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LINHAS DE TRANSMISSÂO

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

ABREU MIGUEL LILIANO


Email:a.liliano@isptec.ao.co
Informações gerais

Docência:

 Aulas Teóricas - Práticas: Abreu Miguel Liliano

Bibliografia Básica:
 CHECA, L. M. Linhas de transporte de energia. Portugal : Ed. CETOP.

 CAMARGO, C. Transmissão de energia eléctrica. Florianópolis : Ed. Da UFSC, 1984.

 FUCHS, R.D. Transmissão de energia eléctrica : linhas aéreas : teoria das em regime
permanente. Rio de Janeiro : Livros Técnicos e científicos, 1977.

 FUCHS, R.D., ALMEIDA, M.T. Projectos mecânicos das linhas aéreas de transmissão.
São Paulo : Edgard Blücher, 1982.

 John, B. Circuitos Eléctricos -Teoria e Tecnologia. Rio de Janeiro: Elsevier,2009.


Informações gerais

Horário de dúvidas:
 Abreu Miguel Liliano - 6 ª feira, as 11h00-13h00, Sal.dos
professores.
Método de avaliação:

 Será feita através de 3 teste de avaliação contínua, onde será


atribuída aos alunos a classificação na escala de 0 a 20 valores.
Esta avaliação, realizar-se - a através de testes obrigatórios ou
facultativos (caso impossível). Podem ser ainda realizados
trabalhos escritos.

 Os resultados da avaliação contínua, são publicados antes da


realização do exame final. O acesso ou dispensa do exame
final, esta estabelecido no Regulamento Geral do ISPTEC.
Informações gerais

Descrição Geral:

 A disciplina aborda diferentes aspectos no que diz respeito as linhas de


transmissão de energia eléctrica.

 São inicialmente abordadas as principais normas, ferragens, isoladores


e, como também, o cálculo de parâmetros de linha de transmissão.
Incluem-se questões relacionadas com a interligação, metodologias e
requisitos básicos da rede, como os últimos desenvolvimentos em
microgrids. Finalmente, são apresentadas as futuras tendências, como
às smart-grids e microgrids.
Informações gerais

Objectivos

 Fornecer aos alunos conhecimentos e ferramentas que lhes permitam


compreender e avaliar o propósito de uma linha de transmissão de
energia eléctrica.

 Compreender as questões e técnicas envolvendo a operação fiável do


sistema de energia eléctrica no que tange as linhas de transmissão de
energia eléctrica.
Informações gerais

Requisitos

A compreensão dos tópicos abordados na disciplina implica o domínio das


seguintes matérias:

 Electrotecnia geral (grandezas eléctricas, tensão, corrente, potência,


energia, elementos eléctricos).

 Teoria de circuitos eléctricos (fasores, análise de circuitos em AC e DC).

 Tecnologia eléctrica (materiais eléctricos ).


Informações gerais

Competências

 No final do semestre, os alunos deverão deter competências


avançadas nas seguintes matérias:

 Avaliar o propósito de uma linha de transmissão.

 Definir as constantes básicas da linha de transmissão R, L, C, G.

 Calcular o atraso de fase, o comprimento de onda e a velocidade de


propagação de uma linha de transmissão.

 Avaliar as relações da corrente e de tensão numa linha de


transmissão.
 Calcular a impedância característica e a constante de propagação
em função das constantes da linha.
Programa

CAPÍTULO I:

 Transmissão. Normas. Principais sistemas em Angola e no mundo.

CAPÍTULO II:

 Torres, isoladores, cabos e ferragens.

CAPÍTULO III:

 Parâmetros das linhas de corrente contínua e corrente alternada.

CAPÍTULO IV:

 Estudo de Modelos de linhas. Ondas viajantes, guias de onda.


Programa

CAPÍTULO V:

 Estudo de Modelos de linhas. Ondas viajantes, guias de onda.


Equação fundamental da Transmissão. A equação da linha sob as
formas exponencial e hiperbólica.
CAPÍTULO VI:
 Conceitos de impedância característica, constantes de propagação,
de atenuação e de fase, comprimento de onda e velocidade das
ondas.
CAPÍTULO VII:
 Operação das linhas de transmissão. Os conceitos das ondas
incidentes e reflectidas.
CAPÍTULO VIII:
 Estudos das vias de distribuição, condutores e transformadores.
Tipos de configurações das redes de Distribuição. Avaliação Técnico
Econômica de um Projeto de distribuição de energia.
Principais sistemas em Angola e no mundo.
Principais sistemas em Angola e no mundo.
Principais sistemas em Angola e no mundo.
Principais sistemas em Angola e no mundo.
Principais sistemas em Angola e no mundo.
Principais sistemas em Angola e no mundo.
Principais sistemas em Angola e no mundo.
Principais sistemas em Angola e no mundo.

Fonte: https://www.info-angola.ao/images/documentos/pdf/legis_44.pdf
Principais sistemas em Angola e no mundo.

Fonte:http://www.abb.com.br/cawp/seitp202/6c16bc9e6ba452988325804900445c8e.aspx
Torres, isoladores, cabos e ferragens.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Questões:

 Linhas de transmissão de energia? Por quê?

 Qual deverá ser a tensão de serviço a escolher para uma


determinada linha de Transporte de Energia?

 Qual o tipo de corrente?

 Devo optar por uma linha aérea ou por um cabo subterrâneo?


Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Custo do transporte de energia


em função da potência na
recepção, do nível de tensão e
do comprimento da linha.

O óptimo económico (tensão)


cresce com o comprimento da
linha e com a potência a
transmitir.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Custos relativos a perda


Custos fixos
de energia

postes, isoladores, condutores,


equipamento terminal, direitos
de passagem.

Potência=150MW
Distância=300km
Secção 400mm2
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Outros factores a considerar

 normalização Se a tensão a adoptar fosse ditada apenas por


questões de ordem económica, seriamos
levados a escolher uma tensão diferente para
cada caso. Tal não é viável, questões de fabrico
e de ordem económica conduziram a uma
normalização de tensões.

A tensão da linha de transmissão varia de acordo com a


potência a ser transportada. Mas a tensão da linha não pode
ser escolhida ao acaso. Normas estabelecem os níveis de
tensão a serem transmitidos. Em Angola, por exemplo,
alguns níveis de tensões praticados, para as linhas de
transmissão, são 220 e 400 kV. Para sub-transmissão temos
60kV, que, normalmente, passam nos centros urbanos.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Outros factores a considerar

 limites técnicos

alternadores, aparelhos de utilização,…..

 Condições de segurança
existem critérios de segurança e normas
de segurança em cada país que nos
obrigam a utilizar níveis de tensão
diferentes consoante o caso.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Corrente

 Alternada
A transmissão de energia eléctrica pode ser
feita em corrente contínua ou corrente
alternada. Hoje, só em alguns casos é
utilizada a transmissão em corrente
contínua. As vantagens da utilização de
alternadores (máquinas de corrente
 Contínua
alternada) relativamente aos dínamos
(máquinas de corrente contínua) na
produção da energia eléctrica, matéria a ser
OBS: No entanto convém referir, que o uso estudada em outras disciplinas, a facilidade
de corrente contínua não foi de conversão dos níveis de tensão para os
completamente abandonado, há casos em
adequar às diferentes etapas da cadeia de
que é utilizada na transmissão de energia
eléctrica, como é o caso do transporte de energia, e a necessidade de muitos
grandes quantidades de energia a longa equipamentos terminais serem alimentados
distância em meios ambientes adversos em corrente alternada, levaram a que se use
(efeito pelicular) ou quando é necessário quase exclusivamente a corrente alternada.
efectuar a interligação de dois sistemas a
frequência diferente.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Tipo de Linha
A linha aérea é formada por condutores nus ou
em torçadas, dependendo do nível de tensão,
 Linha aérea montados em apoios por intermédio de peças
isoladas que se designam por isoladores.

O cabo subterrâneo é constituído por condutores


Cabo ou linha subterrâneo isolados ao longo de todo o seu comprimento e
reunidos num invólucro comum convenientemente
protegido.

 A linha aérea e o cabo subterrâneo diferem consideravelmente na sua


constituição e consequentemente nas suas propriedades.

 Dado que o custo das linhas aéreas é substancialmente mais baixo, este
tipo de linhas é usado sempre que possível ...
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Linha aéreas

Que tipo de material a ser utilizado


para os condutores?

Platina, Ouro, Cobre, Alumínio, Aço,


Almelec ou Outras ligas…

Almelec liga de alumínio com pequenas


quantidades de ferro silício e magnésio Aldrey
...
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Escolha da Secção

Considerar:

 Intensidade admissível em regime permanente


 Queda de tensão
 Características mecânicas dos condutores
 Intensidade de curto-circuito admissível - esforços térmicos- esforços
electrodinâmicos
 Efeito coroa
 Aparelhagem de protecção
 Normalização
 Condições de segurança
 Condições regulamentares
 Perdas de energia
 Pre€o
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Efeito coroa

Efeito coroa: a corrente de fuga nas linhas aéreas é geralmente muito


pequena e vai subindo proporcionalmente com a tensão até um determinado
limite. A partir desse ponto o crescimento torna-se muito rápido deixando de
ser desprezável. Assim para valores muito elevados de tensão a corrente de
fuga pelo ar passa a ter um valor significativo e o ar, que quando seco é um
isolante perfeito deixa de o ser. O campo eléctrico passa a ter valores
elevados e começam a aparecer eflúvios luminosos, produzindo um leve
crepitar, nos pontos onde há arestas ou saliências, em resultado do
conhecido poder das pontas; esses eflúvios constituem o começo da
perfuração do dieléctrico. A partir de determinado valor de tensão, e quando
observado na escuridão, todo o condutor aparece envolto por uma auréola
luminosa azulada, que produz um ruído semelhante a um apito. Este
fenómeno é o Efeito de Coroa.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Trabalho sobre os modelos de Efeito Coroa


Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Factores a considerar
 Matérias primas
 Pre€o  Indústria transformadora
 Custo energético
 Resistividade
 Quedas de tensão
 Perdas por efeito de Joule

 Características mecânicas
 Tensão de ruptura
 Reutilização
 Corrosão
Temperatura de funcionamento
 Tempo médio de vida da instalação
 Local de implantação

 Potência transportada
 Exploração
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Factores a considerar

 Baixa resistividade
As perdas de energia e as quedas de tensão ao longo da linha
devem ser as mais reduzidas possíveis;

 Elevada resistência Os condutores das linhas aéreas estão sujeitos a importantes


mecânica esforços mecânicos que têm de suportar;

O custo de uma linha aérea é elevado


pelo que há que garantir uma vida longa para
os condutores;
 Elevada resistência à corrosão
atmosférica O encargo financeiro relativo à construção da linha
aérea não deve ser demasiado elevado para que a
 Baixo custo sua exploração seja rentável.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Comparações
Condutores em cabos

Nas linhas aéreas os condutores são unifilares


apenas para secções até 10mm2. Para secções
superiores os condutores são multifilares tal
como mostra a figura acima, daí a designação
de condutores em cabos.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Condutores em cabos

Os fios são dispostos em torno de um fio


central, em camadas sucessivas enroladas
em sentidos contrários para um melhor
aperto.
Os fios estão enrolados em sentidos
contrários. Porquê?
A utilização de condutores multifilares torna-os
mais flexíveis, logo mais fáceis de manipular. Há
Qual a vantagem de utilização de outras razões que serão focadas mais à frente.
condutores multifilares? Nos cabos homogéneos usam-se fios do mesmo
diâmetro.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Cabos Mistos
Caso típico Alumínio-aço

O cabo de alumínio-aço comparado


com o cabo homogéneo de cobre
com a mesma resistência tem ...

 Maior diâmetro – pode ser vantagem ou


desvantagem

 Menor peso – vantagem

 Maior resistência mecânica - vantagem


Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Os cabos homogéneos de alumínio têm um emprego


limitado, nomeadamente na alta
Cabos Mistos tensão.

 Os cabos mistos mais usados são os de alumínio-aço.


São constituídos por uma alma em aço galvanizado de
1 ou mais fios envolvida por duas ou três camadas
sucessivas
de fios de alumínio.

 Normalmente os fios têm o mesmo diâmetro.


Como se sabe na corrente alternada
a corrente distribui-se, quase
exclusivamente, à superfície dos
condutores pelo que nos cabos
mistos se adopta a seguinte
hipótese:
- a passagem da corrente é
assegurada exclusivamente pelo
alumínio, enquanto a resistência
mecânica é fornecida exclusivamente
pelo aço.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Cabo Misto

 Da comparação entre o cabo de cobre e de


alumínio-aço com a mesma resistência,
logo com as mesmas perdas, podemos concluir:

 o cabo de alumínio-aço apresenta um diâmetro cerca de 40%


superior; permite reduzir o efeito coroa muito útil nas linhas de alta e
muito alta tensão;

 o cabo de alumínio-aço apresenta uma maior resistência


mecânica e é mais leve o que permite reduzir as flechas e aumentar os
vãos. No primeiro caso permite diminuir a altura dos apoios, o segundo
permite reduzir o número de apoios, isoladores e ferragens.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Cabo Misto

 Condutores Simples?

 Ocos?

 Múltiplos?
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Cabo Misto  Comparando os 3 casos (cobre, alumínio e


dois condutores de alumínio), para a mesma
resistência e tensão, vemos que a proximidade
 Condutores Simples? das linhas de fluxo do campo eléctrico
na superfície dos condutores é diferente sendo
progressivamente menor do cobre para os 2
condutores de alumínio.
 Ocos?  A proximidade das linhas de fluxo é uma
medida da intensidade do campo eléctrico.

 Como vimos atrás quanto maior o campo


 Múltiplos? eléctrico maior a possibilidade de ocorrência
do efeito coroa.

 Daí a utilização de feixes de


condutores para tensões superiores a 220kV.
O condutor oco permite “aumentar” a secção,
mas a sua manipulação é difícil e o seu
preço elevado pelo que é pouco utilizado.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Isoladores

Função?

Evitar a passagem de
corrente do condutor ao
apoio ou suporte e sustentar  Mas será que o isolador cumpre sempre a
mecanicamente os cabos, função para que foi fabricado?
barramentos, ...
 Que fenómenos podem ocorrer? Quais os
mais graves?
Como poderemos evitá-los?
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Isoladores Nas linhas de transmissão, os isoladores usados nas cadeias


de suspensão e suporte isolam electricamente as linhas dos
apoios, da terra e sustentam mecanicamente os cabos
aéreos de transporte de energia fixados nas estruturas
metálicas, de betão ou de madeira.

Os fenómenos

O seu valor é
Condutividade da massa insignificante
do isolador DESPREZAR
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Isoladores Nas linhas de transmissão, os isoladores usados nas cadeias


de suspensão e suporte isolam electricamente as linhas dos
apoios, da terra e sustentam mecanicamente os cabos
aéreos de transporte de energia fixados nas estruturas
metálicas, de betão ou de madeira.

Os fenómenos

Incidente grave, com


probabilidade crescente
Perfuração da massa do de ocorrência à medida
isolador que aumenta o nível de
tensão
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Isoladores - Considerações finais

 Condutividade da massa do isolador

Com os materiais actualmente utilizados


no fabrico de isoladores, a corrente
resultante é insignificante podendo ser
desprezada.

 Perfuração da massa do isolador

Em baixa tensão este problema praticamente não se


coloca, dada a pequena espessura do isolador é
possível garantir a homogeneidade do material que o
constitui. Em alta e muito alta tensão a espessura do
isolador é grande, o que implica cuidadosos
processos de fabrico de forma a evitar a existência
de heterogeneidades no interior da massa do
isolador, que conduzam ao perigo de perfuração.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Isoladores - Considerações finais


Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Isoladores - Considerações finais

 Condutividade superficial Contornamento da parte exterior do isolador. Este


contornamento, é favorecido pela deposição de poeiras e
sais na superfície do isolador e pela presença de
humidade, gelo ou neve. Pode ser evitado dando ao
isolador uma forma conveniente, de modo a tornar o mais
longo possível o caminho da corrente de fuga (linha de
fuga), procedendo à limpeza do isolador ou agradecendo
ao deuses a queda de chuva. A linha de fuga normal é de
1,5 cm.kV-1 e a linha de fuga alongada vale 2,6 cm.kV-1.

 Descarga disruptiva e
contornamento

Arco entre o condutor e as partes metálicas dos


suportes quando a rigidez dieléctrica do ar se apresenta
com um valor bastante baixo, o que acontece sobretudo
com chuva ou se o grau de humidade for elevado.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Isoladores - Considerações finais

 Elevada resistividade

 - Rigidez dieléctrica suficiente para que a sua tensão de perfuração seja


muito superior à tensão de serviço, o que lhes permite suportar
sobretensões que possam aparecer na linha sem risco de perfuração.

 Tipos de Isoladores
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Tipos de Isoladores

• Dielétrico — neste caso trata-se de um material de porcelana ou vidro, não


condutor, que resiste a tensão AC ou DC permanentemente aplicada, e dificulta a
circulação de correntes de fuga ao longo da sua superfície. Deve assegurar a
resistência à tensão de impulso sem que se registem perfurações no seu corpo.
Além disso, assegura a transferência de carga mecânica do espigão ao distribui-la
ao longo do seu volume.

• Espigão — peça metálica que permite a ligação com um outro isolador da cadeia
ou terminal metálico. A ligação entre o espigão e o material dielétrico é assegurada
pela introdução de cimento na cavidade inferior da saia. A expansão do cimento
deve ser de tal forma correta que estabeleça uma ligação forte entre ambos, sem
criar pontos de grande densidade de força que provoque a fractura do material
dielétrico.

• Campânula — ferragem metálica que abraça a parte superior do dielétrico, a qual é


fixada através do uso de cimento ao longo de toda a superfície. Tal como no
espigão, a qualidade da ligação deve ser elevada por forma a garantir resistência
mecânica à tensão nominal.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Tipos de Isoladores
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Os três tipos de elementos que formam cadeias de Isoladores.

Basicamente existem 3 tipos diferentes de


elementos que formam as cadeias de
isoladores:

- isoladores de campânula simples;

- isoladores de campânula dupla;

- isoladores de tronco longo.

Uma cadeia de isoladores é formada por uma série de


isoladores de campânula de porcelana ou vidro.
O número de isoladores que forma uma cadeia depende
da tensão. Para a tensão de 120 kV usa-se
de 6 a 8 isoladores enquanto para linhas de 500 kV são
usados de 26 a 32 isoladores.
A tensão média por isolador é de 10 kV.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Os três tipos de elementos que formam cadeias de Isoladores.

Cadeias de suspensão Cadeias verticais ou em V são usadas em


postes onde apenas há suspensão de linhas
(postes de alinhamento) ou pequeno ângulo.

Cadeias de amarração
Cadeias horizontais são usadas em postes
de amarração, de ângulo ou fim de linha. As
cadeias podem ser simples ou duplas.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Os três tipos de elementos que formam cadeias de Isoladores.

Cadeias de suspensão

Cadeias de amarração
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Ensaios de Isoladores.

 Quanto à natureza

Frequência industrial
Eléctricos
Choque

Mecânicos
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

Ensaios de Isoladores- Quanto às condições

Destinados a conhecer as características


eléctricas do isolador, função da forma e
dimensão.

Individuais e efectuados sobre a totalidade


dos isoladores apresentados ao comprador.

Efectuados na presença do comprador


sobre alguns dos isoladores adquiridos.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.


Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Esfera sinalizadora e separadora


Torres, isoladores, cabos e ferragens.

 Suportes especiais para


ninhos
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

TORRES DE TRANSMISSÃO
 Estruturas metálicas, normalmente de aço galvanizado, que sustentam os cabos
condutores nas linhas de transmissão.

 Estrutura autoportante

Autoportante, são sustentadas


pela própria estrutura.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

TORRES DE TRANSMISSÃO
 Estruturas metálicas, normalmente de aço galvanizado, que sustentam os cabos
condutores nas linhas de transmissão.

 Estrutura estaiadas

Estaiadas, que são sustentadas


por cabos tensionados no solo.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

APOIOS
 Um apoio para linha aérea é constituído pelo poste e respectiva fundação e ainda pelos
elementos que suportam os condutores (travessas).

 Estrutura estaiadas
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

APOIOS
 Um apoio para linha aérea é constituído pelo poste e respectiva fundação e ainda pelos
elementos que suportam os condutores (travessas).

Devido ao peso dos condutores e a


possíveis depósitos de gelo ou neve
sobre eles.

Resultam quer da acção do vento sobre os


apoios, quer das tracções dos condutores
quando formam ângulo.

Verifica se os esforços mecânicos aplicados ao


apoio pelos condutores dos dois vãos adjacentes
são diferentes ou se o apoio só suporta condutores
de um dos lados.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

APOIOS
 Classificação

São utilizados para suportar os


condutores e cabos de guarda nos
vértices dos ângulos formados por dois
alinhamentos diferentes. Esforços
verticais e transversais.

Suportam unicamente os condutores e


cabos de guarda quando os dois vãos
adjacentes estão no prolongamento um do
outro. Esforços verticais e transversais.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

APOIOS
 Classificação
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

APOIOS
 Classificação

Montados no extremo da linha aérea


devendo por isso resistir a esforços
longitudinais de todos os condutores e
cabos de guarda.

Servem para proporcionar pontos firmes na linha que


limitam a propagação de esforços longitudinais de
caracter excepcional, por exemplo, a ruptura de um
condutor. Normalmente colocados em cada 2 ou 3 km.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

APOIOS
 Classificação
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

APOIOS
 Classificação

De uma maneira geral os apoios


metálicos, usados em linhas AT e MAT,
são galvanizados, tendo um aspecto
brilhante. Em certos casos, é possível
reduzir o impacto ambiental pintando os
postes com uma escolha de cores que se
harmonize com o local.
Dimensionamento de isoladores

Distribuição de tensões ao longo da cadeia de


isoladores
Dimensionamento de isoladores

Distribuição de tensões ao longo da cadeia


de isoladores
 A distribuição de tensões nos isoladores não é linear ao longo da cadeia de
isoladores. Entretanto, o isolador mais perto do condutor terá uma tensão
maior.
O circuito equivalente do isolador é apresentado na figura abaixo.
Dimensionamento de isoladores

Considerações sobre isoladores

Os seguintes pontos podem ser observados em relação à distribuição de


potencial sobre uma série de isoladores de suspensão:

 A tensão verificada em uma sequência de isoladores de suspensão não


se distribui uniformemente pelos discos individuais devido à presença de
capacitância de derivação.

 O disco mais próximo do condutor tem tensão máxima.

 A tensão diminui em função de número de isoladores contido na cadeia.


Dimensionamento de isoladores

Considerações sobre isoladores

 A unidade mais próxima do condutor está sob tensão eléctrica máxima e é


provável que seja perfurada. Portanto, os meios devem ser fornecidos para
equalizar o potencial em cada unidade.

 Se a tensão que circula através da corda fosse d.c., então teríamos a


mesma tensão. É porque as capacitâncias dos isoladores são ineficazes
para d.c.
Dimensionamento de isoladores

Factor de Eficiência da Cadeia

 A relação de voltagem ao longo de toda cadeia de isoladores para o


produto do número de discos e a tensão através do disco mais próximo do
condutor é conhecida como Factor de Eficiência da Cadeia , ou seja,.

Considerações sobre a eficiência nos isoladores

 A eficiência das cadeias é uma consideração importante, pois decide a distribuição potencial ao longo
da cadeia .

 Quanto maior a eficiência da corda, mais uniforme é a distribuição de tensão. Assim, 100% da eficiência
da corda é um caso ideal para o qual a volatilidade em cada disco será exactamente a mesma.

 É quase impossível atingir 100% de eficiência de cadeia, ainda devem ser feitos esforços para
melhorá-lo o mais próximo possível desse valor.
Dimensionamento de isoladores

1-Cada linha de um sistema trifásico é suspensa por uma sequência de 3


isoladores similares. Se a tensão através da unidade de linha for de 17 · 5 kV,
calcule a tensão total monofásica nos isoladores e a eficiência de da cadeia.
Suponha que a capacitância shunt entre cada isolador e a torre seja 1/10 da
capacitância do isolador. R:59,675kV; 86,76%

2- Em uma linha monofásica aérea de 19,05 kV, há três unidades na cadeia de


isoladores. Se a capacitância entre cada pino do isolador e terra for 11% da
auto-capacitância de cada isolador, Calcule:
a) A distribuição de tensão sobre 3 isoladores
b) Eficiência de cadeia.
c) Determinar a tensão trifásica
R:5,52, 6,13 e 7,4kV; 85,8%
3- Uma linha de transmissão trifásica é suportada por três isoladores de disco.
os potenciais através da unidade superior (isto é, perto da torre) e da unidade
central são 8 kV e 11 kV, respectivamente. Calcule:
Considere a relação de capacitância entre pino e terra para a auto-capacitância
de cada unidade 0,375;
a) A tensão da linha;
b) A eficiência da cadeia. 64,28 kV e 68,28%
Construção de linhas de Transmissão de
Energia Eléctrica

Projecto Mecânico (Projecto Estruturas)


Construção de linhas de Transmissão de
Energia Eléctrica

Cálculo Mecânico
Nas linhas aéreas de transmissão de energia eléctrica, as
condições de segurança e estabilidade da linha são
preponderantes, e é nesse sentido que o cálculo mecânico é
fundamental e tem como objectivos:

 Determinar as tensões mecânicas de montagem que os condutores


ficam a exercer nos apoios;

 Assegurar que não existirá a sua ruptura, quaisquer que sejam as


condições atmosféricas que se verifiquem;

 Assegurar que os condutores nunca deverão ser solicitados por


tensões mecânicas superiores à sua tensão de segurança;
Construção de linhas de Transmissão de
Energia Eléctrica

Cálculo Mecânico

 Escolher os apoios correctos, tendo como base a verificação da sua


estabilidade, baseado nas hipóteses de cálculo de cada apoio, através do
cálculo da sua resistência mecânica, conforme descrito nas
recomendações para Linhas Aéreas de Alta Tensão até 30 kV da Direcção
Geral da Energia, bem como confirmar a estabilidade dos maciços de
fundação;

 Escolher de forma correta a altura dos apoios, de modo a ser cumprido o


Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão (RSLEAT);

 Verificar o afastamento entre condutores, de modo a evitar arcos eléctricos


aquando da passagem de uma eventual descarga, garantindo um devido
isolamento entre condutores.
Construção de linhas de Transmissão de
Energia Eléctrica

Traçado da Linha
Na escolha do traçado da linha é importante obter a planta topográfica do
local onde vai ser instalada a linha, uma vez que a mesma não é um
segmento recto. A planta poderá revelar as seguintes informações:

 Relevo;

 As vias existentes;

 Cursos de água;

 Florestas ou mesmo aglomerados habitacionais;

Existe ainda determinada informação a ter em conta, que usualmente não


é visível nas plantas topográficas, tais como:
Construção de linhas de Transmissão de
Energia Eléctrica

Traçado da Linha
 A existência das linhas de telecomunicações, as linhas de energia
eléctrica já (existentes), e mesmo construções recentes que ainda não
estejam registadas nas plantas topográficas;

 A existência de travessias sobre edifícios habitacionais e históricos,


estradas e linhas férreas, de forma a garantir e acautelar a segurança
de bens, de pessoas bem como a sua livre circulação nas vias
públicas.
Construção de linhas de Transmissão de
Energia Eléctrica

Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga


De acordo com as estações do ano e a região em causa,
existem factores que influenciam o comportamento dos
elementos que constituem uma linha aérea. Para tal, pode-se
destacar alguns factores, tais como:

 Oscilações provocadas pelo vento;

 Peso extra caso se forme uma manga de gelo sobre os


mesmos;

 Variação de temperatura.

Todos estes factores contribuem para solicitações de esforço


extra nos postes de apoio às linhas.
Construção de linhas de Transmissão de
Energia Eléctrica

Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga

Portanto, deve-se considerar três estados atmosféricos nas


circunstâncias mais desfavoráveis, que são:

Estado de Inverno (vento reduzido)- caracteriza-se por ter


vento reduzido e por temperatura mínima de -5°C. Neste
estado também existe a possibilidade de formação de manga de
gelo, sendo nesse caso a temperatura mínima de -10°C.

Estado de Primavera (vento máximo)- caracteriza-se por ter


vento forte e temperatura moderada, de 15 °C, e ausência de
gelo.
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Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga

Estado de Verão (flecha máxima)- caracteriza-se pela


ausência de vento e pela temperatura máxima que se faz sentir,
sendo de +75 °C, e pela ausência de gelo.

De acordo com o artigo 10º do RSLEAT, no cálculo das linhas


aéreas, o vento deverá considerar-se actuando numa direcção
horizontal e a força proveniente da sua acção considerar-se-á
paralela àquela direcção e será determinada pela expressão:
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Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga

A acção do vento sobre um cabo, distribui-se segundo uma


direcção horizontal, em sentido transversal ao eixo longitudinal
do cabo. Há que considerar também o peso próprio do cabo,
que actua verticalmente. Isto traduz-se num peso aparente
resultante das duas acções,
conforme se mostra na Figura seguinte:
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Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga


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Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga


A tabela abaixo, mostra os valores da pressão dinâmica do
vento, em função da altura acima do solo a que se encontra o
elemento da linha sobre o qual se pretende calcular a acção do
vento.
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Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga


O coeficiente de redução para efeito de cálculo terá valores de
acordo com a seguinte tabela:
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Influência sobre os condutores e coeficiente de sobre carga


Para condutores nus os valores do coeficiente de forma serão
de acordo com a tabela seguinte:
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Determinação das Flechas


O cálculo das flechas dos condutores é diferente caso
estejamos a falar de:

 vãos em patamares;

 vãos em declive.

A flecha dos condutores é determinada a meio para uma


temperatura ambiente igual a 50ºC. A catenária é a curva que os
condutores fazem entre dois apoios subjacentes. É possível
fazer uma aproximação da catenária através de uma
aproximação parabólica, como mostra a figura abaixo:
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Determinação das Flechas
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Distâncias regulamentares

Como é de conhecimento geral, é muito importante os cabos


das linhas aéreas não entrarem em contacto com nenhum
obstáculo. E, para isso, existem distâncias mínimas impostas
pelo RSLEAT, que têm de ser cumpridas em relação a certos
obstáculos tais como:

 Solo, árvores, edifícios, estradas, etc, que são avaliadas


para o estado em que a flecha atinge o valor mais alto, ou
seja quando o condutor atinge a temperatura máxima.

As distâncias são as seguintes:


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Distância entre os condutores

O artigo 31º do regulamento estabelece as condições de


cálculo da distância entre condutores. Entretanto, é
importante garantir a distância devido:

 As oscilações provocadas pelo vento, a probabilidade


de um contacto entre os condutores é muito grande.

Os condutores nus deverão ter uma distância D entre si,


inferior à dada pela expressão:
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Distância entre os condutores
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Distância do desvio transversal devido à acção do vento
A acção do vento transversal à linha faz com que as cadeias
de isoladores em suspensão se desviem, o que pode levar os
condutores a aproximarem-se demasiado dos apoios.

O R.S.L.E.A.T no seu artigo 33º impõe que a distância mínima D entre os


condutores nus e os apoios não deve ser inferior à dada pela seguinte
expressão:
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Distância dos condutores ao solo
O artigo 27º do RSLEAT define que na condição da flecha
máxima, desviados ou não pelo vento, a distância D não
deverá ser inferior à dada pela expressão:
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Distância dos condutores às árvores
O artigo 28º do RSLEAT refere que, na condição da flecha
máxima, desviados ou não pelo vento, a distância D dos
condutores nus e as árvores não deverá ser inferior à obtida
através da expressão seguinte:
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Distância dos condutores a edifícios
Segundo o artigo 29º do RSLEAT, na proximidade de edifícios, com
excepção dos exclusivamente adstritos ao serviço de exploração de
instalações eléctricas, as linhas serão estabelecidas por forma a observar-
se, nas condições de flecha máxima, o seguinte:

 Em relação às coberturas, chaminés e todas as partes salientes


susceptíveis de ser normalmente escaladas por pessoas, os
condutores nus deverão ficar, desviados ou não pelo vento, a uma
distância D, em metros, arredondada ao centímetro, não inferior à dada
pela expressão:
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Distância dos condutores a edifícios

O valor de D não deverá ser inferior a 4 metros.

→ 𝐷 = 3,0 + 0,0075 ∙ 30 = 3,225 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 30𝑘𝑉

Como a distância calculada é inferior à distância mínima imposta pelo


regulamento, deverá ser imposta a medida de 4 metros.
Torres, isoladores, cabos e ferragens.

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