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Letramentos Sociais
Condições controladas
Modelos culturalmente
construídos do evento de
letramento
Práticas de letramento
O estigma do “analfabetismo”;
Imagem ocidentalizada do “letramento”;
Os NLS e o Ano Internacional da
Alfabetização (1990):
“A década de 80 assistiu também a outros desenvolvimentos da
teoria da alfabetização, que tomavam o método de Freire como
ponto de partida. Foi estabelecida uma distinção entre alfabetização
"autônoma" e "ideológica" – autônoma significando uma capacidade
independente de valores e de contexto, e ideológica na acepção
de uma prática necessariamente definida pelo contexto político e
social. A alfabetização é uma das maneiras pelas quais o poder
opera na sociedade, sendo institucionalizada em modos de
escolarização e em outros padrões estabelecidos de transmissão de
conhecimento. A UNESCO não tomou partido nesse debate. Como
mostra uma análise dos Prêmios Internacionais de Alfabetização, os
esforços no sentido de promover a alfabetização continuaram tanto
assumindo a forma de sistemas padronizados de transmissão, que
faziam lembrar as abordagens autônomas, quanto tentando
alcançar, de forma mais ou menos inconsciente, novos modelos mais
flexíveis, mas ainda sem um reconhecimento claro de suas
implicações sociais e políticas.” (UNESCO, 2003, p. 34-35)
“O fato de que, até
os dias de hoje, um
em cada cinco dos
indivíduos que vivem
neste planeta sequer
tem acesso à
alfabetização é um
escândalo e uma
mácula para a
humanidade.”
(UNESCO, 2003, p. 27)
Congresso Mundial de Ministros da Educação sobre a Erradicação
do Analfabetismo, Teerã, 1965: Levou em consideração “o
conceito de que a alfabetização era um aspecto fundamental do
treinamento para o trabalho e para o aumento da produtividade”
(UNESCO, 2003 p. 31) para a criação do Programa Experimental
de Alfabetização Social.
Simpósio Internacional sobre Alfabetização – Perseópolis, 1975:
“Embora reiterando a preocupação de que a alfabetização
mantivesse vínculos estreitos com o desenvolvimento econômico,
a Declaração acrescentou a ela dimensões políticas e
econômicas, reafirmando a alfabetização como um direito
humano fundamental.” (UNESCO, 2003, p. 31)
Ano Internacional da Alfabetização, 1990: “O objetivo dessa
iniciativa foi a defesa e a mobilização de parceiros na luta por
uma sociedade plenamente alfabetizada.” (UNESCO, 2003, p.31)
Conferência Mundial sobre Educação para Todos (WCEFA), Jomtien, 1990: “a
alfabetização e a aritmética básica como os instrumentos essenciais de
aprendizagem, para que ‘cada pessoa – criança, jovem e adulto – possam se
beneficiar das oportunidades de ensino oferecidas para o atendimento de suas
necessidades educacionais básicas’”.
Quinta Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, Hamburgo, 1997:
“A Declaração de Hamburgo daí resultante definiu a alfabetização em termos
amplos, como consistindo "no conhecimento e nas habilidades básicas
necessários a todos num mundo em rápida transformação", como "um direito
humano fundamental" e como uma capacidade necessária em si mesma, e "um
dos alicerces das demais habilidades necessárias para a vida.”
Fórum Mundial de Educação, Dacar, 2000: “O Relatório de Acompanhamento
Global da Educação para Todos de 2002 ressaltou o fato de que, entre as metas
de Dacar, a alfabetização é a que menor possibilidade apresenta de ser atingida
na maioria dos países – 79 países encontram-se em situação de risco, 40 deles em
risco grave, quanto a não atingir as metas de Dacar para a alfabetização.”
O jogo político: as taxas de alfabetização e o
grau de desenvolvimento de um país;
Madagascar:
- A produção da “bíblia” dos merinas;
- Os merinas usaram a escrita para a reafirmação de sua história.