato (troca de olhares, contatos físicos,
postura, expressões faciais, risos, caretas, choro)e em
que momento foram expressos.
CATEGORIA DE AVALIAÇÃO
 Comunicação
 Regras

 Papéis

 Liderança

 Conflitos

 Manifestação da agressividade

 Afeição física

 Interação conjugal

 Individualização

 Integração
COMUNICAÇÃO

 Fator de grande importância na saúde emocional da família


 Qualquer comportamento verbal ou não-verbal, manifesto .

Distúrbios comunicacionais
Comunicação desqualificada e disfuncional
 Incongruência – um contraria o outro, há contradições
mútuas.
 Confusa – frases incompletas, obscuras, mudanças bruscas
de assunto, linguagem pouco explícita.
 Ausência de direcionalidade – informações não são
dirigidas a quem de fato se quer dirigir.
 Ausência ou intensidade em demasia de carga emocional
REGRAS

 Relacionadas ao desenvolvimento emocional sadio dos


membros
 Norma, regra comportamental aceita pela maior parte do
grupo familiar. Tipos de interação permitidos entre os
membros da família. Regulador de conduta da família.
 Coerentes – se reforçam mutuamente, não contraria outra

 Flexíveis – permitem possíveis alterações

 Democráticas – compartilhadas pela maior parte dos


membros.
PAPÉIS
 Desempenho no cumprimento das funções familiares
essenciais e na clareza dos diferentes subsistemas
familiares (marido, esposa, mãe, pai, filho...)
 Funções de cada membro, a partir das posições que ocupa
nos subsistemas conjugal, parental, fraterno e filial.
 Família como facilitadora de saúde emocional, na medida
em que cada membro conhece e desempenha seu papel
 Presença dos papéis – limites claros dentro do sistema
familiar.
 Definição – explícito a função de cada membro.

 Adequados – cd membro se comporta de acordo com sua


definição de papel.
 Flexíveis – permitem assumir outras funções.
LIDERANÇA
 Pais e filhos precisam estar cientes da necessidade do uso
diferenciado da autoridade
 Pais devem assumir a função de liderança da família.

 Resultante da interação em que um membro assume a


liderança, influenciando nos demais e sendo influenciado
por eles. Funções de organizador e orientador.
 A autoridade dos pais precisa ser questionada e o papel
do líder pode ser assumido por outros para haver saúde
emocional da família.
 Ausente – nenhum membro assume o papel

 Fixa – sem assumida pelo mesmo membro

 Autocrática – líder decide pelo grupo coercitivamente

 Democrática – decisões tomadas por consenso


CONFLITOS

 Podem tanto estimular o crescimento quanto predispor ao


desequilíbrio emocional
 Expressão – há a permissão explícita e clara do conflito

 Positivamente valorizados – diferenças e discordâncias


vistas não como uma ameaça, mas como algo construtivo,
que estimula o crescimento.
 Busca de solução – família possui recursos para lidar e
solucionar com os conflitos.
MANIFESTAÇÃO DA AGRESSIVIDADE
 Importância da expressão dos sentimentos
 Explicitação de sentimentos de raiva e/ou de
comportamentos hostis, dirigidos por um membro da
família.
 Ausente - não podem expressá-los

 Destrutiva – quando os sentimentos ou comportamentos


impedem o contato entre eles, ou eliminam a possibilidade
de encontrar soluções, provocando raiva ou hostilidade.
 Sem direcionalidade adequada – não podem explicitar os
sentimentos agressivos para alguns membros
AFEIÇÃO FÍSICA
 Tipo de comportamento não-verbal, manifestado pelos
membros da família, através de contatos físicos
carinhosos, para expressar amor.
 Ausente – quando não conseguem trocar entre si
carinhos.
 Recusada – quando um membro tenta manifestar e o
outro não aceita.
 Sem carga emocional adequada – contatos físicos sem
manifestação de ternura
 Saúde emocional quando há a manifestação espontânea e
terna de afeição física pelos diferentes membros do grupo
INTERAÇÃO CONJUGAL
 Processo de trocas relacionais estabelecidas no subsistema
conjugal, ou seja, entre o marido e a mulher.
 Diferenciação – limites do subsistema conjugal são
claros, destacando-se no sistema familiar.
 Individualização – os membros do subsistema possuem
individualidade.
 Gratificação – trocas relacionais são vivenciadas como
agradáveis e construtivas.
INDIVIDUALIZAÇÃO

 Possibilidade de preservação da identidade individual


de cada membro da família.
 Diferenças e discordâncias são respeitadas, permitindo
a heterogeneidade de interesses e opiniões.
INTEGRAÇÃO

 A família deve funcionar como um grupo integrado,


possuindo uma identidade grupal.
 Os membros comportam-se de forma coesa e coordenam
seus esforços para atingir objetivos comuns.
AUTO-ESTIMA
 Importância dos pais validarem positivamente o
crescimento de seus filhos e se interessem por suas
realizações.
 Sentimentos de valor que cada um tem em relação a si
mesmo.
 Alta auto-estima – quando os pais possuem
sentimentos de valor positivo em relação a si mesmos e
valorizam o crescimento e as novas aquisições e
realizações dos filhos.
INTEGRAÇÃO FAMILIAR FACILITADORA DE
SAÚDE EMOCIONAL

 Comunicação é congruente, clara, com direcionalidade e


carga emocional adequada.
 Regras são explícitas, coerentes, flexíveis e democráticas.

 Papéis definidos, diferenciados e flexíveis.

 Liderança presente, diferenciada e democrática.

 Conflitos expressos, sem desvalorização e com busca de


solução.
 Agressividade manifesta de forma construtiva e sem
discriminação de direcionalidade.
 Afeição física presente e aceita, possuindo carga
emocional adequada.
INTEGRAÇÃO FAMILIAR FACILITADORA DE
SAÚDE EMOCIONAL

 Interação conjugal diferenciada, individualizada e


prazerosa.
 Individualização presente, com preservação das
identidades próprias e também identidade grupal.
 Explicitação de sentimentos de alta autoestima. Ênfase –
promoção de saúde emocional da família
ESCALAS PROPOSTAS AVALIAÇÃO
 Interação facilitadora de  Interação dificultadora de
saúde emocional na saúde emocional na família
família
1. comunicação
congruente ___-___-____-____ -____-___-____ incongruente

 Avaliador deve assinalar os espaços e verificar o


quanto está mais próxima de um ou de outro lado.
 Avaliação discursiva
REFERÊNCIAS

Féres-Carneiro, Terezinha. Entrevista familiar


estruturada - EFE: um método de avaliação das
relações familiares.Famílias: diagnóstico e terapia.
Petrópolis, R. J.: Vozes. 1996.
Féres-Carneiro, Terezinha. Entrevista familiar
estruturada - EFE: um método de avaliação das
relações familiares.Temas psicol., Dez 1997, vol.5, no.3,
p.63-94. ISSN 1413-389X

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