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Estimula o sistema
imune inato
Objetivo
Investigar, através de uma revisão de literatura, as condições
relacionadas a idade em pessoas idosas vivendo com HIV e sugerir
procedimentos clínicos mais apropriados para esta população.
Condições clinicas
2003 a 2013: aumento de doenças cardiovasculares (CVD) – 3% a 7%;
danos renais – 5% a 11%; osteoporose – 4% a 6% e diabetes mellitus – 9% a
19%.
Número de mortes não relacionadas a aids eclipsou o número de morte por
causas relacionadas a aids entre indivíduos com amplo acesso a TARV.
Condições clinicas
1. Comorbidades
Prevalência de CVD – fatores de risco: cigarro, dislipidemia (elevação de
colesterol e triglicerídeos no plasma ou a diminuição dos níveis de HDL ),
diabetes, uso de drogas, status inflamatório e os efeitos de replicação do HIV
e a TARV.
Destaque: alto uso de cigarro nessa população.
Doenças crônicas dos rins – mais comum em pessoas com HIV.
Osteopenia e osteoporose – aumento de até 60% e de 10% a 15%,
respectivamente.
Câncer – a infecção pelo HIV predispões a diversos tipos de câncer.
Condições clinicas
2. Prejuízos neurocognitivos
HAND (HIV-Associated Neurocognitive Disorder) – Desordens
Neurocognitivas Associadas ao HIV
Inclui uma variedade de sintomas cognitivos como: problemas de atenção e
memória de trabalho; aprendizagem e memória; funções executivas e
velocidade de processamento.
Cerca de metade dos pacientes em tratamento antirretroviral apresenta algum
prejuízo cognitivo.
A idade avançada aumenta a suscetibilidade a HAND.
Muitos indivíduos de meia idade apresentam déficits cognitivos similares a de
pessoas mais velhas sem HIV.
Condições clinicas
2. Prejuízos neurocognitivos
São observados danos da infecção pelo vírus no sistema nervoso central e
envelhecimento do cérebro.
Prejuízo nas funções de vida diária já observados em indivíduos com HIV
são mais proeminentes em indivíduos mais velhos.
Necessário: identificar fatores que contribuam para um melhor
envelhecimento (por exemplo, reservas cognitivas e estilo de vida) – danos
podem ser reduzidos com treinos mentais e atividades físicas.
Condições clinicas
3. Limitações funcionais e fragilidade
Perda da homeostase funcional: individuo incapaz de se recuperar
efetivamente de diversos estressores levam a uma saúde debilitada e
aumento da mortalidade.
Fragilidade ou sintomas de fragilidade são observados em 5% a 19% de
indivíduos com HIV.
Pessoas com HIV tendem a apresentar déficits físicos mais cedo.
A tais condições estão associados: aumento do risco de resistência a
insulina, quedas, prejuízo na qualidade de vida e hospitalização.
Polifarmácia e interações medicamentosas
Pacientes com HIV tendem a usar um maior número de medicamentos
concomitantes.
tratamento cardiovascular, agentes do sistema nervoso central e para desordens
gastrointestinais.
Polifarmácia: consumo de medicamentos múltiplos (mais de cinco),
excessivos, desnecessários e não indicados.
Interações com medicamento antirretrovirais são conduzidos
principalmente pela indução ou inibição de enzimas e transportadores
envolvido na disposição da droga.
O manejo da polifarmácia em pacientes idosos pode ser complexo –
múltiplos prescritores envolvidos no cuidado do paciente.
Considerações clinicas para o cuidado de
pacientes idosos com HIV
Cuidado: condições relacionadas ao HIV e a velhice.
1. TARV – deve se considerar interações medicamentosas, comorbidades e
possíveis tratamentos.
Tenofovir disoproxil fumarate (TDF) – maior risco para doenças nos rins.
Indinavir, lopinavir-ritonavir, didanosine, abacavir e duranavir – riscos
cardiovasculares.
Calcio, ferro e vitaminas podem interferir na absorção de inibidores de
integrasse.
Considerações clinicas para o cuidado de
pacientes idosos com HIV
2. Considerações gerais
CGA - Avaliação Geriátrica Abrangente – avaliação que abrange aspectos
médicos, físicos, cognitivos e sociais.
Avaliação multidimensional e interdisciplinar.
Permite determinar capacidades medicas, físicas e funcionais do idoso.
Utiliza critérios como: idade, comorbidades, problemas psicossociais,
utilização elevada ou previsível de cuidados de saúde, mudança na situação de
vida e condições geriátricas específicas.
Especificações gerais para pacientes idosos
com HIV
Visita Médica (no mínimo duas vezes ao ano)
História médica: checar problemas médicos, hospitalizações, alergias, eventos
adversos, uso de substâncias, hábitos sexuais
Histórico de medicação centralizada: checar medicamentos prescritos,
medicamentos sem prescrição e remédios alternativos.
Exames físicos: sinais vitais, índice de massa corporal.
Exames de rotina: sangue, urina e carga viral quando requerido.
Especificações gerais para pacientes idosos
com HIV
Abordagens especiais (no mínimo uma vez ao ano)
Avaliação das comorbidades relacionadas a idade.
Evolução de síndromes geriátricas.
Vacinas
Rastreio de hepatite C/B e outras ISTs
Avaliações de fragilidade e funcionalidade física
Avaliação nutricional
Evolução neuropsicológica e psicológica
Evolução de problemas sociais
Especificações gerais para pacientes idosos
com HIV
Ações centrais
Prevenir condições crônicas e garantir Manter massa muscular e densidade
detecção precoce e controle. óssea através de exercícios e nutrição
Checar interações medicamentosas. Tratar causas de declínio de capacidade
Interromper medicamentos Remediar prejuízos neurocognitivos
desnecessários. Avaliar a necessidade de tratamento
Escolher TARV mais apropriada psicológico e/ou psiquiátrico
Reduzir fatores de risco e encorajar Avaliar a necessidade de assistência social
comportamentos saudáveis. Melhorar comportamentos que
Intervenção para problemas sensoriais e fortaleçam habilidades sociais e
físicos. relacionamentos.