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Discente:Diego Acir de Castro

Docente: Douglas S. Morais


Geologia do Brasil – Geologia - FINOM
Introdução
Localização
Origem
Estruturas Geológicas Maiores
Evolução da Bacia
Magmatismo
Carta Estratigráfica
Serras
Astroblemas
Recursos hídricos, minerais, energéticos e
petrolíferos
Nos textos geológicos mais antigos, a Bacia do Parnaíba é identificada

pelos nomes Bacia do Maranhão ou do Piauí-Maranhão. Ocupa uma área de

cerca de 600 mil km2 da porção noroeste do Nordeste brasileiro e, no depocentro,

a espessura total de suas rochas atinge cerca de 3.500 m. Esta bacia foi, e

continua sendo, objeto de estudos sedimentológicos, estratigráficos, geofísicos e

de recursos minerais e energéticos. Geocientistas da Petrobras, da Companhia de

Recursos Minerais (CPRM), do Departamento Nacional de Produção Mineral

(DNPM), de diversas universidades e empresas realizaram pesquisas básicas e

prospecções nessa bacia, e são muitos os trabalhos publicados, tendo-se como

referências importantes as seguintes: Lisboa (1914), Plummer (1948), Mesner e

Wooldridge (1964), Caputo (1984), Della Fávera (1990) e Rodrigues (1995).


A Bacia do Parnaíba é identificada pelos nomes Bacia do Maranhão ou
do Piauí-Maranhão. Ocupa uma área de cerca de 600 mil km2 da porção
noroeste do Nordeste brasileiro e, no depocentro, a espessura total de suas
rochas atinge cerca de 3.500 m.
Figura 1 - Posição das bacias sedimentares do Brasil compilado e modificado
de Feijó (1994).
A Bacia do Parnaíba desenvolveu-se sobre um embasamento
continental durante o Estágio de Estabilização da Plataforma Sul-Americana
(Almeida e Carneiro, 2004). Por correlação com os litotipos existentes nas faixas
de dobramentos, maciços medianos e outras entidades complexas situadas nas
bordas ou proximidades da Bacia do Parnaíba se deduz que o substrato dessa
bacia é constituído de rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, cujas
idades abrangem um longo intervalo – do Arqueano ao Ordoviciano; porém,
possivelmente predominem rochas formadas entre o final do Proterozóico e o
início do Paleozóico, que corresponde ao tempo de consolidação dessa
plataforma.
A origem ou subsidência inicial da Bacia do Parnaíba provavelmente
esteja ligada às deformações e eventos térmicos fini- e pós-orogênicos do
Ciclo Brasiliano ou ao Estádio de Transição da plataforma, utilizando-se a
terminologia de Almeida e Carneiro (2004). Estruturas grabenformes
interpretadas (com base em dados de sísmica, gravimetria e magnetometria)
no substrato da Bacia do Parnaíba, segundo Oliveira e Mohriak (2003), teriam
controlado o depocentro inicial dessa bacia. Ademais, esses sítios
deposicionais, ou riftes precursores da Bacia do Parnaíba, seriam
correlacionáveis ao Gráben Jaibaras e também a outros grábens, como, por
exemplo, Jaguarapi, Cococi e São Julião, situados na Província Borborema,
que foram gerados num sistema de riftes do final do Proterozóico-início do
Paleozóico.
Os Lineamentos Picos-Santa Inês, Marajó- Parnaíba e a Zona de Falha
Transbrasiliana são as três feições morfo-estruturais mais notáveis da bacia, sendo
essa última a mais proeminente, atravessando toda sua porção nordeste e sul-
sudeste. As mais significativas fraturas e falhas herdadas do embasamento foram
importantes não somente na fase inicial da bacia, mas também em sua evolução,
pois controlaram as direções dos eixos deposicionais até o Eocarbonífero. Do
Neocarbonífero até o Jurássico, os depocentros deslocaram-se para a parte central
da bacia, a sedimentação passou a ter um padrão concêntrico e a forma externa da
bacia tornou-se ovalada, típica de uma sinéclise interior. O Arco Ferrer-Urbano
Santos, uma feição flexural positiva relacionada com a abertura, no Mesozóico, do
Oceano Atlântico Equatorial, define o limite norte da Bacia do Parnaíba, onde o
rifteamento Atlântico quebrou a conexão então existente dessa imensa sinéclise
com bacias análogas que, atualmente, estão assentadas no noroeste da África
(Milani e Thomaz Filho, 2000).
Acrescentando-se blocos falhados de pequenos rejeitos, assim como
também dobras e outras estruturas resultantes da intrusão de corpos ígneos
mesozóicos nas camadas sedimentares, delineia-se o panorama estrutural
fundamental dessa bacia. embasamento Duas unidades sedimentares fazem parte
do embasamento da Bacia do Parnaíba:
a) Formação Riachão, conforme amostras de poços, é composta de
grauvacas, arcósios, siltitos, folhelhos vermelhos e ignimbritos. Esses depósitos
imaturos são considerados de idade proterozóica média ou superior, por correlação
com coberturas plataformais dos Cratons Amazônico e do São Francisco;
b) Grupo Jaibaras, aflorante no leste-nordeste da bacia e que, em
subsuperfície, interpretado por correlação àquelas áreas, ocorre preenchendo
calhas grábenformes sugeridas por dados geofísicos e ainda não amostradas por
poços. Estima-se uma idade cambro-ordoviciana para esse pacote que, registra, na
área em discussão, as atividades finais do Ciclo Brasiliano (Oliveira e Mohriak,
2003).
Figura 2 - Arcabouço estrutural da Bacia do Parnaíba (ANP).
A Bacia do Parnaíba compreende as superseqüências Siluriana (Grupo
Serra Grande), Devoniana (Grupo Canindé) e Carbonífero-Triássica (Grupo
Balsas) de Góes e Feijó (1994).
O Grupo Serra Grande compreende as Formações Ipu, Tianguá e
Jaicós, bem caracterizadas em subsuperfície, porém ainda não-individualizadas
em trabalhos de cartografia geológica de superfície. Góes e Feijó (1994)
interpretam os ambientes de deposição do Grupo Serra Grande como
flúvioglacial e glacial, passando a transicional (nerítico) e retornando às
condições continentais (fluvial entrelaçado).
O Grupo Canindé é composto pelas Formações Itaim – em muitos
trabalhos considerada como membro inferior da Formação Pimenteiras –,
Pimenteiras, Cabeças, Longá e Poti. A Formação Itaim consiste-se de arenitos e
folhelhos de ambiente de plataforma rasa. A Formação Pimenteiras está bem
exposta nos arredores da cidade de Picos (PI), onde se consiste de arenitos com
níveis de folhelhos, depositados em ambientes dominados por marés e
tempestades. A Formação Cabeças é composta por arenitos com geometria
sigmoidal abaulada e localmente intercalações de diamictitos; Góes e Feijó (1994)
a interpretam como depósito de ambiente nerítico plataformal, com ação de
correntes e influência periglacial. A Formação Longá consiste-se de arenitos finos e
siltitos, interpretados pelos autores supracitados como depósitos plataformais
dominados por tempestades. O Grupo Canindé é encerrado pela Formação Poti
para a qual Góes et al. (1997) interpretaram os ambientes de deposição como
shoreface/ submaré inferior e superior, canal flúvio-estuarino e planície de maré,
sob condições climáticas de aridez, conforme evidenciado por tepees e concreções
do tipo “rosa do deserto”.
As formações Piauí, Pedra-de-Fogo, Motuca e Sambaíba compõem o
Grupo Balsas, que representa a Superseqüência Carbonífero-Triássica da Bacia
do Parnaíba. A Formação Piauí, examinada a nordeste da cidade de Floriano (PI),
consiste-se de depósitos de dunas eólicas, de interdunas e planícies de deflação.
A Formação Pedra de Fogo apresenta duas seqüências de arenitos: os arenitos
inferiores correspondem a dunas; os superiores a um ambiente litorâneo com
presença localizada de biostromas com estromatólitos hemisféricos. Estes, por
sua vez, são superpostos por arenitos com estratificação cruzada sigmoidal e
alternâncias de folhelho e arenito, depositados em planície de maré. A Formação
Motuca consistese de folhelhos vermelhos com níveis de siltito, localmente com
estromatólitos dômicos, representando deposição em ambiente lacustre ou
lagunar. Finalmente, a Formação Sambaíba consiste-se de arenito fino, caolínico,
com granulometria bimodal, interpretado como eólico.
A ruptura do megacontinente Pangea estabeleceu no Brasil um novo
estádio tectônico, o da Ativação, que levaria à abertura do Oceano Atlântico.
Eventos distensionais, remobilização de falhas antigas, surgimento de fraturas e
intenso magmatismo básico caracterizaram essa etapa mesozóica na evolução da
área que, posteriormente, tornou-se o território brasileiro (Almeida e Carneiro,
2004; Zalán, 2004). Nesse contexto tectônico, na Bacia do Parnaíba
acomodaram-se as ígneas intrusivas (diques e soleiras) e extrusivas, de
composição básica, as quais do ponto de vista estratigráfico foram divididas em
duas unidades: Formação Mosquito e Formação Sardinha. Em subsuperfície, os
diques e soleiras estão presentes em maior quantidade na Seqüência
Mesodevoniana-Eocarbonífera e ocorrem também na Seqüência Siluriana e são
muito raros na Neocarbonífera-Eotriássica. Formação Mosquito foi o termo
proposto por Aguiar (1971) para identificar derrames basálticos com intercalações
de arenitos que afloram no rio homônimo, ao sul da cidade de Fortaleza dos
Nogueiras (MA). Aguiar (1971) denominou Formação Sardinha a corpos de
basalto, preto a roxo, mapeados entre as cidades de Fortaleza dos Nogueiras e
Barra do Corda. A espessura média em afloramento é de 20 m e o nome da
unidade homenageia o local da primeira observação, a Aldeia do Sardinha.
O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado através do Decreto de
nº 83.548 de 5 de junho de 1979, com área de 100 000 hectares. A proteção ao
Parque foi ampliada pelo Decreto de nº 99.143 de 12 de março de 1990 com a
criação de Áreas de Preservação Permanentes adjacentes com total de 35 000
hectares. Localizado no semi-árido nordestino, fronteira entre duas formações
geológicas, com serras, vales e planície, o parque abriga fauna e flora específicas
da Caatinga.
Figura 7 - Parque nacional da Serra da Capivara pertencente ao Grupo geológico Serra Grande. Fonte:
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/11/parque-serra-da-capivara-pode-demitir-140-
funcionarios-por-falta-de-verbas.html. Acessado em 25 de Abril de 2016.
Figura 8 - Pinturas rupestres da Serra da capivara (rockart).
Figura 9 - Pinturas rupestres da Serra da capivara (rockart).
Está localizado no estado do Piauí, nos municípios de Caracol, Guaribas,
Santa Luz e Cristino Castro. O acesso mais fácil à unidade é pela BR-343 até
Floriano. Outra opção é pela PI-140 até São Raimundo Nonato e PI-144 até Caracol,
seguindo por mais 20 km chega-se ao Parque. A unidade está cerca de 620 km de
distância da capital.
O Parque Nacional da Serra das Confusões abriga um único ecossistema: a
caatinga. Sua principal preocupação é preservar toda a riqueza desta paisagem, sua
fauna e sua flora para as futuras gerações.
A área desta unidade ainda encontra-se em estado primitivo de conservação,
podendo ser encontrado inúmeros sítios arqueológicos em suas cavernas e grutas,
apresentando litogravuras nos paredões rochosos de valor histórico, científico e
cultural.
Por que o nome Confusões? Os moradores contam que as serras brancas e
vermelhas ficam diferentes de acordo com a luminosidade do dia, deixando a pessoa
com a vista confusa.
Figura 10 - Vista do Parque Nacional da Serra das Confusões. Fonte:
http://www.thousandwonders.net/Serra+Das+Confus%C3%B5es+National+Park. Acessado em: 25 de Abril
de 2016.
Figura 14 - Astroblemas do Brasil. Fonte:
https://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2004/ju250pag03.html. Acessado
em: 25 de Abril de 2016.
Figura 11 - Astroblema Anel de Riachão. Coordenadas: S 07° 43´ W 46° 39´. Diâmetro: 4,5 Km (ANP).
Figura 12 - Imagem do satélite Landsat em RGB do Anel do Riachão (ANP).
Figura 13 - Astroblema Serra da Cangalha. Coordenadas: S 08° 05´ W46° 51´. Diâmetro 14 Km
(ANP).
Escassez de água: uma das dificuldades para o desenvolvimento
(ANA)
Depois da bacia do rio São Francisco, a Região Hidrográfica do
Parnaíba é hidrologicamente a segunda mais importante da Região Nordeste.
Sua região hidrográfica é a mais extensa dentre as 25 bacias da Vertente
Nordeste e abrange o Estado do Piauí e parte dos Estados do Maranhão e do
Ceará. A região, no entanto, apresenta grandes diferenças inter-regionais tanto
em termos de desenvolvimento econômico e social quanto em relação à
disponibilidade hídrica.

A escassez de água, aliás, tem sido historicamente apontada como um


dos principais motivos para o baixo índice de desenvolvimento econômico e
social. Entretanto, os aquíferos da região apresentam o maior potencial hídrico
da Região Nordeste e podem, se explotados de maneira sustentada, representar
um grande diferencial em relação às demais áreas do Nordeste brasileiro no que
se refere à possibilidade de promover o desenvolvimento econômico e social.
A região ocupa uma área de 333.056 km², o equivalente a 3,9% do
território nacional, e drena a quase totalidade do estado do Piauí (99%) e parte
do Maranhão (19%) e Ceará (10%). O rio Parnaíba possui 1.400 quilômetros de
extensão e a maioria dos afluentes localizados à jusante de Teresina são
perenes e supridos por águas pluviais e subterrâneas.

Os principais afluentes do Parnaíba são os rios: Balsas, situado no


Maranhão; Poti e Portinho, cujas nascentes localizam-se no Ceará; e Canindé,
Piauí, Uruçui-Preto, Gurguéia e Longa, todos no Piauí.

A população total da região, em 2010, era de 4.152.865 habitantes, dos


quais 35% encontram-se na área rural. A densidade demográfica é de 12,5
hab./km², com destaque para a unidade hidrográfica de Poti, onde se situa a
capital estadual que possui índice de urbanização de 92%.

O percentual da população abastecida por água, em 2010, apresentava


uma média de 91%, equivalente, a média nacional. No entanto, a situação é
crítica em relação a rede de esgotamento sanitário que apresenta um valor
médio de 10%, muito abaixo da média nacional (62%).
Figura 14 - Bacia hidrográfica do Rio Parnaíba. Fonte: http://www.todamateria.com.br/bacia-do-
parnaiba/. Acessado em 25 de Abril de 2016.
A Bacia do Parnaíba possui alguns recursos minerais
importantes, tais como:
- Fosfato de origem magmática, em Ângico dos Dias (PI) na ordem de
100 milhões de toneladas;
- ETR também em Ângico dos Dias (PI);
- Minerais para a construção civil em toda a área da bacia;
- Potencial para sais de potássio em sequências evaporíticas, porém
pouco conhecidas, região de Pedra do Fodo e Codó (MA).
Carvão Mineral

Vários projetos de pesquisa carboníferas desenvolveram-se ao


longo de seu flanco leste/sudeste e oeste da bacia, mas as diminutas
ocorrências de leitos carbonosos e a possibilidade de ocorrência destes
nas partes mais profundas da bacia, algo estipulado em 500 metros,
limita atualmente o interesse a um recurso sem expressão no setor. As
ocorrências de sedimentos carbonosos foram nas denominadas
Formações Poti e Pedra de Fogo.
Gás Natural

Figura 15 - Evolução termogênica dos folhelhos na Bacia do Parnaíba (ANP).


Gás Natural

- Volume da área: 2.560 km³;


- Capacidade de produção: 64 Tcf
(Trilhões de metros cúbicos);
- Capacidade total de produção de
energia na UTE Parnaíba: 3.722 MW.
Generalidades

- Início da Exploração – na década de 50 com


Conselho Nacional do Petróleo:
- mapeamento de Superfície;
- perfuração de 1 poço no Maranhão;

- Até o momento foram perfurados:

- 31 Poços Exploratórios;
- Poços Pioneiros 21 (1 Contrato de Risco);
- Poços Estratigráficos 10;
- Sistema gerador:
- Fm. Pimenteiras (Devoniano-Frasniano)
COT (Teor de carbono total): 2 - 6%;
- Reservatórios:
- Arenitos devonianos da Fm. Cabeças;
- Selantes:
-Folhelhos da Fm. Longá;
- Trapas:
- estruturais, relacionadas a falhas normais e reversas;
- estratigráficas, relacionadas a intrusões ígneas;
- Geração:
Assegurada pelo efeito térmico de ígneas básicas dentro da
seção geradora. A geração deve ter se dado a partir do Jurássico;
- Migração:
- Através de falhas;
- Ao longo de diques de diabásio;
- Por contato direto entre gerador-reservatório;
- Com relação ao volume de HC a bacia do Parnaíba apresenta apenas
possibilidades de conter acumulações de HC devido à presença de fatores
geológicos favoráveis registrados no poço de Capinzal (MA). Segue abaixo o
sismograma do poço de Capinzal.

Figura 16 - Sismograma do poço de Capinzal (MA) (ANP).


- Boletim de geociências da petrobrás - v. 15, n.2 - maio/nov. 2007;
- Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil; L. A. Bizzi, C.
Schobbenhaus, R. M. Vidotti e J. H. Gonçalves (eds.) CPRM,
Brasília, 2003.
- http://www.mochileiros.com/serra-das-confusoes-perguntas-e-
respostas-t47669.html. Acessado em: 25 de Abril de 2016;
- http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/unidades-
abertas-a-visitacao/199-parque-nacional-da-serra-da-capivara.html.
Acessado em: 25 de Abril de 2016;
- http://www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias/Parnaiba.aspx.
Acessado em: 25 de Abril de 2016.

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