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Design no Brasil: Anos 60 e 70

afastamentos da estética racionalista

UTFPR | DADIN
Tecnologia em Design Gráfico
Teoria do Design
Profa. Maureen Schaefer França.
profa.maureen@gmail.com
AI-1 (1964) dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, Eleições indiretas e Desativação do Pluripartidarismo:
suspender direitos políticos por dez anos e demitir qualquer pessoa que ARENA (Aliança Renovadora nacional) X MDB (Movimento
tivesse atentado contra a segurança do país. Democrático Brasileiro).

Cenário político

-Renúncia de Jânio Quadros em 1961 > João Goulart.


-Jango: medidas populistas.
-Receio dos militares: comunismo.
-Alas mais conservadoras apoiam o golpe militar
(1964-1985).
Marcha da Família com Deus e pela Liberdade: 500 mil pessoas.

-UNE: apoiava o presidente, a reforma estudantil.


O período que antecede o golpe de 64 foi marcado por forte instabilidade política.
Durante o governo de João Goulart eram frequentes manifestações sociais e
políticas, como consequência da complicada situação econômica que a população
enfrentava.

Enquanto isso, o presidente falava em Reforma de Base, e a classe média estava


temerosa com a possibilidade da chegada do comunismo ao Brasil.

O quadro só piorava e, com a ideia de modificá-lo, os militares entraram em ação. Em


31 de março de 64 o general Olympio Mourão Filho comandou tropas vindas de
Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro.

A fim de evitar uma guerra civil, Jango deixa o país e refugia-se no Uruguai.

GONÇALVES, Emily; NASCIMENTO, Manoel. A DITADURA MILITAR CONTADA PELO OLHAR DO FOTÓGRAFO EVANDRO TEIXEIRA.
http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Pesquisa/pibic/publicacoes/2011/pdf/jor/emily_goncalves.pdf
No entanto, não aconteceu qualquer resistência significativa e o golpe político-militar se consumou em menos de 48 horas.

A guarnição do forte de
Copacabana não aderiu ao
movimento militar e
acabou sendo tomada por
forças comandadas pelo
coronel César Montagna, que
golpeou com as mãos o
sentinela do portão,
invadindo o forte sem
utilizar armas – fato que
ficou conhecido como
“episódio da bofetada” –.
Durante o Regime, o local
foi utilizado como presídio
político. Evandro Teixeira foi
o único fotógrafo a registrar
esse momento
Ditadura militar nos anos 70: período
mais repressivo.

AI-5
Cenário político: movimentos contra a ditadura

-Movimento Estudantil (1968)

-Literatura, Teatro e Música.

-Protestos da classe trabalhadora.

Capitalismo X Socialismo.

Caetano Veloso:
“é proibido proibir”.
Fogo na Rural do Exército – Movimento Estudantil.
Rio de Janeiro parou no dia do enterro. Para expressar seu protesto, os
cinemas da Cinelândia amanheceram anunciando três filmes: A noite
dos Generais, À queima roupa e Coração de Luto. Centenas de cartazes
foram colados na Cinelândia com frases como "Bala mata fome?", "Os
velhos no poder, os jovens no caixão" e "Mataram um estudante. E se
fosse seu filho?” Edson Luis foi enterrado ao som do Hino Nacional
Brasileiro, cantado pela multidão.
1968: AI-5 – decretou o fim das liberdades civis e de
expressão: repressão policial, prisões, torturas,
execuções secretas: práticas comuns.

Stuart morto em 1971; Zuzu em 1976.


Linha Le Mazelle referenciada nos movimentos
estudantis e na guerrilha urbana, 1968.
Contexto sociocultural
Influência
britânica

Cenário cultural: Cultura Jovem

Swinging London

-Divulgação midiática do Swinging


London.
Os jovens brasileiros buscavam se inspirar em
novos modelos comportamentais.

-Beatles: inovação sonora e visual.

1963: Lançamento nacional do primeiro compacto dos Beatles.


Influências:
Cenário cultural: Pop Inglaterra +
EUA
Influências:
Cenário cultural: Psicodelismo Inglaterra +
EUA
Cenário cultural: Moda Jovem

-Mini saia de Mary Quant (1964)


Para Prado e Braga (2011), a antimoda ou moda jovem - associada
aos protestos pacíficos, festivais de rock, shows tropicalistas e
movimento hippie - era avessa à qualquer requinte elitista, embora
tenha sido apropriada pela indústria.

Referenciada na moda americana e britânica, a moda jovem elegeu


o jeans e a camiseta (regata e t-shirt); esta passou a receber
tratamentos superficiais como tingimentos e estampas de símbolos
juvenis (frases de protesto, símbolo hippie, ídolos da música, marcas
de banda) .

Geração Pop (1972-79): Revista voltada especialmente ao público


jovem (f/m). Influências europeias e norte-americanas. Seções:
Música, Cinema, Moda, Esportes, Turismo.
Leila Diniz: liberdade sexual e Em 1969, em entrevista ao jornal alternativo Pasquim, a atriz motivou a lei de
quebra de tabus: sexo, gravidez, censura prévia, apelidada de Decreto Leila Diniz, ao dizer “Você pode amar
palavrões. muito uma pessoa e ir para a cama com outra. Já aconteceu comigo”.

Rose di Primo criou o


primeiro biquíni
Cenário cultural: Revolução Sexual tanga (anos 70).

A década de 70, ainda embriagada na inquietação dos anos 60, é marcada por contradições: provocação e repressão, conservadorismo e
liberalismo, contestação e conformação, crescimento macroeconômico e arrocho salarial (MELO e RAMOS, 2011).
Influência
estadunidense
Dias (2004) comenta que o milagre econômico no Brasil (68-73) fortaleceu a
rebeldia dos jovens das classes médias.

O conforto financeiro e portanto a redução de certas preocupações, acabou por


afrouxar a cobrança de padrões mais rígidos de comportamento.

Alguns pais, que questionavam as regras sociais, também contribuíram para a


liberdade e a transgressão de condutas dos adolescentes.
Cenário cultural: Orientalismo

Assuntos esotéricos em voga: viagem dos Beatles à Índia, difusão do movimento Hare
Krishna, meditação transcedental.
Cenário cultural: Música

Os festivais de música tiveram início em 1965 na Tv Excelsior. A partir de 1966, estes festivais passaram a acontecer pela Tv
Record, revelando artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso.

Então naquela altura, com o “Fino da Bossa”, depois com a subida do programa Jovem
Guarda, havia um interesse do público de televisão, por música popular, e um misto de
torcida de futebol (...) com partidos políticos. E o dono da televisão manipulando
aquilo, combinando com a gente “Então vocês fazem um grupo, todo mundo
acreditando que era nacionalista, fazem um grupo contra o iê-iê-iê”. (...) pra dar
audiência na televisão, (...) e os festivais surgiram, durante essa época que a música na
televisão tinha essa importância tão grande.
Caetano Veloso
Contexto sociocultural

Cenário cultural: Música

Jovem Guarda

O Programa Jovem
Guarda inaugurou o
pop/rock nacional,
acertando em cheio uma
juventude sedenta por
integrar-se às novidades
do exterior.

Programa de televisão musical Jovem Guarda da Rede Record (1965-1968).


Cesar Villela: Capas limpas
e simples feitas para
Gravadora Elenco a partir
de 1963. Considerado um
modernista livre das
normas do modernismo.
Fez uso da unidade e da
diversidade, a partir do
fundo branco, fotografia em
alto contraste, 4 pontos
vermelhos. A ideia do
designer era simplificar
para ganhar destaque nas
prateleiras, entre tantas
capas contemporâneas que
brigavam entre si por meio
de excessos visuais.
Versões mais doces, românticas, despreocupadas com a política.

Mobilização da juventude como jamais ocorrera. Roberto Carlos, Wanderléa, Erasmo Carlos, Ronnie Von
O Programa Jovem Guarda difundiu e
instigou um modo de vida jovem: roupas,
cortes de cabelo, desejo pelos “possantes"...

Para alguns, era um negócio comercial, um


modo de difundir a alienação em massa da
juventude.

Nome pinçado de uma frase de Lênin: “O


futuro pertence à jovem guarda, pois a velha
está ultrapassada”. Ironia?

Ronnie Von
1966
Marcas Calhembeque, Tremendão, Ternurinha: bonecas, calças e blusas.
Kenneth Noland Frank Stella

A 300km por hora.


Jovem Guarda

Carlos Prósperi, 1965.

1965
Paixões por carros, solidão nas metrópoles, amores Erasmo Carlos: A Tropicália é uma Jovem Guarda com
impossíveis. consciência das coisas e nos deixou num branco total.

1966 1967 1968


http://www.youtube.com/watch?v=VDpdwIga_LY
Jovem Guarda
Victor Moscoso, The quicksilver Messenger
Service, 1967, cartaz.
Os tropicalistas eram vistos
pelos chamados conservadores

Tropicália (1967-1968) como agentes de provocação.

-Movimento de ruptura que surge dentro do contexto de agitação política e cultural.

-Contestação ideológica.
Autoritarismo, desigualdades sociais.

-Arte voltada para todos, para as massas.


Abandono da arte intimista para poucos privilegiados.

-Produções engajadas.

*prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968


Hélio Oiticica (1937-1980): Artista plástico e
performático. Faz uso da experimentação
sensorial. Arte ambiental: lúdica e hedonista.

O nome “Tropicália” vem de uma instalação do artista plástico Hélio Oiticica em abril de 1967, onde apresenta uma nova visão artística, com
características tropicais tipicamente brasileiras, que ao se apropriar do espaço coloca o espectador dentro da obra.
Universalizar a linguagem da MPB, incorporando
Tropicália (1967-1968) elementos da cultura jovem mundial.

-Revisão cultural: (re)descoberta do Brasil + internacionalização da cultura.

-Sincrético, inovador, aberto e incorporador.

Naquele tempo havia uma visão elitista que abraçava um pseudonacionalismo


purista, preso à noção de “nossos bons negros, nosso autêntico samba”, como se
todas as coisas estivessem estagnadas e não sujeitas à transformação.
Rogério Duarte
Incorporação da
contracultura hippie: roupas
coloridas, cabelos longos.

Extravagante e escandalosa:
som transgressor, roupas
psicodélicas, performances
coreografadas.

Sua atuação quebrou as rígidas dicotomias que permaneciam no País. Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x vanguarda.
Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a época.
Oswald de Andrade ironizava a submissão da elite brasileira aos países desenvolvidos. Propunha a "Devoração cultural das técnicas
importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produto de exportação".

Culturas eruditas e populares são ingredientes em diálogo.

Influências

-Movimento Antropofágico.

-Concretismo.

-Kitsch.

-Pop.

-Psicodelismo.

-Ritmos regionais e
estrangeiros
Bolero, Samba-canção, Beatles, Bob
Dylan, Hendrix (guitarra elétrica)

E etc...
Capas de Discos

Batmakumbayêyê batmakumbaoba 11 Bat macumba


Batmakumbayêyê batmakumbao
(Caetano Veloso – Gilberto Gil)
Batmakumbayêyê batmakumba
Batmakumbayêyê batmakum Interpretação: Gilberto Gil
Batmakumbayêyê batman
Batmakumbayêyê bat
Batmakumbayêyê ba
Batmakumbayêyê Se dentro do contexto da MPB a canção passou indiferente, sem grandes marcas,
Batmakumbayê
Batmakumba dentro da estética sugerida pela Tropicália, é a única que realiza a proposta
Batmakum
concreto-antropofágica. Seus versos são concretistas, a letra forma um K,
Batman
Bat sugerindo a realização de códigos verbal, sonoro e visual. A macumba, elemento
Ba
Bat popular de atos sincréticos no Brasil, é associada ao Batman, o homem morcego
Batman
Batmakum dos quadrinhos e das séries da televisão de então. A letra ao formar uma grande
Batmakumba
Batmakumbayê K, dá a estética concretista a qual o movimento aliara-se, sendo uma letra mais
Batmakumbayêyê
literária do que com mensagem musical.
Batmakumbayêyê ba
Batmakumbayêyê bat
Batmakumbayêyê batman
Batmakumbayêyê batmakum
Batmakumbayêyê batmakumbao
Batmakumbayêyê batmakumbaoba

http://www.youtube.com/watch?v=pObbaUIqlQU
Oiticica, 1968 – Marginália criada a partir do Tropicalismo em 1967. Valorização da cultura marginal em contraposição aos valores
burgueses e elitistas associados à Ditadura Militar. Cinema marginal + Imprensa marginal (Pasquim, Flor do Mal) + Músico maldito
(Jorge Mautner, Luiz Melodia)

Tropicália

-Experimentalismo.
Característico das vanguardas com o tom de crítica social.

-Cultura marginal.

-Protesto comportamental.

Instâncias culturais
Artes: Hélio Oiticica.
Cinema: Glauber Rocha.
Teatro: Grupo Oficina.
Música: Cateano Veloso,
Gilberto Gil, Mutantes.
A relação não-conflituosa da Tropicália com a
propaganda e a tecnologia revela-se um
interessante objeto de estudo.

Já em 1968, o primeiro disco de Tom Zé chamava-


se “Grande Liquidação”. No ano seguinte, os
Mutantes causavam polêmica ao lançarem em
disco a canção Algo Mais, jingle composto pela
banda para uma propaganda da Shell.

http://www.labcult.uff.br/tribunal-do-feicibuqui/
-Rogério Duarte
-Luciano Figueiredo
-Oscar Ramos
-Aldo Luiz
-Kélio Rodrigues

Tropicalismo: peças gráficas

-Alegoria.

-Complexidade, referências
múltiplas.

-Liberdade.

-Colorido: alegria, prazer.

-Rompimento com a estética


racionalista.

-Estética pop.

Design: Officina. 1968. http://www.youtube.com/watch?v=pObbaUIqlQU


Manifesto Tropicália ou
Tropicalismo Panis et Circensis (1968 ).

Criação coletiva: Guilherme


Araújo, Rita Lee, Oliver
Peroy, Rubens Gerchman.

manifesto musical
http://virgula.uol.com.br/album/musica/quem-e-quem-na-capa-de-sgt-peppers-lonely-hearts-club-band#
capas de livros, cartazes,
logotipos, capas de discos.

Rogério Duarte (Bahia, 1939)

-Considerado um dos
mentores intelectuais do
movimento tropicalista.

-Professor, poeta, músico,


designer.

-Aluno de Otl Aicher,


Maldonado e Wollner.

-Trabalhou no escritório de
Aloísio Magalhães.
As capas são uma salada
de referências assim como
é a Tropicália.

Superbacana (1968)
-Pop Art.
-Ready-made: apropria-se de
algo que já está pronto
(ilustração).
-Estética dos quadrinhos.
-Kitsch: surrealismo barato.
-Serpente: sexo.
-Bananas: subdesenvolvimento.
-Rosto: claro x escuro enigma.
Tudo aquilo que não tinha status
estético de “bom desenho”,
interessava à Tropicália.

Gilberto Gil (1968)


kenneth noland
-Deboche do Estado, da cultura,
da nação.
-Contorno de nuvens, cogumelo
atômico.
-Pop Art.
-Antropofágica.
-Academia Brasileira de Letras.
-Militar, piloto malandro.
-Paródia.
-Alegoria.

As capas são uma salada de referências assim como é a Tropicália.


AI-5: controle total sobre a
produção cultural.

Prisão: Gil e Caetano (1968).

Gilberto Gil (1969) – Rogério Duarte. Londres (1971) Capa: Linda Glover. Caetano demonstra uma estética europeia,
com direito a um casaco de pele de carneiro. Um modo de o artista registrar a
saudade do calor brasileiro.
Tom Zé, Todos os olhos (1973). Décio Pignatari, Marcos Pedro Ferreira,
Francisco Eduardo de Andrade. A mais maldita capa do design fonográfico
brasileiro.
Cantar (1974). Capa: Rogério Duarte. Gal Costa. Jorge Mautner (1974). Capa: Rogério Duarte e Caetano Veloso. A capa é
uma mandala, composta de fotos de músicos e amigos. Uroboro - cíclico,
autorreflexão. Enforcado do tarô.
Qualquer Coisa (1975). Capa: Rogério Duarte e Caetano Veloso. Uma homenagem aos Beatles. Versão do álbum Let it be do grupo inglês e, no lugar das quatro fotos
dos integrantes, Caetano aparece em imagens borradas e deslocadas.
Gráfico
Emergência do fragmento.
Aspectos Gráficos
Estilhaçamento da imagem.
Marcas gráficas Art Déco, Mid-Century Modern, Script.

Marcas com maior apelo emocional:


cores, formas, mascotes,
informalidade, dinamismo.
Em sintonia com o panorama Capas para agredir,
mundial das artes visuais.
Livros não para agradar.

Eugênio Hirsch. Uso de fotografia em alto-contraste. Pop Art. Desconstrução, carimbo, tipos como imagens, colagem, tensão.
Eugênio Hirsch (Viena, 1923-2001): Pintor e artista
gráfico. Capas concebidas como cartazes no ponto-
de-venda. Empenhado na venda do livro.
Prenúncio do design pós-
moderno.

Versatilidade, impacto
visual, liberdade.

Eugênio Hirsch.
Legibilidade, clareza, fidelidade ao conteúdo do livro, nada disso o mobilizava. Ele está muito mais empenhado em surpreender o leitor.
Livros

Bea Feitler, 1962. Arara vermelha. Jayme Cortez. Ziraldo, 1969. Marco na narrativa infantil, na
1969. qual os personagens são cores.

Psicodelismo reprocessado
para o consumo de massa.
Rogério Duarte não
Cartazes vê oposição entre o
racionalismo e a
fantasia, procura
incorporar tudo.

Opinião Pública (‘Public Opinion’) O Desafio (‘The Challenge’ )


Directed by Arnaldo Jabor Directed by Paulo Cezar Saraceni
Rogério Duarte: porta-voz visual
de grande parte da produção
tropicalista e do Cinema Novo.

Rogério Duarte

Deus e o diabo na terra do so (1964).


Glauber Rocha.

Aridez e violência do sertão. Corisco nos encara através de sua


espada. Sol aquece e desafia. Não há diferença entre Deus e o diabo.
O novo tom tropicalista se pauta pelo ecletismo, de maneira inversa aos padrões lineares e funcionais da estética racionalista.

Rogério Duarte: Terra em transe (1967) Glauber Rocha. Rogério Duarte: Meteorango Kid (1969) André Luiz Oliveira.
Desconstrução da imagem. Apropriação da estética psicodélica.
Osvaldo Vanni, 1961. A concisão e a limpeza modernista, que O assalto ao trem pagador, Ziraldo. Lança mão da visualidade dos jornais
vinham dando o tom nas bienais anteriores, são colocadas em populares, dos quais se dizia “se espremermos, sai sangue”.
xeque por meio da desordem escondida sob o aparente sistema de
ordem do padrão de retículas.
Bandido da Luz Vermelha, 1968. Miécio Caffé. Cinema marginal. Citação Benício: tradição da ilustração popular americana, marcada pela pintura
das tradicionais ilustrações realistas de filmes populares. realista.
Benício. Benício: de capas de romances até cartazes das pornochanchadas.
Ziraldo Ziraldo
1969. O anjo nasceu. Thereza Simões. Cinema Marginal. 1969. Matou a família e foi ao cinema. Thereza Simões.
Revistas

Veja (1968). Depois de anos iniciais difíceis, torna-se líder de vendas a partir da década seguinte.

Mercado Editorial

Segmentação do mercado:
diversificação. Revistas de massa.
Revistas de “cultura”.

Público Masculino
Quatro Rodas. Placar.

Público Feminino
-Comportamento feminino: Claudia,
Desfile, Ele Ela e Pais & Filhos.

-Fotonovelas: Grande Hotel, Capricho,


Querida, Contigo.

Público Adolescente
Geração Pop (70`s)
Revistas Concorrentes
Anos 50: Manchete.
Anos 60: Fatos e Fotos.

Cruzeiro (1928)

-Durante os anos 40 e 50 cumpriu


papel análogo ao que a Rede Globo
cumpriria nos anos 70.

-Formadora de opinião nos mais


diversos assuntos: do
comportamento à política.

-Valorização da fotografia.
Civilização Brasileira (ciências humanas)

Invenção (literatura)

Habitat, Módulo e Acrópole (arquitetura)

Acrópole (1938-1971). A partir de 1962, capas de Augusto Boccara, arquiteto argentino.


Revistas

Nesse cenário, Senhor e Realidade ocupam lugares de honra. Não são


revistas voltadas a públicos de especialistas, tampouco a públicos menos
exigentes. Antes pretendem conciliar qualidade com sobrevivência
comercial.
Revistas Inovação editorial e gráfica.

Valorização do profissional
artista-designer.

Senhor (1959-1964)

-Revista carioca sobre cultura ($$$).

-Empreendimento de pequeno porte.

-Mensal. Tiragem: 40 mil.

-Simbiose entre as linguagens das


artes plásticas e do design.

n. 1 – 1959. Carlos Scliar. Colagem. Origem carioca.


Projeto gráfico: Carlos Scliar,
Glauco Rodrigues, Michel
Revistas Ilustração: colagem, desenho,
pintura, tipográfica.
Burton, Bea Feitler.

n. 37. 1962. Glauco Rodrigues.


n. 19. Michel Burton. Tipografia como imagem.
Revistas Imprevisibilidade, liberdade.

Jeito senhor de ser.

n. 30. Glauco Rodrigues. Cavalinho formado por apostas n. 23. Glauco Rodrigues.
do Jóquei Clube.
Revistas Miolo quase todo impresso em uma
cor. Ás vezes, acrescentados
cadernos em 4 cores, ou cadernos
com acréscimo de uma segunda cor.
Revistas Propagandas da revista Senhor.
Revistas Inovação editorial e gráfica.

Fotografia dirigida ao grande


público.

Realidade (1966-1976)

-Revista jornalística paulistana.

-Editora Abril: o maior grupo


editorial do país.
-Mensal.

-Tiragem: 450 mil.

n. 1 (abril 1966). O sonho da conquista do tricampeonato na Copa da


Inglaterra.
Revistas Jornalismo em primeira
pessoa.
Linguagem mais objetiva, simplicidade.
Revistas Espaço privilegiado aberto à
fotografia.

Imagem e texto verbal: blocos


autônomos.
Revistas Linguagem cinematográfica.

Cortes, close-up, afastamento,


mudança de ângulo.

Dimensão temporal.
Ângulos diferenciados, borrões,
baixa definição.
Design de Produto e Interiores
No quarto da menina tudo deveria ser “exuberante e movimentado” Nele, “a jovem estudante ouve seus discos, prega recortes na parede,
cartazes do cinema-nôvo, tem coisinhas de estimação, bichinhos, livros de sociologia e política, tudo num ambiente alegre e colorido”. Casa
Claudia.
Jogo de sala de estar em papelão e
almofadas insufláveis da loja
Ah! Se eu pudesse... Casa & Jardim,
vol. 175, agosto de 1969, p. 34-35.
Acervo da Biblioteca Pública do
Paraná. (SANTOS, 2010, p.185)
Capa de janeiro de 1970,
estampando o showroom da
Forma. Casa & Jardim, vol. 180,
janeiro de 1970, p.1. Acervo da
Biblioteca Pública do Paraná.
(SANTOS, 2010)
REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

CARDOSO, R. (org.). O design brasileiro antes do design: aspectos da história gráfica, 1870-1960. São Paulo: Cosac
& Naify, 2005. 358 p. ISBN 85-7503-428-6

MELO, Francisco Homem de.; COIMBRA, Elaine Ramos (Coord). Linha do tempo do design gráfico no Brasil. São
Paulo, SP: Cosac Naify, c2011. 741 p.

MELO, C.H. de (Org.) O design gráfico brasileiro: Anos 60. 2 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

SANTOS, Marinês Ribeiro dos. O design pop no Brasil dos anos 1970 : domesticidades e relações de gênero na
revista Casa & Jardim. Florianópolis, SC, 2010. 307 p. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina,
Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em

Ciências Humanas, Florianópolis, 2010. Disponível em: http://www.tede.ufsc.br/teses/PICH0087-T.pdf.

VINIL, Kid. Almanaque do Rock. São Paulo. Ediouro, 2008.


REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

Links:

Tropicália - http://www.youtube.com/watch?v=SS8uhFa0MYg

00:52:00 – 00:58:00 ditadura; 00:32:00-00:35:00 ditadura; 00:18:30-


00:29:00 tv

Rogério Duarte - http://rogerioduarte.com

Tropicália - http://tropicalia.com.br/

http://tropicalia.com.br/en/leituras-complementares/antimoda-2

http://jeocaz.wordpress.com/2009/02/16/tropicalia-ou-panis-et-
circencis-o-album-manifesto/

http://vitruvius.com.br/jornal/agenda/read/3476

http://www.itaucultural.org.br/jovemguarda/
REFERÊNCIAS

Filmes:

-Jango

-O que é isso, Companheiro?

-Bye Bye, Brasil

-Pra Frente, Brasil

-Cidadão Boilesen

-Hércules 56

-Cabra marcado para morrer

-O Bom Burguês

-Batismo de Sangue

-Zuzu Angel

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