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ÉTICA KANTIANA

versus
ÉTICA UTILITARISTA

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Introdução
 Há pessoas que se focam, acima de tudo, nos
princípios que devem reger a ação, aceitando
mesmo uma “submissão” a esses princípios
 Outras preocupam-se, principalmente, com as
consequências que podem decorrer da ação

 As primeiras propendem a adotar uma ética


deontológica, de que Kant forneceu o modelo
 As outras sentem-se atraídas pela ética
consequencialista, tal como a que foi proposta
por Stuart Mill

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana
Princípios fundamentais

Ética racionalista É a razão que estabelece o dever


e que permite decidir se um
comportamento é moral ou imoral

Ética deontológica O valor moral da ação depende


do respeito pelo dever que a
norma estabelece

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana
Princípios fundamentais

Ética intencionalista A moralidade da ação é avaliada


em função da intenção do agente

Ética deontológica A ação moralmente correta é a que


está em conformidade com o
princípio moral e é praticada em
respeito por esse princípio; logo, é
de natureza a priori

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana
Aspetos positivos

 Preocupa-se com a justiça e com a imparcialidade;


trata de igual modo todas as pessoas às quais
reconhece valor intrínseco
 É uma ética humanista que valoriza o individuo
enquanto pessoa – um ser que é um fim em si
mesmo
 Valoriza a razão na tomada de decisão ética –
enfatiza o princípio de não contradição: não
podemos querer o que não é racional

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana
Aspetos problemáticos

 Lida muito mal com situações dilemáticas – quando


nos vemos confrontados com obrigações morais
que entram em conflito
Por exemplo, o que fazer quando falar verdade perante
um tirano implica condenar-se a si mesmo à morte?
 Negligencia as consequências da ação, sob a
alegação de que estas não são controláveis
 Subestima os sentimentos altruístas e a força de
que estes se revestem
Por exemplo, gostar ou não gostar dos outros é
moralmente irrelevante

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ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética utilitarista
Princípios fundamentais

Ética naturalista Leva em conta a natureza


humana e as suas características
fundamentais: faz parte da
natureza humana procurar o
prazer e evitar a dor
Ética Faz depender a moralidade da
consequencialista ação das suas consequências:
uma ação é moralmente correta
quando promove as melhores
consequências. As melhores
consequências são aquelas nas
quais a felicidade é maximizada

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ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética utilitarista
Princípios fundamentais

Ética hedonista Define prazer/felicidade como um


bem intrínseco – vale por si; tudo
o mais, virtude incluída, é um
simples meio para se alcançar
esse fim

Ética empirista Os princípios morais têm uma


natureza a posteriori, são
aquisições/construções do ser
humano através da experiência
vivida

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ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética utilitarista
Aspetos positivos

 Preocupa-se com a felicidade do ser humano


enquanto algo que tem valor intrínseco
 É uma ética rigorosa e exigente – não se reduz ao
egoísmo ético – não é o interesse individual que
está em jogo, mas o de todos os que vão ser
afetados pela ação
 Tem em conta as consequências da ação e por isso
é uma ética prática – está ligada à realidade

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ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética utilitarista
Aspetos problemáticos

 A identificação entre prazer e felicidade é discutível;


querer quantificar estes domínios é igualmente
problemático
 Admite a relatividade em relação à ação moral –
uma mesma ação poderá ser condenada num caso
e noutro não
 Ao enfatizar as consequências, descura a natureza
e o princípio da própria ação

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana versus Ética utilitarista


A lei moral e a moralidade da ação

Ética kantiana Ética utilitarista

A lei moral é um principio que


devemos seguir porque, ao
A lei moral é estabelecida a longo dos tempos, a expe-
priori pela razão humana que riência tem mostrado que ele é
lhe confere objetividade e preferível. A lei moral é algo
universalidade – é um prin- que foi construído pelo ser
cípio inato da própria razão humano e que tem origem na
experiência da própria vida hu-
mana

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana versus Ética utilitarista


A lei moral e a moralidade da ação

Ética kantiana Ética utilitarista

A decisão moral, embora não


A decisão moral é uma
dispense a análise lógica da
decisão puramente formal e
situação, tem em consideração
independente do contexto
o contexto

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana versus Ética utilitarista


A lei moral e a moralidade da ação

Ética kantiana Ética utilitarista

A moralidade da ação é
A moralidade da ação é ava-
avaliada por conformidade
liada em função das conse-
com um principio geral e
quências que, previsivelmente,
abstrato que a enquadra –
dela decorrerão
imperativo categórico

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana versus Ética utilitarista


A lei moral e a moralidade da ação

Ética kantiana Ética utilitarista

O valor moral da ação de- O valor moral da ação depende


pende da intenção do agente das suas consequências

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10


ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana e ética utilitarista – conclusão


Algumas questões para reflexão

 Os princípios éticos são o resultado de uma


aquisição/construção cultural dos seres humanos
ou são simplesmente descobertos, consultando a
própria razão?
 Os princípios éticos são conhecidos através da
razão ou através da experiência?
 É possível formular juízos éticos objetivos?
 As decisões éticas devem ser tomadas
independentemente do contexto que enquadra a
ação?
Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10
ÉTICA KANTIANA versus ÉTICA UTILITARISTA

Ética kantiana e ética utilitarista – conclusão


Algumas questões para reflexão

 A ética deve centrar-se no bem do indivíduo ou no


bem da humanidade?
 Será que a ética kantiana e a ética utilitarista, com
as falhas e limitações que revelam, se podem
completar?
 Será que estas duas perspetivas são conciliáveis?

Adília Maia Gaspar • António Manzarra │ Filosofia 10

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