Data:20/05/2019 Disciplina: Fisioterapia em Pneumologia Docente: Marilene Discentes: Arileide Pereira, Ingrid Machado, Jéssica Lins, Josiane Reis, Maria Alves, Priscilla Marques. Conceito • A tuberculose é uma doença infecciosa, transmissível, que atinge principalmente os pulmões. Embora, em menor proporção pode atingir outros órgãos como: olhos, rins, cérebro, ossos, gânglios linfáticos e outro. Robert Koch foi o médico que descobriu o bacilo causador da doença, o bacilo de Koch. Desenvolvimento da Tuberculose
Pulmões sadios Pulmões infectados com Tuberculose
Fisiopatologia • Ocorre a transmissão do bacilo pela via aérea; → O bacilo é fagocitado pelo macrófagos locais → → Uma vez fagocitado, o bacilo não é destruído → → Os bacilos se reproduzem intensamente→ Essa atividade intensa no espaço alveolar irá desenvolver um foco pneumônico, que nada mais é do que uma região pulmonar onde está acontecendo uma intensa atividade inflamatória Fisiopatologia Epidemiologia • No Brasil, estima-se que ocorram 129.000 casos de tuberculose por ano, dos quais são notificados cerca de 90.000. Esses números, entretanto, não representam a realidade do país, pois parte dos doentes não são diagnosticados nem registrados oficialmente. Causas • A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium Tuberculosis. Os aspectos característicos incluem um período de latência (em geral prolongado) entre a infecção inicial e a doença evidente, pneumopatia acentuada (apesar de outros órgãos poderem ser comprometidos) e resposta granulomatosa associada à intensa inflamação e dano tecidual. Fatores de Risco para a Tuberculose Pulmonar Fatores Extrínsecos • Residências em regiões de maior prevalência da doença; • Casas de apoio, presídios, hospitais psiquiátricos ou de doentes crônicos; • Profissionais da área de saúde. Fatores Intrínsecos • Predisposição genética para resistência ou suscetibilidade ao bacilo; • Raça negra; • Pacientes após infecção primária que permanecem com infiltrados apicais ou com resposta imunológica deficitária; • Indivíduos magros, altos e astênicos; • Idosos devido à queda da imunidade; • Condições clínicas associadas: AIDS, diabetes mellitus, insuficiência renal crônica, • Silicose, desnutrição, neoplasias, alcoolismo e uso de drogas ilícitas, tabagismo, entre. • outros. Fatores socioeconômicos • Condições de estresse aumentam as chances de reativação endógena da tuberculose. Algumas vezes, essas condições estão associadas simultaneamente a • Reinfecção exógena, como pessoas sem-teto, presidiários, imigrantes, períodos de guerra. Diagnóstico • Devem ser investigados os pacientes com tosse com ou sem expectoração persistente por mais de três semanas, emagrecimento, hemoptise (eliminação de sangue no escarro) e principalmente com história epidemiológica sugestiva da doença. Os exames usados na tentativa do diagnóstico de certeza são a baciloscopia do escarro, a radiologia do tórax, o teste tuberculínico (PPD) que evidencia o contato prévio com o bacilo e a cultura do escarro ou outros líquidos sem meio apropriado. Raio-X de Tórax
Fig. 1 Pulmões Normais Fig. 2 Pulmões com Tuberculose:
Opacidades retículo-micronodulares difusas em ambos os pulmões Sintomas • O mais conhecido é a tosse, persistente durante mais de 21 dias que pode vir ou não acompanhada de expectoração de sangue; • Febre baixa geralmente à tarde; • Suor noturno que chega a molhar o lençol; • Dor torácica; • Hemoptise; • Perda de peso lenta e progressiva. O indivíduo chega a ficar anoréxico; • Elevação da frequência do pulso; • Fibrose desencadeada pelo organismo contra a doença devido à infecção com tecido cicatricial; • Cansaço fácil. Diagnóstico funcional • A TB pulmonar pode causar distorções broncovasculares, bronquiectasias, enfisema e fibrose, comprometer as vias aéreas levando ao edema de mucosa, à hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas, ao aumento da secreção de muco e à hipertrofia muscular lisa. Isto afeta o calibre das vias aéreas, aumenta a sua resistência e diminui o fluxo aéreo. Por mecanismo de fibrose cicatricial há também redução da capacidade pulmonar total. Condutas Fisioterapêuticas
• A fisioterapia respiratória tem objeto de
facilitar a respiração do paciente que estar com tuberculose e aumenta a capacidade ventilatória dos pulmões. Técnica de Reexpansão Pulmonar
• A técnicas de reexpansão pulmonar com a utilização de
inspirômetro de incentivo (Respiron) são comumente utilizados em pacientes com TB. • Segundo Azeredo (2000), os efeitos imediatos das técnicas de expansão pulmonar são: • - aumento da complacência pulmonar; • - diminuição do trabalho ventilatório; • - aumento da oxigenação arterial; • - aumento da remoção das secreções brônquicas. Manobras Fisioterapêuticas Técnica Objetivo
Drenagem postural Drenar secreção pulmonar da árvore brônquica
Percussão torácica (tapotagem) favorecer o deslocamento descolamento das secreções
brônquicas –favorecer a expectoração aumentar a amplitude dos batimentos ciliares
Vibrocompressão – Shake facilita a mobilização de secreções das vias aéreas centrais
e inferiores e a ventilação pulmonar. Tosse assistida aumentar a eficácia do mecanismo de tosse Manobras Fisioterapêuticas Técnica Objetivo
CPAP aumento da pressão alveolar e da capacidade residual
funcional, o que determina o recrutamento de alvéolos previamente colapsados Fortalecimento – músculos inspiratórios e expiratórios Os exercícios respiratórios podem ensinar o paciente a controlar a respiração, aumentar a coordenação e a eficiência dos músculos respiratórios, mobilizar a caixa torácica e treinar técnicas de relaxamento Higiene brônquica mobilização e a eliminação de secreções, melhorando as trocas gasosas Manobras Fisioterapêuticas Referências
• RODRIGUES MACHADO, Maria da Glória. Bases da fisioterapia respiratória: terapia intensiva e
reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. • AZEREDO et al. Fisioterapia respiratória. Rio de Janeiro: Panamed; 1984. • BOMBARDA et al. Imagem em tuberculose pulmonar. J Pneumol 27(6) – nov-dez de 2001 • CVE-SP. Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo. Disponível <ftp://ftp.cve.saúde.sp.gov.br/doc_tec/tb/tb_p_r.pdf> Acesso em 20 de outubro de 2004 • DI NASO et al. Avaliação funcional em pacientes com sequela pulmonar de tuberculose. Revista Portuguesa de Pneumologia. Vol. 17. Num. 5, pages 197-240. • WHO. World Health Organization. Disponível <http://www.who.int/tb/publications/global_report/2004/en/Brazil.pdf>. Acesso em 05 de abril de 2005.