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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CURSO DE QUIMICA INDUSTRIAL

ÁGUA DE ESGOTO
J. Jonathan Monteiro Guedes
Jefferson Cabral
Arthur

Campina Grande – 26 de Abril de 2019


ÁGUA DE ESGOTO
O esgoto é formado pela água utilizada nas atividades diárias, como lavar a louça, roupas,
tomar banho, dar descargas. Além da água servida, o esgoto contém dejetos e, se não receber
o tratamento adequado, contamina o meio ambiente e prejudica a saúde pública. Por isso, o
tratamento de esgoto é um serviço tão importante para a qualidade de vida da população. A
ausência de coleta e tratamento de esgoto obriga as comunidades a conviverem com seus
próprios dejetos, principalmente quando estes são lançados ao ar livre, em fossas, geralmente
mal construídas, valas negras ou diretamente nos córregos. A ausência de tratamento de
esgoto traz doenças que afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais
prejudicadas. Estas doenças são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de
origem entérica, animal ou humana, presentes em água contaminada. Hepatite A; Giardíase;
Amebíase ou Disenteria Amebiana; Febre Tifoide; Cólera; Ascaridíase ou lombriga;
Leptospirose.
ETE
As Estações de Tratamento de Esgoto – mais comumente conhecidas
através da sigla ETE – são unidades operacionais do sistema de
saneamento que especificamente recebem as cargas poluentes do
esgoto e devolvem o efluente tratado a corpos d`água como rios,
reduzindo os eventuais impactos ambientais que poderiam ser
causados sem o devido tratamento, além de evitar que empresas
sejam punidas legalmente e judicialmente pela destinação incorreta
dos efluentes gerados.
Saneamento Básico no Brasil

• Menos da metade do esgoto do Brasil é coletado e tratado.


Precisamente, 42,6%. Um número alarmante para ser divulgado em
pleno 2018 e proveniente da Agência Nacional de Águas (ANA) que,
em conjunto com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
do Ministério das Cidades, elaborou o Atlas Esgotos. O estudo
apontou que apenas 39% da carga orgânica gerada diariamente no
país (9,1 mil toneladas) é removida pelas 2.768 Estações de
Tratamento de Esgoto (ETE) existentes no Brasil antes dos efluentes
serem lançados nos corpos d ́água.
Tratamento de Esgoto (Anaeróbio)
• O tratamento biológico é uma das alternativas mais econômicas e
eficientes para a degradação da matéria orgânica de efluentes
biodegradáveis e essa degradação pode ocorrer por meio do tratamento
biológico aeróbio e anaeróbio.
• O princípio de tratamento anaeróbio é totalmente biológico, ou seja, a
degradação do esgoto ocorre através de bactérias anaeróbias (que não
necessitam de oxigênio para sobreviver).
• O processo anaeróbio converte parte da matéria orgânica em gás
carbônico, metano, água e biomassa (Lodo), sendo que a produção de
biomassa é significativamente menor quando comparada aos processos
aeróbios, pois a taxa de crescimento dos microrganismos anaeróbios é
baixa já que a energia potencial do resíduo vai em parte para a biomassa
e parte para o metano
Tratamento de Esgoto (Anaeróbio)
• Neste processo, é recomendada a existência de queimadores de
gases, já que o metano contribui para poluir a camada de ozônio.
Entre os sistemas de tratamento anaeróbio, existem as lagoas
anaeróbias, os tanques sépticos, os filtros anaeróbios e os reatores
de alta taxa, capazes de receber maiores quantidades de carga
orgânica por unidade volumétrica, como os reatores UASB (Upflow
Anaerobic Sludge Blanket) ou RAFAs (Reatores Anaeróbios de Fluxo
Ascendente).
Vantagens

• Mecanização reduzida e baixo consumo energético


• Menor taxa de lodo residual e, em geral, é necessária menor área
para sua instalação.
• Trata efluentes com altas concentrações de substâncias orgânicas.
• Alta capacidade de remoção de carga orgânica;
• Processo muito mais econômico do que os métodos tradicionais;
• Evita contaminação do lençol freático;
• Facilidade de instalação e operação dos equipamentos
• Baixo impacto em ambientes urbanos (ruído, odor, visual);
Desvantagens

• Necessidade de temperatura controlada, preferencialmente entre


30º e 35º C, para uma boa operação
• Lenta taxa de crescimento das bactérias produtoras de metano, por
isso longos períodos são necessários para o início do processo.
Processo
• No reator anaeróbico, o esgoto é distribuído uniformemente pelo
fundo do mesmo, forçando assim a passagem pelo manto de lodo
estabilizado, rico em bactérias anaeróbias, e famintas, que
degradam o esgoto fresco, produzindo um efluente tratado que é
recolhido em canaletas no topo do reator. Os sólidos se acumulam
no fundo e o gás, contendo como principal componente o metano, é
encaminhado para queima. O excesso de lodo é encaminhado para
secagem e pode ser disposto em aterro sanitário ou passar por
adequação para ser aproveitado como bio-fertilizante. Bactérias
anaeróbias (lodo) transformam componentes orgânicos em biogás.
Processo
• Uma unidade integrada de flotação retém o lodo no reator. O lodo é
bombeado do reator para a unidade de flotação continuamente,
onde os sólidos e as gorduras são flotadas, usando o biogás. Os
efluentes purificados são extraídos por baixo da camada de flotação e
virtualmente não contêm sólidos.
• A aplicação de uma unidade integrada de flotação resulta em altas
concentrações de lodo e um longo tempo de retenção de lodo. O
tempo de retenção hidráulica, por outro lado, é bastante curto
Processo
• Na digestão anaeróbica ocorrem diversos processos que juntos resultam
na decomposição da matéria: a primeira fase é a liquefação ou hidrólise
onde o material orgânico complexo é transformado em compostos
dissolvidos ou matéria orgânica volátil; a segunda fase é a gaseificação
que pode ser subdividida em duas fases: fermentação ácida ou
acidogênese, onde os compostos são transformados em ácidos orgânicos
voláteis (fórmico, acético, propiônico, butírico e valérico), e a
fermentação acetogênica ou acetogênese, onde os produtos da subfase
anterior são transformados em acetato, hidrogênio e monóxido de
carbono; a terceira e última fase é a metanogênese, onde os produtos da
acetogênese são transformados, principalmente em metano (CH4),
embora também sejam gerados outros gases.
Fig. 1: representação do processo
Fig. 2: representação de um reator RAFA (Reatores Anaeróbios
de Fluxo Ascendente).
TRATAMENTO BIOLÓGICO (AERÓBIO)
• O tratamento biológico Aeróbio se dá pela presença do oxigênio, já que
os microrganismos degradam as substâncias orgânicas, que são
assimiladas como “alimento” e fonte de energias, por meio de processos
oxidativos. Usualmente é mais utilizada em países desenvolvidos, já que
Aeração necessária para fornecer oxigênio aos microrganismos aeróbios
requer grandes quantidades de energia elétrica, além de produzir
grandes quantidades de CO2.
• O processo é extremamente complexo, já que o efluente precisa ser
submetido a temperaturas específicas, estar com o pH e oxigênio
dissolvido (OD) controlado, sem contar que deverá obedecer a relação da
massa com os nutrientes de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) que
variam com a biota formada em cada estação. Os sistemas aeróbios mais
comuns são lagoas aeradas, filtros biológicos e os sistemas de lodos
ativados que propiciam a melhor eficiência em remoção de cargas.
Lagoa Aerada
• Nas lagoas aeradas ocorre a principal e mais delicada etapa do
tratamento. O ar é soprado através dos difusores e sua vazão é
regulada por um sistema automatizado. O importante é manter o
nível de oxigênio dissolvido em patamares que permitam a
existência de bactérias e outros microrganismos aeróbios (também
chamados de biota), que vão consumir e digerir a matéria orgânica
poluente. É considerada a etapa mais delicada, pois variações na
biota podem afetar a eficiência na digestão do esgoto. O tempo de
detenção médio nesta etapa é de três dias.
Lodo Ativado
• O sistema de lodo ativado é um processo biológico de tratamento de
efluentes, que consiste na formação de uma massa biológica, o lodo,
através de um tanque de aeração, que consiste em fornecer oxigênio para
os microorganismos, além de proporcionar a completa mistura do lodo
com o efluente.

• A matéria orgânica presente no efluente é convertida então em massa


biológica, através do processo de assimilação, e também em Dióxido de
carbono CO2 e água H2O através do catabolismo. A biomassa é separada
do efluente tratado através da decantação, e o resultado final consiste
num efluente clarificado e de boa qualidade .
Filtro Biológico
• O filtro biológico é constituído de um leito que pode ser de pedras, ripas
ou material sintético. O efluente é lançado sobre este por meio de braços
rotativos e percola através das pedras (ou outro material) formando
sobre estas uma película de bactérias. O esgoto passa rapidamente pelo
leito em direção ao dreno de fundo, porém a película de bactérias
absorve uma quantidade de matéria orgânica e faz sua digestão mais
lentamente. É considerado um processo aeróbio uma vez que o ar pode
circular entre os vazios do material que constitui o leito fornecendo
oxigênio para as bactérias. Quando a película de bactérias fica muito
espessa, os vazios diminuem de dimensões e a velocidade com que o
efluente passa aumenta, devido a isso surgem forças cisalhantes que
fazem com que a película se desgarre do material.
Vantagens
• Comunidades e indústrias, principalmente do ramo de alimentos e
bebidas, são beneficiadas quando o sistema é complementado pelo
tratamento aeróbio.
• Maior rendimento, pois alcançam maiores taxas de remoção da
matéria orgânica. Os sistemas de lodos ativados com aeração
prolongada, por exemplo, atingem até 98% de eficiência na remoção
de DBOs.
• Riscos reduzidos de emissões de odor e maior capacidade de
absorver substâncias mais difíceis de serem degradadas.
Desvantagens

• Seu aspecto negativo é que esse sistema necessita de área extensa


para implantação.
•FIM...

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