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Psicopatologia do Desenvolvimento

Profa Ma Maiara Medeiros Brum


O que é Psicopatologia?
 Estudo descritivo dos fenômenos psíquicos de cunho anormal.
 Diferencia-se da Psiquiatria por ser uma ciência normativa que
estuda e classifica fenômenos e não como um ramo da clínica
médica aplicada.
 Não objetiva tratamento e assistência aos doentes mentais.
 Deve se considerar o individuo globalmente atentando sempre
para os padrões de normalidade aonde o indivíduo está inserido,
não se deixando guiar “cegamente” pelos sintomas.
 Considerar um sintoma isolado é fazer com que o objetivo
principal de entendê-lo (compreender o indivíduo) seja esquecido.
Normal X Patológico
 A anormalidade só pode ser diagnosticada ou conceitualizada
levando-se em conta diferentes critérios de referência.
 Em relação ao comportamento humano, a normalidade está
geralmente associada ao que é compreensível e a
anormalidade ao que é incompreensível.
 É preciso levar-se em conta os contextos:
 Cultural (variações culturais)
 Histórico (época em que se vive)
 Etário (idade da pessoa)
 Social (permissividade, receptividade e tolerância do ambiente em que
se vive)
Psicopatologia Desenvolvimental
 Transtornos mentais são possíveis desfechos do processo
de desenvolvimento.

 Inter-relação entre:
 Fatores específicos do indivíduo ( biológicos, genéticos e
psicológicos
 Características ambientais (cuidado parental,
relacionamentos interpessoais, exposição a eventos
estressores)
 Características sociais ( vizinhança, nível socioeconômico).
Psicopatologia Desenvolvimental
 Conceito das abordagens desenvolvimentais que merecem
destaque:
 1) efeito de experiências prévias é levado ao longo do
desenvolvimento
 2) tendência dos indivíduos a se adaptarem aos ambientes,
mesmo que patológicos.
 3) idade e momento do desenvolvimento
 4) comportamentos mal-adaptativos ou transtornos mentais
devem ser compreendidos dentro do contexto em que os
indivíduos estão inseridos.
Problemas psicossociais e ambientais (que podem
levar a uma patologia mental)
 Problemas com grupo primário de apoio:
 Morte de um membro da família
 Problemas de saúde na família
 Ruptura da Família por Separação
 Abuso sexual ou físico
 Superproteção pelos pais
 Negligencia para com a criança

• Problemas relacionados ao ambiente social:


 Morte ou perda de um amigo
 Apoio social inadequado
 Viver sozinho
 Adaptação à transição no ciclo vital ( aposentadoria, por exemplo)
Problemas psicossociais e ambientais
 Problemas educacionais
 Analfabetismo
 Problemas acadêmicos
 Discórdia com professores ou colegas de escola (bullying)
 Ambiente escolar inadequado

 Problemas ocupacionais
 Desemprego
 Ameaça de perda de emprego
 Jornada de trabalho estressante
 Condições de trabalhos difíceis
 Discórdia com chefe ou colegas de trabalho
Problemas psicossociais e ambientais
 Problemas de Moradia
 Falta de moradia
 Moradia inadequada
 Bairro perigoso
 Discórdia com o vizinho ou com o locador

 Problemas econômicos, acesso a serviços de assistência a


saúde
 Problemas relacionados a interação com o sistema judicial
 Outros problemas psicossociais e ambientais (exposição da
desastres, guerras e outras hostilidades, discórdia com
prestadores de serviços (assistentes sociais, médicos, etc)
Psicopatologia Infantil
PROBLEMAS DA PSICOPATOLOGIA INFANTIL:
1) Tendência a se referir a modelos da psicopatologia do
adulto.
 A psicopatologia infantil nasce da psicopatologia do adulto o que
pode levar a olhar para a criança como um pequeno adulto.

2) Dificuldade em reconhecer a patologia como tal.


 A criança é levada para a consulta pelos pais ou a pedido de
professores, educadores ou instituições, ou seja, o problema é visto
pela perspectiva de outros.
 Atenção é dada ao exterior e não ao distúrbio vivido pela criança.
Psicopatologia Infantil
PROBLEMAS DA PSICOPATOLOGIA INFANTIL:
3) A patologia só pode ser compreendida em relação a um
desenvolvimento.
 Cada criança tem um estilo próprio de crescimento – variações
individuais em relação a uma norma.
 O desenvolvimento é influenciado por fatores múltiplos de ordem
neurobiológica, psicoafetiva e social.
 O processo de desenvolvimento normalmente é irreversível, mas
nele podem ocorrer atrasos, fixações em certas fases, regressões
parciais.
 O desenvolvimento não ocorre de modo sincrônico em todos os
setores (fisico, afetivo, intelectual)
 Tensões e conflitos fazem parte do desenvolvimento.
Psicopatologia Infantil
PROBLEMAS DA PSICOPATOLOGIA INFANTIL:
4) A patologia da criança não pode ser isolada do meio
 Admite-se que um sintoma pode ser criado pelo meio

5) É difícil estabelecer um prognóstico


 Uma síndrome observada na criança, na maioria dos casos, não
se dá no sentido de uma síndrome adulta.
 Muitas incertezas pesam sobre o futuro da criança.

“Uma coisa é reconstruir o passado de um paciente, voltar até a origem


dos sintomas nos primeiros anos, e outra coisa bem diferente é prever
e educar” Ana Freud.
Psicopatologia Infantil
 Retardo Mental (leve, moderado, grave e profundo)
 Transtornos da Aprendizagem
 Transtornos do Desenvolvimento da Coordenação (dificuldades
motoras)
 Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (autismo, Rett e
Asperger) *Classificação anterior ao DSM V
 Transtornos de Déficit de Atenção
 Transtornos de Comportamento Disruptivo (delinquência)
 Transtornos Alimentares da Primeira Infância (pica, ruminação)
 Transtornos de Tique
 Transtornos de Comunicação
 Transtornos de Excreção (encoprese, enurese)
 Transtornos de Humor e Suicídio.
Autismo e DSM V
(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais)
 A primeira mudança é na nomenclatura. Autismo não está mais
na categoria de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, TID,
e sim numa nova categoria: Transtorno de Espectro Autista.
 Eliminam-se as categorias de Autismo, síndrome de Asperger,
Transtorno Desintegrativo e Transtorno Global do
Desenvolvimento Sem Outra Especificação e todos passam a ser
Transtorno de Espectro Autista, que é divida nos níveis leve,
moderado e severo.
 Uma vez que todas as pessoas com transtornos do espectro
autista exibem alguns dos comportamentos típicos, é melhor
redefinir o diagnóstico por gravidade do que ter um rótulo
completamente separado
Autismo: critérios diagnósticos
DÉFICITS SOCIAIS E DE COMUNICAÇÃO
Deve-se ter os três seguintes déficits:
 Problemas de interação social ou emocional alternativo –
dificuldade de estabelecer ou manter o vai e vem de conversas e
interações, incapacidade de iniciar uma interação e problemas com
a atenção compartilhada ou partilha de emoções e interesses com
os outros.
 Graves problemas para manter relações – completa falta de
interesse em outras pessoas, dificuldades de jogar, fingir e se
engajar em atividades sociais apropriadas à idade e problemas de
adaptação a diferentes expectativas sociais.
 Problemas de comunicação não verbal – contato anormal dos
olhos, postura, expressões faciais, tom de voz e gestos, bem como a
incapacidade de entender esses sinais não verbais de outras
pessoas.
Autismo: critérios diagnósticos
COMPORTAMENTOS REPETITIVOS E RESTRITIVOS
Além disso, o indivíduo deve apresentar pelo menos dois destes
comportamentos:
 Apego extremo a rotinas e padrões e resistência a mudanças nas
rotinas
 Fala ou movimentos repetitivos
 Interesses intensos e restritivos
 Dificuldade em integrar informação sensorial ou forte procura
(necessidade de estímulos mais intensos) ou evitar
comportamentos de estímulos sensoriais
Exercício
Investigar sobre o processo de inclusão? Como é feito e qual o
preparo é dado aos professores.
Referências
 DELATORE, M. Z., Santos, SANTOS A. S., DIAS H. Z. J. O
normal e o Patológico: Implicações e Desdobramentos no
Desenvolvimento Infantil. Revista Contexto & Saúde, Ijuí • v.
10 • n. 20 • Jan./Jun. 2011
 MARQUES, Daniela Fernandes; BOSA, Cleonice Alves.
Protocolo de Avaliação de Crianças com Autismo: Evidências de
Validade de Critério. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 31, n. 1,
p. 43-51, 2015.
 PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento Humano/ Diane E,
Papalia Sally Wendkos Olds Artes Médicas, 7 ed. 2000
 SADOCK, Benjamin J., SADOCK, Virgínia A. Compêndio de
psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria
clínica. 9.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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