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História urbana da América

Latina
Prof.: Leandro Peters
Modelos urbanos
• Surgimento desordenado (ao redor de postos
de transporte ou aldeamentos).
– Ex: Juiz de Fora.

• Planejada: surge de um planejamento prévio:


– Exs.: Belo Horizonte e Brasília.
América Latina
• As cidades surgem não como estratégias de
urbanização, mas como meio de extração de
comodites.
– Pau-brasil;
– Açúcar;
– Ouro;
– Café;
– Cacau;
– Borracha.
• “A característica decisiva do traçado urbano
fundamental era a subordinação das ruas a
uma vontade central”. (MORSE, 112).
– Dois modelos:
• Panóptico;
• Tabuleiro de Xadrez.
Surgimento...
• “A cidade europeia ‘cresceu como um organismo,
a partir de dentro’, enquanto as americanas
cresceram ‘como mecanismos, desde fora, como
quando a sede de um tenente se tornou a de um
governador, ou foram transformadas em uma
audiência ou em um bispado’”. (MORSE, 113)

• Surgem como vontade da metrópole: imposição.


Cidades provisórias.
• A cidade no Novo Mundo é provisória:
– Não vive na memória dos seus filhos;
– Não celebra seu fundador;
– Não mantém viva as lendas.
Cidades provisórias.
• Cidades surgem como fortes:
– Suporte aos navios;
– Proteção à terra;
– Rápida movimentação de cargas;
– Perto de rios ou de região com solo fértil;
– Próximo a centros missionários.

– As cidades na América Latina surgem como postos


(militar, administrativo e eclesiástico): a estrutura
política precedeu a econômica.
Cidades provisórias.
• Ligadas ao extrativismo.

• As cidades latino-americanas estiveram


ligadas ao comércio externo e não a rotas
comerciais internas, como eram as europeias.

• As cidades concorriam entre si, conduzindo a


um isolamento entre elas ao invés de uma
integração.
Cidades provisórias.
• Locais de estadia momentânea:
– Administração;
– Resolução de problemas burocráticos;
– Relações com a corte;
– Relações de negócio;
– Relações sociais.

• Estabelecimento de duas moradias: cidade e


campo.
• “Há cerca de 50 anos, quando os trens perderam sua
importância para os ônibus, toda a região entrou em
processo de decadência e, por consequência,
degradação urbana”, pontua Mascarenhas.
“Ironicamente, a região que se valorizou foi destruída,
e, no local, construíram uma nova cidade. Os casarões
da Rio Branco vieram abaixo e fizeram surgir prédios,
muitos deles sem qualidade arquitetônica”, afirma o
profissional, destacando, ainda, que o Rio Paraibuna,
poluído e, portanto, inútil, constituiu-se, também,
como elemento degradante para a “parte baixa”. “Isso
fez com que esses dois equipamentos separassem a
cidade, tornando a região desfavorecida, mais barata e,
consequentemente, mais acessível para a camada da
população marginalizada, excluída econômica e
socialmente.”
Disponível em: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/21-08-2016/parte-invisivel-baixa.html
Relações hierárquicas.
• Fenômeno tipicamente americano de
metrópole:
– A metrópole domina a vida econômica do interior.

– Grande, espalhado, irregular e


mal articulado para a troca interna.
Distribuição de terras
• Na América, as terras são de propriedade do
Rei (como monarca);
– Cabe a ele, a distribuição de terras.
– Todos os títulos de terra derivam de concessões
reais.
Capitanias hereditárias

• Atribuições do DONATÁRIO:
– Promover o povoamento;
– Realizar a exploração econômica;
– Exercer o governo, o comando militar e os poderes
de justiça.
• A posse das terras era indivisível, hereditária e
inalienável.
– Mas o donatário poderia conceder SESMARIAS,
lotes de terra que deveriam ser desenvolvidos
economicamente por seus colonos.
Funcionalidade do município
• “O município é, na verdade, ‘o agente jurídico
autorizado pela Coroa para efetuar
concessões e loteamentos de terras, sejam
rurais ou urbanas”. (MORSE, 119).
– “A cidade latino-americana foi fonte de energia e
organização para a exploração dos recursos
naturais”. (MORSE, 119).
– Função política: colonizar;
– Função econômica: cultivar.
Terra e status
• No Novo Mundo, o controle da terra gera
status.
– Diferente de comunidades tradicionais, onde o
que gera o status é a relação do indivíduo com a
terra.
Terra e status
• “Nas terras que circundam as cidades e nas
cidades menores, estatuto e função eram
controlados por pessoas que logo se
anteciparam em adquirir o solo e a mão-de-
obra indígena”. (MORSE, 129).

• Principal célula de unidade: família.


Realidade das cidades
• Centrípeta: atrai a atenção de pessoas que
estão ao seu redor.
– Rede de transportes;
– Ineficiência dos serviços oferecidos nas cidades
periféricas;
– Existência de um proletariado atraído pelos
centros urbanos.
Êxodo rural
• “A migração para as cidades, na América Latina, tem
um caráter diluviano e a mudança brusca de ofício – da
mão de obra agrícola não qualificada para o trabalho
fabril – não é incomum. Isso pode ser atribuído, em
parte, a grandes diferenças salariais e a rapidez com
que a industrialização recente ocorreu. Mas podemos
dizer também que a exploração da terra, que foi
colonizada a partir da cidade durante a fase centrífuga
desta última, criou formas de organização social rural
que em muito careciam de coerência interna e de
raízes no solo. Agora que a cidade tornou-se
centrípeta, ela atrai a zona rural de maneira maciça e
não seletiva.” (MORSE, 132).
Distribuição de terras
• Como o país foi dividido?

• Por que as grandes propriedades estão


concentradas nas mãos de poucos enquanto
muitos camponeses não possuem terra em
um país de território tão vasto?
Distribuição de terras
• Respostas....
– Sistema de capitanias hereditárias – gerou
poderes e regalias aos donatários (proprietários).

– Governo Geral (1548) – Regimentos: instrumento


legal que regularizou a distribuição de terras e as
atribuições e privilégios dos donatários.

– Brasil independente (1822): Latifundiários


compõem o corpo político brasileiro (poder
legislativo) e atuam em prol de causas próprias.
Distribuição de terras
• Continuando as respostas....
– Lei de Terras (1850):
• Ficou estabelecido, a partir desta data, que só
poderiam adquirir terras por compra e venda ou por
doação do Estado. Não seria mais permitido obter
terras por meio de posse, a chamada usucapião.
Aqueles que já ocupavam algum lote receberam o
título de proprietário. A única exigência era residir e
produzir nesta localidade.
• Foi promulgada junto com a Lei Euzébio de Queirós e
objetivava impedir que ex-escravos, pobres e
imigrantes tivessem acesso a terra.
Distribuição de terras

• A forma como o indivíduo se insere na história


brasileira define o seu acesso ou não à terra.
Distribuição de terras
• “Durante todo o período colonial, uma luta
persistiu entre, por um lado, os primeiros
colonizadores e seus descendentes ‘que
haviam se tornado latifundiários, com o apoio
de privilégios reais ou presumidos’ e, por
outro, ‘uma série de pessoas carentes que
desejavam terra para a agricultura e careciam
delas, em distritos onde a terra estava
disponível em quantidades prodigiosas’”.
(MORSE, 122).
Distribuição de terras
• “O retardatário tinha a opção de usurpar
terras comuns; de tornar-se inquilino, com o
conhecimento de que seu senhorio poderia
confiscar uma boa colheita; ou de aproximar-
se da fronteira onde, trabalhando sob a
ameaça de um ataque de índios, poderia
esperar que seu arrendamento fosse
concedido a uma pessoa com influência sobre
o governador assim que fossem feitos
progressos nele”. (MORSE, 123).
Distribuição da terra.
• Duas formas de reprodução econômica
distintas:

Reprodução da vida X Reprodução da riqueza e do status.

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