tarefa simples. A consideração de textos para fins dogmáticos dificulta ainda mais este processo. A hermenêutica é o campo de estudo das teorias da interpretação de textos. 2. A diferença entre hermenêutica e exegese - Exegese é “o trabalho de explicação e de interpretação de um ou mais textos bíblicos”. A hermenêutica estuda os princípios gerais da interpretação de textos. 3. Um texto como a Bíblia é difícil de interpretar por causa da distância temporal, espacial e cultural que separa o autor antigo do leitor de hoje. 3. Um texto como a Bíblia é difícil de interpretar por causa da distância temporal, espacial e cultural que separa o autor antigo do leitor de hoje. 4. A Bíblia é simultaneamente literatura e livro sagrado. O leitor precisa se situar entre as balizas dos dois extremos:
a) Não despi-la totalmente de seu sentido
místico; b) b) Não pode descuidar de seu caráter humano, transformando-a em livro mágico. 5. A interpretação pressupõe a literalidade do texto bíblico - é que o texto, apesar de ser sagrado, é inteiramente humano e dependente das condições culturais, literárias e históricas do tempo do autor.
6. A delimitação da intenção do texto – isso quer
dizer que há uma ampla liberdade de compreensão do texto, mas nem toda interpretação tem sentido e pertinência. 6. Os limites da interpretação - Existem muitos textos que admitem mais de um sentido. Mas isso não significa que qualquer sentido seja válido como uma compreensão de um texto.
7. A história em torno do texto - A
reconstituição exata do contexto e do mundo do autor antigo é difícil e quase impossível. Mas o leitor precisa procurar compreender o máximo de elementos possível para se preparar para uma interpretação satisfatória. 8. Como regra geral é o próprio texto bíblico que o texto bíblico. Mas, em casos não-satisfatórios, o leitor deve buscar informações em “outras fontes do mesmo tempo e do mesmo lugar” (GINZBURG). REGRAS DA EXEGESE A primeira regra a considerar que o texto bíblico interpreta o próprio texto bíblico. A segunda: Enquanto puder é necessário tomar as palavras em seu sentido usual e ordinário. A terceira diz que é preciso considerar o contexto das palavras. A quarta alerta que é preciso considerar o objetivo de cada livro. A quinta considera que os textos se comunicam, ou seja, é importante tomar as passagens paralelas para ampliar e confirmar o sentido de uma palavra ou de um conceito. A sexta prescreve que nenhum texto pode ter um sentido que não teria para o seu autor ou para a sua audiência imediata. A sétima diz que quando as situações da época dos leitores imediatos são comparáveis às nossas, os mesmos ensinamentos que se aplicavam a eles, são aplicáveis a nós também.