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Teoria e Prática
Balanço Patrimonial
O QUE É?
Mas atenção!
Existe, porém, uma exceção à regra acima. Trata-se do empresário
individual caracterizado como microempresa na forma Lei
Complementar nº 123/2006 que aufira receita bruta anual de até R$
60.000,00 (§ 2º do art. 1.179 do Código Civil, combinado com o art. 68
da Lei Complementar nº 123/2006).
Obrigatoriedade do Balanço Patrimonial
Desta forma, a escrituração contábil deve ser adotada por todas as entidades,
independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil,
observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se
houver.
A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de
Contabilidade.
A escrituração em forma contábil (lançamento contábil) deve conter, no
mínimo:
a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;
b) conta devedora;
c) conta credora;
d) histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de
histórico padronizado; neste caso, baseado em tabela auxiliar inclusa em livro
próprio;
e) valor do registro contábil;
f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que
integram um mesmo lançamento contábil.
Estrutura do Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial deve ser estruturado observando-se a disciplina contida nos
artigos 178 a 184 da Lei nº 6.404/1976.
O caput do artigo 178 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que, no Balanço, as contas
serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira
da companhia.
O Balanço Patrimonial é composto por duas partes: Ativo e Passivo.
Tradicionalmente, o Balanço Patrimonial é apresentado em um gráfico em forma
de T.
Como o T tem dois lados, ficou convencionado que o lado esquerdo é o lado do
Ativo e que o lado direito é o lado do Passivo.
Portanto, ao olhar para um Balanço Patrimonial representado no gráfico em forma
de T, o lado direito (lado do Passivo, composto por obrigações e Patrimônio
Líquido) revela a origem dos recursos (capitais) totais que a empresa tem à sua
disposição e que estão aplicados no patrimônio. As obrigações (Passivo Exigível)
representam os recursos derivados de terceiros (capitais de terceiros), enquanto o
Patrimônio Líquido (Passivo Não Exigível) mostra a origem dos recursos derivados
dos proprietários (capitais próprios).
O Ativo revela a aplicação desses recursos (capitais) totais, isto é, mostra onde a
empresa investiu todo o capital (próprio e de terceiros) que tem à sua disposição.
Estrutura do Balanço Patrimonial
Ativo
No Ativo, as contas representativas dos bens e dos direitos serão dispostas em
ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em dois
grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
Grau de liquidez é o maior ou menor prazo no qual bens e direitos podem ser
transformados em dinheiro.
O Ativo Circulante é composto pelos bens e pelos direitos que estão em frequente
circulação no Patrimônio. É o capital de giro da empresa.
O Ativo Não Circulante, segundo estabelece a Lei nº 6.404/1976, é dividido em
Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
no Ativo Realizável a Longo Prazo são classificadas as contas representativas dos
recursos aplicados em bens e direitos que circularão somente após o término do
exercício social seguinte;
Investimentos compreende as contas representativas das participações no capital de
outras sociedades, participações essas que geram rendimentos para a empresa;
No Imobilizado são classificadas as contas representativas dos recursos aplicados em
bens corpóreos, destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com
essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;
Como Intangível estão as contas representativas dos recursos aplicados em bens
imateriais.
Estrutura do Balanço Patrimonial
Passivo
O Passivo é a parte do Balanço Patrimonial que evidencia as obrigações (Passivo
Exigível ou capitais de terceiros) e o Patrimônio Líquido (Passivo Não Exigível ou
capitais próprios).
Segundo estabelece a Lei nº 6.404/1976, no Passivo, as contas representativas das
obrigações (Passivo Exigível ou capitais de terceiros) são classificadas em dois
grupos principais: Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. Nesses dois grupos,
as contas devem ser classificadas observando-se a ordem decrescente do grau de
exigibilidade dos elementos nelas registrados.
Grau de exigibilidade representa o maior ou menor prazo em que a obrigação deve ser
paga.
No Passivo Circulante são classificadas as contas representativas das obrigações
cujos vencimentos ocorram durante o exercício seguinte.
No Passivo Não Circulante podem figurar as mesmas contas representativas de
obrigações classificadas no Passivo Circulante, com seus respectivos subgrupos,
porém vencíveis após o término do exercício social seguinte.
O Patrimônio Líquido é a parte do Balanço Patrimonial que corresponde aos
capitais próprios. São recursos derivados dos proprietários (titular, sócios ou
acionistas) ou da gestão normal do patrimônio (lucros apurados).
Estrutura do Balanço Patrimonial
No Patrimônio Líquido, portanto, as contas representativas dos capitais próprios
são classificadas da seguinte maneira:
a) Capital Social: composto pela conta Capital que representa os valores investidos na
empresa pelos titulares e pela conta Capital a Realizar, que representa a parcela do
capital já subscrita pelos sócios, porém ainda não realizada. Poderão figurar, ainda,
nesse subgrupo, as contas que representam o montante do capital autorizado, bem
como da parcela desse capital ainda não subscrita;
b) Reservas de Capital: contas representativas de algumas receitas que, por força do § 1º
do artigo 182 da Lei nº 6.404/1976, não devem transitar pelo resultado do exercício,
como é o caso das receitas decorrentes de ágio na emissão de ações e na alienação de
partes beneficiárias ou de bônus de subscrição;
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial: serão classificadas como ajustes de avaliação
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao
regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor
atribuídas a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor
justo, nos casos previstos nesta Lei ou em normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3º do art. 177. (§ 3º do art. 182
da Lei nº 6.404/1976).
d) Reservas de Lucros: contas representativas das Reservas constituídas com parte dos
lucros apurados pela empresa em decorrência de lei ou da vontade do proprietário, dos
sócios ou dos administradores;
e) Ações em Tesouraria: ações da própria empresa adquiridas por ela mesma;
f) Prejuízos Acumulados: prejuízos apurados pela empresa no exercício atual, ou em
exercícios anteriores, até que sejam compensados com lucros, saldos de reservas ou
assumidos pelos sócios.
Estrutura do Balanço Patrimonial
Contas redutoras do Balanço
Você poderá observar no Modelo de Balanço Patrimonial que, tanto no Ativo quanto no
Passivo, algumas contas são precedidas de sinal negativo (-). Elas são denominadas
contas Redutoras ou retificadoras do Balanço.
Os valores das contas redutoras figuram entre parênteses, os quais indicam que esses
valores são negativos no respectivo grupo.
Contas Redutoras do Ativo
São contas de natureza credora que, por força da Lei nº 6.404/1976 e em decorrência
da aplicação do princípio da prudência, devem figurar no Balanço Patrimonial, do lado
do Ativo, como redutoras das contas com base nas quais elas foram originadas.
Para exemplificar, veja que o inciso V, artigo 183, da Lei nº 6.404/1976 estabelece que
as contas representativas dos bens de uso da empresa deverão figurar no grupo do
Imobilizado do Balanço, deduzidas dos respectivos valores de depreciação, amortização
ou exaustão.
Contas Redutoras do Passivo
São contas de natureza devedora que, pelas mesmas razões já explicitadas em relação
às redutoras do Ativo, devem figurar do lado do Passivo.
Embora possam aparecer em todo o Passivo, são mais comuns as redutoras do
Patrimônio Líquido.
Na prática, a elaboração
do Balanço Patrimonial
Elaboração do Balanço Patrimonial
Para elaborar o Balanço Patrimonial é preciso que o resultado do exercício
tenha sido apurado e que todos os lançamentos necessários a essa apuração
estejam devidamente registrados nos livros Diário e Razão, bem como em
outros livros ou documentos, conforme cada caso.
Sabemos que, no momento da apuração do resultado do exercício, vários
procedimentos precisam ser realizados, principalmente para que os saldos de
todas as contas existentes na escrituração da empresa estejam devidamente
ajustados e corretos, refletindo adequadamente a real situação econômica e
financeira da empresa.
Dentre esses procedimentos está a análise cuidadosa dos saldos de todas as
contas patrimoniais que irão compor o Balanço Patrimonial da empresa,
objetivando a correta avaliação desses saldos conforme disciplina contida nos
artigos 183 e 184 da Lei nº 6.404/1976.
Essa avaliação integra os procedimentos necessários à apuração do resultado
do exercício, uma vez que, em decorrência de ajustes a serem efetuados nas
contas patrimoniais, o resultado do exercício será afetado.
Elaboração do Balanço Patrimonial
Os critérios para avaliação das contas do Ativo e do Passivo, conforme já
dissemos, são encontrados nos artigos 183 e 184 da Lei nº 6.404/1976.
Portanto, depois que todos os procedimentos visando ao ajuste dos saldos das
contas Patrimoniais e de Resultado estiverem concluídos, o resultado do
exercício apurado, as deduções, as participações, bem como as destinações
do resultado do exercício devidamente calculadas e contabilizadas, somente
as contas Patrimoniais e Extrapatrimoniais permanecerão com saldos no livro
Razão.
Desse modo, antes de elaborar o Balanço Patrimonial, é conveniente que se
faça o segundo Balancete de Verificação do Razão, o qual dará ao contabilista
a certeza de que os procedimentos necessários à apuração e destinação do
resultado no que tange à movimentação do débito e do crédito das contas
foram efetuados corretamente.
O segundo Balancete deverá ser elaborado observando-se a ordem em que as
contas encontram-se no elenco de contas da empresa, para facilitar a
elaboração do Balanço Patrimonial.
Passo-a-passo
Nós utilizamos o Sistema Domínio e nos foi sugerido que se comece pelo
Módulo Fiscal, regerando a integração contábil, fazendo a conferência do
CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações), para conferir se estão sendo
contabilizados corretamente os valores das Notas Fiscais, sejam elas de
Entrada, Saída ou Serviços.
Na aba Movimentos, em Integração Contábil, selecione o período, clique em Gerar
e na próxima aba clique em Gravar.
Na aba Utilitários, em Regerar, Lançamentos Contábeis, na próxima aba preencha
o Período, marque os lançamentos Entrada, Saída e Serviços, clique em Regerar e
após esse processo em Gravar.
Na aba Arquivos clique em Configuração para contabilizar extrato bancário, na janela que seguirá,
selecione o Banco e vá incluindo um a um os lançamentos, de acordo com o que aparece na
descrição do extrato bancário.
Caso não exista arquivo para importação e o extrato esteja apenas em PDF ou mesmo
físico, precisará ser feito o lançamento manual, para isso acesse:
Na aba Movimentos, clique em Lançamentos de Extrato Bancário; na janela que seguirá, preencha
a conta contábil do banco, qual o mês e saldo inicial (caso este não apareça automaticamente),
em seguida clique em Incluir (insira um a um, conforme o extrato demonstra) e ao final clique em
Gravar.