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S T C_6 – MODELOS DE URBANISMO E

MOBILIDADE
MIGRAÇÕES OU MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
Considera-se fluxo migratório, todos aqueles grupos de pessoas
que se deslocam do seu país e/ou lugar de origem para outros
locais à procura de melhores oportunidades e melhor nível de
vida.
CARATERIZAÇÃO DAS MIGRAÇÕES

MIGRAÇÕES

CAUSAS TIPO

CAUSAS

Económicas Naturais Socioculturais Turísticas ou Bélicas Religiosas


Recreativas
CARATERIZAÇÃO DAS MIGRAÇÕES
ÁREA
 M. EXTERNAS
Migrações que envolvem a deslocação de um país para o outro
M. INTRACONTINENTAIS
São migrações externas que se realizam dentro do mesmo
continente.
M. INTERCONTINENTAIS
São migrações externas que se realizem entre continentes
diferentes.
 M. INTERNAS
Migrações que se realizam de uma área para outra, dentro do
mesmo país.
DURAÇÃO- EXTERNAS
 M. DEFINITIVAS OU PERMANENTES
Quando os migrantes permanecem no local de acolhimento
durante um longo período de tempo, não tendo, normalmente,
intenção de regressar.
EMIGRAÇÃO
Movimento de saída da população do seu país para
outro durante um longo período de tempo.
IMIGRAÇÃO
Movimento de entrada da população num país que não
o seu, durante um longo período de tempo.
DURAÇÃO- EXTERNAS
M. TEMPORÁRIAS
Quando os migrantes ficam por pouco tempo no local de
acolhimento.
M. SAZONAIS
Migrações que se efectuam numa determinada época do
ano, com alguma periodicidade no tempo.
INTERNAS
ÊXODO RURAL
Movimento de saída da população das áreas rurais para as áreas
urbano-industriais.

Factores repulsivos: Factores Atractivos:


• Falta de emprego • Encontrar emprego
• Falta de comida • Melhor habitação
• Poucas oportunidades de vida • Melhor educação
• Falta de terra arável •Melhores cuidados de saúde
• Conflitos • Melhor educação
• Melhor nível de vida
INTERNAS
ÊXODO URBANO
Movimento de saída da população das áreas urbano-industriais
para os arredores ou áreas rurais.

Factores que provocam o êxodo urbano:


• Congestionamento do tráfego
• Subida do preço das habitações
• Aumento da poluição
• Pobreza
• Criminalidade
• Doenças cardiovasculares, stress
INTERNAS
MOVIMENTOS PENDULARES
Deslocações quotidianas entre o local de residência e o local de
trabalho e vice-versa.

NATUREZA / FORMA
VOLUNTÁRIAS OU LIVRES
O movimento migratório depende apenas da motivação e da
iniciativa individual.
FORÇADAS
Quando os indivíduos são forçados a abandonar os lugares de
residência, por motivos que ultrapassam a vontade individual
(perseguições étnicas ou religiosas, guerras, …)
REFUGIADOS
Indivíduos que por razões várias (catástrofes naturais, fome,
perseguições, guerras, …) são obrigados a sair das suas
residências, por vezes do seu país, para procurar refúgio num
outro lugar.

RELAÇÃO COM A LEI


LEGAIS OU DOCUMENTADAS
Quando o imigrante tem autorização de entrada, de permanência
e de trabalho no país de destino.
ILEGAIS, CLANDESTINA OU INDOCUMENTADAS
Quando o imigrante não tem autorização de entrada, de
permanência e de trabalho no país de destino.
CONSEQUÊNCIAS DOS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
DEMOGRÁFICAS
ÁREAS DE PARTIDA ÁREAS DE CHEGADA
oDiminuição da taxa de oAumento da taxa de Natalidade;
Natalidade; oAumento da taxa de
oDiminuição da taxa de Fecundidade;
Fecundidade; oAumento da taxa de Crescimento
oDiminuição da taxa de Natural.
Crescimento Natural. oAumento da população absoluta;
oDiminuição da população oAumento da densidade
absoluta; populacional;
oDiminuição da densidade oRejuvenescimento da População;
populacional; oDiminuição da taxa de
oEnvelhecimento da população; Mortalidade;
oAumento da taxa de Mortalidade;
CONSEQUÊNCIAS DOS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
SOCIOECONÓMICAS
ÁREAS DE PARTIDA
o Diminuição da população activa (mão-de-obra);
o Diminuição do dinamismo económico;
o Abandono dos campos agrícolas nas áreas rurais;
o Diminuição do desemprego;
o Ligeira melhoria dos salários;
o Entrada de divisas (no caso das migrações externas);
o Diminuição na intensidade das relações familiares e de amizade;
o Introdução de novas ideias e culturas.
CONSEQUÊNCIAS DOS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
SOCIOECONÓMICAS
ÁREAS DE CHEGADA
oAumento da População activa(mão-de-obra);
oAumento do dinamismo económico;
oAumento do desemprego;
oLigeira diminuição dos salários;
oAumento do dinamismo empreendedor;
oSaída de divisas (no caso das migrações externas)
oDificuldades de integração;
oDiscriminação relativamente aos naturais (atitudes racistas e xenófobas);
oCrescimento da conflitualidade social (conflitos étnicos);
oDifusão de algumas referências culturais;
oFalta de habitação e surgimento de bairros de lata.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX

II
III FASE
I FASE FASE
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX

I FASE – ATÉ AO INÍCIO DA


DESTINOS DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA DÉCADA DE 60
o Emigração
transoceânica;
Destinos:
• Brasil; (cerca de 70% dos
emigrantes)
• EUA
• Argentina
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO
PORTUGUESA ENTRE 1940-1996 II FASE – ENTRE 1960-1973
DESTINOS DA EMIGRAÇÃO o Maior período de emigração
PORTUGUESA
da população portuguesa;
o Emigração intracontinental;
Destinos:
• França;
• Alemanha – Ex-República
Federal da Alemanha;
• Luxemburgo;
• Reino Unido;
• Suíça;
• Holanda.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
II FASE – ENTRE 1960-1973
o América do Norte – Sobretudo dos Açores.
o Venezuela, Brasil, África do Sul – Sobretudo da Madeira.
Período marcado pelo aumento da emigração ilegal.
Porque:
• Morosidade na organização
dos processos;
• Restrições impostas pelos
países receptores;
• Degradação acelerada das
condições de vida em
Portugal;
• Guerra colonial;
• Intensificação das
perseguições políticas.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
II FASE – ENTRE 1960-1973
Quais os principais motivos responsáveis pela emigração portuguesa
na altura?
o Falta de recursos;
o Falta de emprego;
o Má nível de vida;
o Baixos salários;
o Falta de estruturas de apoio às famílias e às actividades socioculturais;
o Regime político;
o Guerra colonial;
o O desenvolvimento dos transportes e comunicações;
o Manutenção de relações regulares com Portugal.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX

II FASE – ENTRE 1960-1973


E o que atraia os portugueses?
O grande desenvolvimento económico da Europa Ocidental após a
II GM devido:
o Necessidade de reconstrução das estruturas produtivas –
necessidade de mão-de-obra barata para a indústria,
construção civil e serviços pouco qualificados.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX

II FASE – ENTRE 1960-1973


De onde eram provenientes estes
portugueses?
o Regiões a Norte do Tejo
o Do litoral.
o Noroeste
Do Alentejo saiu sobretudo população
em direcção a Lisboa.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
As regiões de fronteira não são só apenas pouco povoadas, como registaram
forte diminuição dos seus efectivos populacionais desde meados do século, um
pouco antes ou principalmente ao longo dos anos 60 (concelhos nortenhos do
Minho e de Trás-os-Montes), produto da queda da natalidade (…) e mais ainda
o forte movimento de saídas para outras áreas do país e para o exterior. (…)
Temos, assim, um panorama geral de populações pouco densas, rarefeitas,
selectivamente, envelhecidas e em declínio natural, com perdas de capacidade
de iniciativa nos diferentes aspectos da vida económica e social, bem como nos
posicionamentos conservadores em termos económicos, sociais e políticos. (…)
A rarefacção da população foi acompanhada pelo abandono progressivo e
definitivo de lugares e aldeias e de tendências de concentração da população
residente nos principais núcleos de povoamento, designadamente nas sedes
de concelho e nas capitais de distrito.
Carminda Cavaco, Um Olhar sobre a Fronteira Portugal - Espanha, 1995
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
II FASE – ENTRE 1960-1973
CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES:
 Diminuição da população activa, que levou, nas áreas rurais, ao
abandono dos campos e ao esforço de mecanização dos campos
agrícolas;
 Aumento da taxa de analfabetismo (que era inferior na população
que emigrou, cerca de 17%, contra 30% na população do país);
 Diminuição do desemprego, que provocou uma subida dos salários e
o investimento em nova tecnologia na indústria, sobretudo a de
capital estrangeiro;
 Envelhecimento demográfico;
 Entrada de divisas estrangeiras.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
III FASE – APÓS 1973
FORTE DIMINUIÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
 1973 – Crise Petrolífera (Subida vertiginosa dos preços do
petróleo que levou a graves consequências económicas).
 Modernização das actividades económicas.

Grande AUMENTO DO DESEMPREGO nos países da Europa


Ocidental

Os países ocidentais impuseram RESTRIÇÕES À IMIGRAÇÃO, com o


objectivo de diminuir o desemprego da sua população.
INCENTIVARAM AO REGRESSO DE ALGUNS ESTRANGEIROS aos
seus países dando indemnizações.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
III FASE – APÓS 1973
Crise económica internacional

25 de Abril de 1974- Melhoria da situação económica portuguesa:


• Fim da Guerra Colonial;
• Democratização da sociedade;
• Entrada de Portugal na CEE (actual UE);
• Melhoria do nível de vida da população;
• Melhoria da qualidade de vida.

DECRÉSCIMO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA E O REGRESSO DE


EMIGRANTES, ESPECIALMENTE DA FRANÇA E DA ALEMANHA
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
III FASE – APÓS 1973
CONTUDO:
• Dá-se uma evolução da
emigração temporária em
detrimento da permanente.
2001
• 20 500 emigrantes
• 72%- Temporários
• 28%- Definitivos
MAS COMPARANDO COM O ANO DE 2000:
• Decréscimo de 11% na emigração temporária;
• Acréscimo de 23% da emigração definitiva.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
III FASE – APÓS 1973
O perfil do emigrante português:
• Homens Jovens, entre os 15 e os 39 anos;
• Baixa instrução, a maior parte, apenas, com o ensino básico;
• Vão trabalhar para a agricultura, construção civil, indústria
hotelaria ou serviços.

• Temporariamente,
mão-de-obra
qualificada.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
III FASE – APÓS 1973
Destinos:
• Manutenção da emigração intracontinental, nomeadamente para
o Reino Unido, Espanha, Suíça, França, Luxemburgo, Alemanha, …
• Regresso à emigração intercontinental: EUA, Canadá, Venezuela,
Austrália, Angola, …
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
Principais comunidades portuguesas no mundo
• 5 milhões
Principais
comunidades:
• EUA;
• França;
•Brasil;
• Venezuela;
• Canadá;
• África do Sul;
• Reino Unido;
• Suíça;
• Macau;
• Alemanha.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
PRINCIPAIS CAUSAS DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA:
• Insuficiência de recursos do nosso país;
• Falta de capacidade para dinamizar actividades económicas
capazes de assegurar o emprego e a melhoria do nível de vida;
• Baixos salários, tanto na agricultura como na indústria, no
comércio e nos serviços;
• Falta de estruturas de apoio às famílias e às actividades sócio-
culturais;
• O regime político e a guerra colonial;
• Desenvolvimento das redes de transporte e comunicação.
EVOLUÇÃO DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA – SÉC. XX
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA EMIGRAÇÃO PORTUGUESA:
• Diminuição da população activa – carência de mão-de-obra, sobretudo no espaço
rural, que levou, por um lado, ao abandono de muitos campos e, por outro, a um
esforço de mecanização da agricultura;
• Desequilíbrio da estrutura etária;
• Perda de recursos humanos importantes, pois, embora os emigrantes tivessem
pouca qualificação profissional demonstraram iniciativa e capacidade de decisão,
além de que a taxa de analfabetismo entre os emigrantes era inferior à do país;
• Diminuição do desemprego que provocou uma subida dos salários e o investimento
em novas tecnologias por parte das indústrias, sobretudo a de capital estrangeiro;
• Envelhecimento da população e consequente redução da taxa de natalidade,
sobretudo no interior, onde se verificou uma progressiva desertificação;
• Entrada de divisas estrangeiras com as poupanças dos emigrantes depositadas em
Portugal.
A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA
Será que Portugal passou a ser, também, um país de imigrantes?
 Pós-25 de Abril de 1974- Portugal passou de uma país exclusivamente
de emigrantes para um país de imigrantes (embora continuasse a ser
preferencialmente de emigrantes).

PORQUÊ:
• Abertura ao estrangeiro depois do 25 de Abril de 1974;
• Independência das ex-colónias;
• Entrada de Portugal na, agora, União Europeia, o que atraiu
investimento estrangeiro, acelerou a industrialização e permitiu a
criação de mais postos de trabalho;
• A pressão migratória a nível mundial.
A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA

 Tendência crescente e num ritmo quase sempre mais acelerado:


• 1975- 32 000 estrangeiros residentes legais;
• 1980- 59 000 estrangeiros residentes legais;
• 1996- 275 906 estrangeiros residentes legais.
 Nos últimos anos verifica-se uma tendência para a estagnação ou diminuição
fruto das dificuldades económicas que o país atravessa, com o consequente
aumento do desemprego.
A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA
QUAL A PRINCIPAL MOTIVAÇÃO DESTES
IMIGRANTES?
• Motivações (causas) económicas.

QUAL A ORIGEM DOS IMIGRANTES A RESIDIR


EM PORTUGAL?
• Oriundos dos Países de Língua Oficial
Portuguesa: Cabo Verde; Brasil, Angola e Guiné-
Bissau;
• Verifica-se, também, um aumento significativo
do número de emigrantes de leste nos últimos
anos, mas, na generalidade dos casos, de forma
ilegal: ex-URSS, Bulgária, Roménia, ex-
Jugoslávia, e Ucrânia.
A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA
CARACTERÍSTICAS DOS IMIGRANTES:
Europeus, norte-americanos Africanos e parte dos
e parte dos brasileiros brasileiros

Mão-de-obra muito Mão-de-obra pouco


qualificada que ocupa os qualificada que se ocupa
lugares de quadros da construção civil
dirigentes, quadros (Homens) e no sector
técnicos superiores e terciário pouco qualificado
médios e actividades (mulheres)
liberais.
A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA
DISTRIBUIÇÃO DOS IMIGRANTES:
• Os imigrantes encontram-se
dispersos um pouco por todo o país.
No entanto, a concentração é maior
nos distritos do litoral, com grande
destaque para Lisboa, onde reside
cerca de metade da população
estrangeira.
• De salientar. que a maioria dos
imigrantes africanos vive nos
distritos de Lisboa e Setúbal e que a
maioria dos ingleses e holandeses,
residem no distrito de Faro.
A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA
CONSEQUÊNCIAS DA IMIGRAÇÃO:
• Aumento da taxa de natalidade, que contribuirá para um certo
rejuvenescimento da população (embora se verifique durante
pouco tempo);
•Aumento da população activa (81,3% destes imigrantes
encontram-se em idade activa e constituem cerca de 6% do total
da população activa nacional);
•Sinais de intolerância, racismo e xenofobia que estão associados
à tendência para a culpabilização da população estrangeira pelo
desemprego, pela criminalidade, etc.

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