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TÉCNICO
Sérgio Martins Speranza, Engenheiro Civil, registrado no CREA sob n.o 0601303517, perito
especialista em patologias inerentes a revestimentos de edifícios de médio e grande porte, no âmbito da
Engenharia Civil, e conforme determinado em contrato de prestação de serviços firmado entre o
Condomínio Residencial - e a empresa Ivone Soeli & Ferreira Araraquara Ltda. – EP (Pinturas Araraquara)
apresenta seu parecer técnico conforme segue :
1 - Considerações preliminares
1.1 - Finalidade
Tem o presente a finalidade de relatar as anomalias relacionadas à estabilidade do
revestimento externo (fachada), e outras análises referentes às áreas comuns do Edifício, cuja
denominação é Condomínio Residencial, localizado na Avenida – SP, conforme vistoria efetuada in-loco
em 20 de maio de 2009 visando à aplicação de nova pintura cujas etapas de serviços e composição serão :
a) – Execução de hidrojateamento na fachada do edifício para remoção de partes soltas de pintura antiga,
remoção de placas soltas de emboço/reboco, partículas de poeira e limpeza das superfícies impregnadas
por fungos.
b) – Aplicação de uma demão de fundo preparador de paredes (a base de água) na fachada com a
finalidade de se proceder a maior adesão de partículas soltas do substrato e preparo da superfície para
receber a nova camada de tinta acrílica a ser aplicada.
c) – Tratamento de trincas e fissuras existentes no edifício, bem como tratamento das partes soltas ou
pulverulentas de emboço e emboço/reboco nas regiões onde forem detectados desplacamentos ou massa
podre.
d) - Aplicação de duas demãos de Suvinil Suviflex
e) – Aplicação de uma demão de textura acrílica – 1.a linha (a base de água).
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umidade percolante (capilaridade) de dentro para fora
Foto 10 – data 20/05/2009 – Região – Apartamentos lado impar – Vista da Av. Mauá sentido Rua Padre Duarte
para Rua São Bento - Fachada externa - inúmeras bolhas e reboco/emboço apresentando desplacamento e
pulverulencia (esfarelamento / massa podre) em diversas regiões, provocada por umidade percolante
(capilaridade) de dentro para fora. Nos apartamentos do lado par há indícios de umidade percolante, tais
como manchas e bolhas, mas pelo fato da mesma estar protegida do sol da tarde as progressões dessas
patologias apresenta-se mais lentas.
Foto 11 – data 20/05/2009 – Cobertura – Capa quebrada
Foto 12 – data 20/05/2009 – Cobertura – capas quebradas e soltas.
Foto 13 – data 20/05/2009 – Cobertura – Capa quebrada
Foto14– data 20/05/2009 – Vista geral da cobertura
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Essas patologias deverão ocorrer de forma localizada e nas proximidades das áreas úmidas,
banheiros, áreas de serviços, falhas em rufos e calhas da cobertura, no prazo médio de um a
dois anos após o término da nova pintura. Nessa ocasião os pontos de umidade serão
facilmente detectáveis devendo ser sanados nas áreas internas e a pintura refeita nesses
pontos localizados, daí a necessidade técnica de aplicação da tonalidade clara, pois a mesma
permitirá maior facilidade de retoques sem manchas de tonalidades diferenciadas.
Umidade constante ( de dentro para fora, ou através de novas fissuras que poderão surgir no
reboco devido ao seu atual comprometimento)
Sais solúveis presentes nos componentes da alvenaria
Umidade infiltrada (percolação)
Cal não totalmente carbonatada (reativa à umidade)
• Região – Cobertura – Pode-se constatar diversas telhas trincadas ou remendadas.
Em médio prazo deverá também ser efetuada a substituição das telhas de fibrocimento, pois
as mesmas já se apresentam parcialmente porosas (enfraquecidas) e deterioradas e com
diversos pontos de emendas improvisadas. Recomendamos na oportunidade que as telhas
sejam substituídas por telhas metálicas galvanizadas ou de alumínio.
Detectou-se também que as borrachas vedantes dos parafusos de fixação das telhas estão
ressecadas, tendo já perdido sua função que seria a de anti vibração provocada por ventos e
vedação às águas de chuvas. Foram também encontrados diversos pontos de fixação com
ausência de parafusos de fixação.
Quando da utilização de pigmentos orgânicos ou inorgânicos nas tintas ocorre uma perda
natural da cor (tonalidade) devido à ação do intemperismo e principalmente devido aos
efeitos dos raios ultravioletas do sol.
A tinta a ser utilizada se enquadrará no parâmetro de alto padrão, tinta de boa qualidade,
classificação primeira linha, com índice de resina (aglutinante impermeável) satisfatório,
fazendo com que essa perda de tonalidade transcorra de forma natural, com índice de perda
da tonalidade principal na ordem de 10% a 20% ao ano, dependendo da face do edifício
exposta a maior incidência dos raios solares e da tonalidade empregada, podendo-se
futuramente constatar uma perda natural em relação à tonalidade original tendendo ao tom
branco/pastel. Essa perda de tonalidade se enquadrara dentro da normalidade de desgaste
natural.
• Conclusões e Considerações finais :
Pode-se constatar que o principal agente das anomalias previstas a serem apresentadas será a
umidade de percolação inicialmente oculta proveniente das áreas úmidas internas do edifício, o qual
deverá ser sanado pelo Condomínio, gradativamente conforme forem surgindo, visando à recuperação da
fachada para uma situação de normalidade. O condomínio deverá de forma concomitante aos serviços de
pintura ou em data imediatamente posterior, contratar os serviços de empresa especializada em
impermeabilizações a fim de sanar as patologias existentes (infiltrações) já detectadas.
Poderão também surgir novas fissuras e trincas em médio prazo devido à excessiva exposição
anterior do reboco às intempéries ( mais de 07 anos sem pintura de proteção) e também devido a possíveis
acomodações naturais estruturais e de fundações do edifício.
Devido à alta incidência de fissuras, trincas, desplacamentos, será efetuado o acabamento
final de nivelamento nas regiões a serem tratadas, mas o mesmo poderá não apresentar um resultado
altamente satisfatório no acabamento geral das superfícies.
Salientamos também que o revestimento atual existente (emboço/reboco) apresenta altíssimo
índice de absorção de água com baixa resistência mecânica além da umidade percolante de dentro para
fora, tendo sido submetido a esforços térmicos e exposição ao intemperismo por longo período. Por esses
motivos o revestimento (emboço/reboco) poderá apresentar novas placas soltas em médio prazo, mesmo
com a execução da nova pintura atual e correção das placas soltas existentes atualmente.
As tintas empregadas deverão ser oriundas de fornecedor confiável enquadrando-se na
classificação de primeira linha, tendo o Condomínio optado pela marca Suvinil fabricada pela Basf The
Chemical Company
A mão de obra a ser empregada na pintura deverá ser de boa qualidade com
acompanhamento e orientação de engenharia especializada em pintura de Edifícios, observando-se as
premissas básicas de número de demãos satisfatórias, diluição satisfatória da tinta (indicada pelo
fabricante) e preparação adequada das superfícies a serem pintadas.
Para efeito de manutenção preventiva a fachada externa do edifício deverá ser pintada no
máximo a cada 04 anos com 01 demão de liquido preparador e 02 (duas) demãos de tinta látex 100%
acrílica nas paredes externas.
• Encerramento
Este signatário apresenta o presente trabalho concluído, constando de 20 folhas
digitadas de um só lado, todas rubricadas, exceto esta última, que segue devidamente
datada e assinada, colocando-se a disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que
se fizerem necessários.
Araraquara, 20 de maio de 2009
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•Obrigado