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(27) 3302-8000
Fundamentos da engenharia de materiais
Fundamentos da engenharia de
materiais
Cerâmicas
São compostos formados por elementos metálicos e não metálicos. Na maioria das vezes:
óxidos , nitretos e carbetos. Ex.: Alumina, Dióxido de Silício, Carbeto de Silício.
Diferente dos metálicos não tem boa ductibilidade, pois, são extremamente duras. Além
da alta dureza, os cerâmicos são tipicamente isolantes à passagem de calor e eletricidade.
Polímeros
Incluem as famílias dos materiais plásticos e de borracha. A maioria é composta por
orgânicos que têm sua química baseada no carbono, hidrogênio e em outros elementos
não metálicos. Possuem baixa massa específica, não são tão rígidos e, em geral, são
quimicamente inertes, não reagindo a um grande número de ambientes. A maior
desvantagem dessa classe é a tendência a se decompor em temperaturas modestas.
Fundamentos da engenharia de materiais
Outros materiais
Compósitos
É composto por dois ou mais dos materiais apresentados anteriormente. O objetivo
principal é atingir uma combinação de propriedades que não é exibida por qualquer
material isolado, incorporando as melhores características de cada um. Exemplo: Fibra de
vidro – Pequenas fibras de vidro são adicionadas a um material polimérico (em geral
epóxi ou poliéster) . As fibras são relativamente resistentes e rígidas (porém frágeis),
enquanto o polímero é mais flexível.
O átomo
Os átomos são compostos de, pelo menos, um próton e um elétron. Podendo apresentar
nêutrons ( apenas o átomo de Hidrogênio não possui neutrôns) .
Elétrons – São partículas de massa muito pequena ( cerca de 1840 vezes menor que a
massa do próton ou aproximadamente 9,1 X 10^-28 g) dotados de carga elétrica negativa:
1,6 X 10^-19 C. Movem-se muito rapidamente ao redor do núcleo atômico, gerando
campos eletromagnéticos. Massa de 9,11 X 10^-31 kg
Prótons – São partículas que , junto aos nêutrons, formam o núcleo atômico. Possuem
carga positiva de mesmo valor absoluto que a carga dos elétrons, assim, um próton e um
elétron tendem a se atrair eletricamente. Massa de 1,67 X 10^-27 kg
Nêutrons – Junto dos prótons , formam o núcleo atômico. E , como possuem massa
bastante parecida, perfazem 99,9 % de toda a massa do átomo. Possuem carga elétrica
nula, e são dispostos estrategicamente no núcleo de modo a estabilizá-lo: uma vez que
dois prótons repelem-se mutuamente, a adição de um nêutron ( princípio da fissão nuclear
) causa instabilidade elétrica e o átomo se rompe. Massa de 1,67 X 10^-27 kg
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O átomo
Número atômico (Z)
Cada elemento químico é caracterizado pelo número de prótons que compõem seu
núcleo.
Para um átomo eletricamente neutro, seu número atômico é igual ao número de elétrons.
O número atômico é definido em unidades inteiras e vai de 1 para o Hidrogênio até 92
para o Urânio.
Peso atômico
Corresponde a média ponderada das massas atômicas dos isótopos do átomo.
1 uma (unidade de massa atômica) / átomo(ou molécula) = 1g/mol
Fundamentos da engenharia de materiais
Após dois anos de pesquisa , Niel Bohr complementou o que Rutherford havia iniciado
em 1908 e estabeleceu os postulados fundamentais para o nosso atual modelo atômico.
Fundamentos da engenharia de materiais
Para cada tipo, a ligação envolve necessariamente os elétrons de valência, além disso, a
natureza da ligação depende das estruturas eletrônicas dos átomos constituintes.
A camada de valência é a última camada de distribuição eletrônica. O Diagrama de Pauling estabelece que os
átomos podem possuir sete camadas de distribuição atômica. Estas camadas são denominadas K, L, M, N, O, P e Q.
Cada uma destas camadas possuem um número máximo de elétrons. Assim, as camadas acima possuem,
respectivamente 2, 8, 18, 32, 32, 18 e 2 elétrons. A camada de valência necessita, na maior parte dos átomos, de 8
elétrons para que seja estável. Essa é a teoria do octeto.
Quando não há estabilidade, os átomos tendem a fazer ligações químicas com elementos que possam proporcionar
os elétrons faltantes.
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Ligações atômicas
Ligações primárias
Iônica
Encontrada sempre nos compostos cuja composição envolve tanto elementos metálicos
quanto não metálicos. Os átomos de um elemento metálico perdem com facilidade seus
elétrons de valência para os átomos de elementos não metálicos.
Todos os átomos envolvidos adquirem configurações estáveis ou de gás inerte e, além
disso, uma carga elétrica, isto é: eles se tornam ÍONS
- Ligações direcionais são aquelas que a magnitude da ligação é maior em certa direção;
Ligação iônica – não direcional
Ligação covalente – direcional
Ligação metálica – não direcional
CFC
Cada átomo em um vértice é composto por oito células unitárias, 1
átomo centrado em uma face é compartilhado por 2 células, sendo
assim, podemos concluir que o número de átomos para uma
estrutura CFC é de 4 átomos inteiros.
CCC
Cada átomo em um vértice é composto por oito células unitárias e 1
átomo no centro, sendo assim, podemos concluir que o número de
átomos para uma estrutura CCC é de 2 átomos inteiros.
HC
Para estrutura hexagonal compacta o número de coordenação é 12
e o FEA 0,74, como exemplo de metais , podemos citar :
Cádmio, Magnésio, Titânio e Zinco
Fundamentos da engenharia de materiais
Estrutura Cristalina
Exercícios:
Desenhe os planos:
a) (1 1 1)
b) (1 -1 1)
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Planos cristalográficos
Índices de Miller – Exercícios - RESPOSTAS
Desenhe os planos:
a) (1 1 1)
b) (1 -1 1)
Importante lembrar da regra do paralelismo!!!
Desenhe os planos:
a) (3 -1 3)
b) (1 -3 1)
Fundamentos da engenharia de materiais
Densidade atômica planar
Calcule a DAP do plano ( 1 0 0) da célula CFC
Número total de átomos = 1 + 4*1/4 = 2
Solidificação direcional
Fundamentos da engenharia de materiais
Materiais policristalinos
Na prática, a maioria dos sólidos é composta por um conjunto de muitos cristais
pequenos ou grãos. Esses materiais são chamados policristalinos.
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Contorno de grão
Um defeito interfacial é aquele que possui duas dimensões e que normalmente separam
regiões dos materiais que possuem estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas
diferentes. Ex.: Superfície externa de um material e CONTORNO DE GRÃO
Fundamentos da engenharia de materiais
Anisotropia
As propriedades físicas de alguns materiais dependem da direção cristalográfica na qual as
medições são feitas. Essa direcionalidade das propriedades é denominada anisotropia.
Em alguns casos os grão dos materiais policristalinos possuem uma direção preferencial.
Nesse caso, diz-se que o material possui uma textura.
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Difração de raios-X
Os raios-x são uma forma de radiação eletromagnética com altas energias e comprimentos
de onda pequenos. Quando um feixe de raios-x incide sobre um material sólido, uma
fração desse feixe será dispersa em todas as direções. Através da Lei de Bragg é possível
identificar se a interferência, do plano cristalográfico em relação ao feixe, será construtiva
ou não, e assim determinar os índices de Miller.
Fundamentos da engenharia de materiais
Defeitos
Defeitos pontuais
Lacuna – é um sítio vago na rede cristalina, que normalmente deveria estar ocupado, mas
do qual está faltando um átomo. Todos os sólidos cristalinos contém lacunas.
O processo pelo qual uma deformação plástica é produzida pelo movimento de uma
discordância é denominado escorregamento.
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Sistemas de escorregamento
Existe sempre um plano cristalográfico preferencial para o movimento das discordâncias.
Esse plano é chamado de Plano de escorregamento.
Para uma estrutura cristalina , o plano de escorregamento é aquele que possui o
empacotamento atômico mais denso, ou seja , a maior densidade planar.
Os metais com estruturas cristalinas CFC e CCC possuem um número relativamente grande
de sistemas de escorregamento (pelo menos 12). A ductilidade desses metais está
diretamente relacionada com o fato dos sistemas possibilitarem uma deformação plástica
extensa ao longo dos planos.
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Defeitos volumétricos
São defeitos acumulados que apresentam uma dimensão muito maior do que os pontuais
e lineares.
Ex.: Poros , trincas, inclusões, etc...
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Aumento da resistência pela redução do
tamanho do grão
O tamanho do grão em um metal policristalino influencia diretamente em suas
propriedades mecânicas.
O contorno de grão atua como uma barreira ao movimento das discordâncias por duas
razões:
• Como as orientações dos grão são diferentes, uma discordância que passa por um
determinado grão terá que mudar a direção do seu movimento;
Metais com alta pureza, na maioria das vezes, apresentam menor dureza e menor
resistência que as ligas compostas pelo mesmo metal base.
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Encruamento
É o fenômeno pelo qual um metal dúctil se torna mais duro e mais resistente à medida é
deformado plasticamente. Às vezes é chamado de endurecimento ou endurecimento a
frio.
NOTA: A maioria dos metais encrua à temperatura ambiente.
Fundamentos da engenharia de materiais
Recuperação, recristalização e crescimento
do grão
Mesmo após o tratamento mecânico de um metal, o mesmo pode ser revertido se
aplicado o tratamento térmico adequado. Essa restauração resulta de dois processos
diferentes que ocorrem em temperaturas elevadas: recuperação e recristalização, que
podem ser seguidos por crescimento de grão.
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
Propriedades elásticas
A Lei de Hooke - 𝝈 = 𝑬𝜺
Fundamentos da engenharia de materiais
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Propriedades elásticas
Anelasticidade – Existe, na maioria dos materiais em engenharia, uma componente da
deformação elástica que é dependente do tempo. Esse comportamento elástico é
conhecido como anelasticidade
Alongamento percentual
𝒍𝒇 − 𝒍𝟎
%𝑨𝑳 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝒍𝟎
𝑨𝟎 − 𝑨𝒇
%𝑹𝑨 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝑨𝟎
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Propriedades em tração
Exemplo 6.4
Um corpo de prova cilíndrico feito em aço e com diâmetro original de 12,8 mm (0,505 in) é
testado sob tração até sua fratura, tendo sido determinado que ele possui uma resistência
à fratura, expressa em tensão de engenharia de 460 Mpa. Se o diâmetro de sua seção
transversal no momento da fratura é de 10,7 mm (0,422 in) , determine:
Ensaio Rockwell
É o método mais comumente usado para medir dureza, pois, é muito simples de executar
e não exigem quaisquer habilidades especiais.
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Ensaios de dureza
Ensaio Rockwell
Vantagens:
- Medida direta do valor da dureza;
- Teste relativamente rápido;
Desvantagens:
- Diversas escalas diferentes;
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Ensaios de dureza
Ensaio Brinell
Vantagens
- Não há necessidade de definição de escala em função de materiais
Desvantagens
- Necessita de uma técnica mais apurada para verificação da calota.
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Ensaios de dureza
Ensaio Brinell
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Ensaios de dureza
Ensaio Vickers
Um penetrador de diamante muito pequeno é forçado contra a superfície do corpo de
prova. As cargas aplicadas são muito menores do que nos ensaios Rockwell e Brinell.
A medição também é observada em um microscópio e então convertida em um número
de dureza.
Desvantagens
- Limitação de carga em até , aproximadamente, 1000 g;
Vantagens
- Medidas muito precisas e pequenas de dureza em diversos tipos de materiais.
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