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CASO CLÍNICO

Felipe Coimbra Fernandes


Lucas Emericiano de Morais
07.03.2019
ANAMNESE
IDENTIFICAÇÃO
J.S.N., filho de M.N.G., 45 anos (01/03/1974) , sexo masculino, moreno, casamento único
há 20 anos. Trabalha desde os 18 anos na mesma indústria de sapatos, com a função de
unir o forro ao cabedal. É analfabeto total, natural e procedente de Juazeiro do Norte
(Ceará). O informante é o próprio paciente, cujo grau de informação é regular. Católico.
Demanda espontânea.

QUEIXA PRINCIPAL
“Falta de ar e dor no peito.”

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ANAMNESE
HDA
O paciente procurou o Hospital Regional do Cariri (HRC) com queixa de dispneia, associada à
dor torácica e insônia. Relata que a dispneia acontecia aos moderados esforços, como uma
caminhada mais longa no bairro, com caráter progressiva pelos últimos 6 meses, além disso, o
sintoma piora com a posição de decúbito, mas se mantém mesmo com o paciente em repouso.
A toracalgia surgiu nessa semana, sendo a mesma gradativa, difusa, com início associado à
dispneia, com duração de alguns minutos (5 - 15 minutos) e EVN 4/10. O paciente relata que
momentos de estresse é um fator precipitante e agravante ao sintoma, enquanto ficar
descansado em sua cadeira é um fator atenuante. Ademais, a insônia ocorre por acordar de
madrugada com falta de ar, o que faz colocar 4 ou 5 travesseiros para conseguir dormir. Por
último, nega episódio anterior semelhante ao atual.
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO
Negou outras alterações. 3
ANAMNESE
ANTECEDENTES MÉDICOS
O paciente relata que teve varicela e sarampo durante a infância e dengue com
confirmação sorológica em 2015. O paciente não sabe informar se tem HAS, DM, DPOC.
Nunca fez internamento clínico ou cirúrgico. Não faz uso de nenhuma medicação. Relata
que tomou todas as vacinas (SIC). Nega qualquer alergia ou reações adversas à alimentos,
medicamentos ou animais. Coitarca: 14 anos. Nunca realizou exame preventivo. Relata
utilizava camisinha antes do casamento. Nega transfusões, lesões incapacitantes,
tatuagens e piercings.

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ANAMNESE
HÁBITOS DE VIDA
Relata consumo de cerveja desde os 15 anos, bebe apenas aos finais de semana cerca de 6
de latas em cada dia. Nega uso de tabaco e drogas ilícitas. Dieta com excesso de gorduras
e frituras. Não realiza prática de exercícios físicos regularmente. Relata que mantém
relações sexuais apenas com sua esposa desde o casamento.
HISTÓRICO FAMILIAR
O paciente desconhece o histórico de vida dos seus familiares.
HISTÓRIA PSICOSSOCIAL
Mora com a esposa em casa de alvenaria, que possui água encanada, energia elétrica e
saneamento básico. Nega animais domésticos. Renda familiar de 3 salários mínimos.
Possui como atividade de lazer tomar banho de açudes e rios. 5
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EXAME FÍSICO
◈ Ectoscopia: EGR, lúcido e orientado no tempo e espaço, face atípica, pálido,
cianótico (1+/4+), desidratado (1+/4+), sudorético, pele fria, úmida e com pouca
elasticidade, enchimento capilar retardado (3 segundos), edema de MMII (2+/4+).
Temperatura axilar: 37,8 °C.
◈ ACV: FC 142 bpm; , PA: 150 x 100 mmHg. Ictus Cordis visível e palpável no 6°
EICE na LAA. Pulso filiforme, bulhas arrítmicas e hipofonéticas, SS.
◈ AR: MV+ em AHT, S/RA. Expansibilidade e elasticidade levemente reduzidas em
toda a caixa torácica. Frêmito tóracovocal e sons respiratórios diminuídos em todo o
tórax. FR: 28 irm.

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EXAME FÍSICO
◈ Abdome: globoso, peristaltismo preservado, macicez móvel de decúbito. Traube livre,
SVM ou sinal de irritação do peritônio, fígado palpável a 5 cm do RCD, ausência de
circulação colateral. Refluxo hepatojugular presente.
◈ Membros superiores: sem alterações.
◈ Membros inferiores: edemaciados (4+/4+), com cacifo, sem demais alterações.

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EXAMES COMPLEMENTARES

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EXAMES COMPLEMENTARES
◈ ECG: ritmo sinusal, baixa voltagem do QRS no plano frontal, distúrbio de condução
intraventricular inespecífico. O intervalo QRS é largo (0,13 s), rS em V1, QS em V5 e V6.
Presença de complexos da baixa amplitude em diversas derivações. Extrassístole atrial,
seguida por extrassístole ventricular – 3º e 4º batimentos.

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HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS?

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INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
DEFINIÇÃO
Síndrome clínica complexa e progressiva, de
caráter sistêmico, caracterizada pela
incapacidade do coração em bombear o
sangue adequado para as necessidades
metabólicas dos tecidos na presença de
retorno venoso normal ou pela capacidade
de realizar o bombeamento suficiente
somente na presença de elevadas pressões
de enchimento. 13
EPIDEMIOLOGIA
◈ Aumento da incidência e prevalência.
◈ Responsável por cerca de 1 milhão de hospitalizações no SUS.
◈ Homens x Mulheres
◈ Fatores de Risco:
◆ Hipertensão
◆ Diabetes
◆ Dislipidemia
◆ Obesidade
◆ Envelhecimento.

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FISIOPATOLOGIA
◈ Débito cardíaco

◈ Congestão

◈ Estrutural
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Mecanismos de Disfunção Cardiovascular:
• Falência da Bomba: O músculo cardíaco se contrai inadequadamente ou fracamente, e as
câmaras cardíacas não são capazes de esvaziar de modo ideal. Em algumas condições, o
músculo não é capaz de relaxar o suficiente para permitir o enchimento ventricular.
• Obstrução do Fluxo: Lesões como uma placa aterosclerótica pode obstruir o fluxo de
sangue em um vaso, impedir a abertura de uma valva, provocar um aumento da pressão da
câmara ventricular (estenose aórtica valvar, HAS ou coartação da aorta)
• Fluxo regurgitante: Uma parte do sangue expulso em cada contração flui para trás e coloca
uma sobrecarga de volume a cada uma das câmaras, que precisam bombear sangue extra
(ventrículo esquerdo na regurgitação aórtica e o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo na
regurgitação mitral).

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Mecanismos de Disfunção Cardiovascular:
• Fluxo colateral: O sangue é desviado uma parte do coração para outra por defeitos
congênitos ou adquiridos.
• Distúrbios da condução cardíaca: Geralmente descoordenação dos impulsos, causando
contrações ineficientes.
• Ruptura do coração ou de um vaso principal: há sangramento maciço para dentro das
cavidades ou externamente.

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FISIOPATOLOGIA

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FISIOPATOLOGIA

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DIAGNÓSTICO

CLÍNICO
Critérios Maiores: dispneia paroxística noturna, turgência de jugular,
estertores pulmonares, cardiomegalia, edema agudo de pulmão, galope de
terceira bulha (B3), pressão venosa aumentada (>16mmHg), refluxo
hepatojugular e perda de peso >4,5kg em 5 dias de resposta ao tratamento

Critérios Menores: edema maleolar bilateral, hepatomegalia, derrame


pleural, dispneia aos esforços, tosse noturna, capacidade vital <1/3 do
previsto, taquicardia (>120bpm).
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TRATAMENTO
◈ Não-farmacológica

◈ Farmacológica para Ejeção Reduzida

◈ Farmacológica para Ejeção Preservada


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OBRIGADO!
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