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LEI N° 11.

343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006

Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas

– Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso

indevido, atenção e reinserção social de usuários e

dependentes de drogas; estabelece normas para repressão

à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas;

define crimes e dá outras providências.

REVOGOU AS LEIS:

• Lei 6.368 (1976)

• Lei 10.409 (2002)


PRINCIPAIS ASPECTOS DA LEI N° 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006

Perfeito alinhamento com a Política Nacional Sobre Drogas;

Em consonância com os compromissos internacionais do país;

Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas Sobre Drogas;

Separa o usuário / dependente, em definitivo, da figura do traficante,


colocando-os em capítulos e foros diferentes:

Usuário / dependente > juizados especiais criminais

Traficante > varas criminais comuns


PRINCIPAIS ASPECTOS DA LEI N° 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 (2)

• Não descriminaliza nem despenaliza qualquer tipo de droga;

• Uso e porte continuam sendo crime, mas troca a pena de prisão por

penas alternativas;

• Fim do tratamento obrigatório para usuários ou dependentes;

• Tratamento gratuito colocado à disposição, pelo juiz;


• Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder benefícios às

instituições privadas que desenvolverem programas de reinserção no mercado de trabalho,

do usuário e do dependente de drogas encaminhados por órgão oficial.

• Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuação nas áreas da

atenção à saúde e da assistência social, que atendam usuários ou dependentes de drogas

poderão receber recursos do FUNAD, condicionados à sua disponibilidade orçamentária e

financeira.

• Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão criar estímulos fiscais e

outros, destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem na prevenção do uso

indevido de drogas, atenção e reinserção social de usuários e dependentes e na repressão

da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.


PRINCIPAIS ASPECTOS (TRAFICANTE)

Endurecimento das penas para traficantes (5/15 anos)

Tipificação do crime de financiador do tráfico (8/20 anos)

Estabelece circunstâncias:

■ AGRAVANTES (1/6 a 2/3 da pena)

■ ATENUANTES (1/3 a 2/3 da pena)


Situação Atual

das Políticas Públicas no Enfrentamento e

Combate às Drogas no Brasil


CENÁRIO NACIONAL

• Estima-se que de 1% a 2% da população brasileira seja usuária


regular de drogas em geral.

• I Levantamento Nacional sobre o Uso do Álcool, Tabaco e outras


Drogas, entre universitário das 27 capitais brasileiras, divulgado pelo
governo brasileiro em junho de 2010, indica que, além do aumento do
consumo de drogas, há uma opinião favorável a esse respeito.

• Esse levantamento também apontou que quase a metade dos


estudantes consultados havia consumido uma substância psicoativa
pelo menos uma vez na vida e que aumentou o uso indevido de
drogas sintéticas.
CENÁRIO NACIONAL

• Relatório Anual 2010 da Junta Internacional de Fiscalização de


Entorpecentes (JITE), aponta que apesar dos esforços das forças de
segurança pública, o Brasil continua sendo utilizado como um
importante país para o trânsito de remessas de drogas destinadas a
países da África e Europa.

• Estudo realizado em 2010 pela Confederação Nacional dos


Municípios informa que 71% dos municípios brasileiros enfrentam
problemas com drogas;

• O crack está presente no Brasil desde pelo menos 1990, ano em que
ocorreu a primeira apreensão da droga, no estado de São Paulo.

• O crack atinge níveis alarmantes entre a população de rua e está


associado a uma alta taxa de mortalidade: 24,92%.
CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissão Especial destinada a promover estudos e

proposições de políticas públicas e projetos de lei

destinados a combater e prevenir os efeitos do crack

e de outras drogas ilícitas - CEDROGA


A CEDROGA foi instalada e promoveu a eleição da Mesa
Diretora em 29 de março de 2011

COMPOSIÇÃO:

Presidente: Dep. Reginaldo Lopes (PT/MG)


1º Vice-Presidente: Dep. Wilson Filho (PMDB/PB)
2º Vice-Presidente: Dep. João Campos (PSDB/GO)
3º Vice-Presidente: Dep. Iracema Portella (PP/PI)
Relator: Dep. Givaldo Carimbão (PSB/AL)

29 deputados titulares
22 deputados suplentes
PLANO DE TRABALHO - CEDROGA

Eixos:

1. Prevenções

2. Tratamento e acolhimento

3. Reinserção social

4. Repressão ao tráfico

5. Sugestões para legislação


ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

1. 19/05/11 Visita à Cracolândia – SP;

2. 9 e 10/07/11 Visita à Alagoas e Piauí para conhecer estruturas de acolhimento e


tratamento;

3. Viagem conjunta com Senadores à Bolívia, Colômbia, Peru, Itália, Portugal,


Suécia, Holanda, Inglaterra, EUA, Canadá e México, com o propósito de estudar a
política sobre drogas e trazer contribuições para o trabalho da Comissão;

4. Na viagem à Bolívia, Peru e Colômbia, foi estabelecida uma agenda


internacional onde foram realizadas reuniões com 14 autoridades dos Poderes
Executivo e Legislativo e organismos internacionais;

5. 17 audiências públicas em reuniões ordinárias da Comissão com participação de


mais de 31 especialistas;

6. Visitas a CAPS, hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas

7. 27 seminário estaduais e 1 seminário nacional; Em Mato Grosso do Sul, o


Seminário Regional aconteceu no município de Corumbá, nos dias 1º e 2 de julho
de 2011. O evento foi coordenado pelo Deputado Fábio Trad e relatado pelo
Deputado Mandetta.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

8. Reuniões de trabalho com:

• A Presidenta da República

• O Vice-presidente da República

• Ministra-Chefe da Casa Civil

• Ministros da Saúde, da Justiça e do Trabalho

• Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas

• Autoridades dos Poderes Executivo Federal, Estaduais e Municipais

• Governadores de diversos Estados e prefeitos das principais cidades do


País

• Trabalhadores da saúde, das comunidades terapêuticas e de grupos de


mútua ajuda

• Usuários de drogas e seus familiares


Propostas para as Políticas sobre Drogas
Eixo PREVENÇÃO:

26 propostas entre as quais merece destaque:

• Proibição da propaganda de bebidas alcoólicas (PL).

• Proibição da venda de bebidas alcoólicas geladas para outra


finalidade que não seja o consumo local em bares e
restaurantes.

• Criação da Semana Nacional de Enfrentamento às Drogas.

• Capacitação de profissionais.

• Celebração de acordos com países conhecidos como


produtores de drogas, com vistas ao incentivo à substituição de
cultura, com prioridade para Bolívia, Peru e Colômbia.
Propostas para as Políticas sobre Drogas
Eixo TRATAMENTO E ACOLHIMENTO:

14 propostas entre as quais merece destaque:

• Prover suporte financeiro às comunidades terapêuticas e acolhedoras,


mediante convênios e adesão aos programas e normas governamentais.

• Avaliação trimestral das unidades de rede (CAPS, hospitais psiquiátricos e


gerais e comunidades terapêuticas), por equipes coordenadas pelo órgão
financiador.

• Criação de Registro Nacional de Entidades e de Sistema de Informação de


Políticas sobre Drogas.

• Obrigatoriedade aos planos de saúde de cumprir com todas as fases do


tratamento de forma articulada, incluindo as comunidades terapêuticas.

• Desintoxicação, como medida protetiva, a pedido da família com


avaliação médica ou, ordenada pelo juiz competente, e com prazo
máximo de 90 dias (PL).
Propostas para as Políticas sobre Drogas
Eixo REINSERÇÃO SOCIAL:

6 propostas entre as quais merece destaque:

• Garantia de empregos ou de estágios na conclusão do tratamento, com


oferta de, pelo menos, 1% dos empregos gerados a partir de recursos
públicos para obras e serviços (PL).

• Articulação do Sistema Nacional de Empregos (SINE) com as entidades que


promovem reinserção social.

• Garantia de vagas adicionais no ensino científico e tecnológico para


usuários de drogas em recuperação na fase de reinserção social (PL).
Propostas para as Políticas sobre Drogas
Eixo REPRESSÃO:

14 propostas entre as quais merece destaque:

• Criação de varas judiciais especializadas em drogadição (Justiça


Terapêutica).

• Aumentar a pena para traficantes de drogas ilícitas.

• Classificação das Drogas.

• Criação de incentivo financeiro, de caráter indenizatório, para a fixação


de policiais em áreas de difícil acesso e para atuação nas fronteiras.

• Incentivar a pacificação de territórios em todos os estados brasileiros, a


exemplo do que tem ocorrido no RJ.

• Fortalecimento do sistema de controle de precursores químicos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

• Foram produzidos 14 produtos legislativos, sendo 11 Projetos de Lei e 3


requerimentos de urgência.

• CEDROGA sugere unificação das quatro federações existentes, que representam


as comunidades terapêuticas no Brasil.

• Articulação para criação de Comissão Especial com o objetivo de analisar o PL nº


7.663 de 2010, de autoria Dep. Osmar Terra, “para tratar do Sistema Nacional de
Políticas sobre Drogas, dispor sobre a obrigatoriedade da classificação das drogas,
introduzir circunstâncias qualificadoras dos crimes previstos nos arts. 33 a 37, definir as
condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas e dá outras
providências”. Situação: 08/05/12 - Ato da Presidência: Constitui Comissão Especial.
Designado Relator, Dep. Givaldo Carimbão (PSB-AL).
Crack, é possível vencer

Lançado em 7 de dezembro de 2011, pela Presidenta da República e


Ministros de Estado da Saúde, e da Justiça.

Trata-se de um conjunto de ações integradas com investimentos da


R$ 4 bilhões (até 2014) da União e articulação com estados, DF,
municípios e sociedade civil.

O Poder Executivo Federal definiu 3 vertentes de trabalho:

CUIDADO

PREVENÇÃO

AUTORIDADE
Crack, é possível vencer
Cuidados:

• Ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde voltada aos usuários,

com criação da rede de atendimento “Conte com a Gente”.

• Criação de enfermarias especializadas nos hospitais

• Criação de 2.462 leitos e aumento de 250% do valor da diária de internação

passando de R$ 57 para R$ 200.

• Criação de Unidades de Acolhimento, que cuidarão para manutenção da


estabilidade clínica e o controle da abstinência, por até 6 meses.

• Para o público adulto serão criados 408 estabelecimentos, com


investimentos de R$ 265,7 milhões.

• Para o acolhimento infanto-juvenil (10 a 18 anos) serão 166 pontos exclusivos


de atendimento, com investimento de R$ 128,8 milhões.
Crack, é possível vencer
Cuidados:

• Destinação de R$ 152,4 milhões para criação de 308


consultórios de rua que farão atendimento volante, em
municípios com mais de 100 mil habitantes. As equipes contarão
com médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.

• Funcionamento 24hs, 7 dias por semana dos CAPS AD. Até


2014 serão 175 unidades em todo o país.
Crack, é possível vencer
Prevenção:

• Programa de Prevenção do Uso de Drogas na Escola

Capacitação de 210 mil educadores e 3,3 mil policiais militares do Programa


Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) para prevenção do uso de
drogas em 42 mil escolas públicas. Estima-se que serão beneficiados 2,8
milhões de alunos por ano.

• Programa de Prevenção na Comunidade

Capacitação de 170 mil líderes comunitários.

Os atuais 49 Centros Regionais de Referência, que funcionam junto a


instituições públicas de ensino superior, serão ampliados para 65 e
oferecidos 122 mil vagas para a formação permanente de profissionais de
saúde, assistência social, justiça e segurança pública.

Disponibilização de 250 mil vagas em cursos a distância para líderes


comunitários, conselheiros municipais, profissionais de saúde e assistência
social e operadores de direito.
Crack, é possível vencer
Prevenção:

• Realização de campanhas específicas para informar, orientar e


prevenir a população.

• Serviço de atendimento telefônico gratuito de orientação e


informação sobre drogas, Viva Voz, passará de 0800 para o número
de três dígitos 132, facilitando o acesso do cidadão.

• Disponibilização de informações no Portal Enfrentando o Crack.


Crack, é possível vencer
Autoridade:

Foco: fronteiras e áreas de uso de drogas nos centros consumidores

• Integração de inteligência e cooperação entre Polícia Federa,


Polícia Rodoviária Federal.

• Contratação de 2 mil novos policiais.

• Policiamento ostensivo nas áreas de concentração e


proximidades do uso de drogas, onde serão instaladas câmeras de
vídeo monitoramento fixo.

• Capacitação específica para os policiais que atuarem nos


centros consumidores.
DE FORMA GERAL, O PL N° 7.663/10 INTRODUZ O SEGUINTE:

• Estabelece as diretrizes que devem ser observadas pelos agentes públicos ou


privados envolvidos na elaboração ou na execução das políticas sobre drogas;

• Determina como critérios de classificação de drogas a farmacodinâmica, a


farmacocinética e a capacidade de causar dependência;

• Cria uma Rede Nacional de Políticas sobre Drogas, com o objetivo de potencializar
e convergir esforços de toda a sociedade na prevenção, atenção e repressão ao
uso de drogas;

• Reestrutura o SISNAD, atribuindo competências para União, Estado e Municípios;

• Estabelece normas gerais para o funcionamento dos Conselhos Municipais e


Estaduais de Políticas sobre Drogas;

• Acrescenta seções à lei n° 11.343, de 2006, com o fim de detalhar as políticas


quanto à profissionalização, ao trabalho e à saúde do usuário ou dependente de
drogas;
• Institui o Sistema Nacional de Informação sobre Drogas com as finalidades
de coletar dados e produzir informações para subsidiar a tomada de
decisões governamentais sobre políticas sobre drogas;

• Estabelece regras gerais para a realização do acompanhamento e da


avaliação das políticas sobre drogas assim como para a responsabilização
dos gestores, operadores e unidades do sistema nacional de políticas
sobre drogas;

• Introduz circunstâncias qualificadoras aos crimes previstos nos arts. 33 a 37;

• Define as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas;


e

• Tipifica a conduta de revelar ou permitir o acesso à informação sobre


usuário ou dependente de drogas a pessoa não autorizada ou quebrar o
dever de sigilo.
Ao PL nº 7.663/10 foram apensadas as seguintes proposições:

a) PL 7.665/10, de autoria do Deputado Raul Henry, que acrescenta


dispositivos ao art. 23, da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para
definir regras gerais para a execução de atendimento aos usuários
ou dependentes de drogas; e
b) PL 888/11, de autoria do Deputado Arnaldo Faria de Sá, que
acrescenta o art. 23-A à Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006,
dispondo sobre as condições de internação compulsória de usuários
ou dependentes de drogas.
c) PL 1.144/11, de autoria do Deputado Delegado Waldir, que
acrescenta o inciso IV ao art. 28 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de
2006, para fixar pena de internação compulsória para tratamento
dos usuários de drogas e bebidas alcoólicas.
d) PL 1.575/11, de autoria do Deputado Wilson Filho, que acrescenta

dispositivos ao art. 23, da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para definir

regras gerais para a execução de atendimento aos usuários ou

dependentes de drogas;

e) PL 1.905/11 que estabelece normas para o tratamento compulsório ao

usuário dependente de drogas sem capacidade de autodeterminação; e

f) PL 1.931/11 que autoriza o Poder Público a manter sob sua tutela e internar

para tratamento médico as crianças e os adolescentes apreendidos em

situação de risco e fixa outras providências.


ELABORADO POR
ALESSANDRA GISELI MATIAS
ASSESSORA TÉCNICA LEGISLATIVA

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE


MINISTÉRIO DA SAÚDE

alessandra.matias@saude.gov.br

ale_giseli (twitter)

(61) 3315 2793

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