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ANÁLISE DO MÉRITO

SENTENÇA CÍVEL – PARTE 06


PROF.ª CAMILLE JAVARINE
ANÁLISE DO MÉRITO
 Maior pontuação das provas de sentença.

 Ordem de análise – questão estilística, mas atenção à noção de


prejudicialidade. Exemplo: validade do contrato antecede entrega do bem
negociado.

 Necessidade de exposição do regramento aplicável, e também da


obrigatoriedade do cotejo das provas com o ônus probatório e lei regente.
ANÁLISE DO MÉRITO
1 – FIXA-SE A CONTROVÉRSIA (não as teses)
Falta de contestação – PRESUNÇÃO LEGAL (CPC, ART 34 – ônus da impugnação específica)
 Indicação dos limites da lide, do que será decidido, e, após, qual o sistema jurídico.

1ª TRAVA – ESQUEMA PRÉVIO


2ª TRAVA – RELATÓRIO (se o caso)
3ª TRAVA – FIXAÇÃO DA CONTROVÉRSIA
MODELO
“No caso em tela, a controvérsia cinge-se à presença de dois dos requisitos necessários à responsabilização
civil, uma vez que há dissonância quanto a licitude do ato imputado ao réu, bem como sobre a ocorrência de
ofensa à personalidade do autor.”

Atitude errônea - novo relatório do processo no início da análise do mérito.


ANÁLISE DO MÉRITO
2 – PROMOVE-SE A EXPOSIÇÃO DA REGÊNCIA LEGAL DA MATÉRIA QUE SERÁ ANALISADA
 A indicação do regramento legal deve se dar contextualizando a relação jurídica analisada. A cada pedido que
incida norma específica, esta deverá ser mencionada.
DEMANDA ENVOLVENDO DIREITO DO CONSUMIDOR E RESPONSABILIDADE POR FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO –
não basta dizer que se aplica o CDC, necessário dizer o motivo!
EX:
Exposta a controvérsia, insta assentar que aplica-se ao caso o Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista
que autor e réu se subsumem aos conceitos de consumidor e prestador de serviço, na forma prevista nos artigos
2º e 3º do CDC.
Com efeito, o CDC confere aos consumidores o direito de ressarcimento dos danos verificados em decorrência de
falha dos produtos ou serviços (art. 14 do CDC). A responsabilização civil, no entanto, não prescinde dos
requisitos encartados nos artigos 927 e 186 do CC, quais sejam, o ato ilícito, o dano e o nexo causal entre esses.
No caso em tela, ...
– POSSIBILIDADE DE EXPOSIÇÃO DA TEORIA ADOTADA PARA O CONCEITO DE CONSUMIDOR – FINALISTA
MITIGADA, ABRANDADA OU APROFUNDADA. RESP 1.195.642/RJ, REL MIN NANCY ANDRIGUI.
ANÁLISE DO MÉRITO
CONSUMIDOR. DEFINIÇÃO. ALCANCE. TEORIA FINALISTA. REGRA. MITIGAÇÃO. FINALISMO APROFUNDADO. CONSUMIDOR POR
EQUIPARAÇÃO. VULNERABILIDADE.
1. A jurisprudência do STJ se encontra consolidada no sentido de que a determinação da qualidade de consumidor deve, em
regra, ser feita mediante aplicação da teoria finalista, que, numa exegese restritiva do art. 2º do CDC, considera destinatário
final tão somente o destinatário fático e econômico do bem ou serviço, seja ele pessoa física ou jurídica.
2. Pela teoria finalista, fica excluído da proteção do CDC o consumo intermediário, assim entendido como aquele cujo produto
retorna para as cadeias de produção e distribuição, compondo o custo (e, portanto, o preço final) de um novo bem ou serviço.
Vale dizer, só pode ser considerado consumidor, para fins de tutela pela Lei nº 8.078/90, aquele que exaure a função econômica
do bem ou serviço, excluindo-o de forma definitiva do mercado de consumo.
3. A jurisprudência do STJ, tomando por base o conceito de consumidor por equiparação previsto no art. 29 do CDC, tem
evoluído para uma aplicação temperada da teoria finalista frente às pessoas jurídicas, num processo que a doutrina vem
denominando finalismo aprofundado, consistente em se admitir que, em determinadas hipóteses, a pessoa jurídica adquirente
de um produto ou serviço pode ser equiparada à condição de consumidora, por apresentar frente ao fornecedor alguma
vulnerabilidade, que constitui o princípio-motor da política nacional das relações de consumo, premissa expressamente fixada
no art. 4º, I, do CDC, que legitima toda a proteção conferida ao consumidor.
4. A doutrina tradicionalmente aponta a existência de três modalidades de vulnerabilidade: técnica (ausência de conhecimento
específico acerca do produto ou serviço objeto de consumo), jurídica (falta de conhecimento jurídico, contábil ou econômico e
de seus reflexos na relação de consumo) e fática (situações em que a insuficiência econômica, física ou até mesmo psicológica
do consumidor o coloca em pé de desigualdade frente ao fornecedor).
Mais recentemente, tem se incluído também a vulnerabilidade informacional (dados insuficientes sobre o produto ou serviço
capazes de influenciar no processo decisório de compra). (REsp 1195642/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 13/11/2012, DJe 21/11/2012)
ANÁLISE DO MÉRITO
 Estrutura lógica do raciocínio expondo cada pedido autoral enfrentando as
teses defensivas respectivas: silogismo.
 Não repetição de temas enfrentados nas preliminares.
 Atenção ao art. 489 do CPC: repetição de dispositivos legais, uso
descontextualizado, fundamentação padrão.
 Assertividade em relação aos tópicos explorados, mas linguagem comedida.
Atenção aos aspectos não jurídicos.
 Oportunidade de pontuação deve ser aproveitada em TODOS os elementos
do mérito.
 Concentração dos elementos pertinentes ao tópico: sistematicidade e não
pulverização.
 Coerência entre os tópicos.
ANÁLISE DO MÉRITO
3 – ANÁLISE DAS PROVAS PRODUZIDAS OU JUNTADAS AOS AUTOS PELAS PARTES.
SUGESTÃO DE ANÁLISE – Regra não absoluta
1 – DOCUMENTOS
2 – PERÍCIA
3 - TESTEMUNHA
4 – ARREMATE DE ARGUMENTO APÓS A ANÁLISE DAS PROVAS, AFIRMANDO O
ATENDIMENTO OU DESATENDIMENTO DO ÔNUS PROBATÓRIO PELAS PARTES
 Abordagem do acervo probatório: evitar caráter descritivo, utilizar elementos já
correlacionando à decisão respectiva.
 Relevância na construção da prova: adequação ou não à tese sustentada (fatos
e consequências jurídicas).
 Não repetição dos depoimentos/laudos.
 Coerência: indeferimento da prova e julgamento por falta de prova.
ANÁLISE DO MÉRITO
As regras de distribuição do ônus da prova estão contidas no art. 373 do
CPC.
Art. 373 O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo
de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova
do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à
parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
- IMPORTANTE – NÃO SE PODE FAZER NA SENTENÇA (SANEAMENTO) – ART.
357, III, DO CPC – PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA.
ANÁLISE DO MÉRITO - PONTOS DE AVALIAÇÃO E ENCADEAMENTO LÓGICO DE ARGUMENTOS

- RESP 802.832/MG. RELATOR MIN PAULO DE TARSO SANSEVERINO. REGRA DE JULGAMENTO – NO


SANEADOR OU EM MOMENTO QUE PERMITA A REABERTURA PARA PRODUÇÃO DAS PROVAS
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo
quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II – tornar excessivamente difícil a uma parte o
exercício do direito.

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.


Não deve ser feita, em provas de sentença, a redistribuição do ônus da prova, sob pena de violação
do princípio da não-surpresa.
ANÁLISE DO MÉRITO - PONTOS DE AVALIAÇÃO E ENCADEAMENTO LÓGICO DE ARGUMENTOS

ENUNCIADOS DE PRECEDENTES INTERPRETATIVOS DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DAS 4ª. E 5ª.


CÂMARAS CÍVEIS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
 ENUNCIADO N.º 161
“É possível a inversão do ônus da prova da ação civil pública em matéria ambiental a partir da
interpretação do art. 6º, VIII, da Lei 8.078/1990 c/c o art. 21 da Lei n. 7.347/1985”.
ANÁLISE DO MÉRITO
- Exemplo: cobrança de indenização securitária
1. Fixar pontos controvertidos (presença ou não dos requisitos para
cobrança de indenização securitária)
2. Regramento legal incidente (CDC e CC, art. 757 e ss.)
3. Brevíssima contextualização do contrato de seguro (elementos –
prêmio, risco, indenização - STJ).
4. Pedidos – teses – provas (com lei, doutrina e jurisprudência)
- Indenização contratada: incide ou não, prêmio pago ou não, conforme provas dos
autos.
- Dano moral: ocorreu ou não, quantificação.
5. Conclusão
ANÁLISE DO MÉRITO
- PONTOS ESPECÍFICOS
A) DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE – MENÇÃO EXCLUSIVA NA FUNDAMENTAÇÃO –
EXIGÊNCIA LEGAL DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ART. 97). Ressaltar que questão é
incidental e deixar de aplicar no caso em apreço em razão da inconstitucionalidade.
B) OBSERVÂNCIA ÚNICA DAS PROVAS CONSTANTES DOS AUTOS (ENUNCIADO – não inventar
fatos novos).
C) REVELIA – PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE SOBRE OS FATOS E NÃO SOBRE O
DIREITO – ANÁLISE SOBRE A INCIDÊNCIA DO EFEITO MATERIAL É FEITA NA FUNDAMENTAÇÃO
- NÃO INCIDE:
A) SE MAIS DE UM RÉU, E UM DELES CONTESTAR
B) DIREITOS INDISPONÍVEIS
C) FATOS NÃO VEROSSÍMEIS
ANÁLISE DO MÉRITO
 RECONVENÇÃO
- análise, em regra, em primeiro lugar, dos pedidos principais – após, indicar
início da análise da reconvenção.
- vem na contestação, e demanda pedido, sob pena de inépcia.
- demanda autônoma – extinguiu a principal sem mérito, tem que avaliar a
reconvenção
– necessidade de julgamento expresso dos pedidos no dispositivo.
– honorários advocatícios fixados em separado. Um parágrafo para a principal,
outro para a reconvenção.
– não cabe em juizados. Pedido contraposto.
ANÁLISE DO MÉRITO
 DENUNCIAÇÃO DA LIDE (DEMANDA REGRESSIVA CONDICIONAL)
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que
possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for
vencido no processo.
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de
ser promovida ou não for permitida.
§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na
cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova
denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.

 TEM PROCESSO NOVO? NÃO! HÁ AMPLIAÇÃO OBJETIVA E SUBJETIVAMENTE DO FEITO.


A – B A-B-C
HIPÓTESES DE VEDAÇÃO LEGAL – JUIZADOS (ART. 10 DA LEI 9.099) E AÇÕES ENVOLVENDO CDC (ART. 88
DO CDC)
ANÁLISE DE FATO NOVO/DIVERSO
1 - Nos termos do art. 70, III, do CPC (125, II, do CPC), para que se defira a denunciação da lide, é
necessário que o litisdenunciado esteja obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar a parte vencida,
em ação regressiva, sendo vedado, ademais, introduzir-se fundamento novo no feito, estranho à lide
principal. (REsp 701.868/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 11/02/2014, DJe
19/02/2014)

PEDIDO DEVE RESPEITAR OS ARTIGOS 319 E 320 DO CPC


Processo civil. Petição de denunciação da lide. Inépcia. Não-existência. Função instrumental do
processo. Exame sistemático da peça processual. Ausência de prejuízo para a defesa.- A caracterização
de inépcia da petição de denunciação da lide exige o exame sistemático da peça processual e a
constatação de prejuízo para a defesa. Precedentes. Recurso especial provido.(REsp 476.670/SP, Rel.
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/09/2003, DJ 20/10/2003, p. 271)
ANÁLISE DO MÉRITO
 OPOSIÇÃO
Demanda autônoma
Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu
poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
Art. 683. O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação.
Parágrafo único. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus
respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Art. 684. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente.
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação
originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso
do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao
princípio da duração razoável do processo.
Art. 686. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta conhecerá em
primeiro lugar.
ANÁLISE DO MÉRITO
A–B

C – litigando contra A e B

- Autos em apenso – inicial deve respeitar os artigos 319 e 320 do CPC


- Julgamento conjunto ação e oposição
- Inicio pela oposição (art. 686)
* Oposição procedente – principal improcedente (TJDFT 2008/2009)
* Oposição improcedente – principal segue seu rumo para julgamento
> STJ: descabimento em ação de usucapião.

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