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MORTE ENCEFÁLICA

E DOAÇÃO DE
ORGÃO
 DOCENTE: GLAUCIENE DOS SANTOS

 DICENTES: CLESVAINICE RAFAELA SILVA DE ANDRADE


DANIELLY ROCHA SANTOS DA SILVA
ELEIKA SANTOS DE OLIVEIRA
NATÁLIA CRAVO ANTUNES
MORTE ENCEFÁLICA
ENCÉFALO
MORTE ENCEFÁLICA
 Morte encefálica é a definição legal de morte. É a
completa e irreversível parada de todas as funções do
cérebro. Isto significa que, como resultado de severa
agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que
vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o
cérebro morre. (MINISTERIO DA SAUDE)

Obs.: a morte encefálica é permanente e


irreversível.
HISTÓRICO
 Foi inicialmente descrita como coma dépasse por Mollaret e
Gaudon, em 1959

 1967 em dezembro, foi realizado primeiro transplante cardíaco na


África do Sul

 A Associação Americana Neurológica (AAN) organizou um comitê


para estabelecer e uniformizar os critérios de morte encefálica

 A Resolução nº 1.986, de 2007 do conselho federal de medicina


(CFM)
SINAIS DE UMA MORTE ENCEFÁLICA
 AUSÊNCIA DA RESPIRAÇÃO
 AUSÊNCIA DE DOR Á ESTÍMULOS COMO PICAR UMA AGULHA NO
CORPO OU MESMO DENTRO DOS OLHOS
 PUPILAS NÃO REAGENTES
 NÃO DEVE HAVER HIPOTERMIA E HIPOTENSÃO DEVE MOSTRAR
AUSÊNCIA DE SINAIS
CAUSAS DE MORTE ENCEFÁLICA
 Traumatismo crânio encefálico (TCE)
 Acidente vascular encefálico (AVE)
 Encefalopatia anóxica pós-parada cardíaca, tumores e
infecções do SNC.

Obs.: É imprescindível que a causa da M E seja conhecida e bem documenta da


por exame de imagem ou exames laboratoriais, pois somente desse modo é
possível termos certeza da irreversibilidade da doença . Se for um quadro
neurológico de origem não identifica da, ou de gravidade não compatível com os
achados clínicos, NÃO deve ser iniciado protocolo para diagnóstico M E.
PROTOCOLO DE CONFIRMAÇÃO
DA MORTE ENCEFÁLICA
PARA INICIAR O PROTOCOLO
Necessário três pré-requisitos
A- Coma com causa conhecida e irreversível

B- Ausência de hipotermia , hipotensão ou distúrbios metabólicos graves

C- Ausência de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos

BASES CLÍNICAS DA ME
Três condições obrigatória e concomitantemente
A- Coma sem resposta ao estimulo externos
B- Ausência completa de reflexos do tronco encefálico
C- Apneia
DIAGNÓSTICO

O diagnostico é estabelecido após a realização de


dois exames clínicos por profissionais diferentes e não
vinculados a equipe de transplantes. É obrigatório a
realização de exame complementar compatível com
ausência de perfusão cerebral ou de atividade elétrica
cortical ou de atividade elétrica cortical ou de
metabolismo encefálico. O intervalo entre os exames
clínicos deve ser de no mínimo seis horas.
EXAMES PARA DIAGNÓSTICO
CLÍNICOS E COMPLEMENTARES
 a) Ausência de atividade cortical, manifestado por coma arreativo
ou aperceptivo (Escore 3 na Escala de Coma de Glasgow)
EXAMES PARA DIAGNÓSTICO
CLÍNICOS E COMPLEMENTARES
 b) Ausência de reflexos tronco encefálicos: reatividade
supraespinhal
EXAMES PARA DIAGNÓSTICO
CLÍNICOS E COMPLEMENTARES
 b) Ausência de reflexos tronco encefálicos: reflexos fotomotor
EXAMES PARA DIAGNÓSTICO
CLÍNICOS E COMPLEMENTARES
 b) Ausência de reflexos tronco encefálicos: córneo-palpebral,
oculocefálico, vestíbulo-calórico
EXAMES PARA DIAGNÓSTICO
CLÍNICOS E COMPLEMENTARES
 b) Ausência de reflexos tronco encefálicos: vestíbulo-calórico e de
tosse.
EXAMES COMPLEMENTARES
 A) Eletroencefalograma (EEG): Foi o primeiro método usado para
corroborar o diagnostico de ME e ata hoje é o mais usado.
EXAMES COMPLEMENTARES
 B) Arteriografia
EXAMES COMPLEMENTARES
 Doppler transcraniano: Apresenta sensibilidade de 94 a 99% e
especificidade de 100% . Ultiliza-se um transdutor de 2 H z pulsátil
com insonação das artérias carótidas intra e extracranianas e da
basilar. Em 10% dos pacientes o exame é impossível de ser realizado
devido a janela óssea incompatível.
EXAMES COMPLEMENTARES
 A cintilografia cerebral, monitorização da pressão intracraniana,
tomografia computadorizada com xenônio, tomografia por
emissão de positróns e a extração cerebral de oxigênio também
podem ser utilizadas com o método complementar no diagnóstico
de ME.
TERMO DE
DECLARAÇÃO
DE MORTE
ENCEFÁLICA
FLUXOGRAMA DA CONDUTA APÓS
DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA
POTENCIAL DOADOR
 Todo paciente que tenha seu protocolo de ME finalizado e a
doação autorizada pela família é potencial doador de órgãos.
Porém, existem condições que contraindicam de forma absoluta a
doação:
o Soropositividade para HIV; •
o Soropositividade para HTLV l e ll; •
o Tuberculose em atividade; •
o Sepse refratária; •
o Infecções virais e fúngicas graves ou potencialmente graves na
presença de imunossupressão, exceto as hepatites B e C; •
o Neoplasias, exceto carcinoma in situ de útero e pele e tumores
primários do Sistema Nervoso Central
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 O cuidado de enfermagem ao potencial doador de órgãos configura-
se como um processo complexo e que requer melhor qualificação e
maturidade emocional
 Realizar controle hídrico rigoroso
 As drogas vasoativas deverão ser rigorosamente controladas
 Controlar Pressão arterial de forma intensiva
 A reposição volêmica devera ser realizada através de uma veia
calibrosa periférica
 Ficar atento a quaisquer distúrbios da coagulação
 Precauções imediatas para impedir complicações infecciosas
 Observa presença de arritmias
 O controle e a manutenção da temperatura é função exclusiva da
enfermagem
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Proceder a comunicação a OPO ou CNCDO quando já
confirmado o diagnostico de ME
 Auxiliar na orientação dos familiares sobre como proceder com a
doação de órgãos
 Providenciar todo equipamento necessário para transporte deste
paciente ao centro cirúrgico, mantendo sua estabilidade
hemodinâmica.
 Proporciona apoio psicológico aos familiares
DOAÇÕES DE ORGÃOS
DOAÇÕES DE ORGÃOS
 Doação de órgãos é um ato nobre que pode
salvar vidas. Muitas vezes, o transplante de
órgãos pode ser a única esperança de vida
ou a oportunidade de um recomeço para
pessoas que precisam de doação.

IMPORTANTE: O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o


maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos
procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás
apenas dos EUA. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo
exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-
transplante, pela rede pública de saúde.
TIPOS DE DOADORES

 1 - O primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que


concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria
saúde.

 Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser


doadores. Não parentes, só com autorização judicial.
ORGÃOS QUE PODEM SER DOADOS
PELOS DOADORES VIVOS
 Rins
 Parte do fígado
 Parte da medula óssea
 Parte do pulmão.
TIPOS DE DOADORES

 2 - O segundo tipo é o doador falecido:

 Existem dois tipos de doadores falecidos: Doador falecido após


morte cerebral E Doador com parada cardiorrespiratória
DOADOR FALECIDO APÓS MORTE
CEREBRAL
 Paciente cuja morte cerebral foi constatada segundo critérios
definidos pela legislação do país e que não tenha sofrido parada
cardiorrespiratória.
 Pode ser doado: Pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea,
vasos, pele, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode
salvar inúmeras vidas.

Obs.: A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como


qualquer outra cirurgia
DOADOR COM PARADA
CARDIORESPIRATÓRIA
 Doador cuja morte foi constatada por critérios cardiorrespiratórios
(coração parado).
 O doador nesta condição pode doar apenas tecidos para
transplante (córnea, vasos, pele, ossos e tendões).
TEMPO DE ISQUEMIA DE CADA
ORGÃO
ORGÃO TEMPO DE ISQUEMIA

CORAÇÃO 4 HORAS

PULMÃO 4 A 6 HORAS

RIM 48 HORAS

FÍGADO 12 HORAS

PÂNCREAS 12 HORAS
SISTEMA DE LISTA ÚNICA
 O Sistema de Lista Única é constituído pelo conjunto de potenciais
receptores brasileiros, natos ou naturalizados, ou estrangeiros
residentes no país, inscritos para o recebimento de cada tipo de
órgão, tecido, célula ou parte do corpo. É regulado por um
conjunto de critérios específicos para a distribuição destas partes
aos potenciais receptores, assim constituindo o Cadastro Técnico
Único (CTU).
IMPORTANCIA DO TRANSPLANTE
COMO FORMA DE TERAPIA
 O transplante é eficaz na maioria das vezes, contribui para salvar
vidas, aumentando a esperança das pessoas que aguardam na
fila de espera, os órgãos tão aguardados são transplantados e
aumentam a estimativa de vida dos receptores, que estão com
órgãos comprometidos por alguma patologia, ou insuficiência.
Devolvendo qualidade de vida para os transplantados, e
concedendo cada vez mais chance de sobreviver.
CUIDADOS COM O DOADOR DE
ORGÃOS
 Avaliação das prescrições medicamentosas relativas no quadro
neurológico
 Mudança de decúbito, evitando úlceras por pressão
 Elevação da cabeceira a 30 graus.
 Realizar aspiração, a fim de fluidificar secreções pulmonares
 Avaliação periódica dos acessos, como cateteres
 Mensuração dos sinais vitais em período de 24 horas
 Anotar todos os sinais vitais
 Prestar cuidados as córneas, sempre as umedecendo
CUIDADOS COM O DOADOR DE
ORGÃOS
 Efetuar higienização corporal, evitando infecções
 Observar e anotar os valores glicêmicos e de coagulação sanguínea
 É recomendado bomba de infusão quando administrado dopamina, conforme
prescrição médica
 Realizar cardiograma para detectar alterações cardíacas, como arritmias, e
em casos de PCR, efetuar com o médico manobras básicas e avançadas de
ressuscitação cardiopulmonar (compressões e ventilação)
 Monitoramento rigoroso e aporte de oxigênio com tecidos com saturação
acima de 95% com ventilador mecânico
 Aspiração traqueal, a fim de manter vias aéreas desobstruídas
 Manter o aquecimento do possível doador, deve ser feito mediante líquidos
aquecidos em temperatura 37°C a 38°C, por administração endovenosa,
controlando com cobertores aquecidos e nebulização
 Manter controle hídrico e observar a diurese
AVISE A SUA FAMÍLIA
 Porque a doação de órgãos só acontece com a autorização da
família. Por isso é muito importante avisar às famílias sobre o desejo
de tornar-se um doador, após a confirmação da morte encefálica.
No Brasil, o número de famílias que não autorizam a doação ainda
é alto, e você pode ajudar a mudar esse cenário. Fale com sua
família.
CONCLUSÃO
Conclui-se que é fundamental para diagnostico de ME a causa do
coma e irreversibilidade do mesmo, é obrigatório dois exames clínico
e um complementar, monitorados por profissionais capacitados.
A família do paciente deve ser comunicada quanto ao diagnostico
e a possibilidade de transplante, os profissionais deve respeitar
conforme os direitos éticos e sociais da família referente à escolha.
Para que os familiares entendam o diagnostico, apesar da tristeza
diante do quadro de morte e aceite que o familiar salve outras
vidas, é preciso que o doador deixe claro em vida que que ser um
doador de órgãos e para isso é de grande importância que as
pessoas tenham uma conscientização e instrução a respeito da
doação de órgãos, é um trabalho em construção, onde vários
profissionais estarão contribuindo, com campanhas, palestras e até
mesmo cursos educativo permanentes, visando sempre a
informação e a importância do transplante.
REFERÊNCIAS

 1. DISPONÍVEL EM:
HTTP://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/DICAS/146MORTE_ENCEFALICA.HTML, ACESSO
EM:15 JUN. 2019
 2.MORATO, ERIC. MORTE ENCEFALICA: CONCEITOS ESSENCIAIS,
DIAGNOSTICO E ATUALIZAÇÃO. REV. MED MINAS GERAIS, 2009.
 3. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MORTE
ENCEFÁLICA E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS. PORTO ALEGRE: CREMERS, 2018
 4. ALVES, LUANA. MANUAL PARA NOTIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO DE MORTE
ENCEFÁLICA E MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS. –
CURITIBA: SESA/SGS/CET, 2016
 5. DISPONÍVEL EM: MINISTÉRIO DA SAÚDE, DOAÇÃO DE ÓRGÃOS, DISPONÍVEL:
HTTP://WWW.SAUDE.GOV.BR/SAUDE-DE-A-Z/DOACAO-DE-ORGAOS. ACESSO: 07 DE
JULHO 2019.

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